SOCIEDADE & AMBIENTE Site: www.aipan.org.br Fone: (55) 3333-0256 Não apenas outro mundo possível, mas sim outro mundo necessário O Fóru m Social Mundial ( FSM) , qu e aconteceu na ultima semana de janeiro em Porto Alegre, foi criado a onze anos com o objetivo de reunir representantes da sociedade, excluídos do Fórum Econômico Mundial de Davos (Suiça), para debater alternativas àquele sob o lema "Outro mundo é possivel". Como parte do FSM, o Forum Social Tematico 2012 (FST) foi preparatório a Cúpula dos Povos na Conferencia Rio +20, que ocorrerá em junho. Qual a proposta desse Forum "temático"? Foi um espaço aberto e plural, no qual aconteceram diversas atividades geridas por movimentos e organizações da sociedade civil, relacionadas ao tema central: "Crise capitalista, justiça social e ambiental". As inúmeras atividades discutiram e propuseram ações para dirimir as desigualdades e injustiças políticas e sociais, questionaram o "sistema e o "poder", confrontando com a destrutividade destes, rompendo com a passividade e almejando políticas mais justas e solidarias que respeitem todas as formas de vida. Dentre as poucas que consegui acompanhar, por absoluta impossibilidade de clonar meu corpo, estão as atividades relacionadas a Educação Ambiental e a Carta da Terra assim como, agenda para as , Conferencias Rio +20 e a Cúpula dos Povos. Os participantes foram os protagonistas juntamente com intelectuais e lideranças ligados aos diversos movimentos sociais, dentre eles Leonardo Boff, Marina Silva citando apenas esses dois dentre outros importantes nomes. Na avaliação de Boff, a declaração final para a Conferência Rio + 20, proposta pela ONU e pelos governos que participarão do evento, "é um documento que nasce velho", porque não propoe alterações nos padrões de consumo da sociedade, e não aponta para um modelo capaz de "garantir a sustentabilidade". Argumentou ainda que a mensagem a ser discutida pelos líderes mundiais, é que a sociedade pode continuar a consumir sem limites, "desde que (o produto) seja verde e não contenha agrotóxicos." Para ele, a sustentabilidade deve ser entendida como um novo paradig- ma, uma nova relação com o planeta Terra e não mais uma "saida capitalista, só que dessa vez, mais verde". Para Marina Silva, as discussões e ações para a Rio +20, devem apontar e fortalecer os principios da carta da terra, quais sejam: Respeitar e cuidar da comunidade de vida, Integridade ecológica, Justiça social e econômica, Democracia, Nãoviolência e paz. E, para além disso, a quem destinar essa carta? Quem deve recebê-la? Ainda temos tempo de conhecer todos esses documentos, de participar das discussões e implementar propostas que atendam as aspirações da Carta da Terra. Parafraseando Leonardo Boff, novamente, não se trata de lutar por outro mundo possível, e sim por outro mundo necessário. Para isso o grande desafio, para cada um de nós, é desenvolver um sentido de Responsabilidade Universal, aprender a trabalhar em beneficio de todos e não apenas para nós mesmos, nossa família ou nosso país. Trabalhar para a "nossa Mãe Terra". Fr ancesca Werner F err eir a AIPAN , UNIJUI, Agenda 2 1 Ijui