Impresso Especial 991218260/2007-DR/BSB PMDB www.pmdb.org.br Brasília, Distrito Federal, 17 de Junho de 2015, número 226. Comissão Mista aprova relatório de João Alberto que mantém atuais regras de cálculo do salário mínimo A Medida Provisória 672/2015, que estabelece as regras para reajuste do salário mínimo entre 2016 e 2019, foi aprovada nesta terça-feira (16) na comissão mista. O parecer elaborado pelo senador João Alberto Souza (MA), mantém integralmente o texto enviado pelo governo e rejeita todas as 114 emendas apresentadas. A redação aprovada, que agora será analisada nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado, determina que o reajuste anual do salário mínimo será baseado na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado no ano anterior, a título de correção inflacionária, acrescido da taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) apurada dois anos antes, como aumento real. Câmara homenageia Mendes Ribeiro Filho Alex Ferreira / Câmara dos Deputados Reforma Política deve ser concluída até quinta-feira, afirmou Eduardo Cunha A Câmara dos Deputados fará homenagem póstuma ao exdeputado e ex-ministro Mendes Ribeiro Filho, às 9 horas desta quarta-feira (17), no Plenário Ulysses Guimarães. A sessão foi proposta pelos deputados federais do PMDB gaúcho, Alceu Moreira, Darcísio Perondi, José Fogaça, Mauro Pereira e Osmar Terra. Mendes Ribeiro Filho foi vereador em Porto Alegre, deputado estadual por dois mandatos, secretário estadual de Justiça, de Obras Públicas, de Saneamento, de Habitação e da Casa Civil. Foi deputado federal por cinco mandatos consecutivos, e ministro da Agricultura. Lutou contra o câncer desde 2007 e faleceu no dia 10 de maio de 2015. Renan assina criação de Comissão para atualizar o Código Brasileiro de Aeronáutica Nesta quarta, Renan e Cunha reúnem prefeitos para discutir Pacto Federativo Wendel Lopes/PMDB Wendel Lopes/PMDB O presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), assinou nesta terça-feira (16) a criação da comissão de especialistas que vai apresentar anteprojeto de reforma do Código Brasileiro de Aeronáutica. O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, e o senador Vicentinho Alves (PR-TO), também participaram na solenidade. A comissão terá 16 Henrique Alves anuncia abertura de cadastro do Siconv para o setor do turismo O Ministério do Turismo abriu no início do mês as inscrições para projetos no Sistema de Convênios (Siconv). Serão aceitas, neste primeiro momento, propostas nas áreas de SENADO CÂMARA Kátia Abreu relata anteprojeto da Lei de Licitações SENADO Henrique Alves cria comissão sobre Orçamento Impositivo 2 planos e estudos de desenvolvimento turístico, infraestrutura e eventos de fortalecimento do setor. A expectativa é que mais de 10 mil projetos sejam inscritos. As propostas serão recebidas até quinta-feira, 18 de junho. O objetivo é melhorar a qualidade e a oferta dos serviços ligados ao turismo, garantindo as condições adequadas para que o setor se desenvolva de forma coordenada e sustentável “É papel do governo federal ajudar a estruturar seus destinos e criar condições favoráveis para o turismo impulsionar a economia local”, disse o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves. CÂMARA Sérgio Souza é autor de texto sobre Política de Biocombustíveis 2 integrantes, entre profissionais do setor aéreo, engenheiros, advogados, membros de órgãos de regulação e militares. A sugestão de atualização do código foi do senador Vicentinho Alves. O objetivo é adequar o texto às novas tecnologias, ao aumento do número de passageiros e às mudanças na operação dos aeroportos. PMDB Manoel Júnior propõe alteração na Lei de Responsabilidade Fiscal 2 Partido reúne 2 mil militantes em encontro regional no Ceará 2 4 1 Congresso Nacional Laudivio Carvalho apresentará seu relatório sobre a revogação do Estatuto do Desarmamento em agosto O relator da Comissão Especial que discute a proposta de revogação do Estatuto do Desarmamento (PL 3722/2012), deputado Laudivio Carvalho (MG), vai apresentar seu relatório sobre a matéria na última semana de agosto. Na quinta-feira passada (11), o colegiado promoveu mais uma audiência pública com representantes da Justiça e das polícias para debater o assunto. Laudivio