Impresso Especial 991218260/2007-DR/BSB PMDB www.pmdb.org.br Brasília, Distrito Federal, 9 de Setembro de 2015, número 236. Plenário do Senado aprova texto final da Reforma Política para enviar à Câmara Plenário da Câmara aprova em 1º turno PEC do Pacto Federativo Governadores do PMDB reúnem-se com Michel Temer Câmara conclui votação do projeto que amplia o Supersimples Wendel Lopes/PMDB Câmara discute projeto que combate guerra fiscal entre municípios Aprovado relatório de Raupp sobre MP do crédito consignado Wendel Lopes/PMDB Wendel Lopes/PMDB SENADO CÂMARA Kátia Abreu relata anteprojeto da Lei de Licitações SENADO Henrique Alves cria comissão sobre Orçamento Impositivo 2 O senador Valdir Raupp (RO) apresentou nesta terça-feira (8), em Comissão Mista do Congresso, o seu relatório sobre a Medida Provisória (MP) 681/2015 que amplia de 30% para 35% do valor do salário o limite do crédito consignado (descontos autorizados pelo trabalhador na folha de pagamentos). O texto aprovado altera a MP e passa a tramitar como projeto de lei de conversão (PLV), devendo ser votado na Câmara e no Senado. O aumento de cinco pontos percentuais é exclusivo para despesas com cartão de crédito. Pode ser usado por trabalhadores regidos pela CLT, aposentados e pensionistas do INSS, ou servidores públicos federais. CÂMARA Sérgio Souza é autor de texto sobre Política de Biocombustíveis 2 PMDB Manoel Júnior propõe alteração na Lei de Responsabilidade Fiscal 2 Para Raupp, a mudança é positiva, pois o crédito consignado é um dos mais baratos. Segundo o senador, enquanto no crédito pessoal a média dos juros gira em torno de 6,50% e, nos cartões de crédito, 13,50% ao mês, o crédito consignado tem média de juros de 2% e 3% para trabalhadores regidos pela CLT, 1,7% a 3,3% para servidores públicos e 2,14% a 3,06% para aposentados e pensionistas do INSS. Raupp incluiu no texto a possibilidade de saque por meio do cartão de crédito dentro do limite extra de 5%. Para ele, a medida vai contribuir para que milhares de pessoas possam substituir dívidas de juros elevados por juros menores. Partido reúne 2 mil militantes em encontro regional no Ceará 2 4 1 Congresso Nacional CÂMARA SENADO Deputados analisam regras para tribunais Projeto de Renan destina recursos do FAT de contas pedirem informações a cidades menos desenvolvidas Proposta do deputado Ronaldo Benedet (SC), apresentada à Câmara dos Deputados, estabelece procedimentos básicos a serem observados pelos tribunais de contas nos pedidos de informações digitais às entidades fiscalizadas. A regra vale para o Tribunal de Contas da União (TCU), os tribunais de contas estaduais e municipais, e pretende padronizar os pedidos. O Projeto de Lei Complementar (PLP) 428/2014 foi aprovado na última semana pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara e teve como relator o deputado Daniel Vilela (GO). O projeto determina que o tribunal de contas comunique aos órgãos fiscalizados sobre todas as informações necessárias para a elaboração dos balancetes digitais, como o layout completo do arquivo (nome dos campos, do cabeçalho e regras de preenchimento), dimensões de tabelas e métodos para a validação digital. Além do que obriga os tribunais a criar um serviço de suporte técnico para esclarecer dúvidas dos técnicos dos órgãos fiscalizados e disponibilizar programas vali- dadores das informações digitais requeridas. “A reivindicação dos interessados é para que os tribunais de contas sejam instados a aprimorar seus departamentos de tecnologia da informação, bem como a publicação e divulgação de suas exigências aos entes jurisdicionados”, afirmou Benedet. O relator, deputado Daniel Vilela, ressaltou que, caso aprovado, o projeto valerá nacionalmente, uniformizando procedimentos básicos de requisição de informações digitais por parte dos trinta e quatro tribunais de contas que atualmente existem no país. “Tal medida, ao conferir previsibilidade às instruções para requisição de informações digitais, sem dúvida, contribuirá para a padronização e o controle dos orçamentos e balanços dos entes federados, bem como para a consolidação das contas públicas, pois os jurisdicionados, principalmente os pequenos municípios, encontrarão menos dificuldades para enviar os dados requisitados correta e tempestivamente”, justificou. A proposta ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) antes ir a voto no Plenário. Renan Calheiros (AL), destina metade dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ao financiamento de programas