GEAMA EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A CIDADANIA Prof. Paulo Bassani Prof. Jozimar Paes de Almeida Gustavo Yoshio Itakura Pedro Henrique Carvalho Carpigiani RESUMO Diminuir o analfabetismo ecológico/ambiental e criar uma nova consciência, reinventar novos saberes e novas práticas que levem a construção de um mundo sustentável: Este é o objetivo central do GEAMA – Grupo de Estudos Avançados sobre o Meio Ambiente. Como construção de espaços de aprendizagens e uma rede de relações e trocas de saberes a apreender a lidar com as inovações e a criatividade. Para tanto temos que ter ousadia para criar um novo padrão civilizatório. Um espaço que permita iniciar processos inovadores para uma cidadania ambiental. A Educação Ambiental é uma aprendizagem transformadora através da reflexão e da ação com o Meio Ambiente Isso envolve uma formação continuada, sensibilização, conscientização, diagnósticos ambientais e responsabilidades nas ações a serem desenvolvidas. Envolve diversos segmentos da sociedade em processos reflexivos, críticos e emancipatórios, num encontro de saberes que potencializa o papel da educação nas mudanças culturais e sociais rumo à sustentabilidade. Num exercício permanente de valores e práticas sócio-ambientais necessárias para uma melhor qualidade de vida e do meio ambiente onde vivemos. A educação e a cidadania pode garantir um futuro e melhor entender a relação homem / natureza. Um momento histórico onde as atitudes tomadas indicarão a sobrevida humana e planetária. 1643 1. INTRODUÇÃO 1.1 Apredizado Transformador e a Ética do Cuidado A Educação preparação de para cidadãos a sustentabilidade para a ética do atua na cuidado formação e capacitando e sensibilizando pessoas e grupos sociais para se auto educar e contribuir na educação de outros para a construção de sociedades sustentáveis em busca do desenvolvimento de metodologias de alcance na educação ambiental e na vida cotidiana das comunidades. A Educação ambiental para a cidadania é um instrumento a ser ativado e orientado no sentido de alcançar o objetivo maior que é a sustentabilidade. Este procedimento educativo e cidadã possibilitam a própria vida no planeta, pois “Quem ama cuida” Boff (2002). Estamos tratando da vida humana e de toda a biodiversidade existente na Terra. Um processo educativo comprometido com estas questões envolve, formação diagnósticos continuada, ambientais e sensibilização, responsabilidades nas conscientização, ações a serem desenvolvidas. Em consonância envolve diversos segmentos da sociedade em processos reflexivos, críticos e emancipatórios, num encontro de saberes que potencializa o papel da educação nas mudanças culturais e sociais rumo a sustentabilidade. Num exercício permanente de valores e práticas sócio-ambientais necessárias para uma melhor qualidade de vida e do meio ambiente. Somente a educação e a cidadania podem garantir futuro as crianças, jovens, mulheres e homens. E hoje mais do que nunca compreender essa relação entre o homem e a natureza é fundamental. E o momento que cruzamos de muitas crises de paradigmas, de formas de viver está acoplado a questão ambiental, pano de fundo de todos estes desdobramentos. Um momento histórico onde as atitudes que forem 1644 tomadas indicará, sem dúvida, a sobrevida humana e da biodiversidade planetária. As universidades, escolas, associações, cooperativas, sindicatos, movimentos sociais, como uma de suas funções necessitam apresentar a população um modelo, um conjunto de alternativas sustentáveis, no qual a educação ambiental poderá agregar muito neste aspecto. Um programa de Educação Ambiental deve atingir os seguintes níveis de objetivos: I – O do conhecimento: desenvolver a percepção a percepção na busca de soluções para os problemas ambientais. Diagnosticar, investigar com profundidade os aspectos em torno do problema em questão. Sabendo que seu trato deve ter em consideração as contribuições inter e transdiciplinares, visto que a questão ambiental possibilita esta forma de conceber o conhecimento. II- O da consciência ambiental: desenvolver materiais, cursos e encontros associados à sensibilização ao meio ambiente. Uma perspectiva multiplicadora de recursos didático-pedagógicos que apontem o universo múltiplo de instrumentos de comunicação e divulgação. Considerando as ferramentas on-line que hoje se multiplicam e que podem ser utilizadas para a formação de grandes redes de