Carvalho já adiantou que haverá mais seis audiências públicas e, só depois disso, seu relatório será finalizado para ser entregue no final de agosto. A proposta em discussão facilita o porte de armas para o cidadão comum, reduz a idade mínima para comprar armas de 25 para 21 anos e descentraliza o procedimento de concessão do porte, que passaria a ser feito pelas polícias civis estaduais. O Estatuto do Desarmamento em vigor autoriza apenas policiais e outros profissionais da segurança e da Justiça a circularem armados e exige renovação do registro de três em três anos. O projeto torna o registro definitivo. O autor da proposta, deputado Rogério Peninha Mendonça (SC), afirmou que seu texto mantém as mesmas regras para a concessão de porte de arma, mas torna o processo menos burocrático que o atual. Audiência — O 1º vice-presidente da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol), Wladimir Sérgio Reale, concordou com o projeto e disse que o Estatuto do Desarmamento é muito rigoroso, chegando ao ponto de os policiais militares, quando se aposentam, não poderem mais portar armas. Deputado Laudivio Carvalho (MG) Foto: Wendel Lopes/PMDB Já a procuradora da República no Distrito Federal, Luciana Loureiro, disse que não há motivos para mudar o estatuto. Ela ressaltou que é papel do Estado garantir a segurança pública. “O direito de o cidadão se armar não existe. O cidadão tem direito à segurança pública. Então, a questão tem que ser tratada sobre outro viés, de fortalecimento dos mecanismos de segurança pública, e não dos mecanismos de segurança pessoal, individual”, disse a procuradora. O presidente da Associação Paulista de Magistrados, Jayme Martins, afirmou que a população já expressou sua opinião sobre o assunto ao rejeitar o referendo sobre a proibição da venda de armas. E, em relação à especificação, no projeto, de algumas categorias profissionais que devem ter porte de arma, ele afirmou que, “no que respeita a magistratura e a todas as carreiras que têm leis orgânicas próprias, o assunto de registro tem de ser regulamentado em leis próprias, e não em regulamento nacional. Isso por causa da reserva constitucional que o Supremo tem de propor leis complementares sobre esse assunto”. Senado homenageia Luiz Henrique em sessão especial Senadores homenageiam Luiz Henrique Foto: Wendel Lopes/PMDB O senador Luiz Henrique da Silveira, que faleceu no dia 10 de maio, recebeu homenagem 2 póstuma em sessão especial no Senado, no último dia 11. O presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), disse que Luiz Henrique dignificou as duas Casas Legislativas, e sua morte deixou um vazio na política e no Parlamento. “O Congresso Nacional sente-se subtraído, sua memória permanecerá entre nós como estímulo para fazer da política uma atividade dignificante”. Luiz Henrique nasceu em Blumenau (SC) em 1940. Foi professor e advogado. Na política, foi deputado estadual, deputado federal (inclusive constituinte) por cinco mandatos, prefeito de Joinville por três vezes, e governador de Santa Catarina por dois mandatos consecutivos. Foi ministro da Ciência e Tecnologia no governo de José Sarney, em 1987. Foi presidente nacional do PMDB. Faleceu no exercício do mandato de senador. O líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), lembrou que Luiz Henrique foi um dos fundadores do MDB e um dos mais autênticos peemedebistas. Destacou a “luta incansável” do senador na defesa “intransigente da liberdade democrática e da ética no exercício da vida pública”. O vice-presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO) traçou um histórico da vida política do homenageado e afirmou que os catarinenses souberam reconhecer um homem de ideias coerentes com suas convicções democráticas. O senador Dário Berger (SC) falou do vazio e perplexidade deixados pela morte de Luiz Henrique, que para ele foi grande amigo, companheiro e mestre. Disse que o senador tinha apreço pela construção de um Brasil com instituições e poderes fortes, capazes de valorizar o povo, promover a justiça e o bem estar social. Luiz Henrique fará parte da série de livros “Grandes vultos que honraram o Senado”, que inclui obras sobre políticos como Juscelino Kubitschek. Participaram da homenagem a viúva do senador, Ivete