Impresso Especial 991218260/2007-DR/BSB PMDB www.pmdb.org.br Brasília, Distrito Federal, 8 de Julho de 2015, número 229. Marcos Oliveira/Agência Senado Comissão Temporária da Reforma Política aprova nova eleição em caso de perda de mandato e novas regras para propaganda e fundo partidário Sancionada lei que agrava penas de crimes cometidos contra policiais e militares Foi sancionada nesta segunda-feira (6) a Lei 13.142/2015, que agrava as penas para os crimes de homicídio e lesão corporal praticados contra policiais, bombeiros militares e integrantes das Forças Armadas, da Força Nacional de Segurança e do sistema prisional, bem como a seus familiares, se em função do parentesco. A lei é oriunda do PLC 19/2015, do deputado Leonardo Picciani (RJ). O texto altera o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/1940) para classificar como qualificado o homicídio contra policiais e demais integrantes de forças de segurança e a seus familiares. A pena, assim, é de 12 a 30 anos. Também determina aumento de pena, de um a dois terços, nos casos de lesão corporal contra esses profissionais. A Lei 13.142 transforma o homicídio, a lesão corporal gravíssima e a lesão corporal seguida de morte contra policiais em crime hediondo. A classificação como hediondo tem consequências como a proibição de graça, indulto e anistia e regras mais rígidas para a progressão de regime. Novo cônjuge terá patrimônio protegido de penhora por pensão alimentícia Foi sancionada nesta segunda-feira (6) a inclusão (Lei 13.144 de 2015) de dispositivo para proteger o patrimônio do novo cônjuge ou companheiro de devedor de pensão alimentícia. A mudança foi proposta (PLS 273/2005) há quase dez anos pelo senador José Maranhão (PB). O texto modifica a Lei 8.009/1990, que traz as hipóteses de impenhorabilidade do bem de família, definido como o imóvel residencial do casal, com suas benfeitorias, equipamentos e móveis. Entre as exceções a essa proteção, estão os casos de dívidas alimentícias, ou seja, de valores referentes a pagamento de pensão. Indicados os integrantes da CPI da CBF O presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), leu em Plenário nesta terça-feira (7) o nome dos senadores titulares e suplentes para integrarem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Comitê Organizador Local da SENADO Copa do Mundo Fifa Brasil 2014 (COL). Foram indicados para compor a CPI da CBF os senadores peemedebistas Eunício Oliveira (CE), Romero Jucá (RR). Além dos senadores Humberto Costa (PT-PE), Zezé Perrela (PDT-MG), Ciro nogueira (PP-PI), Omar Aziz (PSDAM), Alvaro Dias (PSDB-PR), Davi Alcolumbre (DEM-AP), CÂMARA Kátia Abreu relata anteprojeto da Lei de Licitações SENADO Henrique Alves cria comissão sobre Orçamento Impositivo 2 Marcos Oliveira/Agência Senado Durante reunião da bancada do PMDB no Senado nesta terça-feira (07), o líder Eunício Oliveira (CE) compartilhou com os membros que compõem a legenda informações sobre o alcance da Medida Provisória 680/2015, publicada ontem (7) e que permite reduzir a jornada de trabalho de funcionários de empresas com dificuldades financeiras, o chamado Programa de Proteção ao Emprego - PPE. Eunício esteve em reunião do Conselho Político com a presidente Dilma Rousseff, onde foram expostos os detalhes da medida. Para o líder, o texto elaborado pelo governo chega em momento oportuno e mostra que existe uma iniciativa para sair de uma pauta negativa que tem dominado o cenário político e econômico do país. “É uma verdadeira demonstração que o governo não ficará apenas nas medidas do ajuste fiscal. É chegada a hora de apresentar e aprovar medidas que possam colaborar na manutenção dos empregos e garantir que as empresas continuem investindo no Brasil”, disse. O PPE prevê a diminuição em até 30% as horas de trabalho, reduzindo de forma proporcional o salário pago pelo empregador, apenas em empresas que estejam em dificuldades financeiras em caráter temporário. O texto foi acordado com as centrais sindicais como forma de evitar as demissões em massa e fazendo com que o trabalhador não perca o vínculo de emprego. A ajuda do governo será referendada através da compensação parcial da diferença do salário, que vai