Perspectiva Otimista: Mercado de seguros é um dos que mais cresce no Brasil Por Marcelo Munerato de Almeida, CEO da consultoria e corretora de seguros Aon Brasil O mercado de seguros no Brasil continua se desenvolvendo de maneira consistente. Em 2013, mesmo com o crescimento de apenas 2,3% da economia, o setor registrou alta de 15%. Atualmente, o mercado é responsável por cerca de 3% do Produto Interno Bruto, mas há espaço para crescer ainda mais. Em países mais maduros a fatia do setor de seguros é ainda superior. Nos Estados Unidos, por exemplo, o segmento é responsável por 8% do Produto Interno Bruto. E estamos falando de uma economia muito maior do que a nossa: o PIB dos Estados Unidos é de mais de US$ 16 trilhões. Portanto, esses 8% representam naquele mercado quase US$ 1,3 trilhão. O Brasil também pode chegar lá. A ascensão econômica e social de cerca de 50 milhões de brasileiros amplia muito o público consumidor de seguros. A lógica é simples: com maior acesso a bens de consumo e capital, as pessoas passam a ter maior interesse em proteger seu patrimônio. E, mais importante, elas passam a ter patrimônio para proteger. Além disso, o Brasil ainda tem uma grande carência de infraestrutura, o que deve forçar investimentos ainda no curto prazo. Até 2020, estima-se que cerca de R$ 1,5 trilhão sejam investidos em infraestrutura e logística. Com um grande risco para gerir, todos esses projetos devem passar pelo mercado segurador. Os produtos financeiros, por sua vez, são alguns dos que mais crescem. O segmento de garantias fechou 2013 com um volume de R$ 900 milhões em prêmios, dos quais pelo menos 65% – R$ 600 milhões – foram de garantia judicial. A modalidade foi fortalecida pela publicação de uma nova portaria (164/2014) da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que dá diretrizes para o oferecimento do produto como fiança em processos de execução fiscal. Além disso, tramita no Senado um projeto de lei (PL 244/2011) que inclui o seguro garantia judicial na Lei de Execuções Fiscais. O potencial de crescimento é gigantesco. Apenas o Estado de São Paulo tem um estoque de ações judiciais de mais de R$ 3 trilhões, mais do que qualquer outro setor da economia. 114 A ascensão econômica e social de cerca de 50 milhões de brasileiros amplia muito o público consumidor de seguros. A lógica é simples: com maior acesso a bens de consumo e capital, as pessoas passam a ter maior interesse em proteger seu patrimônio. E, mais importante, elas passam a ter patrimônio para proteger. Perspectiva Otimista: Mercado de seguros é um dos que mais cresce no Brasil Optimistic Perspective: insurance market is one of the fastest growing in Brazil by Marcelo O setor de saúde privada, que sempre foi fundamental para mensurar o desempenho do mercado segurador, também tem muito potencial de crescimento. Atualmente, o segmento possui quase 50 milhões de beneficiários, o que equivale a 24,7% da população do Brasil. Apesar de as operadoras de saúde possuírem uma receita robusta, de R$ 92,7 bilhões, isso quer dizer que 75,3% da sociedade ainda está descoberta. O segredo para o crescimento sustentável do setor é conseguir conquistar essa parcela da população sem desequilibrar o índice de sinistralidade, que hoje já beira os 85%. Já no setor de seguros massificados, as novas normas do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) para a comercialização da modalidade também são benéficas para o mercado, na medida em que protegem o consumidor e dão mais credibilidade para os produtos. A Resolução 297 trouxe mais transparência jurídica para o processo e criou a figura do representante de seguros para o varejista. A expectativa é que diminuam as reclamações de consumidores que eram vítimas de vendas casadas ou que contratavam microsseguros sem muita orientação. Nesse cenário de crescimento, a Aon continuará investindo na variedade de sua carteira e no desenvolvimento de novos produtos com as seguradoras. Com isso, estamos conseguindo manter nosso ritmo de expansão anual na casa de dois dígitos. Em 2013, atingimos a marca de R$ 4 bilhões em prêmios, o que representou um aumento de 25%. Com foco na fidelização de clientes, eficiência operacional, produtos e soluções inovadoras, esperamos manter o ritmo e crescer entre 15 e 20%, em média, nos próximos cinco anos. Destaca-se também como fator de sucesso da Aon, a política de gestão de pessoas, que tem como alicerces práticas de retenção de talentos, política de remuneração variável, alto investimento em treinamentos e desenvolvimento de profissionais, além de oportunidades de carreira. Com isso, é possível atrair e reter profissionais altamente