UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA NÚCLEO DE ASSESSORIA, TREINAMENTO E ESTUDOS EM SAÚDE Programa de Capacitação de Gestores da Macro-região Sudeste de Minas Gerais Capacitação dos Conselheiros de Saúde NATES UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA NÚCLEO DE ASSESSORIA, TREINAMENTO E ESTUDOS EM SAÚDE Programa de Capacitação de Gestores da Macro-região Sudeste de Minas Gerais Capacitação dos Conselheiros de Saúde O objetivo deste trabalho é contribuir para o avanço da política de saúde do município, através de uma efetiva participação dos conselheiros nas diversas instâncias de representação do setor. Este trabalho pretende criar espaços de democratização das informações, trocas de experiências e discussões dos conselheiros acerca dos limites e possibilidades no exercício do mandato. Para isto é preciso ativar o processo de educação permanente junto aos Conselheiros de Saúde, possibilitando reflexões sobre temas relevantes que contribuirão para a reflexão sobre o SUS, especialmente sobre a gestão do controle social do SUS. Para a realização desta capacitação iremos trabalhar com 9 oficinas temáticas que são encontros onde conselheiros e facilitadores refletirão sobre os temas propostos, construindo o conhecimento através do diálogo e participação de todos. Os dias, locais e datas serão combinados de acordo com a disponibilidade dos conselheiros e facilitadoras do projeto de capacitação. Os temas que serão trabalhados, foram selecionados a partir das orientações do Conselho Nacional de Saúde e das capacitações realizadas por entidades federais e estaduais e municipais, somadas à experiência advinda das capacitações apoiadas pelo NATES/UFJF. 1º Tema: Saúde em seu conceito ampliado 2º Tema: Histórico das Políticas de Saúde 3º Tema: Participação Popular / Controle Social 4º Tema: Atribuições dos Conselheiros de Saúde 5º Tema: Organização dos Conselhos de Saúde 6º Tema: Financiamento da Saúde no Brasil 7º Tema: Relações Interpessoais 8º Tema: Planejamento em Saúde 9º Tema: Agenda do Conselho 1 NATES UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA NÚCLEO DE ASSESSORIA, TREINAMENTO E ESTUDOS EM SAÚDE Programa de Capacitação de Gestores da Macro-região Sudeste de Minas Gerais LOCAL: ___________________________________________________ HORÁRIO E DATAS: Oficinas 1º 2º 3º 4º Temas Saúde: conceito ampliado História das políticas de Saúde no Brasil Duração 2 horas Participação Popular/ Controle Social Atribuição CS Organização do CS 3 horas 3 horas 4 horas 4 horas Financiamento da Saúde no Brasil 4 horas Relações interpessoais 4 horas Planejamento em saúde 4 horas Agenda do conselho 4 horas Assunto Alma Ata e OMS Constituição brasileira SUS: seus princípios e diretrizes; Programa de Saúde da Família Lei 8.080 e Lei 8.142 Data/Hora Atribuições Reuniões, Atas e Eleição do conselho Seguridade social (tripé: saúde, previdência e assistência social) Relação do CS com instâncias de deliberação, comunidade e com os profissionais de saúde Plano de saúde; Agenda de Saúde; Quadro de Metas Educação Permanente e Atividades Programadas 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA NÚCLEO DE ASSESSORIA, TREINAMENTO E ESTUDOS EM SAÚDE NATES Programa de Capacitação de Gestores da Macro-região Sudeste de Minas Gerais Capacitação dos Conselheiros de Saúde 1ºTema: “Conceito Ampliado de Saúde” TEMPO 20’ TEMA Identificação 30’ Apresentação do grupo 40’ Levantamento das expectativas e apresentação da proposta e montar o contrato 40’ Conceito ampliado de saúde OBJETIVO Recepção e Acolhimento Aproximação e reconhecimento do grupo METODOLOGIA Entrega do crachá e pastas; lista de presença MATERIAL Crachá, papel, canetas e pastas Dinâmica do Barbante: Solicitar aos participantes que se disponham em uma roda e pedir que o primeiro diga seu nome, onde mora e algo que goste. Segurar a ponta do barbante e dar para o segundo participante deverá repetir o que o primeiro disse. Processamento: trabalhar a importância do trabalho em grupo Conhecer o que o grupo espera da capacitação e esclarecer o objetivo dos encontros O facilitador desenhará previamente duas mãos em cartolinas Cartolinas brancas brancas onde serão anotadas as expectativas do grupo, bem em formato de como no que cada um pode contribuir (conhecimento, mão, hidrocor experiência, etc.) e explicar o porquê de anotar as expectativas dentro das mãos. Expor os objetivos: Educação Permanente Proporcionar a democratização das informações troca de experiências e discussão dos conselheiros acerca dos limites e possibilidades no exercício do mandato. Estabelecer contrato com os participantes Resgatar a partir das Dinâmica- A minha comunidade hoje, a minha comunidade Kraft; revistas; idéias dos como eu a quero: dividir o grupo em subgrupos de no tesouras; cola; fita 3 30’ 20’ 15’ conselheiros os fatores determinantes do processo saúde e doença. máximo 5 pessoas; pedir que cada subgrupo construa colagens/desenhos/palavras: uma expressando a comunidade em que vive hoje e outra como gostaria que essa comunidade fosse. Pedir que cada subgrupo apresente seu trabalho.Após as apresentações, pedir que aos participantes que reflitam sobre as problemáticas da comunidade que precisam ser resolvidas para que a distância entre a realidade e o desejado desapareçam. Processamento: O facilitador deverá construir uma ponte escrevendo as questões que precisam ser trabalhadas para diminuir essa distância. Caberá ao facilitador estimular o protagonismo dos alunos no sentido de buscar soluções para alguns problemas diagnosticados, considerando-se os limites e possibilidades de ação. Deve ser trabalhado enfocando tais problemáticas com a qualidade de vida e, portanto, o conceito ampliado de saúde.As reflexões desta oficina deverão retornar quando os conselheiros estiverem discutindo o planejamento. crepe; hidrocor e lápis de cera Sistematizar o conhecimento Direito a saúde: nosso Aprofundar a compromisso discussão e sensibilizar o grupo para o compromisso de coresponsabilização com a saúde Leitura dinâmica do texto Saúde Normalidade e Risco pág. 240 do Livro Curso Técnico de ACS – Texto complementar O monitor deverá desenhar previamente um cartaz com o contorno do mapa do Brasil que deverá estar fixado numa parede da sala. O monitor propõe ao grupo o seguinte questionamento: como podemos nos comprometer para mudar a realidade da saúde em nosso país? Solicitar que cada Conselheiro escreva num papel ou recorte uma gravura o seu compromisso e cole no mapa do Brasil. Processamento: Discutir sobre as contribuições que cada Conselheiro pode dar no cotidiano de sua prática, nas suas realidades, seus bairros, sua cidade. Dinâmica do cartão: cartões vermelhos, verdes e amarelos que serão depositados em uma urna conforme a opinião dos participantes. Xerox do texto Saúde Avaliação da oficina Avaliar o encontro Cartaz com o mapa em cartolina, revistas, tesouras, cola, hidrocor, fita crepe Papel cartão vermelho, verde e amarelo e caixa de sapato 4 Capacitação dos Conselheiros de Saúde 2ºTema: “Histórico das Políticas de Saúde” TEMPO 30’ 20’ 30’ 20’ TEMA Histórico das Políticas de Saúde no Brasil METODOLOGIA Dinâmica “Direitos à Saúde”: História das Políticas de Saúde no Brasil”. O facilitador deverá pendurar um cartaz com o título: “História das Políticas de Saúde no Brasil”. O facilitador deverá pegar uma por uma, tarjetas previamente confeccionadas com períodos importantes da história da saúde em nosso país (anexo 12). A cada tarjeta colada no cartaz o facilitador deverá perguntar aos conselheiros o que eles sabem dessa época, do que se lembram, como era o acesso a saúde? O facilitador deverá fomentar um debate entre os participantes de como foi o processo de construção da política de saúde no país. Deverá ressaltar a implementação do SUS, seus avanços e dificuldades. Princípios do SUS Conhecer as Dinâmica “Chuva de Idéias”: O facilitador deverá solicitar ao diretrizes do SUS, grupo que exponha os princípios do SUS. Deverá anotar todas as contextualizando-as á falas em papel kraft. Caso não sejam mencionados alguns realidade de sua princípios o facilitador deverá comentar sobre eles sem fazer as comunidade criticas. Dificuldades do Refletir sobre as Em subgrupo os conselheiros deverão ler o texto O Sistema SUS maiores dificuldades único de Saúde-SUS (pág. 58 do Livro Curso Técnico de ACS – texto complementar) e responderem as seguintes questões. do SUS 1-As diretrizes do SUS estão acontecendo em minha comunidade? 