sociais em cidades com Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) abaixo da média nacional. Na quarta-feira (2), a proposta foi aprovada na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados. A proposta vai gerar renda e emprego nos municípios que receberem os recursos. Pelo projeto, 50% das verbas do FAT que são repassadas ao BNDES para aplicação em programas de desenvolvimento econômico devem cumprir essa finalidade. O limite em vigor (Lei 8.019/1990) é de 40% das verbas do FAT. A matéria será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação (CFT) Aprovado o relatório de Alberto filho sobre reserva particular natural dania (CCJ) do Senado aprovou, na última semana, alterações no Código de Defesa do Consumidor (CDC). Dos 27 projetos de lei relativos ao tema que tramitavam em conjunto, o relator, senador Ricardo Ferraço (ES), recomendou a aprovação, na forma de substitutivo, de dois: o PLS 281/2012, que regulamenta o comércio eletrônico, e o PLS 283/2012, que cuida da prevenção ao superendividamento. As duas propostas foram apresentadas pelo ex-presidente do Senado, José Sarney (AP). Ferraço lembrou em seu parecer que todos os referidos projetos foram anteriormente debatidos e apreciados por comissão especialmente constituída para tal fim, na qual ele foi relator, e produziu o substitutivo aprovado, em 26/03/2014, por unanimidade. “Cumpre resgatar o compromisso assumido pela comissão temporária, e que ora reafirmarmos, de promover as mudanças sem retroceder nos direitos e garantias conquistados pela sociedade brasileira e fixados como valor constitucional (Art. 5, XXXII e 170, V da Constituição Federal, que levaram à elaboração e aprovação por unanimidade no parlamento do Código de Defesa do Consumidor, conforme o Art. 48 dos ADCT da CF/1988)”, afirmou. Em seu parecer ele destacou o esforço em reforçar a proteção administrativa concedida pelo CDC, por meio de norma para fortalecimento dos Procons. Também foram alvo de sua preocupação a regulamentação da oferta e da publicidade infantil e Deputado Alberto Filho (MA) Foto: Wendel Lopes/PMDB sões de Meio Ambiente (CMA); de Finanças e Tributação (CFT) e na Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados. SENADO Projeto de Moka estabelece que presos arquem com seus próprios custos Está em tramitação no Senado, o PLS 580/2015, que obriga o detento que tiver condições financeiras a ressarcir os gastos ao Estado. O projeto de autoria do senador Waldemir Moka (MS) prevê a devolução aos cofres públicos do valor que o Estado gasta com a manutenção do preso, cerca de R$ 3mil por mês. “É grave a situação do sistema prisional brasileiro. A principal razão está na falta de recursos para mantê-lo. Se as despesas com a assistência material fossem suportadas pelo preso, sobrariam recursos que poderiam ser aplicados em saúde, educação, em infraestrutura etc”, justificou Moka. No caso dos detentos sem condições financeiras, estes devem pagar com o trabalho. Para Moka, somente transferindo para o preso o custo de sua manutenção no presídio é que o sistema penitenciário poderá melhorar e, ao mesmo tempo, por via oblíqua, proporcionar destinação de mais recursos para outras áreas, como Foto: Wendel Lopes/PMDB e Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara. Como antes foi rejeitada pela Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (CINDRA), precisará ser analisada em Plenário. CCJ aprova substitutivo de Ferraço que altera o Código de Defesa do Consumidor A Comissão de Constituição, Justiça e Cida- Câmara aprovou o relatório do deputado Alberto Filho (MA), ao Projeto de Lei (PL) 1548/2015 que regulamenta a criação de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPNs) como reserva de proteção integral. O proprietário de imóvel poderá criar reserva em área urbana ou rural, a qual será considerada de utilidade pública e de interesse social. A reserva terá isenção do Imposto Territorial Rural (ITR), e os gastos para criar e manter terão abatimento duplicado no Imposto de Renda. Além disso, prioridade na obtenção de empréstimos ou financiamentos junto aos bancos oficiais de crédito. Para Alberto Filho, a proposta vai ajudar a aumentar as áreas de reservas naturais do país. “Vamos solucionar parte do problema ambiental com o aumento das reservas, principalmente na zona rural”, disse. O projeto será analisado nas comis- Senador Renan Calheiros (AL) SENADO CÂMARA A Comissão de Agricultura (CAPADR) da 2 O Projeto de Lei 4760/2012, do senador o consumo