A Educação Infantil é apresentada
na atual legislação brasileira como
a primeira etapa da educação
básica, onde a prática pedagógica
deve favorecer a construção do
conhecimento das crianças de 0 a 6
anos de idade.
Conforme Libâneo (2002), estas
tendências pedagógicas, que se têm
estabelecido nas escolas através das
ações educativas dos professores,
classificam-se em pedagogia liberal e
pedagogia progressista. Nas
pedagogias liberais, a escola é tida
como instrumento de preparação dos
indivíduos para a sociedade.
Nesse grupo, encontram-se a tendência
tradicional, a tendência renovada
progressista, a tendência renovada nãodiretiva e a tendência tecnicista.
Na tendência tradicional, o professor era o total
responsável pelo planejamento, não
considerando nem os interesses nem as
necessidades da criança, consolidando-se uma
prática pedagógica voltada para a construção
da moralidade, para o cuidado com a higiene
e para o treinamento de habilidades, através
das Unidades Didáticas.
A tendência progressista contemplava: a
globalização, o interesse e a participação
dos alunos, onde os conteúdos escolares
foram organizados em torno de um
Centro de Interesse.
Na tendência renovada não-diretiva, a
escola era responsável pela formação de
atitudes no indivíduo, onde a educação
estava centrada no aluno. Este buscava
por si mesmo os conhecimentos.
Já no enfoque educacional tecnicista, o
planejamento
didático
era
formal
e
previamente elaborado, introduzindo no
ensino uma pedagogia comportamental.
Visando a aquisição de habilidades, atitudes
e técnicas específicas. Dentro das pedagogias
progressistas, que fomentava a transformação
da sociedade através da análise crítica da
realidade,
destacaram-se
a
tendência
libertadora, a tendência libertária e a
tendência crítico social dos conteúdos.
A tendência libertadora ou método
de Paulo Freire abordou os Temas
Geradores como forma de
planejamento. Com concepções
epistemológicas semelhantes ao
planejamento por temas geradores,
encontram-se outras formas de
definir o currículo, difundidos
como Rede Temática ou Complexo
Temático.
Outra tendência progressista que partia da
análise crítica da realidade social era a
escola libertária, a qual se inseria num
projeto de modificação da sociedade,
como instrumento de resistência contra
a burocracia. Os conteúdos eram
colocados à disposição do aluno, mas
não era exigido, sendo o principal
conhecimento adquirido aquele
resultante das experiências grupais
desenvolvidos pelos alunos através da
auto-gestão.
E, finalmente, a tendência críticosocial dos conteúdos, assume os
Projetos de Trabalho como forma de
organizar o currículo, valorizando a
escola como mediadora entre o aluno
e o conhecimento.
Já no século XXI, é surpreendente que a
escola ainda transite com concepções
sócio-educativas do século XVII e
continue privilegiando as relações de
poder sobre as de saber. As inovações
no ensino devem acontecer dentro da
sala de aula, e em sintonia com a
realidade local, global, bem como em
coerência com aquilo que os alunos
esperam aprender.
É visível a distância entre a prática
efetiva e a intenção expressa nos
planos, o que salienta a falta de
sentido no planejamento,
colocando este, num campo de
disputas e controvérsias. Falta
consciência educacional no que se
refere à importância de planejar.
Para poder dar resposta ao conjunto
das suas missões, a educação deve
organizar-se em torno de quatro
aprendizagens fundamentais que,
ao longo de toda a vida, serão de
algum modo para cada indivíduo,
os pilares do conhecimento:
aprender a conhecer, isto é adquirir
os instrumentos da compreensão
aprender a fazer, para poder agir
sobre o meio envolvente; aprender
a viver juntos, a fim de participar e
cooperar com os outros em
todas as atividades humanas;
finalmente aprender a ser, via
essencial que integra as três
precedentes
Numa nova perspectiva para que a
escola possa cumprir seu papel
social e educativo, o professor deve
contextualizar a prática pedagógica
de forma a ensinar o seu aluno a
entender o significado do seu
aprender, através de experiências
inovadoras, entendendo assim,
como tirar das tantas
informações o seu saber.
Ao professor desta fase tão
significativa cabe o despertar deste
processo educativo, onde a escola
atual busca uma proposta
recriadora e transgressora para uma
escolarização que proporciona
desvincular-se de uma visão
tradicional, tecnicista e
descontextualizada.
O objetivo principal do planejamento é
possibilitar um trabalho mais
significativo e transformador na sala de
aula, na escola e na sociedade. O plano
escrito é o produto deste processo de
reflexão e decisão. Não deve ser feito
por uma exigência burocrática, mas, ao
contrário, deve corresponder a um projetocompromisso do professor, tendo, pois,
suas marcas.
Planejar é essa atitude de traçar,
projetar, programar, elaborar um
roteiro para empreender uma
viagem de conhecimento, de
interação, de experiências múltiplas
e significativas para com o grupo de
crianças.
Planejamento pedagógico é atitude
crítica do educador diante de seu
trabalho docente. Por isso não é
uma fôrma! Ao contrário, é flexível
e, como tal, permite ao educador
repensar, revisando, buscando
novos significados para sua prática
pedagógica.
(Ostetto, 2002, p. 177).
1- Planejamento baseado em listagem de
atividades: baseia-se em preencher o
tempo das crianças com atividades
organizadas para cada dia da semana.