comunicação e conscientização. III – O das atitudes: desenvolver e motivar mudanças de comportamentos para a ação. A práxis social crítica e comprometida com a transformação social e a preservação do meio ambiente implica numa atitude diante de uma realidade em crise de seus paradigmas, de seus referenciais e de valores humanos acumulados ao longo do tempo, desagregação de atitudes perante a vida. Recompor a lógica, significa busca caminhos que congregue, uma nova perspectiva sustentável e 1645 recoloque novos significados, um cuidado maior para com a vida e toda biodiversidade. IV- O das aptidões: que reflitam numa ação consciente e qualificada na sociedade na sociedade em geral. Disseminar maneiras que possam fazer parte de um cotidiano sustentável. Práticas solidárias que indiquem pistas para a construção de processos sociais participativos e também processos em busca de orientações na ampliação das formas de organizar a democracia necessária para os dias atuais. Deste modo afirma Malhadas (2001, p.17), “A educação passa a ser vista não mais como um fim em si mesma, mas um meio para se atingir o desenvolvimento sustentável em todos os setores e atividades e níveis de ensino. Um processo contínuo que deverá ser re-direcionado, estabelecendo-se as prioridades e as metas integradoras no plano formal, informal e não-formal.” Trata-se de buscar construir novas bases para o enfrentamento da questão em que a própria tradição da intervenção teórico-prática é também objeto de reflexão. Isto é construir bases conceituais para o desenvolvimento de uma idéia sustentável que seja possível ser adotada numa localidade, numa região. Nessa concepção é fundamental uma ciência que entenda e desvenda as potencialidades regionais e possibilite superar os problemas existentes. Trata-se, a partir desta orientação, encontrar um novo conceito de desenvolvimento regional, contrastando com a visão equivocada das perspectivas que vêem o desenvolvimento como sinônimo puro e simples da presença de atividades econômicas e de investimentos. O PIB regional não representa uma leitura sustentável de território e das pessoas que lá vivem e trabalham. É preciso avançar mais para concepções que contemplem um universo amplo de questão que 1646 compõem a vida como o conhecimento, a cultura, o lazer, a saúde, a educação, a alimentação a sua participação na sociedade, entre outros. Só há efetivo desenvolvimento sócio-econômico e ambiental quando os frutos do investimento do capital humano e dos recursos são retidos na região. As pessoas somente se envolvem se tem algum tipo de relação, algum poder de decisão de participação. Esta idéia refere-se ao sentimento de pertencimento. Se os problemas são comuns, também devemos resolvê-los em comum, o pensar pode e deve ser global, amplo, múltiplo, mas o agir é local. Entender o processo de acumulação que tem lugar no espaçotempo de uma determinada região. Esse desenvolvimento deve ser tratado como temática interdisciplinar e sustentável um processo participativo que promova um modelo ambientalmente mais prudente e socialmente mais eqüitativo. Desenvolver o sentimento de pertencimento a região com ações cooperativas para ampliar novos conhecimentos e novas tecnologias. Consolidar iniciativas já existentes e estimular a criação de novas, conhecer as potencialidades humanas, físicas e culturais enobrece e justifica esse sentimento de pertencer a uma comunidade, territorialmente,política e culturalmente definida.Para tanto é necessário produzir um sistema de acompanhamento (dados, informações fidedignas da região - diagnósticos, pesquisas). Melhorar a qualidade de vida com atividades econômicas, sociais, culturais e políticas conectadas com a realidade regional. Resultado um efetivo processo de ampliação da renda regional, mediante geração, ampliação e qualificação da mão-de-obra e melhor distribuição da riqueza. 