sustentável. Por fim, cuidou de atualizar as regras que regem o comércio internacional, especialmente aquelas que dão cobertura às compras via internet. Ferraço destacou que uma das medidas importantes sobre o comércio eletrônico se relaciona ao direito de arrependimento do consumidor. Com vistas à cobertura de eventuais serviços prestados ou custos de operação, o substitutivo ao PLS 281 obriga o cliente a arcar com o pagamento de tarifas por desistência do negócio, desde que previstas no contrato. “Não é razoável que o consumidor disponha do crédito concedido dentro do prazo do exercício do direito de arrependimento e exerça o direito de arrependimento restituindo-o ao credor sem arcar com o custo proporcional da operação. A inclusão de referida disposição legal torna-se de suma importância em razão do elevado risco que impõe”, comentou Ferraço. Uma das mudanças feitas pelo substitutivo no PLS 283 foi estabelecer que a fase conciliatória e preventiva do processo de repactuação de dívidas compete concorrentemente aos órgãos públicos integrantes do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (Ministério Público, Defensoria Pública e Procons). “Essa alteração foi realizada para deixar clara a intenção do legislador de priorizar métodos alternativos de solução de conflitos. É importante tanto para os devedores quanto para os credores, pois delimita quais as dívidas que podem ser repactuadas e também o prazo para o consumidor pleitear nova repactuação”, explicou Ferraço. SENADO Sandra Braga quer fim da cobrança de bandeira tarifária de consumidores de áreas isoladas A senadora Sandra Braga (AM) quer aprovar duas emendas à Medida Provisória 677/2015, Senador Waldemir Moka (MS) Foto: Wendel Lopes/PMDB os serviços públicos de saúde e educação. O Brasil tem cerca de 607 mil presos, a quarta maior população carcerária do mundo, segundo dados do Ministério da Justiça. Waldemir Moka entende também que os presos devem ter ocupação. Segundo ele, muitos presos não exercem nem atividade de trabalho, nem de estudos. determinando a isenção do pagamento das bandeiras tarifárias em localidades isoladas ou que ainda não estão integradas ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Ela também quer mudar os critérios para adoção das bandeiras cobradas pela Aneel. A instalação da comissão mista que analisará a MP no Congresso está prevista para esta semana. Sandra Braga quer estabelecer novos critérios para se considerar os consumidores integrados ao SIN. Para acabar com as injustiças, a decisão sobre quem está na condição de interligado passa a ser do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, presidido pelo ministro de Minas e Energia. A senadora também quer que as bandeiras tarifárias de energia elétrica não se apliquem aos consumidores de áreas isoladas. Ficam isentas da bandeira as localidades em que os consumidores não usufruem dos serviços do SIN. Congresso Nacional CONGRESSO Senado conclui Reforma Política e projeto volta para a Câmara Proibir as empresas (pessoas jurídicas) de doarem dinheiro aos partidos e aos candidatos foi a alteração mais significativa que os senadores fizeram à proposta de Reforma Política aprovada na Câmara. A afirmação é do relator da Comissão da Reforma Política no Senado, Romero Jucá (RR), ao anunciar a conclusão das votações de temas do PLC 75/2015 nesta terça-feira (8). O projeto muda três leis — a das Eleições, o Código Eleitoral e a dos Partidos Políticos. As novas regras, ainda de acordo com Jucá, só valerão para as eleições municipais de outubro do ano que vem se a proposta for sancionada pela presidente da República até o dia 2 de outubro. Antes disso, no entanto, o PLC 75/2015, que teve origem na Câmara, terá que ser votado novamente pelos deputados. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), adiantou que há grande possibilidade de que a doação de empresas aos partidos políticos seja restabelecida pelos deputados, já que “a maioria da Casa está consolidada”. Principais pontos da reforma — A Agência Senado divulgou um resumo dos principais pontos da Reforma Política. O texto extingue a obrigação de domicílio eleitoral do candidato um ano antes do pleito, cria o voto em trânsito e a via impressa do voto para conferência do eleitor. Cria regras para propaganda partidária e debates no rádio e TV, além de perda do mandado para quem Senador Romero Jucá (RR) Foto: Wendel Lopes/PMDB se desfiliar do partido no qual foi eleito. Confira outros temas aprovados: Gastos menores — Candidatos