Ex: 2ª feira - Recorte e colagem; Jogos
recreativos; Música com gestos;
Confecção de dobraduras. Neste tipo de
planejamento está privilegiada a “hora
da atividade”, a rotina, mais ligada aos
cuidados de higiene, alimentação.
2-Planejamento baseado em datas
comemorativas:
privilegia
o
calendário. Selecionam-se algumas
datas consideradas importantes
para a criança. Esse trabalho está
marcado pela fragmentação dos
conhecimentos, pois cada semana o
professor trabalha uma data que
não tem nada a ver com a outra,
ainda
superficialmente
e
descontextualizada.
3-Planejamento baseado em aspectos do
desenvolvimento – privilegia os aspectos do
desenvolvimento físico-motor, afetivo, social
e cognitivo. Entra em ação a preocupação
com
as especificidades da criança, caracterizandoa nos parâmetros da psicologia do
desenvolvimento. Esse tipo de planejamento
parte de um padrão universal de
desenvolvimento, desconsiderando as
características diferenciadas das crianças.
4-Planejamento baseado em temas
(tema integrador, tema gerador,
centros de interesse,unidades de
experiência) – neste formato, o tema é
o eixo que conduzirá o trabalho. Existe
preocupação com o interesse da
criança, sua realidade, suas
necessidades e questionamentos. Os
temas podem ser escolhidos pelo
professor ou emergirem de algo
significativo que o grupo vivenciou.
5- Planejamento baseado em
conteúdos organizados por áreas
de conhecimento – tendência
muito evidente nos últimos anos,
relaciona-se com a defesa da préescola como espaço pedagógico e,
portanto, lugar de conhecimento.
Esse tipo de planejamento traz
maior consistência ao trabalho
com os temas.
6- Planejamento por projetos – O projeto
traz a idéia de horizonte, de leitura de
grupo,podendo incluir o trabalho com
qualquer grupo de crianças, sendo que
para cada grupo um específico e único
projeto, articulando-se somente em
princípios e itens gerais. Tanto para
bebês quanto para crianças maiores, o
projeto seria viável considerando,
entretanto, conteúdos diferenciados,
conforme suas próprias características.
O projeto deve ter como base a
observação do grupo de crianças e
seus interesses. Estrutura-se
contemplando alguns itens básicos.
Aqui o educador delineia, a partir
de uma séria e intensa pesquisa, as
possibilidades de trabalho, os
assuntos a serem estudados, as
situações a serem propostas e as
atividades a serem realizadas.
Acredito ser necessário maior
envolvimento de todos (escola,
família, comunidade, governo) na
busca do conhecimento. Por outro
lado, os educadores devem tomar
consciência da importância da
busca do conhecimento, da busca
da qualificação de sua formação
profissional, tomar consciência do
papel de ser educador infantil.
Partimos do pressuposto que o ato
educativo na Educação Infantil, requer
um trabalho intencional e de
qualidade, onde cuidar e educar são
funções indissociáveis, sendo este, um
trabalho complexo. No cotidiano o
professor precisa estar inserido num
amplo processo de interação, onde o
ensino e a aprendizagem de forma
prazerosa e desafiadora requer a
capacidade de planejar e decidir.
“Planejar as tarefas é mais do que
distribuí-las em horários. É ter clareza
sobre sua real importância” (Débora
Dias Gomes – Pedagoga/RJ).
“Planejar é estar pronto para responder
aos desafios de mudança”
a-Unidade
b-Continuidade
c-Flexibilidade
d-Objetividade
e- Precisão e clareza
Como?
Por que ?
Quando?
Com quem?
Quanto?
Onde?
Para quem?
Quais os resultados?
Conteúdo:
Poesia
(Power
Point)
comentário
Objetivo: Fazer com que o aluno faça
interpretação do poema usando os
recursos do eu-lírico e eu-poético.
Estratégia – Levar na STE
Metodologia: Explicar o poema, elaborar
o mesmo e levá-los para a STE.
Avaliação: O aluno será avaliado de
acordo com interesse e
participação.
Cronograma: 6 aulas de acordo com o
horário na STE.
Início: 30/04/2010
Término:
-
Faltou o título do poema
Nome do autor
Cabeçalho do planejamento
Nome do professor
Nome da disciplina
Faltou esclarecer melhor o objetivo
Estratégia – como fazer, e não o
local
-
-
-
A avaliação está confusa
O início e final é do
planejamento
O professor utilizou expressões
subentendidas, ou seja,
sintetizou demais
Há planejamentos entregues na
Secretaria de Educação para
análise com apenas uma linha.
OSTETTO, L. E.; OLIVEIRA E. R. de. e MESSINA,
V. da S. 2001. Deixando marcas: a prática
do registro no cotidiano da educação infantil.
Florianópolis, Cidade Futura, 214 p.
OSTETTO, L. E. (Org.). 2002. Encontros e
encantamentos na educação infantil: partilhando
experiências de estágio. Campinas, Papirus, 200 p.
VASCONCELLOS, C. dos S. 1995. Planejamento:
plano de ensino-aprendizagem e projeto
educativo. São Paulo, Libertad, 204 p.
VASCONCELLOS, C. dos S. 2000. Planejamento:
projeto de ensino-aprendizagem e projeto
político-pedagógico. São Paulo, Libertad, 205 p.
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Processo Didatico - Planejamento na Educacao Basica