Era uma vez um castanheiro cheio de ouriços com castanhas lá dentro. Um dia os ouriços caíram do castanheiro e de dentro de um saiu uma castanha e o castanheiro começou a dizer: _ Oh! Uma castanha saiu do ouriço, acho que te vou chamar Carolina. Assim dito, assim feito a castanha chamou-se Carolina. No dia seguinte disse a Carolina ao castanheiro: -Castanheiro, vou - até à cidade - para descobrir - coisas novas. Carolina, vais assim sem mais nem menos? Olá quem és tu? Ha…ha… eu sou a Carolina e tu quem és? Á, eu não sabia quem estava a falar. Mas se quiser eu saio de cima de si. Não, não saias Carolina está a chover muito, podes apanhar muito frio e constipar-te. A Carolina ficou com o sobreiro de noite enquanto choveu. Mas logo de manhã seguiu para a cidade. O sobreiro ainda a avisou: -Tem cuidado Carolina, anda por aqui um lobo e uma raposa, e o que eles gostam é de comer castanhas. A correr a caminho para a cidade a Carolina gritou: Terei cuidado amigo sobreiro. E volto para visitar-te E a Carolina continuou a caminhar sem se aperceber que estava a ser vigiada pela raposa e pelo lobo. Vamos pensar numa armadilha para a comer, já me está a crescer água na boca. Que belo almoço vamos ter nós e eu que estou cheio de fome Já sei, vamos disfarçar-nos de meninos, ela vem perguntar o caminho para a cidade e nós apanhamo-la, é uma boa ideia? Sim é, raposa vamos lá tentar apanhá-la. Já disfarçados de meninos o lobo e a raposa correram silenciosos para não despertar atenção da Carolina. Mal os viu a Carolina foi ter com eles e disse: Desculpem podem dizer-me o caminho mais curto para a cidade? Claro, caminhas mais um pouco e vês dois caminhos, segues pelo da direita. A Carolina agradeceu. O lobo ia quase para apanha-la mas não conseguiu e chocou com a raposa. A Carolina chegou finalmente à cidade. Bateu à porta de uma casa, abriram a porta e a Carolina viu uma pessoa. Quem é que está aqui? Não vejo ninguém. Ah… senhora, eu estou aqui em baixo Mas… és uma castanha. Entra, como te chamas? Carolina, ea senhora como se chama? Eu chamo-me Docelinda Nunca ouvi tal nome. Docelinda, eu vim a esta cidade conhecer coisas novas. Eu tenho três filhas, queres conhecê-las? Sim, por favor. Raquel…, Lisa…, Mariana… . Quem és tu? Eu sou a castanha Carolina Vem brincar connosco. Depois de brincarem toda a tarde…. Tenho de ir para casa Fica Não posso. Tenho o meu pai castanheir o que deve estar preocupado comigo A Docelinda e as três filhas despediram-se da Carolina e ela lá foi a correr, tão depressa que quase ninguém a via. Chegou, e o castanheiro perguntouGostaste de lhe: estar na cidade? Sim, gostei. Mas gosto, mais ainda, de estar aqui. AUTORA: BEATRIZ MELO (1º ciclo de Paus) Ilustrações: alunos do Jardim de Infância de Paus (pesquisa na Net)