I Simpósio Luso-Brasileiro de Doenças das Vias Aéreas
MANEJO DO TABAGISMO
BASEADO EM EVIDÊNCIAS
Cecília Pardal
Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca
Amadora
Portugal
crpardal@netcabo .pt
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MANEJO DO TABAGISMO BASEADO EM EVIDÊNCIAS
A epidemia do tabaco constitui um dos
problemas actuais de saúde pública
World Health Organization 1998
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O consumo de tabaco é uma das principais
causas evitáveis de doença, incapacidade e
morte a nível mundial
The European Health Report, 2005
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O tabagismo deve encarar-se como uma
doença crónica
que
exige
uma
estratégia a longo prazo e não como uma
situação que se resolve rapidamente
Clinical Practice Guideline on Treatment of Tobacco use and Dependence
US Department of Health and Human Services, Public Health Service; 2000
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MANEJO DO TABAGISMO BASEADO EM EVIDÊNCIAS
Abordagem do tabagismo
Prevenção
Intervenções
Intervenção
______________________________________________________________________
Educação
breves
intensiva
Adaptado de IOM, 1990
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Objectivos da Prevenção
Diminuir o número de
Aumentar o número de
pessoas que inicia o hábito
pessoas que deixa de fumar


EDUCAÇÂO
CESSAÇÃO TABÁGICA
Adoptar medidas de protecção para os não fumadores

LEGISLAÇÂO
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Prevenção
Se deixar de fumar é tão difícil, o melhor e o
mais fácil é não começar a fumar
A diminuição na percentagem dos
fumadores nos países industrializados é
devido à maior cessação tabágica
US Department of Health and Human Services. Preventing Tobacco use among Young People.
A Report of the Surgeon General. Atlanta,
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Prevenção
Bastam algumas dezenas de cigarros para
modificar
permanentemente
a estrutura
e
função dos receptores cerebrais de nicotina

Dependência
S. Nardini
Smoking cessation in public health and inclinical practice:
two different perspectives for the chest physician ERS 2008
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Prevenção
Quem fuma durante a adolescência tem um risco 16
vezes maior de se tornar num adulto fumador
Quando não se inicia o hábito de fumar antes dos
20 anos a probabilidade de se tornar fumador em
adulto é menor
Mermelstein R. Teen smoking cessation. Tob Control 2003
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Prevenção
Diminuir o número de pessoas que inicia o hábito
Campanhas de prevenção nas escolas
Aumento do preço
Dificultar o acesso aos jovens
Proibição de fumar nas escolas, locais de trabalho,
restaurantes, discotecas, locais públicos
Thomas R, Perera R. School-based programmes for
preventing smoking. Cochrane Database Syst Rev 2006;
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Prevenção
Programas nas escolas são ineficazes
Mesmo quando associados a campanhas
mediáticas e a programas comunitários a evidência
continua baixa
. Thomas R, Perera R. School-based programmes for preventing smoking.
Cochrane Database SystRev 2006;
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Cessação tabágica
Dois níveis de intervenção:
1-Perspectiva de saúde pública
2- Perspectiva clínica
S. Nardini
Smoking cessation in public health and inclinical practice:
two different perspectives for the chest physician ERS 2008
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Cessação tabágica
1-Perspectiva de Saúde Pública
Intervenções gerais na população em geral
O alvo é a população mais jovem e saudável
 o ganho para a saúde pública é maior
S. Nardini
Smoking cessation in public health and inclinical practice:
two different perspectives for the chest physician ERS 2008
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Cessação tabágica
1-Perspectiva de Saúde Pública
A cessação tabágica é a intervenção mais
importante
para melhorar a saúde da
comunidade
•1/2 dos fumadores morrem devido ao seu hábito
•1/2 dos fumadores morrem entre os 35-69 anos
S. Nardini
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two different perspectives for the chest physician ERS 2008
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Cessação tabágica
1-Perspectiva de saúde pública
Engloba um número muito grande de fumadores
A eficácia é de 3 a 5%
Deixam de fumar um grande número de
fumadores
S. Nardini
Smoking cessation in public health and inclinical practice:
two different perspectives for the chest physician
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Cessação tabágica
2- Perspectiva clínica
Quando faz parte do tratamento de um doente
com (ou com grande risco de) doença
relacionada com o tabagismo
S. Nardini
Smoking cessation in public health and inclinical practice:
two different perspectives for the chest physician
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Cessação tabágica
2- Perspectiva clínica
A intervenção nos doentes respiratórios deve ser
considerada duma maneira completamente
diferente
S. Nardini
Smoking cessation in public health and inclinical practice:
two different perspectives for the chest physician
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Cessação Tabágica
A motivação é essencial
S. Nardini
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two different perspectives for the chest physician ERS 2008
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Como motivar o fumador?
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COMO MOTIVAR O FUMADOR
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COMO MOTIVAR O FUMADOR
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COMO MOTIVAR O FUMADOR
Adaptar argumentos:
• Idade
• Sexo
• Existência ou não de doenças
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Cessação tabágica
O papel dos profissionais de saúde
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Qualquer
profissional
enfermeiro,
de
psicólogo,
multidisciplinares
de
saúde
(médico,
ou
equipas
profissionais)
deve
colaborar na cessação tabágica aos fumadores
com
quem
oportunamente
contacta
Evidência A
Norma de Orientação Clínica para Cessação Tabágica 2008
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MANEJO DO TABAGISMO BASEADO EM EVIDÊNCIAS
Os
médicos
por
se
terem
revelado
os
profissionais mais eficazes em cessação
tabágica, devem ser elementos prioritários na
aplicação de intervenções com esse objectivo
Evidência A
Norma de Orientação Clínica para Cessação Tabágica 2008
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Todos os médicos devem oferecer aos seus
doentes
aconselhamento
cessação
tabágica
com
vista
(Evidência
à
A)
e fazer se possível, pelo menos uma
consulta
de
seguimento
(Evidência
B)
Norma de Orientação Clínica para Cessação Tabágica 2008
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Existe uma forte relação dose-resposta
entre o tempo de contacto interpessoal e
os
bons
resultados
do
tratamento.
Intervenções intensivas são mais eficazes do
que intervenções menos intensivas e devem
ser
usadas
sempre
que
possível
Evidência A
Clinical Practice Guideline on Treatment of Tobacco use and Dependence
US Department of Health and Human Services, Public Health Service; 2000
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4 ou mais sessões aumentam a taxa de
abstinência
Sessões > 10 minutos aumentam a taxa de
sucesso
Evidência A
US Public Health Service, 2008
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Os
profissionais
de
enfermagem
devem,
quando oportuno, proporcionar aos fumadores
internados
intervenção
ou
de
ambulatório,
estruturada
para
uma
cessação
tabágica, envolvendo aconselhamento e /ou
terapêutica
comportamental
Evidência
Norma de Orientação Clínica para Cessação Tabágica 2008
A
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Apoio dos dentistas e profissionais de saúde
que trabalham em farmácias comunitárias
Evidência B
Norma de Orientação Clínica para Cessação Tabágica 2008
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Cessação Tabágica
Tipos de Intervenção
•Intervenção mínima
•Intervenção breve
•Intervenção intensiva
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Intervenção Mínima
Fuma?
sim
não
Deseja deixar de fumar?
não
sim
Dar um folheto apropriado
Nardini 2003
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Intervenção Breve
5A
1.
Abordar
2.
Avisar / Educar
3.
Avaliar
4.
Ajudar
5.
Acompanhar
Fiore et al: Treating Tobacco Use and
Dependence, Clinical Practice Guideline, 2000
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Intervenção Breve
SIM
Abordar todos os doentes sobre se fumam
Saber se é fumador regular
Prevenir recaída nos ex-fumadores > 1 ano
NÃO
Encorajar abstinência

