Este Boletim é produzido pela Fundação Ulysses Guimarães por meio de Impresso Especial sua Assessoria de Comunicação Social, em parceria com a Presidência e as Lideranças do PMDB na Câmara e no Senado. 991218260/2007-DR/BSB PMDB www.pmdb.org.br Brasília, Distrito Federal, 28 de Agosto de 2013, número 162. Bancada do Senado discute Mais Médicos com ministro da Saúde ACS/Sen. Eunício Oliveira Wendel Lopes/PMDB Wendel Lopes/PMDB Zeca Ribeiro Romero Jucá é autor de Danilo Forte apresenta proposta de microrreforma relatório final da Lei de eleitoral Diretrizes Orçamentárias PARTIDO CÂMARA Edinho Araújo registra derrubada de ADIs que questionavam Código Florestal CÂMARA Washington Reis relata proposta sobre passe livre estudantil na CVT 2 ARTIGO Luiz Henrique propõe criação de grupo BrasilNoruega 2 Comissão Especial da PEC das MPs será presidida por Picciani PARTIDO Renan Calheiros fala sobre aprovação social aferida em pesquisa da DataSenado 2 Executiva debate a campanha de filiações 4 4 1 Congresso Nacional CÂMARA SENADO PMDB comemora decisão do STF sobre ADIs que questionam Código Florestal Renan destaca participação de manifestantes em votação dos vetos Divulgação Edinho Araújo (SP) e Valdir Raupp (RO) O PMDB comemorou a dispensa da análise das liminares pedidas pelo Ministério Público ao Supremo Tribunal Federal (STF) as quais contestavam 28 artigos do novo Código Florestal. O processo decidido na Suprema Corte pelo ministro Luiz Fux neste mês de agosto tinha o PMDB como participante da ação na condição de amicus curiae, ou amigo da causa, que na prática funciona como uma espécie de conselheiro que se oferece para intervir em processo de grande relevância com o objetivo de apresentar à Corte sua avaliação sobre o debate travado nos autos. A intervenção do PMDB foi feita pelo deputado Edinho Araújo (SP) com o apoio do presidente nacional da legenda, senador Valdir Raupp (RO), e do vice-presidente da República, Michel Temer. As Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) solicitadas pelo MP questionavam pontos do novo Código referentes às áreas de preservação permanente, à redução da reserva legal e também à anistia para quem promove degradação ambiental. Na avaliação de Edinho Araújo, a decisão do ministro Fux representa um avanço para todos que trabalharam na elaboração do texto do novo Código e para aqueles que se beneficiaram com a nova lei. “Entendemos que a não concessão das liminares e o julgamento dos questionamentos somente no mérito, implicam a vigência imediata de 100% do novo Código Florestal, o que traz uma maior tranquilidade no campo”, ponderou. De acordo com Araújo, que foi relator-revisor da Medida Provisória 571, enviada pelo Executivo para suprir as lacunas pelos vetos a artigos do Código Florestal, a participação do PMDB no processo de análise e a negativa dada às liminares solicitadas por meio das ADIs foi “decisivo”. CÂMARA Leonardo Picciani preside comissão especial da PEC das MPs O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (AL), destacou a participação dos manifestantes durante a sessão que analisou os vetos presidenciais à Lei 12842/2013, conhecida como Ato Médico. A legislação que disciplina o exercício da medicina teve dez pontos questionados pelo Executivo. A votação marcada por intensas manifestações foi apontada pelo presidente Renan como “evidência da democracia”. Durante todo o processo de votação, manifestantes lotaram as galerias do Congresso e foram elogiados por Renan. “Vocês foram aguerridos, criativos e competentes. A presença de todos, de ambos os lados, é fundamental para que o Congresso se aproxime cada vez mais da sociedade brasileira”, pontuou. Para Renan, a sessão que decidiu sobre os vetos foi uma das mais relevantes para o Legislativo. “Talvez este seja o grande Wendel Lopes/PMDB momento do Congresso. Estamos pela Senador Renan Calheiros (AL) primeira vez apreciando, em 30 dias, vetos que trancam a pauta”, destacou. O Congresso deve se reunir novamente no dia 17 de setembro para a análise de novos vetos. SENADO Plenário do Senado aprova criação de Grupo Parlamentar Brasil-Noruega O Plenário do Senado aprovou na última quarta-feira (21) o Projeto de Resolução do Senado 31/2011, que cria o Grupo Parlamentar Brasil-Noruega, formado por deputados e senadores. A proposta, de autoria do senador Luiz Henrique (SC), tem por objetivo incentivar e desenvolver a relação entre os Legislativos dos dois países. Para