1647 Esta leitura permite pensar na diminuição do analfabetismo ecológico/ambiental, envolvendo agentes multiplicadores, locais e regionais, dessa nova consciência. A busca permanente de novos saberes e novas práticas que levem a construção de um mundo sustentável reflete nos espaços de aprendizagens, uma rede de relações e trocas. Apreender a apreender a lidar com as inovações e a criatividade. Para tanto temos que te ousadia para criar o novo – princípios e normas que tenham profundos valores que ousem mudar nosso padrão civilizatório. O GEAMA constitui-se e vem atuando como um espaço que permitiu iniciar esses processos, e inúmeros passos já foram dados, de que algo deve ser feito para tanto convocamos as pessoas para as ações, apreender a cooperar a trabalhar juntos – preparar um capital social para trabalhar nesta causa. Responder a diversidade através do diálogo. Antes de qualquer coisa é preciso que se diga que nosso compromisso, é de buscar um modelo de Educação Ambiental, que se constitua em espaço de invenções e descobertas, de novas atitudes e comportamentos, enfim de uma nova ética que possibilitará a população local e regional de forma integrada e coletiva um fator de conservação ambiental e prospectora de uma nova sociedade que equilibra o desenvolvimento econômico, qualidade de vida e preservação ambiental. A questão ambiental é hoje um desafio que se coloca a todos. Professores, pesquisadores, estudantes, homens, mulheres, crianças, idosos enfim, cidadãos que vivem e participam do destino de um mesmo planeta, o Planeta Terra. Somos hoje, cerca de 7 bilhões de pessoas e a cada ano outras 75 milhões nascem. Todos, mais do que nunca cidadãos do mundo, são ao mesmo tempo cidadãos que possuem raízes locais, 1648 regionais e globais. Mesmo compreendendo que nossa vida é determinada e responde por ações que refletem o local onde nós vivemos. Boff lembra (2001; p.09); “A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive com quem convive que experiências têm em que trabalha que desejos alimentam como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam". Nisto que se acredita, como escrito na agenda 21 a partir da Eco–92 do rio de Janeiro, que se faz necessário construir um mundo sob as bases de um desenvolvimento sustentável. Hugo Vela (2002, p.96) afirma: "Na certeza de que a riqueza do novo milênio é o conhecimento, a informação, os representantes oficiais e intelectuais de diferentes tendências e países do mundo entendem que um novo tipo de sociedade somente será possível pela via da educação e, em especial, da Educação Ambiental. A pretensão é uma re-educação humana generalizada, que leve á construção do mundo procurado, de fraternidade, justiça e ecologia”. Isto é a indicação de que o caminho da Educação Ambiental é o passo possível de que ocorram algumas mudanças necessárias. Em Estocolmo (ONU; 1972) durante a Conferência das Nações Unidas, em um dos seus princípios que alimentava e justificava o processo de Educação Ambiental com base na construção de novas perspectivas para o mundo, refere-se: 1649 “É indispensável um trabalho de educação em questões ambientais, visando tanto às gerações jovens como os adultos, dispensando a devida atenção ao setor das populações menos privilegiadas, para assentar as bases de uma opinião pública bem informada e de uma conduta responsável dos indivíduos, das empresas e das comunidades, inspirada no sentido de sua responsabilidade à proteção e melhoramento do meio ambiente, em toda a sua dimensão humana”. A partir dessa orientação firma-se uma estratégia que valoriza os esforços da cidadania para melhorar sua qualidade de vida e orienta ao desenvolvimento de uma nova cultura que reconhece os direitos ambientais e as reivindicações sociais com a necessidade de melhorar o bem-estar da população. Assim sendo, a consciência ambiental deve expressar uma nova conduta que favoreça o crescimento de uma responsabilidade cidadã em torno da defesa e proteção do meio ambiente. Uma ação ambiental, preventiva, participativa e recuperadora, que permita estimular a gestão ambiental no âmbito da sustentabilidade, estabelecendo um nível de gestão que inclua todos. Pode-se assim resumir: “A sustentabilidade é o equilíbrio dinâmico entre muitos fatores, incluindo os requisitos básicos do componente social, cultural e econômico, e da necessidade imperativa de salvaguardar o ambiente natural da qual a humanidade é parte.” (Malhadas, 2001, p.16) 2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA Com a crescente discussão sobre sustentabilidade no final dos anos 70, até os dias de hoje, a questão ambiental tem um quadro que se tornou, pela ação do homem, de grandes desafios e de problemas não resolvidos a serem enfrentados, com isso vemos o surgimento da 1650 importância de uma educação ambiental, onde, tanto de caráter político como pedagógico, ela, a EA, pode ser vista como uma educação crítica para a formação de sujeitos a se tornarem aptos para