Appel Silveira, o filho Cláudio e a nora Fabiana, além de políticos catarinenses, como o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo. Sérgio Souza preside audiência pública sobre transporte de cabotagem O deputado federal Sérgio Souza (PR) defende a redução dos custos no transporte de cabotagem no Brasil. Na semana passada, ele presidiu a audiência pública realizada na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR), quando foi debatida a conjuntura nacional relacionada à cabotagem. O próprio parlamentar foi o autor do requerimento para a realização da reunião na Câmara dos Deputados. Sérgio Souza sugeriu a redução da burocracia na contratação do serviço, a equiparação de normas e de isenções fiscais sobre frete e combustíveis e o incentivo à ampliação da frota. “Transporte de cabotagem é o tráfego de cargas (combustíveis, minérios, contêineres e carga geral) entre portos do mesmo país. Pode ser por via marítima, fluvial ou em lagos. Essa operação afeta diretamente toda a cadeia produtiva nacional. Os debatedores da audiência não abordaram os valores monetários do processo, mas sabe-se que o custo de transporte nos Estados Unidos e Argentina representa sete vezes menos o valor praticado no Brasil”, afirmou. Debateram sobre o assunto o secretário de Políticas Portuárias da presidência da República, Fábio Lavor Teixeira; assessor especial da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Ronalt Vieira; capitão de Mar e Guerra, Mauro José Rocha de Araújo, da diretoria de Portos e Costa da Marinha; e o diretor da Agência Nacional de Deputado Sérgio Souza (PR) Foto: Wendel Lopes/PMDB Transportes Aquaviários (Antaq), Fernando José de Pádua Costa Fonseca. Projeto de Baleia Rossi determina a instalação de medidores individuais em condomínios A Comissão de Defesa do Consumidor (CDC) da Câmara analisa o PL 1455/2015, de autoria do deputado Baleia Rossi (SP), que obriga as concessionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica, água e gás a instalarem medidores individuais de consumo nas novas unidades residenciais em edifícios e condomínios. O peemedebista propõe que as concessionárias destes serviços púbicos deverão, obrigatoriamente, instalar no prazo máximo de 12 meses os medidores de consumo individuais nos edifícios e condomínios construídos a partir da data em que a Lei for publicada. A obrigatoriedade também aplica-se às edificações em construção que não possuam carta de habite-se. As despesas com a instalação dos medidores individuais serão arcadas pela concessionária. Baleia justificou sua iniciativa lembrando que a necessidade de um ajuste fiscal rigoroso nas contas governamentais brasileiras já está refletindo nos índices de reajuste de tarifas públicas em patamares acima dos índices inflacionários e que seu projeto, uma vez aprovado, acaba de vez com a impunidade de quem desperdiça e com a injustiça de quem economiza racionalmente o consumo de recursos naturais como energia elétrica, água e gás graças aos medidores coletivos que hoje predominam nos prédios e condomínios. “Chama a atenção um fato que anda na contramão do bom senso: são os edifícios e condomínios que rateiam o custo da água, da luz e do gás, por meio de medidores coletivos. Nesse sistema, aquele que utiliza os serviços de maneira abusiva paga o mesmo valor daquele condômino que economiza”, explicou. Senado aprova Estatuto da Pessoa com Deficiência e proposta segue para sanção O vice-presidente do Senado, Romero Jucá (RR), comemorou a aprovação do Estatuto da Pessoa com Deficiência. O Projeto de Lei 6 de 2013, Lei Brasileira da Inclusão, foi aprovado por unanimidade pelo plenário do Senado Federal, na última quarta-feira (10). “Teremos agora uma lei mais abrangente, mais inclusiva, criando condições desde a acessibilidade até o trabalho e capacitação. A lei melhora a condição do deficiente. São milhões de brasileiros. Apoiamos decisivamente a proposta, trabalhamos na articulação da tramitação”, afirmou Jucá. A matéria agora segue para sanção da presidente, no prazo máximo de 15 dias úteis. “Quero dizer que vou trabalhar para que sanção ocorra o mais rápido possível”, garantiu o senador em plenário, durante a votação. A proposta trata dos princípios, objetivos e diretrizes do Estatuto dos