2-Que situações indicam que elas aconteçam? 3- Que situações indicam que elas não aconteçam? Apresentação dos cartazes e processamento OBJETIVO Resgatar o processo de construção das políticas de saúde a partir do conhecimento dos conselheiros Apresentar para o grupo os cartazes confeccionados e processar com o grupo as idéias MATERIAL Papel kraft; Tarjetas; Sacola; Papel Ofício; Caneta; Prêmios; Fita Adesiva. Papel kraft; Pincel Atômico Papel Kraft Xerox do texto Os subgrupos elegerão uma pessoa para apresentar as questões. Após as apresentações o facilitador estará levantando as idéias e discutindo a importância dos princípios e as dificuldades do SUS. Estas diretrizes do SUS facilitam o seu funcionamento?Como?Que fatores dificultam para que estas 5 40’ 30’ 10’ 20’ contidas nos cartazes diretrizes não aconteçam na comunidade?Como o conselheiro pode ajudar para que o SUS funcione de acordo com suas diretrizes. Atentar para as mudanças ocorridas na saúde no Brasil. Saúde da família Conhecer a história e Dividir o grupo em conselheiros dos mesmos bairros, regiões ou Kraft, caneta e o contexto atual da cidades, e orientar que respondam as seguintes questões: fita. Saúde da Família no 1- O que você sabe sobre a ESF no seu Município? seu município (A implantação da ESF quando começou, quantas UBS/equipes existem? ) 2- O que você sabe sobre a ESF na sua comunidade? (A sua comunidade possui UBS? Que atividades são desenvolvidas nas UBS? Quem são os componentes das equipes? O que mudou na comunidade com a implantação da ESF) Apresentação dos grupos processamento do facilitador esclarecendo dúvidas e reafirmando os pressupostos da ESF(saúde, família, trabalho em equipe, Educação em Saúde, planejamento, cadastramento, território...) Contribuição dos Estimular a reflexão Chuva de idéias: Pedir para que os conselheiros digam quais são Kraft, caneta e conselheiros no acerca do papel do os pontos positivos e os pontos negativos do ESF. O monitor fita. PSF conselheiro. deverá estar atento o que são problemas do programa e o que são problemas de financiamento do SUS. O SF é uma das estratégias que visa fortalecer os princípios do SUS, e, portanto deverá ser a política de Saúde do município. Lembrar o papel dos CLS em fiscalizar e participar do cotidiano das equipes com o objetivo de aproximar as intervenções da UBS/EQUIPE á realidade das comunidades. Conhecendo a Os conselheiros deverão agendar um horário com o supervisor da realidade da saúde UBS para obter as informações que ficaram incompletas e trazer em seu bairro, na próxima semana, para que possamos refletir os avanços e município desafios do SUS. Avaliação Avaliar a oficina Cartaz; Dinâmica “Carinhas”: realizada Solicitar que os participantes marquem no papel, a carinha que Canetinhas; Fita melhor corresponda ao seu sentimento em relação a esta oficina, Adesiva Carinhas vide anexo 1. 6 Capacitação dos Conselheiros de Saúde 3ºTema: “Participação Popular e Controle Social” TEMPO 15’ 30’ TEMA Recepção e acolhimento OBJETIVO METODOLOGIA Descontrair e acolher Dinâmica círculo invertido: Iniciar convidando o grupo o grupo para um desafio e solicitar que todos, de mãos dadas formem um círculo; • Quando todos estiverem no círculo, solicitar que os alunos soltem as mãos, girem para fora do círculo e novamente se dêem as mãos. Assim, forma-se um outro círculo com todos de frente para fora do círculo; • Informar ao grupo o desafio: voltar a posição inicial (todos de frente para dentro do círculo) sem soltar as mãos. O grupo deverá achar a solução até o final da música, ou até o comando do docente para finalização do desafio; • Colocar para o grupo que para vencer o desafio é preciso usar habilidades como cooperação, criatividade, liderança, comunicação, paciência, perseverança, etc. É importante incentivar o grupo a não desistir; • Vencido o desafio, perguntar a turma: • Que sentimentos têm agora? • Que habilidades humanas foram importantes para que o grupo vencesse o desafio? • Em quais desafios reais usamos essas habilidades? Estamos usando-as bem? Formas de Perceber o O facilitador convida o grupo a identificar os personagens de participação popular conhecimento, a uma comunidade, o facilitador deverá escrever um em cada opinião dos targeta (Exemplo: aluno, professora, padre, pastor, prefeito participantes sobre conselheiro, enfermeira, médico...). Cada conselheiro escolhe participação popular, um personagem, e deverá pensar como é a participação deste refletindo e personagem na comunidade. O facilitador distribuirá uma informando sobre o targeta em branco para que os conselheiros escrevam como é MATERIAL Não é no silêncio que os homens s fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação, na reflexão, 7 tema 30’ Participação Popular 15’ Processamento 10’ Organização dos Conselhos de Saúde 15’ Composição e organização dos Conselhos de Saúde a participação do seu personagem (autoritário apático, discorda, concorda, brigão, puxa saco, liderança, preguiçoso...). Para o anonimato o facilitador recolhe as targetas somente sobre a participação e redistribui aleatoriamente para o grupo. Processamento: Refletir sobre formas de participação, cada um participa de um jeito. Relacionar com a realidade da participação popular. Discutir a percepção Dividir os participantes em subgrupos (em cada um deverá Folhas de ofício, kraft, hidrocor de participação ter, no máximo, 8 membros). Fornecer as seguintes perguntas popular que os para cada subgrupo: integrantes do grupo 1. Para vocês o que é participação popular? têm de acordo com 2. Como vocês têm participado? sua vivência 3. Quais as formas de participação que vocês conhecem? 4. Como está organizada a participação popular no seu bairro? Abrir para debate. Processar a discussão O facilitador deverá, ao longo do debate, abordar as seguintes Kraft, hidrocor e sobre participação questões: dificuldades na participação / influências políticas; cópias da lei popular participação popular como pressuposto do SUS e PSF; 8.142/90(anexo 2) participação popular é um processo, exercício cotidiano; falar dos avanços, participação micro X macro; instâncias de deliberação (CLS, CRS, CMS); diferença entre ações comunitárias e participação popular. Distribuir aos participantes a Lei 8.142. Apresentar a estrutura O facilitador deverá construir uma pirâmide, que represente a Cartolina; Pincel organizacional dos estrutura dos conselhos, disposto da seguinte maneira: Base Atômico; Fita conselhos “CLS”, Meio “CRS”, Acima “CMS”, Topo “CES”, Ápice Adesiva “CNS”. Ressaltar diferenças das instâncias Municipais Discutir com o grupo Perguntar ao grupo como são organizados os Conselhos de a composição e saúde na sua realidade (quantos membros têm e quais organização dos segmentos eles representam – usuário, profissional de saúde, conselhos prestador de serviço e governo). Trabalhar com o grupo a 8 5’ Avaliação Avaliar o encontro questão da paridade e das funções internas dos Conselhos Locais e Municipais. No final, apresentar um cartaz com os gráficos de representação da composição dos Conselhos. Avaliar com uma palavra. “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação, na reflexão”(Paulo Freire) 9 Capacitação dos Conselheiros de Saúde 4ºTema: “Atribuição dos Conselheiros de Saúde” TEMPO 15’ TEMA Responsabilidade e comprometimento 20’ Atribuições dos Conselheiros 10’ Apresentação dos subgrupos 10’ Processamento da Dinâmica 15’ Trabalho Coletivo 10’ Apresentação dos subgrupos OBJETIVO METODOLOGIA MATERIAL Introduzir a temática Dinâmica “Não é Comigo”:. Distribuir para aos 3 Cópias do Texto participantes cópia do texto em anexo. Escolher um membro para ler a estória e em seguida discutir se observam esta situação no seu cotidiano .Texto vide anexo 3. Discutir quais são as Dividir o grupo em até 3 subgrupos. Distribuir tarjetas Tarjetas de atribuições dos contendo frases que descrevem o que é, e o que não é Cartolina; Pincel conselheiros Atômico atribuição dos conselheiros. Pedir