pagar 50% da perda com o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Pré-Sal — Eunício acrescentou que mudanças no relatório sobre o projeto que acaba com a obrigação da Petrobras de ser a única operadora na exploração do Pré-Sal, que está sendo elaborado pelo senador Ricardo Ferraço (ES), ainda estão em discussão. Segundo ele, não houve avanço no entendimento nas alterações do projeto. A articulação está sendo feita no sentido de viabilizar a aprovação de um substitutivo que dará a preferência para a Petrobras escolher se quer ou não investir em determinada área, de acordo com os seus planos de investimento. Atualmente a estatal é obrigada a participar da estatal de todos os campos a serem leiloados. Romário (PSB-RJ), Fernando Collor (PTB-AL), Lídice da Mata (PSB-BA) e Wellington Fagundes (PR-MT). A comissão terá 180 dias para investigar possíveis irregularidades em contratos feitos para a realização de partidas da Seleção brasileira de futebol, de campeonatos organizados pela CBF, assim como para a realização da Copa das Confederações em 2013 e da Copa do Mundo de futebol de 2014. CÂMARA Sérgio Souza é autor de texto sobre Política de Biocombustíveis 2 Em reunião com senadores do PMDB, Eunício fala sobre a MP de Proteção ao Emprego PMDB Manoel Júnior propõe alteração na Lei de Responsabilidade Fiscal 2 Partido reúne 2 mil militantes em encontro regional no Ceará 2 4 1 Congresso Nacional Leonardo Quintão quer votar novo Código de Mineração antes do recesso parlamentar O deputado Leonardo Quintão (MG) quer levar à votação em Comissão, antes do recesso parlamentar, o texto substitutivo do Projeto de Lei 37/2011, que institui um novo Código de Mineração. Relator da matéria, ele pediu ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), para pautar o projeto para votação em plenário no segundo semestre. Nesta terça-feira (7), a Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara debateu os impactos ambientais, financeiros e sociais da proposta. O marco regulatório da mineração já está em vigor há cerca de cinco décadas. O novo texto transforma o atual Departamento Nacional de Produção Mineral em agência e obriga o governo a repassar recursos para o novo órgão. Segundo Quintão, do orçamento de R$ 450 milhões, previsto para este ano, o governo liberou só R$ 50 milhões. O valor é insuficiente para o departamento analisar os 70 mil processos de investimentos no setor, que estão parados. O deputado Leonardo Quintão considera um erro do governo federal, encarar a futura agência como fonte de gastos. Segundo ele, a mineração é um dos poucos Projeto de Raimundo Lira visa alocar recursos para a revitalização do “Velho Chico” O senador Raimundo Lira (PB) apresentou o projeto de lei (PLS) 429/2015, que altera a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989, para aumentar em três pontos percentuais a compensação financeira pela exploração de recursos hídricos de aproveitamentos hidroelétricos na Bacia do Rio São Francisco. A proposta prevê que, quando o aproveitamento hidroelétrico estiver localizado na Bacia do Rio São Francisco, a compensação financeira pelo resultado da exploração de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica será acrescida de três pontos percentuais, a ser paga também pelo titular de concessão ou autorização para exploração de potencial hidráulico aos órgãos da administração direta da União, definidos pelo regulamento. Esse acréscimo será integralmente destinado à revitalização do Rio São Francisco, na forma de regulamento. Caberá a União definir o órgão de sua estrutura que será o beneficiário dos recursos. Para Raimundo Lira, todo esse esforço demanda recursos financeiros de grande monta. E a hora de agir é agora. “Urge atuar Senador Raimundo Lira (PB) Foto: Wendel Lopes/PMDB tempestivamente para reverter o sombrio futuro a que está destinado o “Velho Chico”, se nada for feito. É preciso empenho de todos os agentes políticos para que essa catástrofe anunciada seja evitada. Não haverá qualquer atividade econômica, sem que o rio esteja ambientalmente saudável, mormente a geração de energia. É preciso revitalizá-lo, recuperar nascentes, recuperar matas ciliares, livrá-lo da