a presidente, governador e prefeito só poderão gastar 70% do maior valor contratado no pleito anterior, se houve apenas um turno. Onde houver dois turnos, o limite será de 50%. Para senador, deputado e vereador, só 70%. Fundo Partidário — Até 2018, só terão acesso ao dinheiro os partidos com diretórios permanentes em 10% das cidades, em pelo menos 14 estados. Em 2022, a exigência sobe para 20% em 18 estados. Pesquisas eleitorais — Institutos que nos 12 meses anteriores às eleições trabalharam para partidos ou candidatos, além de órgãos públicos, ficam proibidos de realizar pesquisas para veículos de comunicação. Mulheres — De 5% a 15% dos repasses do Fundo Partidário têm que ser usados pelos partidos em campanhas de mulheres. Coligações — Deputado e vereador só serão eleitos se obtiverem um mínimo de 10% do quociente eleitoral. Federação — Duas ou mais legendas poderão formar uma federação, atuando como se fossem um só partido. Reforma do ISS para aumentar arrecadação dos municípios é aprovado na Câmara O Plenário da Câmara iniciou a discussão nesta terça-feira (8), do Projeto de Lei Complementar (PLP) 366/2013, de autoria do senador Romero Jucá (RR), que proíbe os municípios e o Distrito Federal de conceder benefícios com renúncia do Imposto sobre Serviços (ISS) abaixo da alíquota mínima de 2%. A votação da matéria ficou para hoje (9). Segundo a proposta, a concessão ou a aplicação indevida da renúncia fiscal constituirá ato de improbidade administrativa com penas que vão desde a perda da função; a suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos; e multa de até três vezes o valor do benefício concedido. Para tentar acabar com a disputa entre municípios por empresas atraídas pela redução do ISS, o projeto especifica que esse imposto não poderá ser objeto de isenções, incentivos e benefícios tributários ou financeiros, inclusive redução da base de cálculo ou crédito presumido. A proposta prevê ainda que, na hipótese do descumprimento da alíquota mínima de 2%, o imposto será cobrado no local do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou onde estiver domiciliado. Atualmente, a Constituição determina que parte de alguns impostos (como ICMS e IPVA) é repassada aos municípios. O projeto aumenta a cota dessa transferência creditada a eles. Pelo texto, na hipótese de pessoa jurídica promover saídas de mercadorias por estabelecimento diferente daquele no qual as transações comerciais foram realizadas, o valor será repassado ao município onde ocorreu a transação comercial. Para isso, ambos os estabelecimentos devem ser no mesmo estado ou no Distrito Federal, excluindo, ainda, as transações comerciais não presenciais. Os estados e o DF terão um ano a partir da publicação da futura lei para revogar os dispositivos que concedem as isenções. A vigência está prevista para o mesmo prazo, um ano após a publicação. Na época da apresentação da proposta, o senador Romero Jucá afirmou que o objetivo é acabar com a guerra fiscal entre estados, municípios e Distrito Federal. Atualmente, a Lei Complementar 116/2003 já fixa a alíquota mínima de 2%, mas muitos municípios abrem mão de parte da receita do ISS para atrair empresas, “o que afronta o Pacto Federativo e fere o princípio da igualdade Aprovada em 1º turno PEC que proíbe União de impor despesa a estados e municípios O governo federal ao propor parcerias com estados e municípios para execução de políticas públicas terá que prever na legislação “os repasses financeiros necessários ao seu custeio”. É o que determina a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 172/2012, aprovada na última semana em 1º turno, por 379 votos a 49, no Plenário da Câmara dos Deputados. A matéria deverá voltar a pauta nas próximas semanas. Tendo a aprovação referendada, seguirá para o Senado Federal. Na análise dos destaques, os deputados retiraram do texto o parágrafo que permitia que os repasses do governo aos estados e municípios pudessem ser abatidos de dívidas que os entes tenham com a União. A regra valerá inclusive para o custeio de piso salarial profissional cuja competência de definição tiver sido delegada à União, como o piso dos agentes de combate às endemias e o dos professores da rede pública. Adicionalmente, o texto prevê que os atos sobre os repasses de serviços e encargos somente poderão vigorar se existir dotação orçamentária para o pagamento das despesas decorrentes. Para isso, terá de haver aumento permanente de receita ou redução permanente de despesa no âmbito federal