direitos dos deficientes, versando sobre direito à vida e à saúde; do acesso à educação, habilitação e reabilitação profissional; do acesso ao trabalho, cultura, ao desporto, ao turismo e ao lazer. Destaca ainda a atuação do Estado, ali indicando seus aspectos institucionais, e os parâmetros para elaboração das políticas públicas voltadas para deficiência, sendo ainda estabelecidas as diretrizes para a política de capacitação de profissionais especializados. Além disso, o texto discorre sobre a acessibilidade em prédios públicos e do Sistema Integrado de Informações. Congresso Nacional Renan e Cunha debatem Pacto Federativo e desenvolvimento com prefeitos Os presidentes do Senado Federal, Renan Calheiros (AL), e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), vão debater o Pacto Federativo e o desenvolvimento regional com integrantes da Frente Nacional de Prefeitos (FNP). O encontro será nesta quarta-feira (17) no Salão Negro do Congresso Nacional, a partir das 11 horas. No mês de maio, os presidentes das duas Casas Legislativas garantiram a votação de projetos que beneficiam os municípios, de acordo com as reivindicações apresentadas durante a 18ª Marcha dos Prefeitos em Defesa dos Municípios, em Brasília. Renan Calheiros defendeu a revi- são do Pacto Federativo, que estabelece as competências tributárias dos governos federal, estaduais e municipais, bem como os mecanismos de partilha da receita dos tributos arrecadados, e disse que “o país tem observado uma crescente centralização dos recursos pela União”. Eduardo Cunha comprometeu-se a colocar em votação todos os 17 itens que compõem as principais demandas dos prefeitos, e destacou a Proposta de Emenda à Constituição 172/2012, que proíbe o governo federal de transferir novos encargos aos estados e municípios sem o devido repasse dos recursos necessários ao seu custeio. Câmara pode votar MP que corrige tabela do Imposto de Renda (IR) O Plenário da Câmara deverá votar nesta quarta-feira (17) a Medida Provisória (MP) 607/2015, que concede um reajuste escalonado por faixas da tabela do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF). Na última semana, a Comissão Mista destinada a proferir parecer sobre a MP, aprovou o relatório apresentado pelo líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE). O peemedebista manteve os percentuais da correção da tabela do Imposto de Renda. Os reajustes de 4,5; 5; 5,5 e 6,5% variam de acordo com as quatro faixas salariais, sendo que as maiores correções foram para os menores vencimentos. Também incluiu no relatório a incidência do Imposto de Renda proporcional às parcelas de demandas judiciais e não sobre o montante total. Pela proposta, um contribuinte que recebeu uma dívida de aluguel, por exemplo, após recorrer à Justiça não terá o desconto sobre o valor acumulado. Segundo ele, a Receita Federal terá que calcular a tributação sobre a parcela mensal. Das 167 emendas apresentadas por parlamentares, Eunício Oliveira não acatou ne- Câmara retoma votação da Reforma Política A Câmara dos Deputados retomou nesta terça-feira (16) a votação da Reforma Política (PEC 182/2007). A sessão começou com poucos itens pendentes para concluir a apreciação da reforma em primeiro turno, entre eles a possibilidade de reserva de vagas para mulheres nas eleições proporcionais e a regra para fidelidade partidária. A votação da Reforma Política começou no dia 26 de maio, e os deputados aprovaram cinco temas em uma semana. O primeiro item foi o sistema eleitoral, sendo rejeitadas todas as propostas de mudança: lista fechada por partido, voto distrital misto, e sistema ‘distritão’. Manteve-se o atual sistema proporcional. Foi aprovado também o financiamento misto de campanhas eleitorais, combinando financiamento público com doações de empresas a partidos e de pessoas físicas a candidatos. O Plenário também decidiu acabar com a reeleição para prefeitos, governadores e presidente da República. Mas a regra só vale para eleitos a partir de 2018. Os eleitos em 2014 e 2016 que estiverem aptos a se reeleger pela regra atual terão esse direito preservado. Em outro ponto da reforma, foi Presidentes Renan Calheiros (Senado) e Eduardo Cunha (Câmara) Foto: Wendel Lopes/PMDB A PEC destacada pelo presidente da Câmara é