aos conselheiros que discutam e separem o que é ou não atribuição deles. Podendo acrescentar atribuições que julgarem necessárias. anexo11 Apresentar para o Dispor 2 folhas de papel Kraft, onde serão fixadas as tarjetas Papel kraft; grupo o que foi que os subgrupos selecionarem, como sendo atribuição e não Fita Adesiva discutido em cada atribuição dos conselheiros. subgrupo Discutir com o grupo O facilitador deverá ler cada tarjeta, discutindo com os as atribuições do conselheiros porque ela é ou não uma atribuição. Abrir conselho espaço para acrescentar outras atribuições. Papel kraft; Dinâmica “Construção Coletiva”: O grupo deverá ser dividido em 2 subgrupos. O primeiro Tesouras; Colas e receberá a tarefa de construir um boneco, utilizando recortes Revistas de revistas. Os membros do segundo grupo receberão individualmente a tarefa de recortar da revista parte do corpo de um boneco (cabeça, tronco, perna, braço, pé, mão, etc.). Os membros deste subgrupo não deverão comunicar entre si. Apresentar o trabalho Os membros do subgrupo 2 serão convidados, um a um, para Folhas de Papel realizado por cada montar o boneco com as partes que recortaram. Em seguida o kraft; Cola subgrupo subgrupo 1 deverá apresentar o boneco que construiu. Discutir com os conselheiros a importância da realização de um trabalho coletivo 10 15’ Processamento da Dinâmica 10’ Atribuição do CS 10’ Atribuição do CS 10’ Avaliação Refletir com o grupo os resultados do trabalho realizado coletivamente Sedimentar conhecimento Refletir sobre as atividades desta oficina Avaliar a oficina realizada O facilitador solicitará que os participantes comentem a experiência vivenciada por cada subgrupo e os resultados destes trabalhos. Associando esta reflexão com o trabalho coletivo. Se necessário o facilitador poderá fazer uma leitura dinâmica do texto sobre Atribuição do CLS Apresentação da música: Sal da Terra. Aparelho de Som; Letra da música vide anexo 4. CD; Cópias da Letra da Música O facilitador deverá distribuir tiras de papel ofício para cada Tiras de papel; conselheiro e solicitar que escrevam uma palavra que Canetinhas e Urna expresse sua avaliação sobre a oficina. Em seguida deposite em uma urna. 11 Capacitação dos Conselheiros de Saúde 5ºTema: “Relações Interpessoais” TEMPO 20’ 30’ TEMA Reflexão subjetiva Relações Interpessoais OBJETIVO Refletir individualmente sobre as características pessoais que influenciam nas relações interpessoais METODOLOGIA Iniciar a dinâmica com uma música de relaxamento. Solicitar que os participantes fechem os olhos e reflitam sobre suas características. Se são pessoas comunicativas / introvertidas; pacientes / impacientes; se sabem ouvir o outro ou não; se são observadoras, distraídas; como se comportam quando recebem críticas ou quando tem que criticar alguém; se têm facilidade para trabalhar em grupo; se sabem compartilhar; se são otimistas ou pessimistas; são participativos ou mais reservados; se exercem função de liderança; se têm envolvimento com o trabalho; se são egoístas. Quais são as características que facilitam o relacionamento com os outros? E a que dificultam? Após reflexão anotar em um papel uma qualidade e em outro uma dificuldade. Depositar os papéis em caixas previamente preparadas para esse fim (duas caixas com cores diferentes – uma para colocar as dificuldades e a outra para as qualidades). 2º momento: Redistribuir os papéis de forma que cada participante não fique com as tiras por eles escritas. Cada um deve ler uma qualidade e uma dificuldade como se fosse sua e apresentando uma alternativa para superação desta última. MATERIAL Papel, 2 caixas, CD, som e canetinhas Processamento: trabalhar a importância da diversidade, a capacidade de auto transformação do ser humano, a crítica como possibilidade de crescimento pessoal. Relacionar o tema com as relações entre os conselheiros. Discutir como o CLS Dividi-los em 3 subgrupos e cada um deverá discutir 2 das Kraft, hidrocor, se relaciona com os seguintes questões: papéis, canetas, diversos segmentos 1. Como é a relação dos conselheiros entre si? Texto o que é ser 2. Como é a relação dos conselheiros com os gestores? conselheiro 3. Como é a relação entre os conselheiros locais com os (anexo 5) 12 5’ Avaliação Avaliar o encontro regionais e municipais? 4. Como é a relação dos conselheiros com os profissionais da UBS? 5. Como é a relação dos conselheiros com a comunidade e com as outras entidades representativas da comunidade (SPM, Igrejas, Escolas, etc.)? 6. Quais são os principais parceiros dos conselheiros? Processamento: Pontuar principais pontos discutidos no kraft. Avaliar acessibilidade, consenso, diálogo (como acontece se acontece, quando e em que momento acontece). Como é a relação com as outras entidades? Há parceria, diálogo? Encerrar a discussão com o texto “o que é ser Conselheiro” e “Fila Indiana” (anexo 6) Dinâmica das Palmas: Pedir para que cada participante avalie o encontro da seguinte maneira: • 1 palma: encontro ruim; • 2 palmas: encontro bom; • 3 palmas: encontro ótimo. Solicitar que processem a avaliação em seqüência. 13 Capacitação dos Conselheiros de Saúde 6ºTema: “Organização dos Conselhos de Saúde” TEMPO 20’ TEMA Descontração e Reflexão 20’ Processamento 30’ Organização dos Conselhos de Saúde OBJETIVO Refletir sobre as diferenças do grupo METODOLOGIA Introduzir a temática: Organização dos Conselhos de Saúde Dinâmica da Ilha Deserta: Dividir os participantes em 2 subgrupos e distribuir "Kits de sobrevivência" para os viajantes – feitos em tarjetas de cartolina, contendo: água, comida, som, barraca, kit de higiene pessoal, remédios, TV, secador de cabelo, 1 mala de roupas, colchão, fósforo, caixa de isopor. Os kits escolhidos deverão ter no máximo 5 componentes. • Processamento: O facilitador ao final da dinâmica solicitará aos participantes relatem como foi a experiência. Como chegaram a um consenso do que levariam? Todos os membros do grupo participaram e concordaram com a decisão final? As opiniões distintas foram acolhidas? Qual o papel que cada membro desempenhou no processo de tomada de decisão? Como foram escolhidas as prioridades em Dinâmica do Conto e Gesto: dividir os participantes em grupos de três. Pedir que um fique ao meio, um à frente e outro atrás. O participante do meio deverá repetir gestos e palavras aleatórias faladas pelo participante da frente, além de ouvir uma história (criada na hora) narrada pelo participante que está atrás dele. Tudo isto com um fundo musical barulhento. Todos os participantes deverão passar pela posição do meio ao comando do facilitador. Os participantes irão relatar seus sentimentos durante a dinâmica e as dificuldades encontradas. Refletir sobre a Correlacionar as reflexões com a organização dos CS, comunicação/organiz ressaltando a importância da comunicação, priorização das ação no Conselho ações, superação de dificuldades /alternativas possíveis MATERIAL Fita Adesiva Tiras de Papel Oficio; Pincel Atômico 14 30’ Eleição de Prioridades I 20’ Eleição de Prioridades II 20’ Processamento da Dinâmica 20’ Intervalo 30’ Funcionamento do Conselho Local de Saúde 20’ Processamento da dinâmica 10’ Avaliação relação ao que deveria ser levado? Foram respeitadas as opiniões divergentes? Houve conflito? Como este foi trabalhado pelo grupo? Ressaltar a importância e construção do processo democrático nas decisões a serem tomadas pelos conselheiros. Introduzir o tema: Divide-se o grupo em 2 ou 3 subgrupos. Será distribuído, Cópia dos Textos eleição de prioridades para cada subgrupo uma situação - vivencial diferente, para que eles elejam dentro daquela realidade 3 prioridades na área da saúde. O grupo deverá eleger também um relator. Situação - vivencial vide anexo 7. Debater o tema: Cada relator deverá ler suas 3 prioridades e o grupo deverá eleição de prioridades eleger dentre as 9 prioridades, 3 que julgarem mais importantes, seja por consenso ou votação. Refletir com o grupo O facilitador deverá discutir com o grupo como se dá o o processo de escolha processo de escolher prioridades de trabalhos para o das prioridades conselho. O que deve ser levado em conta? O interesse é individual ou coletivo? Quais foram os critérios utilizados? Foram levados em conta