especializados e competentes, que antes seguiam carreira em bancos ou corretoras de valores. Na Aon, esses especialistas têm oportunidade de desenvolver seus talentos aliando remuneração atrativa, crescimento profissional e qualidade de vida. 116 Munerato de Almeida, CEO of consulting and insurance brokerage Aon Brasil T Nesse cenário de crescimento, a Aon continuará investindo na variedade de sua carteira e no desenvolvimento de novos produtos com as seguradoras. Com isso, estamos conseguindo manter nosso ritmo de expansão anual na casa de dois dígitos. Em 2013, atingimos a marca de R$ 4 bilhões em prêmios, o que representou um aumento de 25%. he insurance market in Brazil continues to develop consistently. In 2013, even with growth of just 2.3% of the economy, the sector recorded an increase of 15%. Currently, the market is responsible for about 3% of gross domestic product, but there is room for further growth. In more mature markets the share of the insurance industry is still larger. In the United States, for example, the segment accounts for 8% of GDP. And we're talking about a much larger economy than ours: the U.S. GDP is over $ 16 trillion. Therefore, these 8% market represent nearly $ 1.3 trillion in that market. Brazil can also get there. The economic and social rise of about 50 million Brazilians greatly enhances the consumer public insurance. The logic is simple: with greater access to consumer and capital goods, people begin to take a greater interest in protecting their assets. And more importantly, they now have assets to protect. In addition, Brazil still has a great lack of infrastructure, which should force further investments in the short term. By 2020, it is estimated that about R$ 1.5 trillion will be invested in infrastructure and logistics. With a big risk to manage, all these projects must go through the insurance market. Financial products, in turn, are some of the fastest growing. The guarantees segment closed 2013 with a turnover of R$900 million in premiums, of which at least 65% - R$600 million – were legal guarantees. The modality has been strengthened by the publication of a new ordinance (164/2014) of the Office of the General Counsel of the National Treasury (PGFN), which gives guidelines for the product offering as suretyship in cases of tax foreclosure. In addition, pending in the Senate is a bill (PL 244/2011) which includes legal guarantee insurance in the Tax Foreclosure Act. The growth potential is enormous. Only the State of São Paulo has a stock of lawsuits over R$3 trillion, more than any other sector of the economy. The private health sector, which has always been essential to measure the performance of the insurance market, also has a lot of potential for growth. Currently, the segment has almost 50 million beneficiaries, which equates to 24.7% of Brazil's population. Although health operators have robust revenue, of R$92.7 billion, this means that 75.3% of the society is still uncovered. The secret to sustainable growth of the sector is to reach this population without unbalancing the loss ratio, which today is nearing 85%. In the mass insurance industry, the new standards of the National Council of Private Insurance (CNSP) for the marketing of this modality are also beneficial to the market, to the extent that they protect consumers and give the products more credibility. Resolution 297 brought more legal clarity to the process and created the figure of the insurance representative for the retailer. The expectation is that consumer complaints that were victims of joint sales or who contracted microinsurance without much guidance are lowered. In this growth scenario, Aon will continue to invest in the variety of its portfolio and to develop new products with insurers. With this we are able to maintain our pace of annual growth in two digits. In 2013, we reached R$ 4 billion in premiums, which represented an increase of 25%. With a focus on customer retention, operational efficiency, innovative products and solutions, we hope to keep pace and grow between 15 and 20% on average over the next five years. The management policy of people, based on practices of talent retention, variable remuneration policy, high investment in training and professional development, and career opportunities also stands out as a success factor of Aon. This enables to attract and retain highly skilled and competent professionals, which followed earlier career in banks or brokerage firms. At Aon, these experts have the opportunity to develop their talents combining attractive remuneration, professional growth and quality of life. BROKERS INSURANCE 117