uma das principais reivindicações dos chefes de Executivo municipais. Pelo menos 30 prefeitos, sendo 12 de capitais, deverão comparecer a esta audiência, quando pretendem abordar diversos assuntos prioritários para os municípios e que estão em trâmite no Congresso Nacional. De acordo com a FNP, as demandas municipais são visíveis. Entre os anos de 2000 e 2013, os municípios aumentaram a sua participação na receita disponível de 17,93% para 18,41%, enquanto que as despesas passaram de 7,91% para 13,72% do total das despesas dos entes federados. Ou seja, enquanto a receita do conjunto dos municípios cresceu meio ponto percentual, as despesas municipais aumentaram 5,8 pontos, comprovando o crescente desequilíbrio. nhuma já que havia compromisso com os presidentes tanto da Câmara como do Senado de não acrescentar assuntos alheios ao texto inicial. Entretanto, considerando a necessidade de assegurar recurso para pagamento do seguro safra, o senador acrescentou dispositivo em seu relatório sobre o assunto. “Era preciso aprovar a liberação desse recurso para assegurar esse direito dos agricultores. Pela relevância da questão, não poderíamos deixar o assunto de fora do nosso texto. O que fizemos foi dar autorização ao governo para utilizar o financeiro para usar o PLN aprovado no ano passado que ficou sem empenho para cobrir cerca de R$ 300 milhões do seguro-safra de todo o Brasil, especialmente do Nordeste”, disse garantindo que o acréscimo do dispositivo era fruto de acordo com as lideranças partidárias. A MP estabelece a correção escalonada na tabela: nas duas primeiras faixas salariais, o Imposto de Renda será reajustado em 6,5%. Na terceira faixa, o reajuste será de 5,5%; na quarta faixa será reajustado em 5%; e na última faixa – que contempla os salários mais altos – será reajustado em 4,5%. Com a correção, quem ganha até R$ 1.903,98 estará isento do imposto. Na faixa entre R$ 1.903,99 e R$ 2.826,65, o contribuinte pagará 7,5% de IR. A alíquota de 15% passará a incidir sobre as rendas entre R$ 2.826,66 e R$ 3.751,05. Na quarta faixa, estão aqueles que ganham entre R$ 3.751,06 e R$ 4.664,68, que pagarão imposto de 22%. A maior alíquota, de 27,5% passa a ser aplicada a quem recebe a partir de R$ 4.664,69. mantida a liberdade pra coligações entre os partidos nas eleições proporcionais. Mas os deputados limitaram o acesso ao Fundo Partidário e a utilização do horário eleitoral gratuito de rádio e TV apenas aos partidos que tenham concorrido com candidatos próprios à Câmara e tenham conseguido eleger ao menos um deputado ou senador. Sobre a duração dos mandatos eletivos, foram aprovadas alterações nas regras atuais. A partir de 2020, todos os cargos, inclusive de senador, terão duração de cinco anos. Os eleitos em 2016 e em 2018 terão mandatos de quatro anos, exceto os senadores, que terão mandato de nove anos para que haja coincidência a partir de então. Foi rejeitada a proposta de eleições em todos os níveis, mantendo-se a regra atual de eleições municipais separadas de eleições gerais. Também foi rejeitado o voto facultativo, permanecendo a obrigatoriedade de alistamento e de voto para maiores de 18 anos. Pela regra vigente, o voto é facultativo apenas para analfabetos, maiores de 70 anos e menores entre 16 e 18. A data de posse do presidente da República passou a ser o dia 5 de janeiro do ano seguinte à eleição. No caso de governadores, a posse ocorrerá no dia 4 de janeiro, também do ano seguinte ao pleito. O Plenário reduziu de 21 anos para 18 anos, a idade mínima para deputado federal, e de 30 anos para 29 anos a idade mínima para governador, vice-governador e senador. Comissão Mista sobre a MP do Salário Mínimo aprova relatório de João Alberto Souza A Comissão Mista destinada a analisar a Medida Provisória (MP) 672/2015, que estabelece as regras para reajuste do salário mínimo entre 2016 e 2019 aprovou nesta terça-feira (16), o relatório do senador João Alberto Souza (MA). No parecer apresentado na última quarta-feira (10), no colegiado, o peemedebista rejeitou todas as 114 emendas apresentadas por deputados e senadores: 53 não tinham relação com o objeto da MP e foram rejeitadas, como determina resolução. Outras 33 alterações que estendiam o percentual de aumento do salário mínimo aos