critérios de priorização, como: prevalência, gravidade? Descanso e Proposta de música. Aparelho de Som; Descontração CD; Lanche Discutir o Solicitar que um grupo voluntário se organize para simular funcionamento do uma reunião do Conselho. Enquanto isso, o grupo estante CLS deve se reunir e montar um roteiro de como deve ser uma reunião. Em seguida, o grupo deverá encenar. Discutir pontos O facilitador deverá discutir com o grupo questões como: Papel kraft; Fita importantes para a local, horário, pautas, livro de presença, livro de atas, Adesiva; Pincel organização da regimento interno para a realização das reuniões do Atômico reunião dos conselhos Conselho. Os pontos levantados deveram ser anotados em papel kraft. Avaliar com o grupo Solicitar que cada participante avalie o dia através de uma Papel kraft; Pincel a oficina realizada palavra (bom, regular, ruim), que será anotada em papel kraft. Atômico 15 Capacitação dos Conselheiros de Saúde 7ºTema: “Planejamento em Saúde” TEMPO TEMA OBJETIVO METODOLOGIA MATERIAL 60’ Planejamento em Saúde Suscitar a discussão acerca do planejamento em saúde Dinâmica de Planejamento: Como você gostaria de estar daqui a quatro anos e o que precisará para que isto se realize. Processamento: Anotação de alguns planos no quadro, ressaltando: • Planejamento – Sujeito a mudanças, pensado para causar mudanças/ atingir objetivos; • Plano – Produto do planejamento de um processo coletivo. Dependem de colaboração, negociação e conciliação de interesses. Discutir a importância do planejamento em saúde. “AlicePoderia me dizer, por favor, qual o caminho para sair daqui?” Papel kraft, hidrocor e fita crepe 60’ Planejamento em Saúde (Agenda de Saúde, Plano de Saúde, Quadro de Metas e Relatório de Gestão) Construir o conceito de planejamento em saúde, agenda de saúde, plano de saúde, quadro de metas e relatório de gestão 20’ Intervalo Descanso e Dinâmica das Tarjetas: Utilizar tarjetas, previamente Hidrocor, cartolina e confeccionadas, com os seguintes títulos: planejamento em fita crepe saúde, plano de saúde, agenda de saúde, quadro de metas, orçamento e relatório de gestão. E também tarjetas com seus respectivos conceitos. Dividir os participantes de acordo com seus Conselhos (se houver apenas um conselho, este deve ser dividido em subgrupos). Distribuir as mesmas tarjetas tanto para um subgrupo quanto para o outro e pedir que reflitam sobre qual conceito se adequa com o título. O facilitador deve pendurar um cartaz com os títulos já escritos, para que cada subgrupo encaixe suas tarjetas nos títulos já dispostos. Eleger um representante em cada subgrupo para apresentar as tarjetas. Tarjetas vide anexo 8. Processamento das informações. Proposta de música. Aparelho de Som; 16 60’ Planejamento em Saúde 10’ Planejamento 10’ Avaliação da oficina Descontração Refletir a prática do conselheiro Sedimentar conhecimento Avaliar o encontro CD; Lanche Manter a divisão em subgrupos (por Conselhos, preferencialmente) e oferecer a cada um problemas para serem discutidos e priorizados para a construção de um planejamento, que deve conter as seguintes etapas: problema/prioridade, plano, quadro de metas, orçamento, monitoramento e avaliação. O facilitador deve dar para cada subgrupo um quadro previamente confeccionado com estas etapas já dispostas para que elas sejam apenas preenchidas. Quadro vide anexo 9. Sugestões de problemas: meio ambiente, depredação do patrimônio público, violência, desemprego, adolescentes, etc. Processamento: Apresentação dos subgrupos. Processamento pelo monitor que deverá estar atento a: problemas da comunidade resgatando o conceito ampliado de saúde, critérios de priorização, planejamento em saúde na atenção primária, conhecimento dos sistemas de informação, coerência entre quadro de metas e orçamento, importância de avaliar e monitorar a verba pública. Se necessário o facilitador poderá fazer uma leitura dinâmica do texto sobre Planejamento Dinâmica da Árvore: Fazer um tronco de árvore (papel marrom) e colocar no quadro. Fazer vários recortes em formato de folhas de árvore de papel verde. Entregar os recortes de folhas para os participantes e pedir que estes escrevam com uma palavra o que acharam do encontro. Papel marrom, papel verde, hidrocor e fita crepe 17 Capacitação dos Conselheiros de Saúde 8ºTema: “Orçamento/Financiamento” TEMPO 20’ TEMA Descontração 20’ Orçamento 10’ Apresentação dos subgrupos 30’ Processamento da dinâmica OBJETIVO Descontrair e socializar o grupo METODOLOGIA MATERIAL Dinâmica da “Carruagem”: O facilitar deverá distribuir Estória da para cada participante uma tira de papel contendo nomes de carruagem; Papel partes da carruagem. A partir da estória lida pelo facilitador Ofício; Tesoura; as pessoas deverão se manifestar com palmas, toda vez que Pincel atômico for citada a sua parte. Quando for citada a palavra carruagem todo o grupo deverá aplaudir. (anexo 10). Introduzir a temática: Dividir o grupo em 2 ou 3 subgrupos. Solicitar que cada Papel kraft; Papel Orçamento subgrupo elabore um orçamento familiar fictício, contendo Ofício; Pincel todos os ganhos e gastos previsíveis de um mês. Os Atômico subgrupos deverão eleger um relator para apresentar seus orçamentos em papel kraft. Apresentar para o Cada relator, de cada subgrupo deverá expor de maneira Fita Adesiva grupo os orçamentos breve e objetiva o orçamento familiar fictício que seu elaborados subgrupo elaborou. Discutir a elaboração Comparar a previsão de um orçamento familiar com a Papel kraft; Pincel de um orçamento elaboração de um orçamento municipal. Essa previsão é o Atômico que se chama Orçamento Público. Definição de Orçamento Público: previsão de receitas e despesas no período de um ano. Ele é definido através das Leis de Diretrizes Orçamentárias, que são votadas pelo Poder Legislativo e devem cobrir as despesas definidas nos Planos de Saúde. Neste momento, o facilitador deve apresentar um cartaz com os pontos principais a cerca do papel dos conselhos: acompanhar o processo orçamentário (levantamento das necessidades da localidade, definição dos recursos, discussão e aprovação da proposta elaborada pela Secretaria de Saúde, acompanhamento da discussão e votação do Poder Legislativo, sanção do Poder Executivo), bem como fiscalizar 18 sua execução. 20’ Financiamento 20’ Intervalo 30’ Processamento da Dinâmica 10’ Avaliação Introduzir a temática: Dividir o grupo em 2 subgrupos. Distribuir para cada Cartolina; Pincel Financiamento subgrupo placas com frases que envolvem a história do Atômico; Fita financiamento da saúde antes e depois do SUS. Placas: 1) Adesiva Usuários da saúde pagam INAMPS; 2) Governo Federal financia os gastos com a saúde no país; 4) 30% do orçamento da Seguridade Social destinado à saúde; 5) Financiamento combinado entre as três esferas: Federal, Estadual e Municipal. Solicitar aos subgrupos que organizem as placas em ordem cronológica na linha do tempo exposta no chão, no centro da sala. A linha deverá conter algumas datas importantes dessa trajetória: 1980; 1986; 1988; 2000. O grupo 1 deve organizar suas placas acima da linha e o grupo 2 abaixo da linha. Descanso e Proposta de música. Aparelho de Som; Descontração CD; Lanche Refletir sobre a trajetória do financiamento da saúde Avaliar com o grupo a oficina realizada Debater com o grupo as mudanças ocorridas no financiamento da saúde ao longo dos anos e como a saúde é financiada hoje. Leitura de texto sobre o Financiamento da saúde Solicitar que o grupo avalie a oficina, classificando-a como boa, regular ou ruim e justifique o porquê de sua resposta. 