poluição trazida por eflúvios in natura, entre outras ações urgentes”, alertou o parlamentar paraibano. Jader apresenta voto favorável ao projeto que concede anistia a policiais e bombeiros 2 O senador Jader Barbalho (PA) apresentou na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, voto favorável à anistia para bombeiros e policiais militares do Pará, Amazonas, Acre e Mato Grosso. Indicado relator no colegiado, onde agora tramita o projeto de lei da Câmara (PLC) 17/2015 que altera a Lei nº 12.505, de 11 de outubro de 2011, incluindo os estados do Pará, Amazonas, Acre e Mato Grosso na anistia concedida anteriormente a militares de Alagoas, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Sergipe, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, Tocantins e do Distrito Federal, punidos por participar de movimentos reivindicatórios. Jader Barbalho não fez alterações ao texto originário da Câmara dos Deputados. O texto aprovado na Câmara é o substitutivo apresentado pela deputada Simone Morgado (PA), que foi relatora do PL 177/2015 na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO). O autor do PL é o deputado Deputado Leonardo Quintão (MG) Foto: Wendel Lopes/PMDB setores que podem gerar empregos nestes tempos de crise. Cada emprego criado na mineração gera 13 postos na cadeia produtiva. A proposta também muda a cobrança da alíquota, que passa de 2% do faturamento líquido para até 4% do faturamento bruto das empresas. O peemedebista explica que o minério de ferro, que representa 86% de tudo o que é arrecadado em royalties no setor, terá alíquotas progressivas. “Vamos encontrar faixas. Por exemplo, de zero até 60 dólares, vai ser 1%. De 60 a 80 dólares, 2%. De 80 a 100 dólares, 3%. E acima de 100, 4%, que é uma alíquota onde as empresas têm uma folga financeira para pagar uma alíquota maior.” Segundo o texto proposto pelo relator, 10% dos royalties deverão ficar nos municípios onde a extração é feita, para compensar pela degradação ambiental. Aprovado substitutivo de Mauro Pereira que cancela temporariamente CNPJ As empresas que comercializarem produtos piratas poderão ter cancelado temporariamente o Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ). É o que consta o substitutivo do deputado Mauro Pereira (RS) ao PL 589/2015, e aprovado na última semana pela Comissão de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (CDEIC) da Câmara. O projeto prevê a suspensão por 180 dias a eficácia da inscrição no CNPJ do estabelecimento que adquirir, distribuir, transportar, estocar, importar, vender ou revender produtos que tenham sido objeto de: contrafação (produção comercial de um artigo sem autorização da entidade que detém a sua propriedade intelectual); crime contra a marca, conforme definido pela Lei 9.279/1996, que regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial; sonegação de tributos; e furto ou roubo. A proposta original previa o cancelamento definitivo do CNPJ em caso de reincidência nas infrações. Pelo substitutivo, em caso de reincidência nas infrações, a empresa será considerada inidônea e terá sua inscrição no CNPJ considerada inapta. Além disso, o administrador, direta ou indiretamente responsável pela infração cometida será interditado para o exercício do comércio pelo período de cinco anos. Mauro Pereira reforça que a comercialização de mercadorias de origem duvi- Deputado Mauro Pereira (RS) Foto: Wendel Lopes/PMDB dosa, em particular o de produtos falsificados traz incontáveis prejuízos à economia como um todo, além de gerar incentivos negativos ao desenvolvimento econômico. “Entendemos que o projeto em análise é meritório do ponto de vista econômico por criar um claro e direto desincentivo econômico às práticas de comércio de mercadorias de origem duvidosa ou falsificadas, em benefício de toda a economia”, disse. Nova regulamentação para franquias inclui setor público Senador Jader Barbalho (PA) Foto: Geraldo Magela/Agência Senado Edmilson Rodrigues (Psol-PA). Para o senador, o pleito é justo já que o princípio constitucional da isonomia exige o tratamento equivalente. De acordo com o relator, é importante sublinhar que a anistia não abole o crime. “É um perdão do Estado aplicado