ORIGENS MARISTAS A vida de Champagnat NASCIDO EM 1789 | Tempos de Revolução Francesa Ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Perseguição religiosa. Crianças e jovens do interior sem acesso à educação. Marcelino na infância Marcelino nasceu no dia 20 de maio de 1789, em Rosey, Marlhes, ao sudoeste da França. Pais: João Batista Champagnat e Maria Teresa Chirat. Foi o nono de dez filhos. Seu nome: Marcelino José Bento Champagnat. Lugar onde cresceu Rosey, gravura da época. Casa da familia Champagnat. Rosey, hoje Sua educação Marcelino foi criado em um ambiente sóbrio e repleto de bons valores. Sua formação cristã e humana teve forte influência de sua mãe e sua tia Luísa, que era religiosa. Do seu pai teve a forte influência administrativa, organizativa e conciliadora. A frustração na escola Primeiro dia: frustração! Marcelino toma uma séria decisão: não voltará mais à escola. “Criador de cabras” Aos catorze anos começou a arquitetar planos de lucro e economia. Guardava o dinheiro que recebia... Os pais deram-lhe dois ou três cordeirinhos. Cuidou deles, negociou-os, comprou outros... Com esse pequeno comércio e a série de economias, em breve juntou a quantia de seiscentos francos. “DEUS O QUER” | vocacionado à vida sacerdotal O Pe. Courbon, Vigário-Geral de Lião, por indicação do Pe. Allirot, pároco de Marlhes, visita a casa de Champagnat e conversa com o jovem Marcelino, desafiando-o a ingressar no seminário: “Deus o quer!”. Aos 16 anos ingressa no seminário menor. Aos 23 anos ingressa no seminário maior. Em 22 de julho de 1816, aos 27 anos, é ordenado sacerdote e destinado à Paróquia de La Valla. Como e onde tudo começou Como e onde tudo começou Primeira missão Ordenado sacerdote, o Pe. Champagnat foi nomeado coadjutor de La Valla, do cantão de Saint-Chamond (Loire). O povo (em torno de 2.000 habitantes) era bom e de fé, porém sem instrução. O pároco sofria de alcoolismo e não tinha boa reputação. Pe. Champagnat foi logo admirado pelo povo, pelo seu testemunho de vida e suas pregações. CRIANÇAS E JOVENS | início e razão da nossa missão Acontecimento que levou Champagnat a executar seu projeto com urgência. Encontro com o jovem Montagne, em 28 de outubro de 1816. Jovem Montagne “Champagnat ensina a Montagne as coisas de Deus e Montagne lhe ensina que não há mais tempo a perder”. (Mística da PJM, nº 116, p. 120) Fundação do Instituto Como e onde tudo começou Em 1817, na França Em 2 de janeiro de 1817, na cidade de La Valla, inicia o Instituto dos Irmãozinhos de Maria, com dois jovens: João Maria Granjon João Batista Audras O início do Instituto “Com esses dois jovens cheios de bons sentimentos, o Pe. Champagnat julgou poder iniciar a fundação. Onde, porém, achar um lugar adequado para os dois discípulos? Uma casinhola, bastante próxima do presbitério, estava à venda. Não hesitou em comprá-la, embora não dispusesse de recursos. [...] Adquiriu-a, pois, junto com um quintalzinho e um terreno adjacentes, pelo preço de mil e seiscentos francos, que pediu emprestados”. (FURET, Cap V) Educação para os mais necessitados Inicia-se a missão assumindo a Escola Paroquial de La Valla, depois outras nos arredores... As escolas tinham como finalidade primeira a instrução cristã, além das matérias do primário exigidas por lei. Eram instaladas em locais onde já havia uma estrutura mínima ou mesmo eram assumidas escolas paroquiais. Com raras exceções, as escolas eram todas rurais. Perdidos na neve Em 1823, Champagnat visita um Irmão de BourgArgental que estava gravemente enfermo. No retorno, acompanhado pelo Ir. Estanislau, enfrenta uma forte nevasca que faz com que não enxergassem o caminho. Vendo o Irmão desvalecer, Champagnat disse : “Meu amigo, estamos perdidos, se Maria não nos socorrer. Recorramos a ela e supliquemos-lhe que nos salve a vida em perigo neste mato e no meio da neve”. Nesse momento, sentiu o Irmão escorregar-lhe da mão e cair desmaiado. Cheio de confiança, ajoelhou-se ao lado do Ir., e rezou a oração do ‘Lembrai-vos’ . Após a oração, deram uns dez passos e avistaram a luz de uma lanterna. Foram até a casa e lá pernoitaram. Morte do fundador Como e onde tudo começou Morte de Marcelino Champagnat falece no dia 6 de junho de 1840. A obra que ele fundou contava então com: 48 escolas 7 mil alunos 280 Irmãos (180 nas escolas) Morte de Marcelino Sábado, seis de junho, às quatro e trinta da manhã, o nosso bom padre superior dormiu em paz junto ao Senhor, após quarenta e cinco minutos de doce