19 Capacitação dos Conselheiros Locais de Saúde 9ºTema: “Agenda dos Conselhos de Saúde” TEMPO TEMA OBJETIVO METODOLOGIA 30’ Agenda do Conselho (conceito) 30’ Agenda do Conselho Construir a agenda do Solicitar aos subgrupos da dinâmica anterior que construam a CS e/ou refletir sobre agenda de seu CS para o ano de 2011, caso ela já exista, a agenda existente solicitar que eles reflitam sobre como foi construída, quais os pontos abordados, se estes são pertinentes e se adéquam as reais necessidades dos conselheiros. O facilitador deverá auxiliar os subgrupos na construção ou reflexão da agenda. Cada porta-voz apresentará a agenda do seu CS em papel kraft, que deverá ficar exposta na sala. Logo após a apresentação haverá um momento para discussão e troca desta experiência. MATERIAL Construir o conceito Em plenária solicitar que construam o conceito de Agenda, Papel ofício, papel de agenda sua importância, se já elaboraram uma no CS e como foi o kraft, caneta pilot, processo de elaboração. Anotar as principais questões no fita crepe Kraft. • Processamento: o facilitador deverá sintetizar o conceito, explicitando qual a sua importância e os temas mais freqüentes das agendas (organização e funcionamento dos CLS; atenção e gestão da saúde; financiamento; recursos humanos e estratégias de informação, educação e comunicação em saúde). Caso o grupo não tenha vivenciado a construção de uma agenda, apresentar um exemplo concreto (construir). Propor a inclusão na agenda de educação permanente como forma de continuidade da capacitação em curso. Papel kraft, hidrocor 20 20’ Discussão das oficinas anteriores 10’ Avaliação Resgatar os encontros Pontuar em papel kraft os temas abordados na capacitação, Caneta Pilot, papel anteriores sua correlação e importância destes para a prática dos kraft, fita crepe conselheiros. Processamento: o facilitador deverá sintetizar os temas de maneira que os participantes possam refletir sobre a capacitação (temas abordados). Apresentar o cartaz construído no primeiro dia sobre expectativas e contribuição de cada um. Solicitar que reflitam sobre como estão saindo da capacitação Avaliar o encontro Cada participante avaliará a capacitação (carga horária, local, Formulário de profissionais, conteúdo, dinâmicas, material) instrumento de avaliação (anexo avaliação elaborado. 11) 21 ANEXOS Anexo 1 – Desenho das Carinhas para avaliação (OFICINA 2: Histórico das Políticas de Saúde) BOM REGULAR RUIM 22 Anexo 2 – Lei 8.142/90 Lei Nº 8.142 de 28 de Dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde - SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Art. 1º - O Sistema Único de Saúde - SUS de que trata a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas: I - a Conferência de Saúde, e II - o Conselho de Saúde. § 1º - A Conferência de Saúde reunir-se-á cada 4 anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por este ou pelo Conselho de Saúde. § 2º - O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. § 3º- O Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde CONASEMS terão representação no Conselho Nacional de Saúde. § 4º - A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências de Saúde será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos . § 5º - As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terrão sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio aprovados pelo respectivo Conselho. Art. 2º- Os recursos do Fundo Nacional de Saúde - FNS serão alocados como: I - despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da administração direta e indireta; II - investimentos previstos em Lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional; III - investimentos previstos no Plano Quinquenal do Ministério da Saúde; IV - cobertura da ações e serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios, Estados e Distrito Federal. Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste artigo destinar-se-ão a investimentos na rede de serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais ações de saúde. Art. 3º- Os recursos referidos no inciso IV do art. 2º desta Lei, serão repassados de forma regular e automática para os Municípios, Estados e Distrito Federal de acordo com os critérios previstos no art. 35 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. § 1º - Enquanto não for regulamentada a aplicação dos critérios previstos no art. 35 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, será utilizado, para o repasse de recursos, exclusivamente o critério estabelecido no § 1º do mesmo artigo, § 2º - Os recursos referidos neste artigo serão destinados, pelo menos setenta por cento, aos Municípios, afetando-se o restante aos Estados. § 3º - Os municípios poderão estabelecer consórcio para execução de ações e serviços de saúde, remanejando, entre si, parcelas de recursos previstos no inciso IV do artigo 2º desta Lei. Art. 4º - Para receberem os recursos, de que trata o art. 3º desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com: I - Fundo de Saúde; II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto nº 99.438, de 7 de agosto de 1990; III - plano de saúde; IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4º do art. 33 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990: V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento; 23 VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de (dois) anos para a sua implantação. Parágrafo único - O não atendimento pelos Municípios, ou pelos Estados, ou pelo Distrito Federal dos requisitos estabelecidos neste artigo, implicará em que os recursos concernentes sejam administrados, respectivamente, pelos Estados ou pela União. Art. 5º - É o Ministério da Saúde, mediante Portaria do Ministro de Estado, autorizado a estabelecer condições para a aplicação desta Lei. Art. 6º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7º - Revogam-se as disposições em contrário. 24 Anexo 3 – Dinâmica “Não é Comigo” (OFICINA 4: Atribuição dos Conselheiros de Saúde) Texto: Não é Comigo Esta é uma estória sobre 4 pessoas: Todo Mundo, Alguém, Qualquer Um, e Ninguém. Havia um importante trabalho a ser feito e Todo Mundo tinha certeza de que Alguém o faria. Qualquer Um poderia tê-lo feito, mas Ninguém o fez. Alguém se zangou porque era um trabalho de Todo Mundo. Todo Mundo pensou que Qualquer Um poderia fazê-lo, mas Ninguém imaginou que Todo Mundo deixasse de fazê-lo. Ao final, Todo Mundo culpou Alguém quando Ninguém fez o que Qualquer Um poderia ter feito! 25 Anexo 4 – Música o Sal da Terra (OFICINA 4 : Atribuição dos Conselheiros de Saúde) Anda, quero te dizer nenhum segredo, Falo desse chão, da nossa casa, Vem que ta na hora de arrumar Tempo, quero viver mais duzentos anos Quero não ferir meus semelhantes, Nem por isso quero me ferir Vamos precisar de todo mundo, Pra banir do mundo a opressão Para construir a vida nova, Vamos precisar de muito amor A felicidade mora ao lado, E quem não é tolo pode ver. A paz na Terra, amor, o pé na terra, A paz na Terra, amor, o sal da ... Terra, és o mais bonito dos planetas Tão te maltratando por dinheiro Tu que és, a nave nossa irmã. Canta, leva tua vida em harmonia E nos alimenta com teus frutos, Tu que és do homem a maçã. Vamos precisar de todo mundo Um mais um é sempre mais que dois Pra melhor juntar as nossas forças, É só repartir melhor o pão Recriar o paraíso agora para merecer O que vem depois. Deixa nascer o amor Deixa fluir o amor Deixa crescer o amor Deixa viver o amor O sal da terra, amor... 26 Anexo 5 – Texto: “O que é ser Conselheiro?” Ser Conselheiro de Saúde é, antes de tudo, uma função política. Ele não pode deixar de prestar atenção aos conflitos que se armam e que acompanham todas as etapas da sua tarefa, obrigando-o a agir com habilidade, paciência e perseverança, para desmontar armadilhas políticas e burocráticas e perseguir negociações, em nome da obtenção de resultados consensuais, que tornarão os Conselhos mais produtivos. Para isso, é forçoso que, muitas vezes, sejam deixados de lado interesses pessoais, interferências partidárias e outras, ainda que legítimas no jogo das forças democráticas. Isso tudo em favor de uma atitude que privilegie o bem-estar da população, que ali está representada. É a esse bem-estar, especialmente no que diz respeito às demandas do segmento de que é representante, que o Conselheiro deve visar, no desempenho rotineiro de sua função. Anexo 6: Texto “A fila Indiana” Somos pessoas que possuem qualidades e defeitos... Em nossa vida, devemos nos imaginar como pessoas que caminham em fila indiana, um na frente do outro. Nesse caminho, carregamos conosco dois balaios: um que colocamos a nossa frente, onde carregamos nossas qualidades que escolhemos deixar visíveis aos nossos olhos e outro, que levamos em nossas costas, onde depositamos nossos defeitos que preferimos não enxergar. Na medida em que caminhamos, olhamos somente nossas qualidades e os defeitos dos outros que estão na nossa frente. É necessário refletirmos sobre nossos sentimentos em relação aos outros, afinal temos um cesto de qualidades, mas, também possuímos outro com nossos defeitos! 