a fatos passados e que extingue a punibilidade. O foco são crimes militares e infrações disciplinares em razão de participação em movimentos reivindicatórios das categorias”, lembrou Jader Barbalho, acrescentando que a proposta não inclui crimes definidos no Código Penal e nas leis penais especiais. A anistia valerá para os crimes previstos no Código Penal Militar entre o período de 13 de janeiro de 2010, data de publicação de outra lei de anistia (12.191/2010), e a data de publicação da futura lei. Entretanto, crimes tipificados no Código Penal não são anistiados. Deputado Lúcio Vieira Lima (BA) Foto: Wendel Lopes/PMDB A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara vai apreciar, em caráter conclusivo, a inclusão do setor público na nova regulamentação para o sistema de franquia empresarial (franchising). Na quarta-feira (1º), a matéria foi aprovada na Comissão de Finanças e Tributação (CFT), com relatório do deputado Lucio Vieira Lima (BA), para quem a proposta não impacta as finanças e o orçamento público. O texto aprovado concilia aspectos do projeto principal, PL 3234/2012, do deputa- do Valdir Colatto (SC), e do PL 4386/2012, do ex-deputado Alberto Mourão, que tramita apensado, eliminado pontos conflitantes. A matéria revoga a lei atual (8.955/1994) e passa a regular não apenas os contratos, mas o instituto jurídico da franquia empresarial como um todo. O texto diz que esse pacto empresarial não cria relação de consumo ou vínculo empregatício. E que o franqueador deverá ser titular ou requerente de direitos sobre os objetos da propriedade intelectual negociados. Congresso Nacional Comissão de Reforma Política do Senado aprova propostas para votação em Plenário Está prevista para esta quarta-feira (8) a primeira sessão do Plenário para votar as propostas originárias da Comissão Temporária de Reforma Política do Senado Federal. As quinze propostas em análise na comissão foram apresentadas pelo relator da matéria, o senador Romero Jucá (RR). Uma das medidas previstas para votação em Plenário é o projeto de lei que limita as coligações nas eleições proporcionais. A proposta foi aprovada na comissão na última quarta-feira (1º) e seguiu em regime de urgência para o Plenário. A medida determina que a distribuição de vagas nas eleições proporcionais ocorra de acordo com o quociente eleitoral, por partido, mesmo quando houver coligação. Os partidos que não alcançaram o quociente eleitoral não podem concorrer às sobras de vagas. A Câmara dos Deputados rejeitou no final de maio o fim das coligações. Por isso, Romero Jucá se comprometeu a negociar com os deputados a proposta das novas normas para as coligações. Nesta terça-feira (7), a Comissão de Reforma Política aprovou a proposta que distribui o tempo semestral de propaganda partidária em cadeia de rádio e TV de acordo com o tamanho da representação da legenda na Câmara dos Deputados. A medida também acaba com o critério de tempo igual para todas as legendas. Também foi aprovada pela comissão a proposta que prevê novas eleições se o eleito em cargo majoritário — prefeito, governador, senador e presidente — for cassado ou perder o mandato por qualquer outro motivo. Decisões da Justiça Eleitoral têm determinado, nessas situações, a Senador Romero Jucá relator na Comissão Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado posse dos segundos colocados. A comissão aprovou ainda a proposta que traz regras para o acesso aos recursos do fundo partidário. Esse fundo é formado basicamente com recursos da União e, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, para este ano estão reservados R$ 811 milhões. Em relação ao fundo partidário, a nova regra aprovada funcionará de forma escalonada. Até 2018, somente terão direito ao fundo partidário as legendas com diretórios permanentes em 10% dos municípios e mais da metade dos estados. Até 2022, os partidos devem ter diretórios permanentes em 20% dos municípios e 2/3 dos estados. Além das 15 sugestões apresentadas pelo relator Romero Jucá, que começaram a ser discutidas, a Comissão da Reforma Política deve deliberar ainda sobre propostas de outros senadores. Elas tratam de temas como a participação de mulheres na