identificarem e interferirem na relação de conflito entre homem/natureza, a fim de ajudar na preservação do meio em que vive, se não torná-lo, mantê-lo sadio. A partir disso vemos que esta educação é voltada para a cidadania, na forma de direitos na manutenção da integridade dos bens naturais, entende-se aqui bens não renováveis, dos quais a humanidade depende para a sua existência e perpetuação da espécie. Por cidadania, segundo Boff (1994, p.21) “Entendemos por cidadania o processo histórico-social mediante o qual a massa humana consegue forjar condições de consciência, de organização e de elaboração de um projeto que lhe permite deixar de ser massa e passar a ser povo, com sujeitos históricos capazes de implementar o projeto elaborado.” Esta relação de conflitos sócios ambientais entre homem/natureza é marcada por grupos sociais no campo e na cidade como pó exemplo: catadores de latinhas, povos indígenas, comunidades ribeirinhas, agentes que defendem os espaços verdes para lazer e convivência dos cidadãos, recicladores, entre outros grupos que lutam em prol da legitimação e interação destes no uso, acesso e convivência com os bens naturais, assim, estes diferentes grupos, sejam eles coletivos ou individuais, mostram a questão ambiental na esfera política. A dificuldade desta manutenção dos bens naturais é o caráter de disputa no qual ele está envolvido, sejam estes interesses individuais e/ou privado. Estes bens são garantidos pela Constituição Federal como públicos na qualidade de serem indispensáveis a vida humana, onde a 1651 participação e atuação da população na defesa e preservação ambiental impõe-se na coletividade o dever de defender e manter o meio ambiente. A Constituição Federal fornece estas garantias de manutenção do meio ambiente sadio no artigo 225, em seu parágrafo primeiro estabelece o seu caráter público: “Todos tem o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo essencial à sadia qualidade de vida”. Incumbe “ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”, ainda neste artigo e parágrafo, o inciso VI trata da promoção da “educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente”. A educação ambiental dentro das escolas é abordada dentro da perspectiva dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), de 1997, como uma educação indispensável para a transformação ambiental e assim adotar novas posturas e pontos de vista. Na escola esta educação deve ser adicionada ao currículo de forma transversal, pois deve ser tratada nas diversas áreas do conhecimento e impregnar-se em toda prática educativa. Visto isso podemos considerar que a Educação Ambiental é um processo de aprendizagem continuo, baseado na ética, valores ao bem comum em respeito a todas formas de vida. Este tipo de educação contribui para transformação humana, social e preservação ecológica; no estimulo da formação de sociedades mais justas e ecologicamente equilibradas, estimulando a solidariedade, igualdade e respeito aos direitos humanos, promovendo oportunidades de mudanças democráticas de base, diversificado, interdisciplinar e principalmente holística. Estes valores e justificativas asseguram a sociedade à participação na melhoria de suas próprias vidas assim como de outras 1652 pessoas. Sabemos que estes direitos de igualdade são assegurados ao Poder Público na forma de Leis, legitimando os valores ambientais na sociedade como um todo, como uma parte desta luta cidadã em busca desta cidadania ambiental 3. DOCUMENTOS ORIENTADORES: AGENDA 21 E A CARTA DA TERRA O GEAMA tem como fundamento de suas reflexões e de sua ação A Agenda 21 e a Carta da TERRA. A Agenda 21 foi um documento criado a partir da eco-92 do Rio de Janeiro onde 171 países assinaram um termo de compromissos que diz respeito a um conjunto de normas e medidas necessárias para enfrentarmos os desafios do século XXI. A Carta da Terra foi um documento que teve origem no final dos anos de 1987 e que ao logo da década de 1990 foi ganhando forma e corpo. Editada e anunciada em 2000 ela apresenta 16 princípios, em quatro eixos, para a construção de um novo ethos social. Agenda 21 foi pensada/refletida e construída a luz de nossas experiências com o meio ambiente e com a vida . A Agenda 21é muito mais um processo do que apenas um documento pronto e acabado. Pesquisadores, educadores, cidadãos devem buscar formas adequadas para que as orientações e recomendações nela formuladas possam servir