27 Anexo 7 – Estudo dos textos da Situação-vivencial (OFICINA 6: Organização dos Conselhos de Saúde) Primeira Situação-vivencial: Falta de Saneamento Básico Entre os meses de abril e junho de 2001, morreram 15 pessoas em um bairro da periferia da cidade, adultos e crianças, de ambos os sexos, a maioria com um quadro de febre, dor de cabeça e manchas na pele. O bairro com 4.500 habitantes não tem água encanada, esgoto ou coleta de lixo regular. Também não tem serviços de saúde e suas ruas não são pavimentadas. É considerado o bairro de pior qualidade de vida da cidade. Em maio, quando já havia 10 pessoas mortas sem diagnóstico claro, instala-se o pânico entre os moradores. Famílias abandonam as suas casas e seu comércio. Qualquer dor de cabeça é motivo de desespero. Forma-se filas nas portas de ambulatórios e hospitais da cidade. Moradores se organizam e fazem organização em frente à prefeitura. A calamidade “estoura” nas manchetes dos jornais. Então já havia 13 mortos, 3 deles com diagnóstico de meningite meringocócica. Como as demais mortes permaneciam com causas ignoradas, os técnicos do Serviço de vigilância Epidemiológica do Estado, chegaram a suspeitar de algum tipo de doença “emergente” desconhecida. O secretário estadual de Saúde nega a existência da epidemia de meningite, pois em todo o estado, até este período do ano, diz ele, o esperado é até 160 casos dessa doença. Mesmo com a ocorrência das mortes em território bem delimitado, ou seja, o bairro da periferia, as autoridades não queriam assumir a gravidade do problema, tratando como “situação esperada”. O prefeito da cidade declara então que “a cidade tem cerca de 100 mil habitantes. Em 90 dias, morreram 13 pessoas. Dentre o esperado, para a meningite, esses casos ainda são poucos”, arremata ele. Um morador, revoltado, disse que “se para ele é pouco, para mim, que perdi esposa e filha foi muito”. No dia seguinte, o prefeito pede desculpas, dizendo-se mal interpretado, e promete obras de atenção à saúde. No final de junho, ocorrem mais 2 mortes com as mesmas características. É então nesse momento que a coordenação de controle de Vetores da Vigilância Sanitária do Estado contata a triste realidade: no bairro existiam 20 ratos para cada cidadão. Não havia nada de novo: a peste era o descaso. A maioria das mortes, nem todas esclarecidas, foi por leptospirose, doença infecciosa transmitida pelo rato. Precisou-se de uma tragédia para que fossem feitas as obras de esgoto, reivindicadas pelo povo e prometidas em campanha. Uma moradora declara que, “se tivessem tomado providências quando a minha filha morreu, não teria acontecido toda essa mortandade”. 28 Segunda Situação-vivencial: Relação Público X Privado no SUS: O problema da falta de recursos de leitos hospitalares O problema principal daquela cidade é a falta de assistência na hora da doença. O único hospital que existe, é o Santa Lúcia, é do grupo de médicos e, como eles acham que o SUS paga pouco, destinam apenas 20 dos seus 80 leitos para os pacientes do SUS. Com isso, a população sofre e o prefeito tem que mandar, a toda hora os doentes para serem atingidos em outro município vizinho. Esse assunto já foi discutido no conselho e já houve uma proposta de aumentar os leitos credenciados para o SUS no Hospital Santa Lúcia para atender melhor os conselhos. No entanto, os proprietários não aceitaram esta ampliação de vagas para o SUS. Um conselheiro propôs então o descredenciamento total do hospital, o que também não foi aceito pelos donos, pois alegaram que, dessa forma, o hospital iria “falência”, pois uem sustentava “básico” era o SUS. Por outro lado, o secretário de Saúde, bem como o prefeito, apóiam os médicos proprietários do hospital e concordam que o SUS paga pouco. Para eles, é um certo incomodo ter que mandar a ambulância levar os doentes para outra cidade todos os dias. Apesar disso, ainda acham a melhor solução. Para a população, é sofrimento e risco. Há historias de crianças nascendo no meio do caminho, doentes que não agüentam a distancia da cidade e morrem antes de chegar ao socorro, o mesmo acontecendo com os acidentados. Terceira Situação-vivencial: Integralidade e Modelo Assistencial O secretario de Saúde de Miracema do Oeste implantou o Programa de Saúde da Família (PSF) no seu município. Para isso, fez um projeto e após aprovação no Conselho Municipal de Saúde, encaminhou-o à Comissão Intergestores Bipartite – CIB estadual – que o remeteu ao Ministério da Saúde para qualificação das equipes e assim receber o incentivo financeiro. Ele sabia que este é um programa prioritário do governo federal, definindo como estratégia para implementação do SUS. Como a prefeitura decidiu não realizar concurso para contratar os (as) trabalhadores (as) para as equipes de saúde da família, o secretário buscou uma cooperativa para contratação do pessoal. Dentre os trabalhadores das equipes contratadas, havia um ginecologista e um pediatra. No final de seis meses, as famílias cadastradas por essas equipes começaram a reclamar, pois não se oferecia atendimento para as pessoas que tinham pressão alta e diabetes. O ginecologista dizia que somente iria atender mulheres e, assim mesmo, nos assuntos de sua competência. O pediatra, por sua vez, somente queria atender crianças. Nas demais equipes do PSF, a população cadastrada reclamava porque os problemas de saúde de competência delas não eram resolvidos pelas equipes e, quando a comunidade era encaminhada para o especialista, não conseguia vagas. O assunto veio para o Conselho de Saúde, trazido pelo representante das associações de moradores que faz parte da representação dos usuários no Conselho. 29 Anexo 8 – Dinâmica das Tarjetas: Planejamento em Saúde Conceito Planejamento em Saúde É processo pelo qual as Secretarias de Saúde e os Conselhos Municipais definem as ações que serão transformadas em políticas de saúde no período daquela gestão. É utilizado para garantir o controle social. Ele deve ser participativo e democrático, revisado anualmente, o que significa que os conselheiros devem participar, opinar e eleger as prioridades de acordo com as necessidades relacionadas e sentidas pelos respectivos segmentos que representam. Conceito de Agenda de Saúde Se constitui na definição das prioridades no campo da saúde que deverão ser atendidas, a partir da escolha dos Conselhos Municipais em conjunto com a Secretaria de Saúde. É elaborada anualmente. Conceito de Plano de Saúde Define as ações e estratégias necessárias para enfrentar as prioridades definidas na Agenda de Saúde com base nas realidades nacional, estadual e municipal. Deve ser apresentado no início da gestão de cada prefeito, governador e presidente. Quadro de Metas É o resumo do Plano de Saúde. Nele ficam claras as metas que devem ser cumpridas, em que prazos e que operações serão necessárias. Deve guardar extrema coerência com o orçamento. Orçamento É a parte do plano de saúde onde aparecem os recursos necessários à execução de cada operação programada para cumprir as metas. 