Impresso Especial 991218260/2007-DR/BSB PMDB www.pmdb.org.br Brasília, Distrito Federal, 10 de Dezembro de 2014, número 208. Wendel Lopes/PMDB Relatório de Vital do Rêgo sobre LDO 2015 deve ser apreciado hoje na CMO Diogo Xavier/Agência Câmara Wendel Lopes/PMDB PL de Carlos Bezerra sobre CAE aprova substitutivo de validade de pontos dos Luiz Henrique ao projeto programas de fidelidade é sobre guerra fiscal tema de audiência A Reforma Política quem faz é você! www.reformapolitica.pmdb.org.br 1 Congresso Nacional CÂMARA CÂMARA Substitutivo de Mariani estabelece diretrizes gerais de segurança contra incêndio e pânico PL de Carlos Bezerra sobre validade de pontos de programas de fidelidade é tema de audiência A segurança contra incêndios em ambientes fechados e o funcionamento de casas de shows, bares, restaurantes e boates, como também a liberação de alvarás de funcionamento poderão ter regras mais rigorosas. É o que prevê o substitutivo de autoria do deputado Mauro Mariani (SC) a 18 projetos que tramitam em conjunto e que tratam sobre o mesmo tema. O substitutivo foi aprovado pela Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU) da Câmara. O projeto principal (PL 4923/2013), de autoria da deputada Nilda Gondim (PB), exige do poder público e de empresários o empenho em garantir a segurança nos momentos de lazer. O texto também determina que os estabelecimentos fechados tenham, pelo menos, duas saídas de emergência, chuveiros especiais para controlar incêndio, e licença para funcionamento. Pelo substitutivo aprovado fica estabelecido que esses empreendimentos somente podem funcionar mediante alvará expedido pela autoridade competente, cuja cópia deve ser afixada em local visível ao público na entrada do estabelecimento, juntamente com a indicação da lotação máxima permitida. Caberá aos Corpos de Bombeiros Militares Estaduais e do Distrito Federal o estudo, a análise, o planejamento e a elaboração das normas que disciplinam A validade dos pontos acumulados em pro- Deputado Mauro Mariani (SC) Foto: Wendel Lopes/PMDB a segurança contra incêndio e pânico e a fiscalização do seu cumprimento, além da promoção de programas de educação pública nesse campo. Em municípios onde não há unidade do Corpo de Bombeiros Militar instalada, eles deverão conveniar com o Estado, de acordo com a legislação estadual pertinente. Mauro Mariani lembrou a tragédia ocorrida na Boate Kiss, em janeiro de 2013, quando 242 pessoas perderam suas vidas. “Todas as proposições reunidas nesse processo buscam de alguma forma evitar desastres como o incêndio da Boate Kiss, ocorrido em Santa Maria (RS). Na ocasião, morreram 242 pessoas em acidente que reuniu imprudência e irresponsabilidade dos proprietários do estabelecimento, falta de controle governamental da segurança dos estabelecimentos e outros graves problemas”, lamentou. CÂMARA gramas de fidelidade foi tema de audiência pública realizada nesta terça-feira (9) na Comissão de Defesa do Consumidor (CDC) da Câmara. A discussão teve como base o Projeto de Lei (PL) 4015/12, de autoria do deputado Carlos Bezerra (MT). Segundo o deputado, os pontos recebidos e acumulados pelo consumidor são originários de gastos resultantes relações de consumo de que participa e, portanto, não são uma benesse ou um favor deste ou daquele fornecedor. “No entanto, de forma indiscriminada e unilateral, os fornecedores que mantêm estes programas de pontos simplesmente atribuem um prazo para utilização e dão fim nos pontos adquiridos pelo consumidor na data marcada para prescrição ou expiração dos mesmos”, afirmou. O PL já foi aprovado pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC). Ele define prazo mínimo de dois anos para a prescrição dos pontos acumulados em programas de fidelidade, e de quatro anos nos casos de programas de companhias aéreas provenientes de trechos voados. A proposta ainda precisa ser apreciada pela CDC, que já tem parecer pela aprovação com substitutivo apresentado pelo relator, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA). Se