Luiz Henrique, há nas relações exteriores uma consistente identidade de abordagens e interesses entre o Brasil e a Noruega, o que os torna, por essa via, parceiros naturais. “O Brasil tem chamado a atenção do governo norueguês e de seus investidores. A recente descoberta de novas reservas de petróleo e gás na plataforma continental brasileira aumentou significati- vamente esse interesse em razão do fato de a Noruega contar com empresas qualificadas para a cooperação com o nosso país na exploração offshore, na construção naval e na oferta de serviços relacionados”, justificou. De acordo com o peemedebista, o Congresso brasileiro deve não apenas supervisionar os atos do Poder Executivo, mas realizar o eficiente cumprimento de sua diplomacia parlamentar. “Devemos facilitar a ampliação do diálogo entre os Parlamentos brasileiro e norueguês, com o objetivo de maximizar as oportunidades de cooperação que tenham nascedouro ou que impliquem mudanças legislativas, bem como outras gestões de cunho político”, concluiu. CÂMARA Zeca Ribeiro Deputado Leonardo Picciani (RJ) 2 A comissão especial que vai analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 70/2011que institui mudança na tramitação das medidas provisórias no Congresso – foi instalada pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira (21). O colegiado será presidido pelo deputado Leonardo Picciani (RJ). “Não podemos ficar reféns das MPs provenientes do Executivo, considerando que temos uma agenda de matérias de interesse nacional a serem apreciadas. O Congresso tem de ter autonomia para elaboração da sua própria pauta”, ressaltou o deputado. A proposta, de autoria do senador José Sarney (AP), determina que as medidas provisórias tranquem a pauta da Câmara após 70 dias. Já no Senado, o trancamento só pode ocorrer depois de 20 dias de tramitação. No total, a Câmara passaria a ter 80 dias para analisar medidas provisórias, e o Senado, 30 dias, restando 10 dias para que os deputados analisem possíveis emendas dos senadores. “Acho que chegaremos a um acordo sobre a matéria dentro de um prazo razoável, a fim de que a PEC seja aprovada nas duas Casas”, afirmou o parlamentar. O cronograma de trabalho da comissão deve ser estabelecido nesta semana. A chamada PEC das MPs foi aprovada pelo Senado em agosto de 2011. O texto ainda destaca que as MPs não serão mais apreciadas por comissões mistas, mas pelas comissões de Constituição e Justiça da Câmara e do Senado, que vão analisar a admissibilidade da urgência assim que as MPs chegarem a cada uma das Casas. Ao apresentar a proposta, José Sarney, então presidente do Senado, destacou que “o que ocorre é que elas estão vindo para o Senado no último dia, com prazo esgotado, o que merece dos senadores críticas pela impossibilidade de eles examinarem do que trata a matéria”. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), defendeu as mudanças, pois acredita que a análise das MPs se torna demorada na comissão mista, restando pouco tempo para discussão e votação nos plenários da Câmara e do Senado. “O rito atual não é satisfatório nem para o Legislativo, nem para o Executivo, e tem de ser adequado”, concluiu. Comissão aprova o relatório de Washington Reis que cria o Programa de Passe Livre Estudantil Wendel Lopes/PMDB Deputado Washington Reis (RJ) Os alunos dos ensinos público e privado poderão ter a isenção total do pagamento da tarifa de transporte público coletivo. É o que prevê o PL 79/2011, aprovado pela Comissão de Viação e Transportes (CVT) da Câmara e relatado pelo deputado Washington Reis (RJ). O projeto cria, no âmbito do Ministério da Educação, o Programa Nacional de Passe Livre Estudantil. Pelo texto, a União, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vai conceder subvenção financeira, em caráter suplementar, ao Distrito Federal e aos municípios que aderirem ao programa. Determina também que o repasse dos recursos financeiros seja realizado em parcelas e calculado com base no número de alunos beneficiados pelo programa, observada a contrapartida do município ou do Distrito Federal. O programa seguirá as mesmas normas, com as adaptações necessárias, previstas na Lei 10.880/2004, que instituiu o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate). Washington Reis ressaltou que caberá à Comissão de Finanças e Tributação (CFT) analisar a viabilidade desta transferência e à Comissão de Constituição e Justiça, (CCJC) verificar se a proposta