Avisar
Dar conselhos personalizados sobre deixar de fumar

Avaliar
Determinar a motivação para deixar de fumar

Ajudar
Estabelecer um plano e providenciar o tratamento
adequado

Acompanhar
Seguimento
Não
Promover motivação para deixar de
fumar
Tratamento farmacológico
Mudança comportamental
C. Gratziou: Review of current smoking cessation guidelines
Smoking Cessation European Respiratory Monograph 2008
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Os fumadores que estão a tentar
deixar
de
fumar
devem
ser
encorajados a usar medicação para
ajudar na cessação tabágica, excepto
na presença de contra-indicações
Evidência A
C. Gratziou: Review of current smoking cessation guidelines
Smoking Cessation European Respiratory Monograph 2008
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Os
substitutos
de
nicotina,
a
bupropiona e a vareniclina são
tratamentos de primeira linha para a
cessação tabágica
Evidência A
C. Gratziou: Review of current smoking cessation guidelines
Smoking Cessation European Respiratory Monograph 2008
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A Nortriptilina pode ser usada como terapêutica
de 2ª linha (1)
A Clonidina é um fármaco de menor eficácia que
os anteriores, podendo ser prescrito como
2ª linha (2)
Evidência B
1-C. Gratziou: Review of current smoking cessation guidelines
Smoking Cessation European Respiratory Monograph 2008
2-Norma de Orientação Clínica para Cessação Tabágica 2008
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As Consultas de seguimento regulares são
importantes e estão ligadas a um sucesso
mais duradouro
Evidência B
C. Gratziou: Review of current smoking cessation guidelines
Smoking Cessation European Respiratory Monograph 2008
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Não fumador
Continua sem fumar
Recaída
Pensa parar
fumar
Fumador
motivado
Acção
Preparado
parar
Pensa parar
fumar
Acção
Preparado
parar
Prochaska JO, et al.. Am Psychol 1992;