Ensino Superior
Cálculo 2
2.3. Aplicações das Integrais Simples
Resumo
Amintas Paiva Afonso
Comprimento de um Arco
A determinação do comprimento de segmentos de arco irregular —
também conhecido como retificação de uma curva — representou uma
dificuldade histórica. Embora muitos métodos tenham sido utilizados para
curvas específicas, o advento do cálculo levou a uma formulação geral
que provê a solução em alguns casos.
Definição: O comprimento de uma curva é o menor número tal que o
comprimento dos caminhos polinomiais nunca pode ultrapassar, não
importando quanto juntos sejam colocados os pontos finais do
segmentos.
Na linguagem matemática, o comprimento do arco é
o supremo de todos comprimentos de um dado caminho
polinomial.
Comprimento de um Arco
Considere uma função f(x) tal que f(x) e f’(x) (isto é a derivada em
relação a x) são contínuas em [a, b]. O comprimento s de parte do gráfico
de f entre x = a e x = b é dado pela fórmula:
ab  s 

b
a
1   f ' x 
a qual se deriva da fórmula da
distância aproximada do comprimento
do arco composto de muitos
pequenos segmentos de reta. Como o
número de segmentos tende para o
infinito (pelo uso da integral) esta
aproximação se torna um valor exato.
2
dx
Comprimento de um Arco
Exemplo 1:
Calcule o comprimento da curva y2 = 4x3 entre os pontos (0, 0) e (2, 4 2 )
y
Se isolarmos y
42
0
y
2
x
Logo,
O comprimento do arco será:

4 x3 
3
2x 2
2b

ab ds
ds
ab
dy
y' 
 3x
dx
0a
22
1
2
 dy 
 dx
11 
dx
 dx 


1

 3x 2
Comprimento de um Arco

ds 

2
0
 1
1   3x 2


2

 dx 



2
0
1
1  9 x dx 
9
1 2
  u 
9 3
19
1
2
1  9 x 

27
3
2
0
1
u2
du
p / x  0  u 1
u  1 9 x
du  9dx
du
dx 
9
3
2

2
x  2  u  19
2
0


2

19 19  1
27
Comprimento de um Arco
Exemplo 2: Determinar o comprimento de arco da curva y 
x
 1, 0  x  3.
2
Comprimento de um Arco
Exemplo 3: Determinar o comprimento de arco da curva 24xy  x 4  48 , de
x = 2 a x = 4.
Comprimento de um Arco
1
Exemplo 4: Determinar o comprimento de arco da curva y  x 3 / 2 , de x = 0
3
a x = 5.
Comprimento de um Arco
3
Exemplo 5: Determinar o comprimento de arco da curva y  x1/ 2,
2
de x = 0 a x = 1.
Comprimento de um Arco
Exemplo 6: Determinar o comprimento de arco da curva y  ln(senx) , de
x = /4 a x = /2.
Volume de Sólidos
Volume de um sólido de
revolução, obtido pela
rotação em torno ao eixo x
- ou y - de um conjunto A.
Sólidos de Revolução
Introdução:
Dados um plano a, uma reta r desse plano e uma região R
do plano a inteiramente contida num dos semi-planos de a
determinado por r, vamos considerar o sólido de revolução
gerado pela rotação da região R em torno da reta r.
a
Para isso usaremos ainda seções transversais e tomaremos
como eixo orientado o eixo de rotação (a reta r).
Sólidos de Revolução
Sólidos de Revolução
Cálculo do volume
Seja f uma função contínua num intervalo [a,b], sendo f(x)  0 para
todo x, tal que a  x  b. Considere o conjunto A, delimitado pelo
eixo x, o gráfico de f e as retas x1 = a e x2 = b.
Seja B o sólido obtido através da rotação do conjunto A em torno do
eixo x:
A
B
x1=a
x2=b
Sólidos de Revolução
Cálculo do volume
–
A soma que aparece no slide anterior pode ser substituída pelo
símbolo de integral, uma vez que a função é contínua no intervalo e o
limite existe. Logo:
A
B
x1=a
x2=b
b
Vn    [ f ( x )] dx
2
a
–
Vamos analisar agora o volume de alguns sólidos em certas
situações especiais.
Sólidos de Revolução
Sólidos de Revolução
Sólidos de Revolução
Quando a função f(x) é negativa em alguns pontos de [a,b].
- A fórmula do volume permanece válida, pois |f(x)| = (f(x))2.
(a)
O sólido gerado pela rotação da figura (a)
é o mesmo gerado pela rotação da figura (b).
(b)
(b)
Sólidos de Revolução
Exercício 1: Se f(x) = x2, determine o volume do sólido gerado pela
revolução, em torno do eixo x, da região sob o gráfico de f no
intervalo [1, 2].
b