como um norte na construção e reconstrução permanente de nossas de nossas práticas na sociedade. É preciso que se diga que a Agenda 21 não é uma agenda estritamente ambiental, ela trata as questões sócio-ambientais, sócio1653 econômicas, sócio-políticas, sócio-culturais, e sobretudo de uma ética civilizacional, nela consta pistas para a construção desse novo ethos. Observa-se no plano governamental que o discurso sobre a Agenda 21 e a sustentabilidade vai para um lado, e a prática por outro. O atendimento das necessidades básicas da população, a geração de postos de trabalho e de renda, a melhoria da qualidade de vida e preservação do meio ambiente, parece não ser o eixo prioritário nessas práticas. É nesse espaço de participação popular que se constrói a cidadania, o ser consciente, capaz para enfrentar os desafio do novo século que orientam para um futuro sustentável. A Agenda 21 deve estimular uma aptidão para o exercício do pensar, organizando princípios, ligando saberes e lhe dando sentido. A AGENDA 21 às pessoas sugere normas, atitudes e formas de conduta na sociedade, a respeito do meio ambiente, pois este é de responsabilidade individual e coletiva. Agindo no sentido de modificar os comportamentos dos cidadãos no campo do saber e do conhecer e no campo afetivo e do agir. A Carta da Terra segue este mesmo princípio orientar uma conduta civilizacional em busca da sustentabilidade. A sustentabilidade que pode ser vista também como a tradução do equilíbrio, da harmonia e da busca pela paz mundial como também propiciar as condições adequadas de vida para todos. Cabe a pessoa consciente buscar os meios para encontrar os denominadores deste equilíbrio entre o homem e sua própria espécie e entre ele a natureza.(BOFF,2008) Compreender de que Terra e Humanidade são frutos da mesma origem e que temos que conviver com respeito entendendo os limites e as possibilidades de um equilíbrio. 1654 4. OBJETIVOS DAS PRÁTICAS AMBIENTAIS DO GEAMA Como resultado desse pensar as práticas ambientais que o GEAMA estimula e promove podem ser resumidas desta forma: Preparar e envolver atores capazes de desenvolver através de uma percepção mais aguda a prática da Educação Ambiental no processo de gestão ambiental tendo em vista o desenvolvimento sustentável; Estimular as pessoas que vivem na região para que tenham condições de obterem informações aumentando a gama de oportunidades para tornar suas atitudes e comportamentos conseqüentes: ambiental, econômico, social, político. Elevando com isso as capacidades cultural e humanas e a qualidade de vida geral; Estimular para que se resolvam os problemas existentes em cada lugar a partir da diversidade e das potencialidades dos mesmos; Desenvolver diagnóstico sócio-econômico e biofísicos delineando os problemas e as possíveis soluções; Trocar informações qualitativas e quantitativas através de cursos, redes, meios de comunicação, para que possam possa chegar ao maior número de pessoas; Estimular a participação comunitária no desenvolvimento de projetos sustentáveis; Estimular o desenvolvimento de uma sensibilidade e uma consciência ambiental no sentido da construção de uma ética ambiental; Articular a sustentabilidade e o zoneamento urbano e rural, para conhecer onde e como atuar juntando meio e fim das causas ambientais e sociais. 1655 Assim o GEAMA marca a presença local e regional em busca da sustentabilidade através da Educação para a cidadania. Fazendo com que muitos possam se mobilizar em torno do cuidado com o Meio Ambiente. 1656 BIBLIOGRAFIA AGENDA 21. Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992- rio de Janeiro), IPARDES, Curitiba, 2001. A CARTA DA TERRA. (Valores e Princípios para um Futuro Sustentável). Cadernos de Educação Ambiental. Série Documentos Planetários – Volume 1, Foz do Iguaçu, PR, 2004. BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988. São Paulo, Saraiva, 2004 BRASIL. SECRETRIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros Curriculares Nacionais: meio ambiente. Brasília :MEC/SEF, 1997 BOFF, Leonardo. Saber Cuidar: Ética do Humano – Compaixão pela Terra. Vozes, 8 ed. Rio de Janeiro, 2002 BOFF, Leonardo. Grito da Terra , Grito dos Excluídos. Editora Sextante. Rio de Janeiro, 2004. BOFF, Leonardo. As 4 ecologias de Leonardo Boff. Produção de Adriana Miranda. Itaipu Binacional ,2008. Um DVD, 43 min. BURSZTYN, Marcel (Org.) 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