aprovada, seguirá para análise, em caráter conclusivo, da Comissão de Constituição Deputado Carlos Bezerra (MT) Foto: Wendel Lopes/PMDB e Justiça e de Cidadania (CCJC). Em seu substitutivo, o parlamentar altera, apenas, de 48 para 36 meses o prazo de expiração dos pontos para os programas de milhagens de companhias aéreas, por entender ser esta uma proposta que tende a conciliar os interesses dos consumidores com os interesses das empresas instituidoras dos benefícios, proposta esta que mais se assemelha ao tratamento conferido por outros países. Comissão da Primeira Infância pode votar SENADO/CÂMARA relatório sobre PL de Osmar Terra Peemedebistas apresentam emendas à AC E da Primeira Infância pode votar nesta quarta-feira (10) o parecer sobre MP 660 sobre reintegração de servidores o Projeto de Lei (PL) 6998/2013, de autoria do deputado Osmar Terra (RS), que pretende ser o marco legal da primeira infância. A reunião está marcada para as 14h30, no plenário 7. de ex-territórios omissão special O projeto foca em um conjunto de ações dirigidas ao início da vida. A proposta é ampliar a qualidade do atendimento de crianças até 6 anos, por meio, inclusive, da criação de novas funções públicas que, além de outros objetivos, tornem valoroso o papel da mãe e do pai ao lado da criança. O projeto também estabelece a criação de espaços públicos que garantam às crianças locais adequados para se desenvolverem. O texto elenca como áreas prioritárias de atuação: saúde, alimentação, educação, convivência familiar e comunitária, assistência social, cultura, lazer, espaço e meio ambiente. Além disso, o projeto prevê a criação de um sistema de avaliação do desenvolvimento da criança para verificar se o modelo de cuidado está adequado ou se precisa ser alterado. Segundo Terra, a primeira infância começou a ser intensamente pesquisada há cerca de 20 anos. “É na primeira infância que a criança desenvolve as estruturas sociais, afetivas e cognitivas, e por isso a atenção deve ser maior para assegurar a ela condições de desenvolvimento saudável”, afirmou. SENADO CAE rejeita emendas de Plenário e aprova substitutivo de Luiz Henrique ao projeto sobre a guerra fiscal Foi aprovado nesta terça-feira (9), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o relatório 2 do senador Luiz Henrique (SC) sobre o PLS 130/2014 – Complementar. Com a aprovação do relatório, ficam rejeitadas as 14 emendas de Plenário ao PLS, o que permite aos estados e ao Distrito Federal a legalização de incentivos fiscais questionados em ações no Supremo Tribunal Federal (STF). A rejeição das emendas foi negociada pelo relator com integrantes do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Além de rejeitar as emendas, a CAE acolheu pedido de urgência para que a matéria seja votada logo pelo Plenário do Senado. Se aprovado, o projeto ainda será examinado pela Câmara dos Deputados. O substitutivo apresentado por Luiz Henrique ao projeto original permite aos estados e ao DF a celebração de convênios para a remissão (perdão) dos créditos tributários decorrentes de incentivos instituídos em desacordo com a Constituição. Ao mesmo tempo, faculta a recriação desses benefícios. Atualmente, qualquer convênio com esse objetivo requer a adesão dos 27 secretários estaduais de Fazenda. A nova regra, aplicável apenas às convalidações, torna válido o convênio que tiver a assinatura dos representantes de dois terços dos estados e um terço das unidades federadas integrantes de cada uma das cinco regiões do país. Os peemedebistas Ricardo Ferraço (ES), Waldemir Moka (MS) e Casildo Maldaner (SC) destacaram o sucesso da negociação, conduzida pelo relator em busca de um acordo entre os estados. Os senadores Romero Jucá (RR) e Valdir Raupp (RO) e o deputado Manoel Junior (PB) apresentaram emendas para ajustar a Medida Provisória 660/2014, que permite a servidores dos ex-territórios do Amapá e de Roraima a permanência nos quadros de pessoal da União. A medida também sistematiza as tabelas de salários, vencimentos, soldos e demais vantagens. A