CENTRO DE PESQUISA EM ALERGIA
E IMUNOLOGIA EM PEDIATRIA
HOSPITAL DAS CLÍNICAS - UFPE
MANUSEIO DA ALERGIA ALIMENTAR
Aldo Costa
Médico do Ambulatório de Doenças Respiratórias – HHM-PE
Médico do Centro Alergia e Imunologia em Pediatria – HC/UFPE
Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente – UFPE
Doutor em Nutrição - UFPE
ALERGIA ALIMENTAR
DEFINIÇÃO
Não imunologicamente mediada
Ex:Intolerância à Lactose
Reação Adversa
IgE mediada
Imunologicamente mediada (AA)
Não IgE mediada
Sampson 2003, 2004
ALERGIA ALIMENTAR
EPIDEMIOLOGIA
Prevalência
Na população – Reação Adversa – 12-25%
Apenas 1 em 10 comprova-se AA após DO
Bischoff 2004; Burr 1983; Niesthl 1994; Sampson, 2004; Spergel 2004; Woods 2001; Woods 2002
Crianças < 3 anos – Alergia Alimentar – 6-8%
Bischoff, 2005; Sampson, 2004; Sicherer, 1998; Spergel, 2002
APLV – 2,5%
Sampson, 2004; Spergel, 2002
ALERGIA ALIMENTAR
EPIDEMIOLOGIA
Prevalência
↑ N° casos últimas décadas –
amendoim 0,5% → 1,0%
Bischoff 2004; Burr 1983; Niesthl 1994; Sampson, 2004; Spergel 2004; Woods 2001; Woods 2002
↑ N° casos graves – preparo do profissional de saúde
• Adolescentes
• Adultos jovens c/asma
• Alergia para amendoim, nozes e frutos do mar
Bischoff, 2005; Sampson, 2004; Sicherer, 1998; Spergel, 2002
Fatores ambientais
ALERGIA ALIMENTAR
Diagnóstico
Quando Pensar em AA?
Manifestações
Manifestações
___________________________________________
Pele
TGI
___________________________________________
Urticária
Diarréia
___________________________________________
Respiratórias
Cardiovasculares
___________________________________________
Tosse
Choque anafilático
Angioedema
Vômitos
Broncoespasmo
Desmaios
DA
Cólicas abdominais
Edema de laringe
Hipotensão
Prurido
Distensão abdominal
Rouquidão
Eritema
Edema/prurido em
boca ou orofaringe
Dispnéia
Dermatite
Herpertiforme
ALERGIA ALIMENTAR
Diagnóstico
Agente Desencadeante
Mecanismo Fisiopatológico
1.
História Clínica
•
Qual ou quais alimento(s)
•
Idade de início das reações
•
Associação temporal e causal com alimento suspeito
•
Característica da reação
•
Quantidade ingerida
•
Modo de preparo do alimento
•
Fatores presentes: exercícios, AAS e álcool
•
História de atopia na família
•
História de atopia pessoal
•
Diário alimentar
Exclusão? / Confirmação?
ALERGIA ALIMENTAR
Diagnóstico
Exames Complementares
AA IgE mediada
Prick test
•
•
•
•
Qualquer idade com forte suspeita
Dermatite extensa
VPN
VPP
•
Valor pápula
LV –
Ovo –
Amendoim –
*95% = DCPC
**<2 anos
***Extratos de qualidade
<2a
6mm
5mm
4mm
>2a
8mm
7mm
8mm
ALERGIA ALIMENTAR
Diagnóstico
Exames Complementares
AA IgE mediada
IgE específica
•
•
•
Quando fazer
VPN
VPP
•
Cutoff
LV – 15 IU/L
Ovo – 7 IU/L
Amendoim – 14 IU/L
•
•
Recombinantes
Valores de acompanhamento
ALERGIA ALIMENTAR
Diagnóstico
AA IgE mediada
Microarray
•
Painel de testes
•
44 antígenos
•
Recombinantes
•
Pouco material
•
Rápido
Exames Complementares
ALERGIA ALIMENTAR
Diagnóstico
AA Não IgE mediada
Patch test
•
Dermatite atópica
•
Falta de padronização
•
Trabalhoso
•
Interpretação duvidosa
•
Só evita PO em 14%
Exames Complementares
ALERGIA ALIMENTAR
Diagnóstico
Provocação oral
Método Complementar
(IgE e Não IgE)
Duplo cego placebo controlado
•
•
•
Pesquisas
Difícil execução
Riscos
Aberto
•
•
•
•
•
Mais realizado
< 1 ano
< 3 anos
Limitações
Realizar DCPC, se positivo
Padrão Ouro
ALERGIA ALIMENTAR
Diagnóstico
Dieta de eliminação
•
Critério
•
Alimento ESPECÍFICO
•
Período
•
Impossibilidade de outros métodos complementares / DCPC
ALERGIA ALIMENTAR
Tratamento
Na Urgência
1.