agonia. “[...] Choremos pelo bom padre, um digno superior e fundador, um santo padre de Maria, o nosso apoio, o nosso guia e terno consolador. [...] Nós teremos um protetor a menos na Terra, porém ele será ainda mais eficaz e poderoso no céu, junto à divina Maria, a quem ele nos ofereceu todos ao morrer. Circular do Ir. Francisco, L’Hermitage, 6/6/1840 Testamento espiritual “Eu vos peço também, meus queridos Irmãos, com toda a afeição de minha alma e por toda a afeição que tendes por mim, procederdes sempre de tal modo que a santa caridade se mantenha entre vós. Amai-vos uns aos outros como Jesus Cristo vos amou. Que não haja entre vós senão um mesmo coração e um mesmo espírito. Que se possa dizer dos Irmãozinhos de Maria como dos primeiros cristãos: “Vede como eles se amam”... É o mais ardente voto de meu coração neste último momento de minha vida. Sim, meus caríssimos Irmãos, atendei às últimas palavras de vosso pai, pois são as mesmas de nosso amado Salvador: “Amai-vos uns aos outros” (Jo 13,34.).” Testemunho do Irmão Lourenço “Uma mãe não tem mais ternura com seus filhos do que o padre Champagnat tinha conosco...” “No começo éramos muito pobres, tínhamos pão da cor da terra, mas nunca nos faltou o necessário...” “O bom pai era de uma personalidade alegre e doce, mas firme. Sabia mesclar palavras divertidas para alegrar a companhia dos demais.” Irmão Lourenço “Para bem educar as crianças é preciso antes de tudo amá-las, e amar a todas igualmente.” Carisma essência que nos diferencia Como e onde tudo começou O que é carisma? Graça do Espírito Santo confiada a alguém para o bem das pessoas, para as necessidades do mundo, em vista de uma missão. Carisma de Marcelino Dom para a Igreja e o mundo, que estamos convidados a continuar desenvolvendo. ESPÍRITO A maneira com que realizamos nossas ações: Vivência das virtudes (simplicidade, humildade e modéstia) e dos valores maristas CARISMA MARISTA ESPIRITUALIDADE MISSÃO Mariana e Apostólica. Espiritualidade de Champagnat. Evangelizar por meio da educação. Espiritualidade Marista (EAM) – Mariana e Apostólica Espiritualidade Mariana: do jeito de Maria • • • • • Disponibilidade ao Projeto de Deus. Confiança em Deus. Fé. Simplicidade, humildade. Serviço. Espiritualidade Apostólica • Horizontal, ativa, reconhecendo a presença de Deus em tudo e em todos os fatos. • Evangelizadores: anunciadores da Palavra/Boa-Nova. • Espiritualidade encarnada: em meio a crianças e jovens. Para saber mais Montagne Como e onde tudo Jovem começou O fato Montagne Um acontecimento, sem dúvida providencial, veio desfazer todas as incertezas do Pe. Champagnat, levando-o, sem mais delongas, a se ocupar da fundação do Instituto dos Irmãos. Chamado a confessar um jovem doente num povoado, pôs-se imediatamente a caminho, conforme seu costume. Antes de ouvi-lo em confissão, fez-lhe uma série de perguntas para saber se tinha as disposições necessárias para receber os sacramentos; estremeceu-se ao verificar que ele ignorava os principais mistérios, não sabendo nem mesmo se Deus existia. Aflito por encontrar um rapaz de doze anos mergulhado em tão profunda ignorância, e temendo vê-lo morrer nessa situação, sentou-se ao lado do doente e começou a ensinar-lhe os principais mistérios e as verdades essenciais da salvação. O fato Montagne Assim, levou duas horas para instruí-lo e confessá-lo. Não foi sem grandes dificuldades que conseguiu ensinar-lhe as coisas mais indispensáveis, pois o jovem se encontrava tão doente que mal entendia o que ele falava. Depois de o ter confessado e feito repetir, várias vezes, atos de amor a Deus e de contrição, a fim de dispô-lo a bem morrer, deixou-o para atender a outro doente, na casa vizinha. O fato Montagne Ao voltar, perguntou como estava o rapaz: “Morreu instante após sua saída”, responderam os pais em lágrimas. Então ficou alegre, por ter chegado em tempo, mas também temeroso, em razão do perigo em que estivera o jovem, cuja condenação eterna ele, talvez, acabava de impedir. Voltou todo compenetrado destes sentimentos, cismando: “quantos outros meninos se encontram, todos os dias, na mesma situação, correndo o mesmo risco, por não haver ninguém que os instrua nas verdades da fé”. E então, o pensamento de fundar uma sociedade de Irmãos, destinados a prevenir tão sérias desgraças, ministrando às crianças a instrução cristã, perseguiu-o com tamanha insistência que foi ter com João Maria Granjon e lhe comunicou todos os seus planos. [...] (FURET, 2004, p. 52) Obrigado!