reintegração desses servidores ao quadro federal foi autorizada pela Emenda Constitucional 79, relatada pelo senador José Sarney (AP), e promulgada em maio deste ano. Os servidores reintegrados farão parte do quadro em extinção da administração federal (cargos que são automaticamente extintos após ficarem vagos). Esses servidores continuarão prestando serviço aos estados ou municípios, na condição de cedidos, sem ônus para o cessionário, até que sejam aproveitados em órgão ou entidade da administração federal direta, autárquica ou fundacional. O aproveitamento será regulamentado por ato do governo federal. Pelo texto, somente poderão optar pelo ingresso em quadro em extinção da União os servidores e policiais militares que mantenham o vínculo funcional efetivo - existente em 5 de outubro de 1988 - com os atuais estados de Roraima e do Amapá; os que forem admitidos regularmente pelos governos dos estados do Amapá e de Roraima no período entre 5 de outubro de 1988 e 4 de outubro de 1993 - e mantenham o mesmo vínculo funcional efetivo com esses estados -, e os que tenham vínculo funcional reconhecido pela União. Romero Jucá esclareceu que o governo federal, ao editar a MP 660, publicou juntamente com ela o decreto 8365/2014, que restringe o ingresso de servidores no quadro da União e descumpre o acordo que foi mantido. Para ajustar o texto da MP, Jucá apresentou duas Emendas (019 e 020). A primeira beneficia os empregados admitidos pelos Estados de Roraima e do Amapá até 4 de outubro de 1993, que tenham mantido vínculo empregatício amparado pelo mesmo contrato de trabalho, ou que tenham prestado serviço de caráter permanente sob qualquer tipo de contratação ou subordinação, remunerados mediante recibo, pelos Estados. A outra emenda acrescenta que os servidores tenham as mesmas condições dos que foram abrangidos pelo Parecer nº FC-3, da Consultoria-Geral da República, publicado no Diário Oficial da União de 24 de novembro de 1989. “Foi com esse Parecer FC-3 que eu, na época em que era governador, enquadrei na União 12 mil pessoas em Roraima. Foram beneficiados servidores que eram das companhias de empresas mistas, prestadores de serviços, servidores municipais e seletivados. Quero que agora seja feito o mesmo julgamento porque é uma questão de justiça. Vamos lutar ao lado dessas pessoas e não vamos abandoná-las”, destacou Jucá. O senador Raupp apresentou emenda (9) para incluir os seguintes casos: militares, ativos e inativos, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar dos Estados de Rondônia, do Amapá e de Roraima; servidores admitidos de forma regular; servidores admitidos nos quadros dos ex-Territórios Federais de Rondônia, do Amapá e de Roraima; servidores dos Estados de Rondônia, do Amapá e de Roraima, e os servidores dos respectivos municípios. Já o deputado Manoel Junior apresentou cinco emendas (6,7,8, 65 e 66). Destaca-se entre elas a que cria 3.390 novas vagas para a Polícia Rodoviária Federal. Congresso Nacional CONGRESSO CMO: relatório de Vital do Rêgo sobre a LDO deve ser votado nesta quarta-feira O relator do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2015 (LDO - PLN 3/2014), senador Vital do Rêgo (PB), informou nesta terça-feira (9) que a proposta deve ser votada pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) hoje (10) e levada ao Plenário do Congresso Nacional na próxima semana, em sessão ainda a ser marcada. Já o projeto de Lei Orçamentária para 2015 (LOA) só deverá ser apreciado por senadores e deputados em março do ano que vem. De acordo com Vital, a aprovação da LDO na Comissão de Orçamento depende de “alguns ajustes” no texto. Ele se referiu a destaques de bancadas. Na sexta-feira passada, o senador apresentou seu relatório final, segundo o qual o esforço fiscal do governo federal será, em 2015, de R$ 55,3 bilhões (1% do PIB), já descontados os R$ 28,7 bilhões gastos com obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Vital também incluiu a chamada execução obrigatória das emendas parlamentares individuais. Em seu