política e o fim do voto obrigatório. Câmara pode votar projeto de Picciani sobre nova fórmula de correção do FGTS Congresso examina vetos presidenciais nesta quarta-feira O veto parcial ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 166/2010, de autoria do então senador José Sarney (AP), que instituiu o novo Código de Processo Civil (CPC), será examinado pelo Congresso Nacional nesta quarta-feira (8). Foram vetados vários dispositivos, como a conversão de ações individuais em coletivas; a exigência de carta rogatória para atos de cooperação com outros países; e a possibilidade de sustentação oral no julgamento de agravo interno nos tribunais. A sessão está marcada para as 11h, no Plenário da Câmara dos Deputados. Ao todo, deverão ser analisados dez vetos presidenciais, que alcançam regras para fusão de partidos, Marco Legal da Biodiversidade e Lei Geral das Antenas. Será examinado o veto parcial ao Projeto de Lei do Senado (PLS 406/2013), de autoria do senador Renan Calheiros (AL), que altera a Lei de Arbitragem. Foram vetados os dispositivos que tratavam expressamente do uso da arbitragem nos contratos de adesão e nos contratos individuais de trabalho. Vários vetos referem-se ao PLS 224/2013 – Complementar, que regulamenta a PEC das Domésticas (EC 72/2013). O primeiro veto elimina a possibilidade de estender o regime de 12 horas trabalhadas por 36 de descanso aos trabalhadores de outras categorias, como os vigilantes ou os transportadores. Para o Executivo, o dispositivo trata de matéria estranha ao objeto do projeto de lei. O outro item vetado no PLS 224/2013 retira da lei a possibilidade de a “violação de fato ou circunstância íntima do empregador ou da família” ser motivo de demissão por justa causa. O Executivo alega que o dispositivo é amplo e impreciso, o que daria margem a fraudes e traria insegurança para o trabalhador. Fator Previdenciário — Quanto à flexibilização do fator previdenciário (regra 85/95), o veto só poderá entrar na pauta se houver acordo de líderes, pois o prazo de 30 dias de tramitação no Congresso se cumprirá somente no dia 18 de julho. Renan destaca papel do PMDB para a retomada do crescimento do país Em reunião com os líderes partidários nesta terça-feira (7), o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), propôs que a Casa aprofunde a discussão sobre o projeto de lei apresentado pelo Executivo que retira a desoneração da folha de pagamento sobre 56 setores produtivos. Renan defendeu a votação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 57/2015 somente depois do recesso parlamentar, em agosto. A matéria foi aprovada no último dia 25 de junho pela Câmara dos Deputados e agora está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, aguardando designação de relator. Foram apresentadas vinte e seis emendas ao projeto. A redução da desoneração da folha salarial faz parte do plano de ajuste fiscal elaborado pelo governo. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi contra estabelecer exceções, mas os deputados acabaram mantendo a desoneração para quatro setores: empresas telecomunicações, transporte, call center e de calçados. A estimativa é de que o fim da desoneração aumente a arrecadação do governo em R$ 1 bilhão por mês. Renan defendeu um debate com o setor produtivo. “Eu acho que é fundamental dar uma lógica à desoneração da folha. Você excluir uns poucos setores desfaz completamente a lógica do planejamento, do interesse industrial, do Senador Renan Calheiros preside reunião Foto: Jonas Pereira/Agência Senado custo da própria produção. É fundamental que o Senado, de uma forma madura, procure dar uma lógica à desoneração da folha”. O presidente do Senado também destacou o papel do PMDB em apontar e colaborar com medidas que tragam a retomada do crescimento. “Você não pode relativizar crises, minimizalas. É importante colaborar institucionalmente construindo saídas. O PMDB tem sido ao longo dos tempos o pilar da governabilidade e ele quer, claro, colaborar para que nós tenhamos saídas corretas para o país. Mas dentro da lei, da Constituição”, recomendou. Deputado Leonardo Picciani (RJ) Foto: Wendel Lopes/PMDB O Plenário da Câmara deverá votar nos próximos dias, o