que compense os efeitos financeiros da nova obrigação assumida pela União. A proposta é fruto do trabalho desenvolvido pela Comissão Especial da Casa Deputado Danilo Forte (CE) Foto: Wendel Lopes/PMDB que analisou a revisão do Pacto Federativo, avaliou o deputado Danilo Forte (CE), presidente do colegiado. “Eu quero parabenizar o trabalho entre os entes”, disse Jucá. O texto também amplia a lista de serviços tributáveis pelo ISS. Entre estes novos serviços tributados estão: processamento, armazenamento ou hospedagem de dados, textos, imagens, vídeos, páginas eletrônicas, aplicativos, sistemas de informação ou congêneres; disponibilização de conteúdos de áudio, vídeo, imagem e texto em páginas eletrônicas; elaboração de programas, inclusive jogos eletrônicos, para tablets, smartphones e congêneres; disponibilização de conteúdos e aplicativos em página eletrônica; confecção de lentes oftalmológicas sob encomendas; aplicação de tatuagens, piercings e congêneres; serviços de transporte coletivo municipal rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros, entre outros. que foi feito e acho que nós encontramos uma equação clara para cumprir o nosso papel enquanto Poder Legislativo: que vem exatamente no sentido de reverter toda suspeição que havia com relação ao propósito da 172 que foi chamada, inclusive, de pauta-bomba e que na verdade se transformou num grande salva vida de governos, preservando toda harmonia entre o governo federal, governos estaduais e governos municipais na medida em que se pressupõe, inclusive, no processo legislativo que a iniciativa destas despesas tem que sempre serem baseadas em lei orçamentária”, afirmou. O líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ) defendeu o texto. “Essa PEC não impede tramitação de nada, ela apenas deixa claro que não pode se criar despesas ausentes da federação sem se apontar as fontes. Portanto, ela é uma PEC, num momento em que se fala tanto de pautas bomba, essa é a pauta anti-bomba”. AGENDA & NOTAS Colatto preside Frente Parlamentar em defesa dos municípios afetados por usinas hidrelétricas O deputado Valdir Colatto (SC) assumiu a presidência da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Municípios Sedes de Usinas Hidrelétricas e Alagados. No ato, o ministro da Pesca, Helder Barbalho (PA), assinou Termo de Cooperação com a Associação dos Municípios Sedes de Usinas para realizar estudos de utilização da água das barragens para fortalecer a atividade aquícola. Lembrando que o país tem 197 hidrelétricas, que ficam em 175 municípios e alagam terras de outros 720, Colatto disse que a missão da Frente será defender e apoiar os interesses destes municípios. Em pauta, a luta pela aprovação do PL 315/2009, que aumentará de 45% para 65% o valor da compensação financeira a esses municípios. Também integram a Frente Parlamentar: Marinha Raupp (RO) como Coordenadora do Norte, Sérgio Souza (PR) como Secretário-Geral, e Osmar Serraglio (PR) na Coordenação Jurídica. Elcione Barbalho (PA) e Edinho Bez (SC) também prestigiaram o evento. Mudança na CLT pode garantir maior proteção às trabalhadoras gestantes A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) poderá ser acrescida do art. 394-A, para proibir o trabalho de gestantes ou lactantes em atividades ou locais insalubres. A regra é prevista no Projeto de Lei da Câmara (PLC) 76/2014, aprovado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, presidida pelo senador Edison Lobão (MA). A matéria garante cuidados especiais às mulheres nos períodos de gestação e de amamentação. O pagamento integral do salário fica garantido durante o período de afastamento, incluindo um adicional de insalubridade. Edison Lobão lembrou que “a tendência da legislação mundial é garantir a proteção da maternidade e, nessa discussão, a sociedade brasileira vem amadurecendo aos poucos”, lembra o presidente da CAS. O prazo para emendas vai até sexta-feira (11), e depois o projeto será analisado no Plenário do Senado. Se for aprovado sem alterações, segue para sanção presidencial. 