30 Relatório de Gestão É a avaliação do cumprimento dos objetivos e das metas que constam no Quadro de Metas, bem como da aplicação dos recursos em cada esfera de governo em cada ano de exercício, sendo elaborado pelo gestor e submetido ao Conselho de Saúde Municipal e das Comissões Intergestores. Anexo 9 – Quadro de Planejamento Problema/Prioridade Plano Quadro Orçamento Monitoramento/Avaliação de Metas 31 Anexo 10 – História Orçamento/Financiamento) do Passeio de Carruagem (OFICINA 8: O monitor escolhe nove jogadores e atribui a cada um, um dos nomes seguintes: o primeiro será cocheiro, o outro será roda, outro passageiro magro e depois a cada um sucessivamente: menininho, cavalo, passageira, porta, banco, mola. Informa que todos são, além dos nomes recebidos, também carruagem. A seguir apresenta as regras do jogo. Todos devem ficar de pé e ouvir a história que será relatada. Cada vez que ouvirem o nome que lhes foi atribuído, devem bater palmas por três vezes e devem também bater palmas, agora apenas por uma vez, sempre que ouvirem, na historia, a palavra “carruagem”. Ler a história seguinte: A viagem estava atrasada porque o cocheiro estava consertando a roda dianteira da carruagem. O atraso deixava cada vez mais irritado o passageiro magro, que andava de um lado para outro enquanto a passageira acalmava o menininho chorão. Quando a carruagem ficou pronta, o velho cocheiro apressou-se em fechar a porta e tirava o capim de diante do cavalo para iniciar a viagem. O passageiro magro acalmou-se e até sorriu para o menininho, que agora, todo feliz fazia ranger com os seus pulos as molas do banco da carruagem. A carruagem iniciou a viagem puxada pelo cavalo, enquanto a passageira sorria para o passageiro magro. Mas, de repente o cavalo tropeçou, o banco inclinou, a porta se abriu, e o cavalo se assustou, obrigando a carruagem a parar para concertar a mola do assento e a roda que havia soltado 32 Anexo 11 Atribuições dos Conselhos Locais de Saúde Buscar alternativas para os problemas de transporte, saneamento básico, lazer, etc. Promover a integração com outros grupos organizados no bairro visando um trabalho articulado e eficaz na área da saúde. Acompanhar e avaliar os serviços de saúde prestados pelas Unidades Básicas de Saúde -UBS- propondo mudanças para melhor atender a população do bairro. Realizar atividades educativas e preventivas em conjunto com a equipe da UBS. Informar amplamente à população sobre o funcionamento e a organização da UBS: números de profissionais e função de cada um, número de consultas por dia, programas desenvolvidos, critérios de agendamento para a Central de marcação de Consultas, etc. Convocar assembléias, promover debates em torno de problemas que afetam a comunidade e levar as reivindicações ao Conselho Municipal de Saúde, através de seus representantes no Conselho Regional de Saúde. Planejar junto com a equipe propostas e programas que atendam as necessidades da população na área de saúde, propondo mudanças para melhor adequá-los à realidade local. Conhecer o Regimento Interno do Conselho e propor mudanças quando necessário. O conselho deve acompanhar a publicação mensal, em órgão oficial dos gastos e investimentos efetuados na saúde Acompanhar e fiscalizar as ações do gestor do SUS, quanto a qualidade dos bens adquiridos e dos serviços prestados Não atribuições dos Conselhos Locais de Saúde Substituir temporariamente funcionários faltosos evitando prejuízos à qualidade dos serviços prestados à comunidade. 33 Utilizar a carteira de conselheiro para alcançar privilégios nos atendimentos de saúde. Realizar ações administrativas em relação aos funcionários: férias, demissões, corte de ponto, etc, para o bom funcionamento da UBS. Indicar novos conselheiros desconsiderando o Regimento para garantir a continuidade do Conselho. Advertir o Agente Comunitário de Saúde quando este não estiver desempenhando corretamente suas funções. Resolver, individualmente, os problemas de saúde da comunidade. Os conselheiros não deverão divulgar os assuntos discutidos nas reuniões do conselho pois estas são sigilosas e só interessam aos conselheiros Obedecer ao gestor da saúde e não se meter nas políticas implantadas por ele, principalmente se ele for correligionário dos conselheiros 34 Anexo 12 TARJETAS História das Políticas de Saúde no Brasil *REFORMA SANITÁRIA MOVIMENTO QUE SE FORTALECE NA DÉCADA DE 80, PROPONDO MUDANÇAS NO SETOR SAÚDE (SAÚDE DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO *VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE UM MARCO NO SETOR SAÚDE, REUNIU REPRESENTANTES DE TODA SOCIEDADE (SINDICATOS, ASSOCIAÇÕES, PROFISSIONAIS DE SAÚDE PARLAMENTARES, USUÁRIOS, ETC) PROPONDO MUDANÇAS IMPORTANTES, POSTERIORMENTE LEGALIZADOS NA CONSTITUIÇÃO DE 1988 *CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 LEI MÁXIMA DO PAÍS QUE TROUXE AVANÇOS E DEDICOU UM CAPÍTULO Á SAÚDE *SUS MODELO ATUAL DE SAÚDE, REGULAMENTADO ATRAVÉS DA LEI 8080. *CONSELHOS DE SAÚDE ORGÃO DE DELIBERAÇÃO MÁXIMA NO SETOR SAÚDE A NÍVEL MUNICIPAL, ESTADUAL E FEDERAL. É PARITÁRIO E PARTICIPA NA FORMULAÇÃO DAS POLÍTICAS DE SAÚDE, ALÉM DE FISCALIZAR O FUNCIONAMENTO DO SISTEMA E AVALIAR SERVIÇOS PRESTADOS 35 NATES Anexo: 13 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA NÚCLEO DE ASSESSORIA TREINAMENTOS E ESTUDOS EM SAÚDE Programa de Capacitação de Gestores da Macro-região Sudeste de Minas Gerais Capacitação dos Conselheiros de Saúde DATA: ______________________________ NOME:_________________________________________________________________________ SEGMENTO____________________________________________________________________ AVALIAÇÃO FINAL 1. Dê a sua opinião relativa ao desenvolvimento da Oficina quanto: 1.1. Temas desenvolvidos mais interessantes marque um X: Número 1º 2º 3º 4º 5º 6º 8º 9º 10º Temas Saúde: conceito ampliado História das políticas de Saúde no Brasil Participação Popular/ Controle Social Atribuição CS Organização do CS Financiamento da Saúde no Brasil Relações interpessoais Planejamento em saúde Agenda do conselho 1.2. Temas que precisam ser melhorados: Número Temas 1º Saúde: conceito ampliado 2º História das políticas de Saúde no Brasil 3º Participação Popular/ Controle Social 4º Atribuição CS 5º Organização do CS 6º Financiamento da Saúde no Brasil 8º Relações interpessoais 9º Planejamento em saúde 10º Agenda do conselho 1.3. Carga Horária: ( ) Suficiente ( ) Insuficiente Marque Marque ( ) Extenso 1.4. Na sua opinião como você avalia a metodologia desenvolvida na oficina: ( ) Ótima ( ) Boa ( ) Ruim 2. Pontos fortes da oficina: ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 36 ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 3. Pontos a serem melhorados na oficina: ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 4. Faça uma auto-avaliação considerando o seu desempenho na oficina. ( ) Ótima ( ) Boa ( ) Ruim 5. Qual a sua perspectiva de trabalho após o desenvolvimento da oficina? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 6. Sugestões: ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ Felicidades e muita sorte. 37 TEXTOS COMPLEMENTARES 38 Textos para os Conselheiros Atribuições dos Conselhos de Saúde 1. ATRIBUIÇÕES LEGAIS E O ESPAÇO DE ATUAÇÃO DOS CONSELHOS DE SAÚDE A lei confere aos Conselhos de Saúde as atribuições de atuar na formulação de estratégias e no controle da execução das políticas de saúde, atribuições estas que são também do próprio Poder Executivo e do Poder Legislativo. Por isso, segundo a lei, os Conselhos de Saúde “atuam na”, compartilhando suas atribuições com os Gestores propriamente ditos (Ministério e Secretarias de Saúde) e as Casas Legislativas (Congresso Nacional, Assembléias Estaduais e Câmaras de Vereadores). Ao integrarem o Poder Público e o Estado, os Conselhos de Saúde têm diante de si a definição do seu espaço privilegiado de atuação onde devem exercer as suas atribuições. Nesse aspecto, é importante destacar que a grande amplitude e diferenciação desse espaço, inclui os demais órgãos do Poder Executivo, os Tribunais de Contas vinculados ao Poder Legislativo, o Ministério Público e o Poder Judiciário. Aqui reside uma das estratégias centrais dos Conselhos de Saúde, que é a realização das suas atribuições legais no processo da permanente construção das suas articulações e relações especiais com os Gestores do SUS e com as Casas Legislativas. Com relação às duas atribuições legais, cabe ainda uma consideração: a atuação na formulação de estratégias diz respeito a uma postura combativa/ ofensiva/criadora de construção do novo modelo, e a atuação ao controle da execução das políticas, a uma postura defensiva, contra os desvios e distorções. Essas duas visões devem ser relativizadas: a atuação na formulação não deve ser vanguardista e isolada, mas sempre que possível, articulada e sinérgica com o Gestor do SUS (que tem assento no Conselho de Saúde), e o Poder Legislativo, sem qualquer prejuízo da autonomia e agilidade próprias do Conselho. Por outro lado, a atuação no controle da execução não deve ser meramente da fiscalização tradicional burocrática, mas sim de acompanhamento permanente da execução dos programas prioritários do SUS, de pesquisas por amostragem de usuários, prestadores e profissionais, e deindicadores de saúde. Isso, com o cuidado de não responsabilizar somente os serviços de saúde por todas as agressões à saúde dos cidadãos, que é também de origem social, econômica, racial, etária e de gênero 39 2. OS OBJETIVOS E OS GRANDES OBJETOS DE ATUAÇÃO DOS CONSELHOS DE SAÚDE Objetivos: Contribuir para a Gestão no âmbito dos princípios do SUS, especialmente nos aspectos: 1. Situação de saúde da população sob o ângulo dos riscos sociais e epidemiológicos, dos direitos de cidadania dos grupos populacionais e de cada indivíduo. 