está de acordo com a competência municipal sobre o assunto. Embora seja necessário tal parecer, Reis justifica que o texto é constitucional: “o que se pretende com o programa é oferecer assistência financeira em caráter suplementar ao Distrito Federal e ao município que adotar, no seu respectivo sistema de transporte público e coletivo, o passe livre estudantil. Com isso, está afastada uma possível invasão de competência por parte da esfera federal quanto a um serviço que é, via de regra, municipal”. Congresso Nacional CONGRESSO Bancada do PMDB se reúne com ministro da Saúde para discutir Mais Médicos ACS/Sen. Eunício Oliveira Bancada do PMDB se reúne no Senado A bancada do PMDB no Senado esteve reunida na última semana com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha para debater o Programa Mais Médicos e responder às dúvidas dos parlamentares sobre o projeto que prevê mais hospitais e unidades de saúde, mais médicos e mais formação para os profissionais da saúde. O convite foi feito pelo líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), que ressaltou que “o trabalho do PMDB será no sentido de melhorar o atendimento e os serviços da saúde pública no país”. Ao detalhar o Programa, que chegou ao Congresso por meio de medida provisória (MP 621/2013), o ministro esclareceu que a iniciativa vai muito além da contratação de médicos. De acordo com ele, o texto traz um conjunto de ações voltado para a ampliação e melhoria do serviço público de saúde através de investimentos na infraestrutura, da abertura de novas universidades e cursos de medicina (principalmente em localidades mais distantes dos grandes centros), da oferta de novas vagas de residência médica e da contratação de novos profissionais (brasileiros e também estrangeiros). Alexandre Padilha ainda informou que o programa busca a profissionalização e a qualificação dos médicos e pediu o apoio da bancada no debate e na construção do plano de cargos e carreiras da categoria. Os senadores Roberto Requião (PR) e Vital do Rêgo (PB) alertaram que os avanços e as melhorias na proposta virão com a colaboração das associações e dos conselhos representantes dos profissionais de medicina. Para Requião e Rêgo, garantir conquistas e incentivos aos médicos brasileiros em uma carreira de estado será fundamental para o deslocamento desses profissionais para as regiões mais periféricas do país. Os peemedebistas se manifestaram apreensivos também com a falta de recursos para financiar a saúde pública no país. Além do número restrito de médicos, eles argumentaram que a crise no setor tem se agravado por falta de investimento. O líder Eunício disse que uma emenda de sua autoria, apresentada à PEC que trata sobre o orçamento impositivo, pode auxiliar o governo no direcionamento de recursos para o setor. A sugestão do peemedebista é que 50% do valor aprovado para emendas individuais seja destinado para custeio das ações e dos serviços de saúde. “É uma forma de auxiliar o governo e de manter os serviços nas nossas regiões”, garantiu. Os senadores João Alberto (MA), Eduardo Braga (AM) - líder do governo no Senado –, Lobão Filho (MA), Sérgio Souza (PR), Valdir Raupp (RO) – presidente nacional do PMDB –, e Waldemir Moka (MS) – presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), também expuseram observações para promover a melhoria da proposta, tais quais: valorização e maior incentivo financeiro para os médicos que serão destinados a lugares isolados, legislação que incentive a permanência dos profissionais nas cidades ou na região em que a universidade de formação destes profissionais está localizada, prioridade para o estudante brasileiro em caso de contratação de médicos estrangeiros, entre outras sugestões que serão apresentadas na Comissão que analisa a medida. Também estiveram presentes na reunião o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e os senadores Pedro Simon (RS), Luiz Henrique (SC), Casildo Maldaner (SC) e Garibaldi Alves (RN). Proposta de minirreforma eleitoral de Jucá será debatida pelo Senado (AL), anunciou para quinta-feira (29) a realização de uma sessão temática para debater a reforma política. A discussão deverá contar com a presença da presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Carmem Lúcia. Na ocasião, os senadores poderão votar alguns pontos da minirreforma eleitoral que tem como relator o senador Romero Jucá (RR). “Nós precisamos sentar e discutir para