relatório, Vital destacou a criação de um cadastro nacional, para consulta aberta na internet, de todas as obras e serviços de engenharia financiados com recursos do orçamento federal. A medida é uma das inovações do texto. O Cadastro de Obras Públicas será criado em 2015 e gradativamente vai incorporar todas as obras que recebem verba federal. No primeiro momento, só entrarão no banco de dados os empreendimentos financiados pelos orçamentos fiscal e da seguridade com custo superior a R$ 20 milhões, e os financiados pelas estatais com custo total acima dos R$ 50 milhões. Com o tempo, a ideia é transformá-lo em um Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) das obras públicas, mas aberto ao cidadão. Siafi é o sistema usado pela administração federal para Senador Vital do Rêgo (PB) Foto: Wendel Lopes/PMDB acompanhar a execução orçamentária. “A administração pública não possui nenhum sistema que permita acompanhar, de forma centralizada, todas as obras públicas em execução no país”, disse o relator. “O momento político atual mostra a necessidade de maior transparência e aperfeiçoamento dos mecanismos de acompanhamento e fiscalização das obras públicas”, afirmou Vital do Rêgo. Emendas Individuais - A execução obrigatória das emendas individuais de deputados e senadores está de volta à LDO. O relatório final de Vital incorporou uma seção para disciplinar o tema, já que o governo não tratou dele no projeto da lei para 2015. O texto não é igual ao que está na LDO em vigor (Lei 12.919/2013). O peemedebista fez uma série de modificações para agilizar os processos e garantir que as emendas sejam de fato executadas no decorrer do ano, reduzindo a margem de discricionariedade dos órgãos. O texto determina que os responsáveis pela execução das emendas (órgãos públicos federais e prefeituras) adotem todas as providências necessárias para garantir a despesa. Eventuais problemas podem ser resolvidos diretamente pelos gestores, não necessitando mais que o gabinete do deputado ou senador tenha que cuidar disso. Relatório de Romero Jucá sobre a MP de isenções fiscais pode ser votado hoje A comissão mista destinada a analisar e emitir parecer sobre a Medida Provisória (MP) 656/2014 deve se reunir nesta quarta-feira (10) para votar o relatório do senador Romero Jucá (RR) sobre a matéria. A apreciação do texto estava prevista para esta terça-feira (9), mas um pedido de vista coletiva adiou a votação devido à complexidade do assunto. A MP prorroga normas de isenção tributária, regulamenta medidas para estimular o crédito imobiliário e estabelece normas para devolução de mercadoria estrangeira não autorizada a ingressar no país. Além disso, a proposta promove a desoneração de vários impostos incidentes sobre a receita decorrente da venda e da importação de partes utilizadas exclusiva ou principalmente em aerogeradores. Aerogerador é um dispositivo destinado a converter a energia cinética contida no vento em energia elétrica. O objetivo da medida é conferir às indústrias nacionais deste segmento maior competitividade frente às indústrias internacionais. Na visão do Executivo, viabiliza-se, assim, a participação competitiva do setor nacional nos leilões de energia eólica promovidos pelo governo federal, almejando, em última análise, a ampliação da oferta de energia produzida em usinas eólicas e a redução do preço da energia elétrica cobrado do consumidor final. A MP 656 ainda prevê a prorrogação do prazo de vigência do regime especial de tributação de construtoras do Programa Minha Casa, Minha Vida – o prazo, que se encerraria em 31 de dezembro de 2014, foi prorrogado para 31 de dezembro de 2018. Além dessas definições a MP de isenções fiscais prorroga para até o exercício de 2019 – ano-calendário 2018 – a possibilidade de deduzir do Imposto de Renda a contribuição patronal paga à Previdência Social pelo empregador doméstico, incidente sobre o valor da remuneração do empregado. A possibilidade de dedução acabaria no fim deste ano. Jucá destacou alguns pontos tratados no texto: “sobre