3 PMDB e Fundação Ulysses Guimarães Só a política salva a economia O sucesso de um governo vem de sua capacidade de formular estratégias políticas coerentes e produtivas de longo prazo, idealizadas a partir de análises rigorosas do leque de pressões e demandas, às vezes contraditórias. Governantes quando não sabem para onde ir, deixam de atender as aspirações da população e eliminam gradativamente as alianças que o elegeram. Nossas atuais dificuldades têm elementos estruturais e fortes componentes de uma crise política. A presença de elementos de crise estrutural é observável nos evidentes sinais de esgotamento do modelo de desenvolvimento. Os desastrosos indicadores econômicos divulgados nas últimas semanas são provas irrefutáveis desses desarranjos. A repetição de iniciativas já aplicadas gera paralisia. O Brasil, desde a redemocratização, construiu um importante legado institucional, e a robustez de nossas instituições republicanas garante a transição dos mais diversos cenários críticos em ambiente de normalidade democrática e de respeito à ordem instituída. Por outro lado, a crise econômica gera legítimos descontentamentos. E a falta de iniciativas para resolvê-los enfraquece a capacidade do governo de persuadir a sociedade e de dar sentido ao seu discurso. Aos olhos da população, a cada recuo, a cada reviravolta em decisões, o governo se enfraquece. O equilíbrio entre legitimidade e poder exige consenso capaz de formar a maioria. Quando o consenso se esvai, particularmente em épocas de crises política e econômica que se entrelaçam, sabemos que só a política é capaz aglutinar a maioria para salvar a economia. A política deve promover o encontro entre as demandas da sociedade de forma que recupere o desenvolvimento econômico sustentado. É um erro acreditar que, *Moreira Franco largados à própria sorte, os conflitos se reconciliam e as demandas se equilibram. A velocidade imposta pela tecnologia moderna jogou por terra a máxima do passado: deixa estar para ver como é que fica. Não fica, a economia se dissolve. A missão do Congresso Nacional consiste em traduzir e dar forma legal para a prioridade que temos hoje de salvar a economia, consequentemente o emprego. Mesmo que o embate se dê em clima muitas vezes contraditório e tenso, sabemos da importância do entendimento entre os atores políticos acerca do atendimento a essas demandas. E elas estão dadas: resgatar a eficiência, a moralidade, a transparência, a responsabilidade e a impessoalidade na administração de bens, valores, serviços e recursos adquiridos com o suado dinheiro dos impostos pagos pelos trabalhadores. É preciso uma verdadeira e completa reformulação na estrutura de gastos do setor público, que redefina o tamanho e as atribuições do Estado. Para realizar essas tarefas, com as posições de poder e legitimidade equilibradas, os governos devem ter a coragem e a ousadia de fazer o que deve ser feito, independentemente dos impactos sobre a sua popularidade. Acreditar que a verdade é conspiratória é coisa de quem não aprendeu a conviver com as saudáveis divergências da democracia e da liberdade de opinião, de quem vive nas trevas de regimes autoritários. Em situações de crise não há espaço para exclusões e passes de mágica ou de marketing, apenas para medidas eficientes que recuperem a credibilidade do Estado, a harmonia dos poderes e a pacificação nacional. *Presidente da Fundação Ulysses Guimarães Artigo publicado no Blog do Noblat – em 02 de setembro de 2015 Câmara aprova relatório de João Arruda sobre o projeto que amplia o Supersimples Com relatório do deputado João Arruda (PR), a Câmara aprovou na última quarta-feira (2), o Projeto de Lei Complementar 25/2007, que aumenta de R$ 360 mil para R$ 900 mil (250%) o limite de receita bruta anual para o enquadramento da microempresa no regime especial de tributação do Simples Nacional (Supersimples). No caso das empresas de pequeno porte, os valores de receita bruta anual para participar do sistema simplificado de tributação terão aumento de 400%. A faixa de R$ 360 mil a R$ 3,6 milhões passará a ser entre R$ 900 mil a R$ 14,4 milhões. Emenda do deputado João Arruda prevê a vigência das novas regras a partir de 1º de janeiro de 2016. Entretanto, para as pequenas empresas, haverá uma transição. Em 2017, o novo limite será de R$ 7,2 milhões. Somente em 2018 passará a ser de R$ 14,4 milhões. Para cálculo do imposto, em vez de aplicar a alíquota sobre a receita bruta mensal, o texto prevê alíquota maior com desconto fixo específico para cada faixa de enquadramento. De acordo com as tabelas, a cada mês a alíquota dependerá de um cálculo com base na receita bruta acumulada em 12 meses, aplicando-se o desconto. O relator disse que o texto, que agora será enviado ao Senado, é fruto de uma discussão ampla com governadores e com as micro e pequenas empresas. “A tabela do Simples Nacional será agora um estímulo para a micro e pequena empresa crescer sem o medo de perder seu