avançar rapidamente na discussão de uma pequena reforma eleitoral que possa ser aprovada até o mês de outubro e, assim, valer para as próximas eleições. O objetivo é caminhar na direção da expectativa popular, dos próprios partidos políticos e da sociedade”, afirmou. Uma das principais mudanças resi- de em uma votação mais célere, com as medidas entrando em vigor já no próximo ano. Para tanto, a proposta é permitir que as prévias, convenções e discussões sobre o programa do governo possam ser realizadas antes das campanhas sem correr o risco de serem consideradas campanhas antecipadas. Entre as propostas de Jucá, está a alteração do período das convenções partidárias: de 10 a 30 de junho para 10 a 31 de julho. Com a mudança, as campanhas começam somente no dia 5 de agosto do ano eleitoral, o que reduzi o prazo entre a data inicial da campanha e o início do horário político no rádio e na TV. Outra proposição de Jucá é fixar o prazo de 24 horas entre o fim da convenção partidária e o ato de publicação da ata com o seu resultado. Atualmente isso leva 5 dias. O relatório de Jucá também prevê CMO discute relatório final de Danilo Forte sobre o projeto da LDO Os integrantes da Comissão Mista de Orçamento (CMO), presidida pelo senador Lobão Filho (MA), iniciaram a discussão do relatório final da proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) apresentado no último dia 21 pelo relator da matéria no colegiado, deputado Danilo Forte (CE). A previsão é que o texto final seja votado até 17 de setembro. O parecer foi elaborado após a análise feita pelo relator sobre as emendas propostas pelas bancadas e pelas comissões permanentes. No total foram entregues à comissão 4.085 emendas, das quais 2.050 foram aceitas por Forte. Somente 273 emendas foram acatadas integralmente. Na reunião realizada nesta terça-feira (27), os integrantes da comissão apresentaram mais de 450 destaques. Em seu relatório, Danilo Forte incluiu a obrigatoriedade da execução orçamentária e financeira, de forma isonômica, da programação que consta na lei orçamentária por Wendel Lopes/PMDB O presidente do Senado, Renan Calheiros Senador Romero Jucá (RR) outras medidas: a proibição do uso de faixas e placas, a proibição da pintura de propa- Wendel Lopes/PMDB Deputado Danilo Forte (CE) emendas individuais. “Essa diretriz está de acordo com o substitutivo da PEC 565/2006, que cria o Orçamento Impositivo, aprovada em primeiro turno pela Câmara dos ganda de candidatos em muros e carros, a liberação da utilização das redes sociais por políticos antes do início da campanha, a permissão da divulgação de atos e ações dos parlamentares sem que esta publicação seja considerada propaganda prévia, e a cobertura jornalística de reuniões partidárias de discussão de programas do partido, as quais ocorrem antes das convenções. Romero Jucá explicou que a minirreforma eleitoral do Senado não inviabiliza a Reforma Política em discussão na Câmara. “É um projeto que está em sintonia com o que tramita na Câmara. Diria até que o meu projeto é menos ousado e que, para tentar facilitar a votação, propõe menos pontos do que aquele que está tramitando na Câmara. Há uma sintonia entre a Câmara e o Senado”. Deputados. O objetivo é tornar o processo orçamentário mais eficiente e impessoal”, afirmou. De acordo com o relator, seguindo ainda a perspectiva de autonomia e independência do Parlamento, foram preservadas no relatório as prioridades e metas propostas pelo Poder Executivo, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Programa Brasil sem Miséria. “Acrescentamos as metas para a inclusão das ações de grande interesse para o país. E a criação de seção específica para ressalvar despesas do contingenciamento, dada a sua relevância”, esclareceu. AGENDA & NOTAS Rose de Freitas e Casildo Maldaner presidem Comissão que analisa comissão especial do Minha Casa Melhor a MP 621 é presidida A Rose de Freitas (ES) e o senador Casildo Maldaner (SC) foram eleitos, por João Alberto deputada federal respectivamente, presidente e vice-presidente da Comissão Mista que vai analisar a Medida Provisória (MP) 620/2013, que amplia o Programa Minha Casa, Minha Vida, criando o Minha Casa Melhor. A proposta do governo determina que sejam disponibilizados a Caixa Econômica Federal oito bilhões de reais para linhas de crédito que se destinem à compra de bens duráveis por beneficiários do programa. A deputada ressaltou que a proposta do governo