a renovação de vantagens tributárias, nós temos a questão, por exemplo, do registro na mesma matrícula de imóvel de várias hipotecas; além disso, temos, no mesmo texto, vários dispositivos que dizem respeito à questão da produção agrícola. Então, essa é uma medida provisória de múltiplos aspectos que são importantes para a agricultura e para a produção nacional”. O peemedebista votou pela aprovação CCJ aprecia substitutivo de Vital ao projeto do Novo Código Penal Brasileiro A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado se reúne hoje (10) para votar o texto substitutivo do presidente do colegiado, senador Vital do Rêgo (PB), sobre o PLS 236/2012, que trata da Reforma do Código Penal Brasileiro. A proposta original é de autoria do senador José Sarney (AP). Em linhas gerais, o texto mantém aspectos do substitutivo apresentado pelo senador Pedro Taques (PDT-MT) na Comissão Especial criada para analisar a reforma. O Código prevê maiores penas para crimes contra a vida, aumenta o rol de crimes hediondos, incluindo como tal a corrupção, e institui um sistema mais rigoroso de progressão de penas, impondo ao condenado por crime mais grave tempo maior em regime fechado nos presídios. Manteve-se, também, a ideia de substituir todas as chamadas leis penais extravagantes por um único diploma legal. “Foram feitas diversas modificações. Aprimoramos a técnica legislativa para dar mais coesão, sistematicidade e conjunto ao texto do Código”, destacou Vital. Entre as modificações, uma que caracteriza o substitutivo é a previsão de faixas mais precisas para as causas de aumento e diminuição de pena. Para se dar maior segurança jurídica e certeza à pena, as faixas de aumento de pena foram estreitadas, evitando assim Senador Romero Jucá (RR) Foto: Wendel Lopes/PMDB do mérito da MP e acolheu, total ou parcialmente, 32 das 386 emendas apresentadas pelos parlamentares. Entre as alterações propostas ao texto original da MP, Jucá acolheu emenda prevendo a prorrogação do prazo de vigência do Regime Automotivo do Desenvolvimento Regional (RAR) - até 31 de dezembro de 2025. Este regime concede incentivos fiscais para indústrias de veículos instaladas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (Lei 9.440/1997). Outra emenda incorporada ao texto pelo relator acelera a resolução extrajudicial de promessas de compra e venda de imóveis no caso de inadimplência do comprador. Segundo Romero Jucá, “a medida é relevante para garantir a proteção tanto de compradores quanto de vendedores de imóveis”. Também foi acolhida a emenda apresentada pelo deputado Manoel Junior (PB), a qual altera a lei (Lei 8.080/1990) de regulamentação da prestação de serviços de saúde para permitir o acesso do capital estrangeiro ao setor. Para Romero Jucá, “a mudança proposta é importante para estimular investimentos privados na oferta de serviços de assistência à saúde, essenciais para melhorar a qualidade do atendimento à população em uma área onde os serviços públicos e privados ainda são caracterizados pela precariedade”. Jucá também apresentou emendas. Entre elas estão a inclusão da indústria salineira entre os beneficiados pela desoneração da folha de pagamentos, a realização de mudanças no Código Brasileiro de Aeronáutica e a alteração na Lei da TV paga (Lei 12.485/2011) para tornar obrigatória a oferta, pelas empresas de TV por assinatura, de canais destinados à programação de interesse do setor agropecuário. A comissão tem como presidente o deputado Afonso Florence (PT-BA) e como relator revisor o deputado Eduardo Cunha (RJ). o exagero das reprimendas. Também foi incluído um título específico para os crimes contra o estado democrático de direito, visto que o PLS revoga a Lei de Segurança Nacional (7.170/1983). “Embora seja um entulho ditatorial, não se pode simplesmente deixar de criminalizar algumas condutas, como a tentativa de golpe de Estado”, justificou Vital. O substitutivo de Vital dá ao juiz a possibilidade de aplicar ou não o chamado “princípio da insignificância” em caso de reincidência. No