Projeto de Lei 1358/2015, que muda o índice de correção do FGTS. A proposta é de autoria dos deputados Paulo Pereira da Silva, presidente do Solidariedade; e dos líderes do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), e do Democratas, Mendonça Filho. Na última terça-feira (1º) o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, por 313 votos a 132, o regime de urgência para o projeto. Atualmente, a correção do FGTS é feita com base na taxa referencial, a TR, em torno de 0,1% ao mês, mais juros de 3% ao ano. O depósito do fundo de garantia equivale a 8% do valor do salário pago ao trabalhador cujo contrato é regido pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). O projeto prevê que os depósitos efetuados a partir de 1º de janeiro de 2016 serão corrigidos pelo mesmo cálculo aplicado às cadernetas de poupança. O cálculo tem dois mecanismos: quando taxa básica de juros da economia, a taxa Selic, for superior a 8,5% o reajuste será pela TR mais 0,5% ao mês. Quando os juros forem inferiores a 8,5%, a correção será da TR acrescida de 70% da taxa Selic. Também consta da proposta, que altera a lei do FGTS (8.036/1990), que os depósitos efetuados a partir do próximo ano, já sob a nova remuneração, serão segregados do saldo existente até a data. Essa sistemática foi adotada quando a Lei 12.703/2012 alterou as regras de remuneração da caderneta de poupança. Os autores do projeto alegam que a remuneração atual do saldo do fundo prejudica os trabalhadores. “Não é justo a poupança do trabalhador ser remunerada em condições inferiores à correção da caderneta de poupança, em um país em que há um claro subsídio dos trabalhadores aos financiamentos de programas, em que o governo é quem deveria assumir o ônus”, apontam os deputados. E completaram: “Entendemos que é justo mudar a norma de correção, observando, para evitar um desequilíbrio no sistema atual, os saldos existentes, já que eles servem de fonte de financiamentos já concedidos, o que provocaria um caos se houvesse qualquer retroatividade, além de prejuízos financeiros à União”. O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ) também apoiou a aprovação da urgência da proposta e salientou que “atualmente, há uma injustiça que precisa ser corrigida. Essa poupança não atinge seu objetivo se não tem uma correção pela inflação”. Comissão aprova projeto de Mauro Lopes que abranda responsabilidade solidária na CLT O Projeto de Lei 1246/2015, do deputado Mauro Lopes (MG), torna mais branda a responsabilidade solidária prevista na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Na última quarta-feira (1º), o projeto foi aprovado na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC) da Câmara, e segue agora para análise em caráter conclusivo pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP); e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). De acordo com a CLT, as empresas que formam um mesmo grupo econômico têm responsabilidade solidária em relação ao contrato de trabalho. Significa que o empregado pode cobrar seus créditos trabalhistas de todas ou de qualquer parte dessas empresas. A proposta do deputado acrescenta que isso só será possível se as empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico tiverem participado da relação processual como reclamadas e constarem expressamente do título executivo judicial do devedor. Deputado Mauro Lopes (MG) Foto: Wendel Lopes/PMDB 3 PMDB e Fundação Ulysses Guimarães Moreira diz que alterações na Lei da Partilha beneficia a Petrobras Vínculo da soja brasileira com o Japão As alterações que estão sendo propostas No início do século 20, a soja era cultivada ao sul do país por pequenos produtores que a para a Lei nº 12.351/2010, que estabelece a obrigatoriedade de participação da Petrobras com pelo menos 30% no consórcio de exploração do pré-sal, são entendidas pelo presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Moreira Franco, como “uma adaptação à nova realidade do mercado do petróleo”. O fim da obrigatoriedade de participação da Petrobras é previsto no Projeto de Lei do Senado (PLS) 131/2015. Segundo explicou Moreira Franco, “eventuais mudanças na Lei não serão para retirar o direito