também amplia a participação no Programa de Cultura do Trabalhador para qualquer tipo de empresa. “Vamos ter a oportunidade de debater e de olhar a casa como um todo, isto é, de atender socialmente as famílias necessitadas. É o momento de debater e de dar a nossa contribuição ao governo. Não é só a questão de morar. É a questão de morar com dignidade e de morar bem”, disse. A comissão especial que analisa a Medida Provisória 621/2013, que institui o Programa Mais Médicos, tem como presidente o senador João Alberto Souza (MA) e como vice-presidente o deputado Francisco Escórcio (MA). A MP estabelece novos parâmetros para a formação médica no Brasil, como a convocação de médicos, inclusive es- trangeiros, para atuarem nas periferias de grandes cidades e municípios do interior do país. Esses profissionais formados receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização em Atenção Básica durante os três anos do programa. A medida também prevê a “reordenação da oferta de cursos de medicina e vagas para residência médica, priorizando regiões de saúde que apresentem menor relação de vagas e médicos por habitante e estrutura de serviços de saúde em condições de ofertar campo de prática suficiente e de qualidade para os alunos”. 3 PMDB e Fundação Ulysses Guimarães Aprovação social *Renan Calheiros As recentes manifestações que tomaram as ruas do Brasil têm origem distinta daquela dos protestos realizados em outros países. Aqui desencadeou o processo o aumento das passagens de ônibus em São Paulo. Na Turquia, foi a defesa ambiental contra a demolição de um parque. Na Indonésia, a rejeição à alta no preço dos combustíveis. Os protestos têm causas diferentes, mas com métodos análogos: o uso das redes sociais como espaço de mobilização e o sentimento de revolta de jovens internautas. Nesse contexto, o Senado fez um esforço concentrado de votações para dar resposta à demanda popular. A pesquisa online aplicada pelo DataSenado com 9.064 respondentes mostra que a maioria dos projetos recebeu aprovação de mais de 60% dos entrevistados, apesar de registrar também o persistente descontentamento com o Parlamento e com as demais instituições públicas. As manifestações obrigarão analistas de opinião pública, gestores, líderes políticos, a priorizar mais os jovens como segmento de estudo e demanda. As instituições também terão que acelerar a busca por formas mais eficazes de interação virtual. Permitir que cidadãos conectados nas redes se expressem e participem das mudanças de forma objetiva e sistêmica. Fundação Ulysses do ES discute redes sociais na 3ª edição do Ciclo de Conversas Quinzenalmente, a Fundação Ulysses Guimarães do Espírito Santo promove o Ciclo de Conversas com os Capixabas, uma iniciativa considerada pelos participantes como estímulo ao debate dos temas que vigoram na atualidade e, sobretudo, como uma forma de despertar na sociedade o interesse que normalmente só encontramos em ambientes acadêmicos. “As pessoas estão sedentas por conversar sobre temas que não dominam – mas que elas sabem ser importantes para a construção de um país melhor e mais desenvolvido – e por descobrir em que podem contribuir para isso”, afirmou o presidente da FUG-ES, Francisco Donato, que considera fundamental o bate-papo como forma de encontrar as soluções para os vários dilemas sociais e políticos. O tema da 3 ª edição do Conversas A comunicação horizontal na internet e nas redes sociais obriga também o debate sobre o preparo técnico e a velocidade de ação dos gestores de políticas públicas. É ncessário aprimorar a capacidade de dar respostas rápidas à demanda por melhoria na oferta de serviços públicos. A pesquisa do DataSenado, primeira aplicada pelo Parlamento no universo online, mostra também que, depois das manifestações, o jovem internauta brasileiro é otimista com relação ao futuro do país. E diz estar disposto a voltar às ruas caso suas expectativas sejam frustradas. O prazo já foi dado: 2014, ano da realização da Copa do Mundo no Brasil. Ainda é cedo para afirmar que o ano de 2013 vai mudar o mundo. Mas é inques- tionável que será o marco de uma nova era na concepção da democracia representativa e na busca por mecanismos de participação popular mais efetivos e permanentes. O projeto que transforma em crime hediondo a corrupção e o homicídio, a ampliação dos direitos trabalhistas das domésticas, a “ficha limpa” para servidores e tantas outras propostas recentemente aprovadas, bem