substitutivo anterior, o princípio só poderia ser aplicado uma vez. “Desse modo, não se estimula a reiteração de pequenos delitos e nem se pune excessivamente o sujeito que praticar dois furtos de valor irrisório”, argumentou. Na entrega do relatório, o senador prestou homenagens aos consultores que o auxiliaram na análise do texto. “Em resumo, nosso esforço foi no sentido de buscar um equilíbrio entre as duas finalidades que se esperam de uma legislação penal, de forma a punir os agentes criminosos de maneira proporcional à gravidade da conduta de cada um e evitar que o legítimo anseio de reparação por parte da sociedade se transforme em abuso estatal. Entre as linhas políticas do Direito Penal Mínimo e do Direito Penal Máximo, procuramos alcançar o Direito Penal do Equilíbrio. A sensação é de dever cumprido”, concluiu Vital do Rêgo. AGENDA & NOTAS Plenário da Câmara aprova nome de Vital do Rêgo para o TCU O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (9) o Projeto de Decreto Legislativo 1612/2014, do Senado, que indica o senador Vital do Rêgo (PB) para o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Foram 313 votos favoráveis, 8 contra e mais 8 abstenções. O cargo de ministro do TCU é vitalício, mas obedece ao limite de aposentadoria do serviço público (70 anos). Na última semana, o Senado já havia aprovado o nome de Vital, com 63 votos favoráveis, um contrário e uma abstenção. Tanto na Câmara quanto no Senado, a votação foi marcada por elogios à trajetória política de Vital do Rêgo, especialmente pela sua atuação no Senado nos últimos quatro anos. Natural de Campina Grande (PB), Vital do Rêgo é filho do ex-deputado federal Antônio Vital do Rêgo e da atual deputada federal Nilda Gondim (PB). Ele é formado em Direito pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Começou sua carreira parlamentar como vereador em 1988, passando a deputado estadual de 1994 a 2006, quando se elegeu deputado federal. 3 PMDB e Fundação Ulysses Guimarães Muito a fazer pelo estado O Rio de Janeiro deu novo impulso a um ciclo importante da vida política do estado. Foram oito anos de transformações. Hoje uma realidade distinta impacta diretamente a vida das pessoas. É o caso das 38 Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que beneficiam 1,5 milhão de pessoas que viviam em áreas conflagradas. O mesmo ocorreu com as 56 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) que, nos últimos oito anos, já procederam a mais de 25 milhões de atendimentos. A Linha 4 do Metrô em direção à Barra da Tijuca é outra obra de fôlego, que transportará diariamente 300 mil pessoas. Novos trens e barcas começam a chegar este mês e terão papel fundamental na melhoria do sistema de transportes. A conclusão do Arco Metropolitano é um projeto transformador: em torno da rodovia surgirá um novo polo de desenvolvimento do estado. Estes são alguns dos feitos do governo Sérgio Cabral, com quem me orgulho ter trabalhado. Os 4.343.298 votos que obtive — agradeço a confiança de cada um deles — têm uma razão de ser. É o reconhecimento de que o trabalho deve avançar. É o que farei. Precisamos perseguir a vanguarda. Tenho certeza de que este estado vai dar um salto importante quando as suas 92 cidades estiverem conectadas com fibra ótica. Esta cobertura de banda larga acompanhada de wi-fi livre vai sintonizar o Rio com tecnologias de ponta. Durante a campanha tive a oportunidade de debater pontos do meu programa de governo. Não havia ali um rol de boas intenções, mas a pauta da minha vida para os próximos quatro anos. Na área da segurança, vamos aperfeiçoar as UPPs, contratar 12 mil policiais, construir três batalhões, além de um Centro de Operações Especiais. Colocar o estado em primeiro lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é uma meta, que vou perseguir obstinadamente. Em 2009, ocupávamos a 26ª posição no ranking. Hoje, temos a 3ª melhor nota do país. Os avanços conquistados até agora passam pela educação. Para mim é a prioridade das prioridades. Destaco também a Região