2. Prioridades das intervenções (ofertas de serviços) de promoção, proteção e recuperação da Saúde da coletividade e de grupos de riscos. 3. Formulação de diretrizes e estratégias das intervenções do SUS (oferta de serviços), levando em conta a relação custo-benefício. 4. Formulação de diretrizes e estratégias para o processo de planejamento, compromissos de metas, orçamentação e execução orçamentária. 5. Acompanhamento e avaliação do processo de execução dos planos, do orçamento e do cumprimento de metas, em função dos resultados e impacto na saúde da população geral e dos grupos de riscos, no âmbito das responsabilidades e atribuições legais do Gestor. 6. Receber dos demais órgãos da Gestão, todas as informações necessárias ao cumprimento das atribuições legais do Conselho de Saúde, em relações de parceria e sinergismo. Objetos: 1. O estado de saúde da população, identificado por indicadores sociais, epidemiológicos e pelas entidades representantes da população usuária, visando orientar os Conselhos de Saúde sobre as prioridades e as estratégias a serem assumidas pelos Gestores. 2. Os princípios constitucionais da universalidade, eqüidade, integralidade, descentralização, hierarquização/regionalização e participação, que constituem o referencial da construção do novo modelo assistencial e de gestão. 3. O velho modelo assistencial de saúde que privilegia os interesses dos fabricantes e fornecedores privados de medicamentos e equipamentos médico-hospitalares e serviços de saúde transformados em meras mercadorias, e que persistem em colocar o lucro máximo sempre acima dos direitos da saúde da população usuária. Na oferta de serviços predomina a assistência às doenças, com alta porcentagem de assistência evitável ou desnecessária. Os valores desse modelo são a produção quantitativa de serviços, de média e alta complexidade, demanda espontânea a estes serviços, o lucro e a exclusão. 4. O novo modelo assistencial de saúde, que privilegia o interesse e direitos de cidadania da população usuária, partindo sempre das suas necessidades, identificadas pelos indicadores sociais, 40 epidemiológicos e pelas informações das entidades representantes dos usuários. Na oferta de serviços predomina a defesa da vida e a proteção da saúde, sem deixar de assistir os doentes, a partir de rede de Atenção Básica à Saúde resolutiva, eqüitativa e de acesso universal. 5. O velho modelo de gestão financeira, de materiais e de pessoal, e os instrumentos gerenciais que realizam o velho modelo assistencial. 6. O novo modelo de gestão financeira, de materiais e de pessoal, adequando ou criando novos instrumentos gerenciais que constroem o novo modelo assistencial. 7. As entidades e instituições representadas nos Conselhos de Saúde, visando sua permanente informação e alimentação com todas as deliberações, formulações e discussões consensuadas e aprovadas nas reuniões plenárias dos Conselhos. MINISTÉRIO DA SAÚDE-Conselho Nacional de Saúde Brasília – DF- Série I. História da Saúde no Brasil 41 Controle social: o que é e qual a sua importância? Todos nós somos responsáveis pela nossa saúde, tanto individual quanto socialmente. Precisamos cuidar do nosso corpo, ter hábitos saudáveis, praticar atividades físicas. Ao mesmo tempo, temos responsabilidade pela saúde do nosso bairro, da nossa comunidade, da nossa cidade e do nosso Estado. Precisamos cuidar da nossa saúde como indivíduos e como cidadãos. Para ter bons serviços prestados nos postos de saúde, para ter atendimento hospitalar de qualidade e para receber ações de prevenção a doenças, temos que participar do controle social na área de saúde. Controle social significa o entendimento, a participação e a fiscalização da sociedade sobre as ações do Estado. É uma forma de realizar a democracia. Democracia é o sistema de governo no qual as decisões políticas seguem as necessidades e as orientações dos cidadãos, por meio de seus representantes(vereadores, deputados e senadores) ou diretamente pelo povo. O controle social propicia a vivência dessa democracia direta, conduzida pelo povo. Ao praticar o controle social, os cidadãos podem interferir no planejamento, na realização e na avaliação das atividades do governo. Diversas áreas do governo têm como um de seus princípios o controle social. Uma dessas áreas é a saúde, coordenada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).O SUS é o sistema que coordena as ações voltadas para o cuidado com a saúde da população brasileira. A função do SUS é garantir acesso integral, universal e igualitário à população brasileira, do simples atendimento ambulatorial aos transplantes de órgãos. O que a Constituição Federal diz sobre a saúde?A Constituição Federal de 1988 é a principal lei do Brasil. Ela sinaliza para o governo federal, de cada estado e de cada município quais são os direitos e os deveres de todos os brasileiros. A Constituição defi niu que a saúde é direito de todos e dever do Estado. Além disso, determinou que o Estado deve prover saúde à população. A Constituição também estabeleceu que as ações e os serviços públicos de saúde a serem prestados à população devem ocorrer por meio do SUS. Conheça os direitos dos usuários e comunique-os à comunidade. Todos saem ganhando. Sabemos que a participação popular é difícil, mas a construção de uma sociedade melhor, mais justa e democrática se faz com a participação de todos. É por isso que o controle social deve ser incentivado e vivido no dia a dia, como exemplo de cidadania para a comunidade. Para auxiliar a sociedade no exercício do controle social na área da saúde, a Lei criou as conferências de saúde e os conselhos de saúde. 42 Papel das conferências de saúde no controle social As conferências de saúde são espaços democráticos de construção da política de saúde. São os locais onde o povo manifesta, orienta e decide os rumos da saúde em cada esfera: federal, estadual e municipal.É um legítimo exercício da democracia a participação do povo na formulação e controle da política pública de saúde. É preciso valorizar esse espaço é responsabilidade dos gestores do SUS garantir que a discussão em seu estado ou município seja forma ampla, transparente e ascendente, ou seja, a partir de pré-conferências em bairros, regiões ou distritos, e que, dessas reflexões, surjam avaliações e propostas consistentes que se traduzam em políticas públicas de saúde. Em cada região devem-se reunir representantes da sociedade civil. Esses representantes da sociedade civil têm de ser pessoas interessadas nas questões relativas à saúde e à qualidade de vida. Essas pessoas decidirão o que o povo quer recomendar aos gestores do SUS e às esferas de governo sobre a política de saúde. É possível também realizar a eleição dos membros do conselho de saúde durante a conferência.Portanto, este é mais um motivo importante para a organização da conferência contar com o apoio dos usuários, trabalhadores e prestadores de serviço, buscando mobilizar e envolver amplamente a sociedade em todos os momentos. Devem fazer parte das reflexões das conferências uma apreciação das decisões aprovadas em conferências anteriores, analisando-se o que foi cumprido e o que não foi e avaliando,se, no atual cenário, as questões levantadas anteriormente permanecem ou não pendentes. A Lei 8.142/90 menciona que a decisão de realizar a conferência deve ser do Executivo, ou extraordinariamente deste e do conselho. Portanto, cabe ao governador ou prefeito sua convocação, mas o conselho de saúde pode propor ao gestor a realização da conferência. (texto extraído do livro Orientações para conselheiros do Tribunal de Contas da União) 43 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA 44