como a aplicação e divulgação da pesquisa do DataSenado sobre as manifestações são demonstrações do esforço que o Senado está fazendo para entender e impulsionar as mudanças de que o país precisa. *presidente do Congresso Nacional e senador pelo PMDB- AL Artigo publicado no sítio do parlamento tratou das redes sociais e contou com a presença de dois especialistas no assunto: o professor de Engenharia da Computação da Ufes, Rodolfo Villaça, e o diretor de jornalismo da TV Vitória, Alexandre Carvalho. Villaça fez uma retrospectiva sobre o surgimento das redes sociais e o desenvolvimento da internet. “Os avanços verificados são reais e não devem em nenhuma hipótese ser relativizados”, disse. Já Alexandre Carvalho falou das mídias sociais como possibilidade de construção de grandes projetos, pessoais ou coletivos, e apresentou instrumentos de aproximação e interatividade entre cidadãos e a classe política. Participaram do Conversas, o presidente do PMDB regional, deputado federal Lelo Coimbra (ES), a deputada estadual Luzia Toledo, o ex-secretário estadual de Educação e professor da Ufes, Haroldo Correa Rocha, o vice-prefeito de Ibiraçu, Diego Krentz, os vereadores Tiago Paterlini (Guarapari/ES) e Osvaldo Maturano (Vila Velha/ES), e o ex-deputado estadual, Giovani Silva. Executiva do PMDB discute convenções municipais e novas filiações Presidida pelo senador Valdir Raupp (RO), a Executiva Nacional do PMDB se reuniu nesta terça-feira(27), em Brasília, para discutir temas relacionados a reestruturação partidária, convenções municipais e maior participação dos núcleos nas decisões da agremiação. A executiva aproveitou a oportunidade para planejar a realização de uma campanha de filiações que venha a oxigenar os quadros peemedebistas. Para tanto, ainda este mês será feito um levantamento do atual número de diretórios municipais visando à atualização, informação que será apresentada na próxima reunião da Executiva Nacional. A Executiva também vai realizar um encontro com a Juventude para ouvi-la e para debater as propostas desse segmento para o Brasil. Até três jovens de cada estado serão convidados para esse evento, que ainda não tem data definida. Os participantes também debate- Lindomar Gomes Executiva se reúne na sede do Partido ram o crescimento do partido nas eleições de 2014 e o lançamento de candidatura própria a presidente da República em 2018. Sobre este objetivo,Valdir Raupp afirmou que nos encontros dos quais tem partici- pado sempre defendeu que o PMDB tem de preparar um candidato para as eleições presidenciais de 2018. “Para o pleito de 2014, o Partido já tem uma aliança fechada com o PT, visando à reeleição da presidente da República, Dilma Rousseff, e do vice-presidente, Michel Temer”, disse o senador. A Executiva aprovou, ainda, o registro do diretório estadual do PMDB de Santa Catarina. DISCURSO Fátima Pelaes propõe mudança no Minha Casa, Minha Vida Rural Em pronunciamento na Câmara, a deputada Fátima Pelaes (AP) ressaltou a necessidade de mudanças nos critérios estabelecidos para o Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) direcionado para a Região Amazônica. A parlamentar apresentou indicaExpediente 4 Assessoria de Comunicação Social da Fundação Ulysses Guimarães Jornalista Responsável: Thatiana Souza (DRT 3487/DF) Jornalistas: Ana C. Silva, Paulo Marcial e Roberta Ramos Revisão de Texto: Tayana Moritz Tomazoni Fotógrafo: Wendel Lopes Diagramação: Zoltar Design Tiragem: 1500 exemplares Periodicidade: Semanal Endereço: Câmara dos Deputados, Edifício Principal sala T6, Brasília - DF Fone: (61) 3223-7003 Email: [email protected] www.pmdb.org.br ção à Casa Civil propondo a adequação do Programa à realidade amazônica. “Ressalto o empenho da equipe da Caixa Econômica Federal, no Amapá e aqui em Brasília, em propiciar às famílias amapaenses que vivem no campo o acesso a uma habitação digna”, afirmou. O programa beneficia o agricultor familiar com renda anual de até R$ 15.000,00 e é gerido pelos ministérios das Cidades, da Fazenda, do Desenvolvimento Social, e pelas instituições Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e INCRA. “Preparar a terra para receber uma casa de alvenaria, à beira de um rio, não é economicamente viável. Isso também exigiria uma logística muito complexa, pois o transporte por via terrestre é muitas vezes impossível, já que as trilhas nas matas não permitem a passagem de materiais volumosos e pesados”, disse.