Metropolitana, incluindo a Baixada Fluminense, além de Niterói e São Gonçalo. Já iniciamos a construção de Guandu II, que levará água a *Luiz Fernando Pezão 100% da Baixada. Na saúde, o Hospital Geral da Baixada é outra necessidade premente. Além disso, vou trabalhar muito na reconstrução da Santa Casa e sua transformação em hospitalescola. Também vamos ampliar o número de UPAs e clínicas da família. A mobilidade urbana será marcada pela ampliação do bilhete único intermunicipal, Linha 3 do metrô (Niterói-São Gonçalo-Itaboraí) e Bairro Novo, que levará asfalto a 100% das vias da Região Metropolitana. Já começamos a tirar do papel a Linha 5 (Gávea-Carioca) e iniciaremos o processo do trecho Estácio-Carioca-Praça Quinze. Durante décadas, o Rio se ressentiu do fato de ter deixado de ser a capital da República. Não existe mais razão para esse tipo de melancolia. O Rio encontrou suas vocações. Somos a segunda maior economia do país. Recebemos grandes investimentos federais e privados, assistimos à retomada de parques industriais e ampliação dos serviços. Pesquisa realizada pelo IBGE constatou, recentemente, que já respondemos por 11,5% do PIB brasileiro. E mais: no período estudado de 2011 e 2012 fomos — entre os 27 estados — o que mais ampliou sua participação na geração das riquezas do país. O Rio tem hoje o maior rendimento médio do país e uma das menores taxas de desemprego. O turismo, o setor de serviços, a nossa sempre criativa indústria do entretenimento e toda a cadeia do petróleo estão cada vez mais pujantes. Daqui a 20 meses, vamos hospedar o maior de todos os eventos esportivos do mundo, as Olimpíadas. Esses jogos deixarão um legado capaz de mudar o patamar da qualidade de vida dos fluminenses. Nada disso é por acaso. Foi a perfeita sintonia entre os governos federal, estadual e municipal que nos garantiu o privilégio de receber, em agosto de 2016, 10.500 atletas e cerca de 400 mil turistas. Como se vê, muito já se fez e muito ainda há que ser feito. A campanha eleitoral acabou. Mas as mangas continuam arregaçadas. * Governador do Rio de Janeiro Artigo publicado no jornal O Globo – Coluna Opinião - em 1º de dezembro de 2014. PMDB Mulher do Rio de Janeiro realiza seminário sobre Reforma Política O PMDB Mulher do Rio de Janeiro realiza na próxima segunda-feira (15) um seminário para debater propostas de Reforma Política, em especial as que preveem meios de ampliar a participação feminina na política. O evento é um desdobramento do Seminário Nacional realizado em Brasília, no dia 1º de dezembro, e vai contar com a presença do deputado federal Leonardo Picciani (RJ), relator de um projeto de “minirreforma” que tramita na Câmara, e também do cientista político Gilberto Musto. A presidente estadual do núcleo, Kátia Lobo, destaca o pioneirismo do PMDB do Rio neste debate. “Seremos o primeiro estado a realizar esse seminário. Queremos que nossas militantes conheçam esse tema tão importante para funcionar como multiplicadoras desse debate”, explica. As organizadoras vão convocar militantes de todas as regiões do estado e já contam com a confirmação de 100 pessoas no evento. Segundo Kátia, apesar do aparente avanço resultante da lei que definiu que 30% dos candidatos a cargos proporcionais fossem mulheres, isso não significou um avanço concreto na participação feminina na política. “Na prática isso foi um engodo. Queremos formular propostas que favoreçam efetivamente a ocupação dos espaços pelas mulheres. Talvez o modelo de voto em lista fechada possa ser um caminho”, adianta. “Para se ter uma ideia, nas eleições deste ano, apesar da lei, apenas 51 dos 513 deputados federais são mulheres. Isso dá só 10% do total”, protesta. Inscrições - Os interessados em participar do seminário devem fazer a inscrição até o dia 12 de dezembro, sexta-feira. Basta enviar um email para angelapmdbrj@gmail. com e, como assunto, indicar “Inscrição – Seminário Reforma Política”. Fundação Ulysses Guimarães participa da Marcha dos Vereadores Francisco Donato (ES) Foto: Wendel Lopes/PMDB As