da Petrobras em participar de futuras licitações que a companhia considerar um bom negócio”. Mas, ao contrário, “as empresas que adquirirem blocos não atraentes para a Petrobras terão que arcar com os riscos de sua exploração, sem afetar o cronograma de desenvolvimento da estatal e o bolso dos nossos contribuintes”, comparou. Para Moreira Franco, a situação da Petrobras demonstra que o melhor para a empresa “é deixar de ter o ônus da obrigatoriedade e passar a ter o bônus da escolha”. O entendimento é que o fim da obrigatoriedade dispensa a estatal de participar dos riscos da exploração. “Com essas alterações, poderemos iniciar a refundação da Petrobras, consequentemente de toda a nossa indústria petrolífera, incentivando novos investimentos privados dos quais o Brasil precisa para retomar o crescimento econômico, gerar novos empregos e aumentar a receita e a divisão de royalties”, afirmou o presidente da FUG. Moreira Franco explicou também que utilizavam como adubo e fonte de proteínas para suínos. A perspectiva era expandir a fronteira agrícola incrementando os avanços tecnológicos que incluíam pesquisas nas áreas de química, mecânica e, sobretudo, engenharia genética. Fez-se, então, necessária estratégia de incorporação de novas áreas frente ao esgotamento das terras disponíveis para exploração agropecuária nas regiões Sul e Sudeste. Simultaneamente, uma grande apreensão com a segurança alimentar estava aflorando no Japão, quando Washington determinou o controle da exportação de soja depois de os preços terem triplicado em 1973. Sendo os Estados Unidos os únicos fornecedores, argumentos emergiram no país asiático em favor da diversificação dos fornecedores. Nesse contexto, a partir da década de 1970, o cerrado brasileiro, durante longo tempo visto como ecossistema sem grande potencial para o desenvolvimento agrícola, surge como polo estratégico para a implementação das políticas de expansão da fronteira agrícola, tanto do interesse brasileiro quanto do japonês. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi responsável pelo desenvolvimento das sementes adaptadas ao clima tropical, em cooperação com centros nacionais, particularmente o Centro de Pesquisa Agropecuária do Cerrado (Cpac). O atualmente designado Embrapa-Cerrado exerceu papel fundamental nas transformações da região. O Cpac foi beneficiário de cooperação técnica japonesa de grandes proporções após sua fundação, em 1975. Os principais programas de promoção do cultivo e a consequente capitalização da agricultura no cerrado, o incremento da produção e da produtividade estão no Programa de Desenvolvimento do Cerrado Brasileiro Brasil e Japão (Prodecer), assim como o inigualável apoio técnico e financeiro proporcionado pela Japan International Cooperation Agency (Jica) durante mais de 20 anos. O Prodecer, supervisionado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foi coordenado pela Companhia de Promoção Agrícola (Campo), apoiado por cooperativas e executado por produtores rurais, o que exigiu perfeita sinergia entre os vários atores políticos e privados, nacionais e japoneses. A contribuição da cooperação japonesa não se restringiu à promoção das inovações tecnológicas, tais como a correção do solo e melhoramento genético, mas também se deu pelas inovações institucionais, a exemplo do desenvolvimento do uso da terra em forma de cooperativas, fundamental para o desenvolvimento do cerrado. O crescimento do cultivo da soja no Brasil tem sido impressionante ao longo das quatro últimas décadas, não tanto pela expansão da área de produção, mas pelo aumento da produtividade no campo, resultante do uso intensivo de tecnologias mais eficientes. Hoje, o setor agroindustrial responde por cerca de 30% do PIB e por aproximadamente 40% das exportações totais do país. Após longo processo de aprendizagem envolvendo atores nacionais e japoneses, o Brasil é destaque no mercado internacional de soja e tal posição exige eficiência no uso das tecnologias de produção e habilidade nas ferramentas de gestão. Nesse contexto, é fundamental o papel do governo japonês no desafio conjunto de transformar o cerrado em celeiro agrícola mundial. Presidente da Fundação