beneficiários da previdência também foram recusadas porque o relator acredita que podem comprometer o equilíbrio das contas públicas. “Nós não devemos mexer naquilo que vem dando certo. Tendo em vista que a política de valorização do salário mínimo, constante na Medida Provisória reapresenta Padilha detalha programa da Aviação Civil nas Comissões de Turismo e Integração O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (RS), detalhou o programa do governo federal para o setor, em audiência pública conjunta das Comissões de Turismo (CTUR) e de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (CINDRA), realizada na quarta-feira (10). Ao falar sobre os aeroportos regionais, o ministro deixou os parlamentares otimistas. Padilha explicou o pacote de concessões do transporte aéreo e despertou a atenção dos deputados com o aumento na quantidade de aeroportos regionais, dos atuais 80 em operação para 270 previstos no programa da Secretaria de Aviação Civil. De acordo com o ministro, 64 aeroportos estão com projetos adiantados, e as primeiras licitações devem ser lançadas no próximo semestre. Desses, 59 já estão em processo a forma bem sucedida dos últimos anos, é uma reapresentação, e considerando que os incrementos no salário mínimo agregaram melhorias à sociedade, entendemos que não cabe aperfeiçoamentos e propomos a manutenção do presente texto”, justificou João Alberto Souza. Pelo texto da MP, o reajuste do salário mínimo de 2016 a 2019 será calculado com base na variação da inflação registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acumulada nos doze meses anteriores ao mês do reajuste, que é a correção monetária no período. Ao valor também será acrescido o percentual equivalente à taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB), de dois anos atrás, e também determina que os reajustes e aumentos serão estabelecidos pelo Poder Executivo, anualmente, por meio de decreto. de elaboração do licenciamento ambiental. Criado em 2012, o programa vai investir R$ 7,3 bilhões em aeroportos do interior. O governo federal padronizou procedimentos, realizou estudos e projetos para viabilizar a reforma ou construção dos aeródromos em todo o país. Hoje, 259 aeroportos estão em fase de Estudo de Viabilidade Técnica (EVT); e 173 em estudo preliminar. O governo vai subsidiar os aeroportos regionais, com prioridade para a Amazônia Legal. Outras 60 localidades fora da região também serão contempladas, como os municípios de Alto Paraíso (GO), Bonito (MS), Jericoacoara (CE), e Ouro Preto (MG). Padilha explicou que o aeroporto regional é indutor de crescimento e o governo pretende, com a ampliação da malha, fortalecer o turismo, garantir o acesso de comunidades da Amazônia Legal à saúde e à inclusão social, além do desenvolvimento dos polos regionais. O objetivo é garantir a regularidade dos voos e fidelizar passageiros, destacou o ministro. “Como não tem a regularidade do voo, as pessoas não se habituam a viajar de avião, a companhia aérea começa a ter desestímulo pode deixar de operar. É o caso de alguns aeroportos da Amazônia, onde estamos trabalhando prioritariamente”, disse. 3 PMDB e Fundação Ulysses Guimarães Deputado Itamar Borges é eleito para a Diretoria Executiva da Unale Na última sexta-feira (12), o deputado estadual Itamar Borges (SP) foi eleito para a diretoria executiva da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale). A eleição ocorreu durante a XIX Conferência Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais, organizada pela entidade em Vitória/ES. O novo presidente da Unale é o deputado estadual Sandro Locutor (PPS/ES), que substitui o atual presidente, deputado Alexandre Postal (RS). O estado de São Paulo conta com três representantes na instituição. O deputado Itamar Borges na diretoria executiva e os deputados Enio Tatto (PT) e Celso Gíglio (PSDB), no Conselho Deliberativo. Itamar Borges destacou a missão da entidade. “A Unale busca fortalecer os legisladores e as casas legislativas estaduais, proporcionando integração e a troca de experiências entre parlamentares de todo o país”. E anunciou “Em agosto vamos realizar a Unale para tratar do fortalecimento dos legislativos estaduais”. Conferência — Realizada entre os dias 11 Deputado Itamar Borges (MG) Foto: ACS em São Paulo o Encontro de Presidentes das Assembleias Legislativas em parceria com PMDB de Minas realiza encontro regional Um novo tempo *Carlos Bezerra em Montes Claros O PMDB-MG programou para este ano 16 encontros regionais. No último sábado (13), a cidade de Montes Claros, no norte mineiro, sediou o 4º Encontro Regional do Partido. Os três primeiros foram em Caratinga, Uberaba e Juiz de Fora, e o próximo será na cidade de Pará de Minas, no dia 20 de junho. Em Montes Claros, foi inaugurada a sede local do PMDB, que tem 1.273 filiados, entre eles três vereadores e o vice-prefeito da cidade. Estiveram presentes o vice-governador e presidente do PMDB-MG, Antônio Andrade, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Adalclever Lopes, o secretário de Estado de Desenvolvimento Regional e presidente do PMDB em Montes Claros, Tadeu Leite. Também estiveram presentes, o secretário de Estado de Meio Ambiente e secretáriogeral do PMDB de Minas Gerais, deputado Sávio Souza Cruz, o presidente da Associação Mineira dos Municípios e prefeito de Pará de Minas, Antônio Júlio, os deputados federais Newton Cardoso Jr, Leonardo Quintão, Laudívio Carvalho e Mauro Lopes, os estaduais João Magalhães, Cabo Júlio e Ivair Nogueira, além de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e lideranças políticas da região. Os núcleos Afro, Jovem e Mulher do PMDB também foram representados. Em grande encontro Gean é reconduzido à presidência do PMDB de Florianópolis Deputado Gean Loureiro durante a sua recondução à presidência do Partido Foto: ACS/Dep. Gean Loureiro O deputado estadual Gean Loureiro (SC) foi reconduzido nesta segunda-feira (15), em grande evento, ao cargo de presidente municipal do PMDB de Florianópolis. Eleito presidente em 2013, Gean licenciou-se do Partido para concorrer à eleição de deputado no ano seguinte, em 2014, quando o vice-presidente Pedro Roberto Abel passou a conduzi-lo. Gean foi eleito, então, o deputado estadual mais votado da história da Capital e volta para a presidência do Diretório em um evento que mostrará força e união do PMDB Catarinense, presidido pelo vicegovernador Eduardo Pinho Moreira. Lideranças peemedebistas locais e nacionais também prestigiaram a cerimônia, entre eles deputados e ex-governadores, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (RN), além de Valdir Raupp (RO), senador e vice-presidente nacional do PMDB. Gean Loureiro agradeceu a confiança e indicou a formação de uma grande aliança com outros partidos para disputar as próximas eleições. “Nós estamos construindo [a candidatura]. Obviamente, não se ganha eleição sozinho, e o PMDB vai construir com os partidos aliados. Tivemos dez partidos aliados nas últimas eleições e a nossa intenção é ampliar ainda mais, preparando uma chapa robusta”, anunciou o presidente. Já o deputado estadual Valdir Cobalchini (SC) afirmou que “o nosso projeto é esse, até porque a eleição em Florianópolis é emblemática”. O vice-presidente nacional do PMDB destacou que a expectativa é de que Gean Loureiro consiga vencer as próximas eleições e ampliar o número de prefeitos do PMDB em Santa Catarina. “O Gean é muito pró-ativo, um político determinado, que quando entra em um projeto, entra de cabeça, corpo, alma e coração. A tendência é ele vencer as eleições aqui em Florianópolis”, elogiou Valdir Raupp. Expediente Jornalista Responsável: Thatiana Souza (DRT 3487/DF) Jornalistas: Eurico Batista, Paulo Marcial e Marcella Mota (Redes Sociais) Revisão de Texto: Tayana Moritz Tomazoni Fotógrafo: Wendel Lopes Diagramação: Zoltar Design Tiragem: 1500 exemplares Periodicidade: Semanal Endereço: Câmara dos Deputados, Edifício Principal sala T6, Brasília - DF Fone: (61) 3223-7003 Email: [email protected] www.pmdb.org.br 4 A “Constituição Cidadã” de 1988, assim denominada pelo grande Ulisses Guimarães, que liderou o PMDB na linha de frente da luta democrática por conquistas sociais, acaba de receber uma correção, 27 anos depois, com a sanção da Presidência da República à lei que regulamenta os direitos dos empregados domésticos. A nova legislação tem origem na Proposta de Emenda à Constituição 478/10, a “PEC dos Domésticos”, de minha autoria, que estabelece aos trabalhadores domésticos os mesmos direitos trabalhistas