discussões sobre a Reforma Política promovidas pela Fundação Ulysses Guimarães foram destaque na 12ª Marcha dos Vereadores, realizada em Brasília e promovida pela União dos Vereadores do Brasil (UVB). Mais de mil vereadores participaram do evento, na última semana, na capital federal. A Fundação organizou um stand no local e, entre os materiais expostos, dispo- nibilizou um questionário por meio do qual vereadores e demais participantes puderam opinar sobre a composição da Reforma Política que desejam para o país. Mais de 600 questionários foram respondidos. A consulta ainda está aberta pelo sítio eletrônico www.reformapolitica.pmdb.org.br O secretário de gestão da Fundação, Francisco Donato (ES), fez uma breve explanação do andamento dos trabalhos, o que motivou a grande participação dos vereadores no debate. “A Fundação Ulysses Guimarães está realizando em todo o país uma consulta popular por meio de um questionário. A participação de todos é importante, pois a Reforma Política só sairá quando todos se conscientizarem da sua necessidade. E nós, como executivos, precisamos mobilizar a sociedade a participar”, disse. O presidente da UVB e vereador do município de Iraí, Gilson Conzatti (RS), é membro do Grupo de Trabalho criado no âmbito da Fundação para construir essa proposta, que será entregue, na próxima legislatura, ao Congresso Nacional. DISCURSO Ricardo Ferraço lembra o Dia Internacional de Combate à Corrupção Em discurso no Plenário, o senador Ricardo Ferraço (ES) enalteceu o Dia Internacional de Combate à Corrupção, comemorado nesta terça-feira (9). “O Dia Mundial contra a Corrupção serve para nos manter alerta quanto à importância de combater um problema que vem ganhando contornos cada vez mais sombrios em nosso país, sangrando de forma escandalosa os cofres públicos e manchando o país com elevada indignação [...] nossa expectativa é de que sejam, de fato, levadas adiante as promessas de avanço no combate sem trégua às irregularidades e desvios de dinheiro público, promessas Expediente Jornalista Responsável: Thatiana Souza (DRT 3487/DF) Jornalistas: Paulo Marcial e Roberta Ramos Revisão de Texto: Tayana Moritz Tomazoni Fotógrafo: Wendel Lopes Diagramação: Zoltar Design Tiragem: 1500 exemplares Periodicidade: Semanal Endereço: Câmara dos Deputados, Edifício Principal sala T6, Brasília - DF Fone: (61) 3223-7003 Email: [email protected] www.pmdb.org.br 4 que foram reiteradas, sobretudo no último embate presidencial”, afirmou. Para Ferraço, o problema é que a corrupção não pode ser combatida com discurso, muito menos com bravata. “Uma atitude fala mais alto do que mil palavras. Os escândalos em série comprovam a urgência de colocar em prática medidas e ações concretas e objetivas, como a criação e o fortalecimento de mecanismos de fiscalização e controle dos gastos públicos”, alertou. O peemedebista questionou o fato de a Lei Anticorrupção, sancionada há mais de um ano, ainda não ter sido regulamentada por parte do Poder Executivo. “Essa lei, que tive a oportunidade de relatar em plenário e que também é conhecida como a Lei da Empresa Limpa, foi uma resposta objetiva à sociedade e à comunidade internacional, que cobravam medidas mais duras por parte do Brasil no combate à corrupção, até para garantir um ambiente de maior segurança jurídica para investimentos em nosso país”. Ferraço criticou o enfraquecimento da Controladoria-Geral da União, que tem sofrido cortes sucessivos no orçamento e que hoje está “de pés e mãos atados”. “O relatório de gestão da CGU mostra, entre outros dados, que, entre 2011 e 2013, o orçamento da Secretaria de Transparência e Prevenção da Corrupção foi reduzido em mais de 40%. É isto que chama a atenção: a necessidade de nós irmos para além do discurso ou das boas intenções, isto é, de tratarmos da incorporação e da adoção de medidas práticas como, por exemplo, a estruturação da CGU. É necessário que ela possa cumprir com suas finalidades e que seu corpo técnico qualificado possa cumprir com suas prerrogativas e com suas funções”, lamentou.