Ulysses, Moreira Franco Foto: Wendel Lopes/PMDB a Petrobras não está em condições econômicas e financeiras de assumir as obrigações contidas na Lei da Partilha, porque deve “em torno de R$ 400 bilhões, cinco vezes mais do que a sua geração anual de caixa. É a maior dívida entre as corporações mundiais”. Segundo ele, a empresa precisa encontrar recursos para desenvolver a sua carteira de campos de petróleo. Daí a importância de “uma regulação menos intervencionista, mais inteligente e moderna, em contrapartida a esse momento onde os preços do barril estão baixos”. Em debate na Câmara, Eliseu Padilha fala sobre o setor de aviação civil no Brasil O ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Eliseu Padilha, participou nesta terça-feira (7) de audiência pública na Comissão de Viação e Transportes (CVT) da Câmara dos Deputados. Na ocasião, ele garantiu que há recursos para viabilizar o Programa para a Aviação Regional do governo. O programa prevê a ampliação no número de aeroportos regionais que recebem voos regulares de 80 para 270, até o final do governo Dilma Rousseff. Desse total, 67 serão no Norte; 64 no Nordeste; 31 no Centro-Oeste; 65 no Sudeste; e 43 no Sul. “O Fundo Nacional da Aviação tem receita própria, não depende do Orçamento da União. Neste ano o fundo vai arrecadar R$ 4,5 bilhões. O orçamento do programa para este ano é de R$ 2,9 bilhões. Portanto, o programa tem recursos, e a presidente Dilma já disse que é prioridade dela.” O total de investimentos previstos, durante os quatro anos de implementação, é de R$ 7,3 bilhões. Segundo o ministro peemedebista, a maior parte dos novos aeroportos está em fase de estudos de viabilidade técnica, mas 64 já estão com licenciamento ambiental Expediente Jornalista Responsável: Thatiana Souza (DRT 3487/DF) Jornalistas: Eurico Batista, Paulo Marcial e Marcella Mota (Redes Sociais) Revisão de Texto: Tayana Moritz Tomazoni Fotógrafo: Wendel Lopes Diagramação: Zoltar Design Tiragem: 1500 exemplares Periodicidade: Semanal Endereço: Câmara dos Deputados, Edifício Principal sala T6, Brasília - DF Fone: (61) 3223-7003 Email: [email protected] www.pmdb.org.br 4 *Kátia Abreu *Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Artigo publicado no jornal Correio Braziliense – Coluna Opinião – em 06 de julho de 2015. Ministro da Saúde apresenta relatório sobre Máfia das Próteses a CPI Ministro da Aviação, Eliseu Padilha Foto: Wendel Lopes/PMDB para as obras. Uma das prioridades, segundo ele, são os aeroportos na Amazônia legal. Sobre as concessões dos aeroportos, divulgada recentemente pela presidenta Dilma Rousseff, Padilha também garantiu que haverá interessados nas concessões para os aeroportos de Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Salvador (BA) e Fortaleza (CE). O leilão para as novas concessões deverá ocorrer no primeiro semestre de 2016. A ideia é criar novos “hubs” regionais com esses aeroportos. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, entregou nesta terça-feira (7) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Máfia das Próteses o resultado de apurações realizadas por uma comissão que envolveu vários órgãos do governo. O grupo investigou fraudes em implantes médicos e odontológicos, também objeto de apuração da CPI. O colegiado na Câmara é presidido pelo deputado Geraldo Resende (MS). Arthur Chioro apresentou um conjunto de propostas em cinco frentes de ação: regulação sanitária, econômica e de uso de dispositivos médicos implantáveis; melhoria na gestão do Sistema Único de Saúde e punições aos responsáveis por fraudes e irregularidades. O ministro da Saúde disse que a nova divisão da Polícia Federal será criada por meio de portaria do Ministério da Justiça, um dos órgãos que integrou o grupo de Deputado Geraldo Resende preside debate Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados trabalho. “O ministro José Eduardo Cardozo já determinou que seja criada essa divisão especial no âmbito da Polícia Federal. O ato formal deve sair entre hoje [ontem] e amanhã [hoje]. Isso é muito positivo porque nós não temos crimes e fraudes só na área de próteses. A face mais pública, mais escancarada desses problemas talvez esteja na área de prótese.”