já assegurados aos demais trabalhadores urbanos e rurais. Mesmo com o curto tempo até ser promulgada pelo Congresso Nacional, a matéria mereceu muitos debates, com a apreciação pelas duas Casas dos itens a serem regulamentados e o texto final encaminhado à sanção da presidente Dilma Rousseff. Quase 30 anos depois, limpamos uma mancha da nossa Carta Magna. Considero que esse seja o maior avanço da sociedade brasileira depois da abolição da escravatura com a Lei Áurea, e consequentemente corrigimos a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, em vigor há 72 anos, criada no governo do presidente Getúlio Vargas. Como Estado-membro da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil, entre todas as nações integrantes, se destacou como o primeiro a ratificar a Convenção sobre o Trabalho Decente para Trabalhadores Domésticos, aprovada em junho de 2011 na Suíça. Existem aproximadamente oito milhões de trabalhadores domésticos no Brasil, sendo que a formalização não chega a 40%. Trabalhadores que viviam à margem dos direitos das demais categorias. Enquanto a Constituição Federal estabelece o limite máximo de 44 horas de trabalho semanais, os empregados domésticos trabalhavam em média 54 horas! Coletei pessoalmente em plenário as assinaturas necessárias à proposta. Depois, chamei a força do PMDB no Congresso para evitar que a PEC empacasse. Acompanhei de perto toda a tramitação da matéria, da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), onde sou membro titular desde 2007, à Comissão Especial, composta por 25 parlamentares indicados pelas lideranças partidárias, e percebi e 13 de junho, a XIX Conferência Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais contou com a participação de 14 entidades que atuam em prol do fortalecimento do Poder Legislativo, debatendo temas como regras de cerimonial, escolas do legislativo e de contas, consultorias legislativas, administração pública, TVs e rádios legislativas, municípios, prestação de contas, eleições, gestão pública, integração do legislativo, taquigrafia, polícia do legislativo e outros. o desprendimento de todos nos trabalhos. Nas audiências públicas foram convidados representantes de diversas entidades ligadas à categoria de trabalhadores, além de palestrantes do Ministério Público Federal e do Tribunal Federal do Trabalho. O entendimento foi o de que uma legislação nova não deverá causar desemprego entre os empregados domésticos. O sentimento comum era o de que, a partir dali, estávamos virando uma página da nossa história, mas mesmo assim houve vozes contrárias. Porém, em momento algum me resignei diante dos argumentos daqueles poucos que pretendiam profetizar o apocalipse, e fui à luta! Tiramos uma nódoa da nossa Constituição, e todos agora são iguais perante as leis trabalhistas. Não existe mais discriminação com os trabalhadores domésticos. Foi uma grande vitória. Uma grande vitória não só dos domésticos, mas de toda a sociedade brasileira. Por isso mesmo, considero este o maior feito que tive em 40 anos de vida pública. Renovo, portanto, a manifestação de que a igualdade de direitos entre trabalhadores, com a aprovação da PEC dos Domésticos, representa uma evolução da sociedade brasileira. Ainda vai haver muito chororô. Pessoas de visão curta vão continuar batendo na tecla da questão dos encargos sociais e trabalhistas, e da fatalidade do desemprego com os novos direitos. Não acredito nisso. O tempo dará a resposta. Os pessimistas diziam as mesmas coisas quando da garantia de direitos aos trabalhadores rurais, e nada do que pregaram aconteceu. A existência de trabalhadores de segunda categoria era um atraso no processo democrático brasileiro. Por isso mesmo, a matéria esteve como pauta positiva do Congresso Nacional nessas últimas legislaturas. Parabéns ao Parlamento, ao governo brasileiro, trabalhadores e a todas as instituições representativas da sociedade. Tudo na vida tem seu tempo! Os direitos trabalhistas dos domésticos não vieram com a Constituição Cidadã ao tempo de Ulisses Guimarães. Coube a nós essa missão. Com a lei que nasce da PEC dos Domésticos começamos a escrever um novo tempo das relações trabalhistas, e uma nova história do Brasil. *Deputado federal pelo PMDB-MT Governou Mato Grosso (1987/1990)