Retirar alimento envolvido
2.
Alívio dos sintomas
3.
Quadros leves
•
Urticária / Angioedema
-
Anti-histamínicos H1 segunda geração
Corticóide
Associação com anti-histamínicos H2
Adrenalina (raramente)
•
Respiratório
-
B2-agonista
•
Gastrointestinal
-
Anti-emético
Hidratante
ALERGIA ALIMENTAR
Tratamento
Na Urgência
4.
Reações graves – manter em observação (mín 12h)
•
•
Edema de glote
Choque anafilático
•
Avaliar a permeabilidade das vias aéreas
•
Respiração
•
Circulação
•
Nível de consciência (estado mental alterado pode sugerir hipóxia)
Administrar adrenalina (solução 1/1000: 0,2 a 0,5ml)
(0,01mg/kg em crianças, máximo 0,3mg) (IM) a cada 5 min, até controle sintomas
ALERGIA ALIMENTAR
Tratamento
Ambulatório
1.
Excluir alimento comprovado
2.
Prevenção exposição ao alérgeno
3.
Plano de emergência
4.
Reconhecimento e Tratamento
•
Adrenalina auto-injetável
5.
Substituição dos alimentos
•
Que fórmulas?
•
Qual a idade?
•
Que alimentos?
•
Nutricionista
•
Laboratório de acompanhamento
ALERGIA ALIMENTAR
Tratamento
Ambulatório
6.
Imunoterapia
•
•
Utilização de alérgenos modificados - ↓ alergenicidade e ↑ segurança
Plasmídeos de DNA
7.
Tratamento com anti-IgE
•
•
TNX-901 – apenas em alérgicos ao amendoim
Toleram melhor – reagem com sintomas mais leves
8.
Probióticos
•
•
Lactobacillus rhamnosus GG (LGG) - DA
Não está estabelecido na prática
9.
SOTI (specific oral tolerance induction)
•
•
Alimentos específicos em doses baixas – aumento progressivo diário – manutenção
Não está estabelecido na prática
ALERGIA ALIMENTAR
Prevenção
Primária
Dieta de exclusão
•
•
Na gestação – amendoim
Aleitamento materno - ↓ DA 2 anos
Aleitamento Materno
•
•
•
4-6m
Substâncias imunologicamente ativas
↓ APLV 18m
Fórmulas hidrolisadas
•
•
Não é melhor que LM
Extensamente hidrolisada caseína / Parcialmente hidrolisada leite – DA / AA?
Não recomenda-se fórmula de soja < 6m
Não recomenda-se leite de outros mamíferos
ALERGIA ALIMENTAR
Prevenção
Primária
Introdução de Alimentos Complementares
•
ESPGHAN 2008 e AAP 2008 – 4/6m
Antes – AAP 2000
LV não modificado – 12m
Ovo 24m
Amendoim
Castanha
Peixe
36m
Probiótico
•
Controverso – DA?
Secundária
•
Educação família
CEN TRO DE PESQUISA EM ALERGIA
E IMUNOLOGIA EM PEDIATRIA
HOSPITAL DAS CLÍNICAS - UFPE
Aldo Costa
Médico do Ambulatório de Doenças Respiratórias – HHM-PE
Médico do Centro Alergia e Imunologia em Pediatria – HC/UFPE
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Doutor em Nutrição - UFPE
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Aula Alergia Alimentar Memorial