enquadramento”, afirmou. Expediente Jornalista Responsável: Thatiana Souza (DRT 3487/DF) Jornalistas: Eurico Batista, Paulo Marcial e Marcella Mota (Redes Sociais) Fotógrafo: Wendel Lopes Diagramação: Zoltar Design Tiragem: 1500 exemplares Periodicidade: Semanal Endereço: Câmara dos Deputados, Edifício Principal sala T6, Brasília - DF Fone: (61) 3223-7003 Email: [email protected] www.pmdb.org.br 4 Governadores e líderes do PMDB reúnem-se com Michel Temer O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP) recebeu na noite desta terça-feira (08), em jantar no Palácio do Jaburu, seis dos sete governadores peemedebistas, os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e do Senado, Renan Calheiros (AL), além dos líderes do Partido nas duas Casas Legislativas, o senador Eunício Oliveira (CE), e o deputado Leonardo Picciani (RJ), para propor uma pauta de reformas para o país. Só não participou do encontro o governador de Sergipe, Jackson Barreto, que está de licença médica. Na última semana foi realizada no Palácio Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro, uma reunião com os governadores Paulo Hartung (ES), Marcelo Miranda (TO) e Confúcio Moura (RO), para discutir assuntos relacionados à crise econômica. “Queremos fazer debates dentro do país, discutir as reformas tributária, previdenciária e trabalhista, e a empregabilidade. Sem crescimento econômico, não há emprego e geração de renda. Estamos preocupados com isso, e vamos trabalhar muito para manter o que temos e tentar ampliar. Vamos dar nossa contribuição ao país discutindo essas reformas e tenho certeza de que essa pauta interessa a todos os governadores brasileiros”, disse o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Para o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, a iniciativa tem o objetivo de elaborar uma agenda mínima, de maneira suprapartidária, que possa criar um ponto comum de interesse nacional. “O momento é de união. Precisamos apoiar a reorganização das contas públicas nacionais e queremos encontrar elementos que permitam que a economia brasileira volte a crescer. Precisamos de reformas estruturais no nosso país. Estamos flertando com a desorganização. A realidade é um limão azedo, mas temos que fazer uma limonada desse limão. É um momento difícil, mas temos que buscar a convergência”, afirmou Hartung, defendendo novas concessões e investimentos de capital privado na área da infraestrutura. O governador do Tocantins, Marcelo Miranda, também enfatizou a importância da união entre os estados. “Esse é o momento de nos juntarmos para procurar o melhor para o nosso país, discutindo temas importantes. Se não fizermos isso, seremos meramente gerentes de folha de pagamento. O PMDB pode decidir muita coisa e precisamos conversar com o governo federal sobre o que é melhor para os estados. Dessa forma, acredito que possamos vencer os obstáculos”, declarou Miranda. Nesta quarta-feira (9), Temer receberá para um jantar 100 dirigentes sindicais filiados à Central dos Sindicatos Brasileiros, que é ligada ao PMDB. O grupo de sindicalistas apresentará sugestões e reivindicações a Temer. Vai à Câmara projeto que proíbe empréstimo subsidiado a produtor rural condenado As empresas e os produtores rurais condenados por usar mão de obra escrava serão impedidos de tomar empréstimos com juros subsidiados. É o que determina o substitutivo do senador Dário Berger (SC), ao PLS 540/2011 e aprovado na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado. A proposta inicial vedava a concessão de subvenções econômicas nas operações de crédito rural aos produtores rurais e suas cooperativas autuados por meio de ações fiscais coordenadas pela Secretaria de Inspeção do Trabalho nas operações de fiscalização para erradicação do trabalho escravo. No substitutivo, Dário Berger propôs que será necessária a condenação em sentença penal transitada em julgado para a proibição da subvenção econômica. Para ele, as mudanças buscam equilibrar a iniciativa, ao combater o trabalho escravo e evitar possíveis excessos da fiscalização. Além disso, assegura o direito de ampla defesa, com punição condicionada à comprovação do crime na esfera judicial. “A minha alteração é simples e objetiva. Ela, de maneira alguma, afasta a gravidade do trabalho escravo. Porém, exige Senador Dário Berger (SC) Foto: Wendel Lopes/PMDB o devido processo legal: que o agricultor tenha ampla defesa, que seja permitido o contraditório e que efetivamente ele só seja punido após condenação”, justificou Dário Berger.