do ano passado. A previsão, no entanto, é de crescer menos, mas ainda na casa dos dois dígitos. Marco Antonio Rossi, presidente da Bradesco Seguros, vislumbra crescimento entre 12% e 15%. O grupo fez mudanças no comando. Ricardo Saad deixa a presidência da Bradesco Auto RE para se lançar a novos desafios. Em seu lugar assume Tarcisio Godoy, que estava cuidando da diretoria de finanças e controladoria da Bradesco Seguros Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco, estima avanço entre 11% e 14% após reorganizar a área de seguros. Marcio Schettini assume a área de seguros no Itaú Unibanco, com a saída de Marcos Lisboa, que estava à frente das operações. E assim, cheia de novidades, caminha a indústria de seguros em 2013, difundindo a cultura em um mundo alardeado de riscos. Quem imaginaria perder mais de 240 jovens em um incêndio numa boate? E ver o estacionamento de um dos colégios mais famosos de São Paulo alagado com mais de dois metros de água? Situações que levam a população a pensar seriamente em comprar seguro. Em 2012, os produtos do ramo vida lideraram as vendas, respondendo por 59% do faturamento total da indústria. As apólices de seguro de vida e os planos de previdência (VGBL, PGBL e tradicionais) foram responsáveis por R$ 92 bilhões do volume arrecadado em 2012, 27% acima sobre o resultado de 2011. Seguros gerais, que considera todas as proteções de bens patrimoniais e de riscos financeiros, avançou 13%, para R$ 47,9 bilhões. A expectativa inicial de vendas nesse segmento era maior do que o índice obtido. A frustração veio da demora da liberação dos financiamentos para infraestrutura e também pela retração do crédito e do avanço do endividamento das famílias, revelado no elevado índice de inadimplência apresentado no balanço dos principais bancos. Capitalização termina 2012 com crescimento de 18%, com R$ 16,6 bilhões em vendas de títulos, e planos de superar R$ 30 bilhões até 2016, conta Marcos Barros, presidente da Fenacap. “Por meio da capitalização podemos estimular a venda de diversos produtos, de tintas a seguros, acoplando o diferencial do sorteio”, diz. Segundo ele, o lado lúdico da capitalização chama a atenção das classes C, D e E, agregando um estímulo à venda e também para que as pessoas criem o hábito de poupar e, por isso, as metas de crescimento são promissoras”. A atividade de resseguro encerrou 2012 com quase R$ 4 bilhões em prêmios movimentados pelas resseguradoras locais, um avanço de 21%. Segundo a Siscorp, as seguradoras destinaram ao resseguro R$ 5,7 bilhões, que é igual ao valor cedido em 2011, embora o volume dos prêmios emitidos resseguráveis (R$ 66,2 bilhões) tenha crescido. * Denise Bueno é articulista da Revista Apólice