Maricelma Bregola
Psicoterapia
 Procedimento sistemático e cientificamente
fundamentado que visa auxiliar o indivíduo a lidar
com seu sofrimento emocional.
 O sofrimento resulta da dificuldade de recrutar
mecanismos de defesa saudáveis diante dos conflitos
psíquicos, resultando em padrão adaptativo
problemático.
Psicoterapia com usuários e ou
dependentes
 A psicoterapia com dependentes de álcool, tabaco e
outras drogas não é um campo unitário, homogêneo e
consensualmente estabelecido. Diferentes modelos
foram elaborados para o tratamento do abuso de
substâncias psicoativas, visando a abstinência da droga
ou a diminuição dos índices de recidiva
• Indivíduos com uso abusivo de drogas ou dependência
química não constituem categoria homogênea,
diferem em suas características pessoais de escolha da
droga, padrões de consumo, motivações para o uso,
realidades psíquicas e perfil socioeconômico e cultural.
• Os métodos de tratamento abrangem diversas
modalidades desde estratégias biológicas até
psicossociais.
Aconselhamento
• Consiste na intervenção psicossocial menos focado na
identificação e na obtenção de mudança interna de
processos intrapsíquicos. É focado no manejo de problemas
atuais, especialmente aqueles relacionados ao uso de
drogas.
• Pode ser definido como manejo regular de pacientes
adictos, primariamente, mediante a oferta de apoio,
provendo estrutura, monitorando comportamentos,
encorajando a abstinência e disponibilizando serviços
concretos tais como aconselhamento profissional, serviços
médicos ou auxílio legal (apoio jurídico). Auxiliar o
paciente a lidar com as consequências relacionadas à adição
que, se tornam parte importante da vida dos pacientes
Psicoterapia
 A abordagem psicanalítica teve inicio com a clínica da
histeria.
 O ponto de partida, a noção de conflito intrapsíquico
na neurose.
 Os conflitos teriam origem no antagonismo entre
desejos e repressão (impulsos versus proibição), que
alimenta o mal-estar da civilização.
Psicoterapia psicanalítica ou
psicoterapia psicodinâmica
 Concentra-se, basicamente, na interpretação de
conflitos inconscientes, visando abrandar a tensão
intrapsíquica decorrente da repressão das idéias
intoleráveis pelo ego consciente. Trabalha-se para que
as motivações inconscientes dos comportamentos
possam ser reconhecidas e elaboradas, de modo que o
sujeito encontre o sentido que o sintoma assume em
sua vida.
O sentir situa-se no campo dos afetos, ligados ao
corpo e aos órgãos sensoriais que nos conectam com a
dimensão sensorial da realidade. Os processos
psíquicos estão funcionando de forma abstrata, os
afetos podem adquirir expressão simbólica.
A palavra é o veículo mais refinado dos processos de
pensamento e comunicação, permitindo a elaboração
psíquica, na qual o afeto se conecta a uma
representação, adquirindo inscrição psíquica.
O sintoma, forma-se quando há um fracasso da
palavra – ou seja, do sistema simbólico – em expressar
o que se passa com o sujeito. O sintoma vela o
sofrimento psíquico e o revela, desde que encontre
uma escuta qualificada permitindo que o conflito
inconsciente venha à consciência, proporcionando o
processo de simbolização e transformação em
elementos psíquicos pensáveis
 A psicoterapia psicanalítica visa transformar a
linguagem sintomática em realidade psíquica – ou,
dito em outros termos, transmutar o que se manifesta
na ordem do corpo em palavra, o que permite
inscrever o sofrimento no plano psíquico.
 Pensar sobre si pode desvelar novas possibilidades e
caminhos.
O Método
 Associação livre- o paciente é convidado a verbalizar
livremente seus conteúdos psíquicos.
 O psicoterapeuta, valendo-se da atenção flutuante,
oferece sua escuta, mediante a qual irá pontuar as
resistências que se contrapõem à rememoração dos
conflitos e dificultam sua elaboração psíquica
 As representações se conectam, multiplicam-se,
interpenetram-se ou se amontoam em uma sucessão
vertiginosa, constituindo uma cadeia de elementos
intercomunicantes.
 A psicanálise não é tentativa de restaurar fatos do
passado – a representação, é apenas uma fotografia que
serviu para fixar um momento. As representações,
como as fotografias, são figurações de outrora.
Da fotografia ao filme
 Como no filme, o processo analítico desencadeia um
desfiladeiro de representações que, por múltiplas e
sucessivas interconexões, permitem traçar uma trama
de sentidos que leva o sujeito a recriar, compreender e
transformar o que “foi”.
 As características básicas da P. P., aplicada ao contexto
do uso de substâncias, são: apoio e fortalecimento de
recursos por parte do paciente.
 A P. P. voltou seu foco de atenção ao vínculo
paciente-analista - as interpretações da relação
transferencial.
 A P.P. visa possibilitar o acesso aos conflitos
intrapsíquicos, a elaborá-los e resolvê-los, colocando
os recursos do psiquismo a serviço da reestruturação,
reorganização e desenvolvimento da personalidade.
 Com o fortalecimento do vínculo terapêutico, o
paciente estabelece um senso de confiança básica no
terapeuta e na relação. Os ganhos terapêuticos
surgem a partir desse momento, pois o paciente
aprende com o terapeuta que pode confiar em um
algo positivo, podendo vislumbrar a esperança na
mudança.
 A mudança terapêutica provém da identificação ao
bom objetopré-condição para que seja possível dar e
receber amor, base da saúde mental .
 Outro aspecto importante é a possibilidade que o
paciente tem de preencher as lacunas que ficaram no
processo de identificação com suas figuras parentais,
retificando-as em bases mais realistas. Trata-se de
ativar a capacidade reparatória, que permite restaurar
os danos psíquicos que, em fantasia, foram infligidos
ao objeto.
 Estudos mostram que, independentemente da
abordagem teórica utilizada pelo psicoterapeuta para
subsidiar sua intervenção, é preciso considerar que
cada paciente é singular e necessita de intervenção
específica, de acordo com suas necessita.
 A resolutividade de um tratamento também pode ser
apreciada pela riqueza de recursos assistenciais que
são disponibilizados e pela satisfação auferida pelo
usuário.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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mercado de trabalho. In: Melo-Silva LL, Santos MA, Simão JT, Avi MC, et al.,
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[ Links
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