De acordo com a definição: V   [ f ( x )] 2 dx
a
Sólidos de Revolução
Exercício 2: Se f(x) = x2 + 1, determine o volume do sólido gerado
ela revolução, em torno do eixo x, da região sob o gráfico de f no
intervalo [-1, 1].
b

- De acordo com a definição: V   [ f ( x )] 2 dx
1
V    [ x  1] dx
2
2
a
1
1
   ( x 4  2 x 2  1)dx
1
1 5 2 3  1
   x  x  x
3
5
 1
 1 2    1 2  56
     1     1 
 5 3   5 3  15
Sólidos de Revolução
Exercício 3: Seja f(x) = sen x, x  [a, b]. Calcule o volume do sólido
gerado pela rotação do gráfico de f, ou seja pela rotação da região
delimitada pelo eixo x, o gráfico de f e as retas x = 0 e x = .
O volume do sólido é dado por:


V 
0
sen 2 x dx
2
sen
 x
V 


0
0

0
x sen 2x

C
2
4

2
x
sen
2
x

0





sen 2 x dx    
   

4 0
2
 2 4 2

Integral Indefinida
Revisão
INTEGRAÇÃO DE POTÊNCIAS QUADRÁTICAS DAS
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS SEN(X) E COS(X)
Sejam as identidades trigonométricas:
sen 2 x 
1  cos2x
2
cos 2 x 
1  cos2x
2
Assim,
2
sen
 x dx  
1  cos2x
1
1
dx   dx   cos2x dx
2
2
2
1  x 01  1  sen2x
 
 
2  0  1 2  2 
2
 sen x 
x sen 2x

C
2
4
 cos2xdx
u  2x
du
du
2 
 dx
dx
2
1
cos2xdx 
cos u du
2
1
 sen u  C
2


Sólidos de Revolução
Quando, ao invés de girar ao redor do eixo dos x, a região A
gira em torno do eixo dos y.
d
- Neste caso, temos:

V   [ g ( y)] dy
c
2
Sólidos de Revolução
Sólidos de Revolução
Exercício 4: Calcule o volume do sólido que se obtém por rotação da
região limitada por y = x3, y = 0 e x = 1 em torno do eixo y.
Sólidos de Revolução
Exercício 5: Considere a região do plano delimitada pelo eixo x, o
gráfico de y = x, para 0  x  2, sendo girada primeiro ao redor do
eixo x e depois ao redor do eixo y. Calcule o volume dos dois
sólidos gerados.
a) A região do plano delimitada pelo eixo x, o gráfico de
, para
é girada ao redor do eixo x:
O volume do sólido é dado por:
0
2
0
2
Sólidos de Revolução
Exercício 5:
b) A região do plano delimitada pelo eixo x, o gráfico de
é girada ao redor do eixo y:
2
2
0
0
O volume do sólido é dado por:
 y  dy  
2
0
2 2
0
2
y 4 dy
, para
Sólidos de Revolução
Exercício 5:
b) A região do plano delimitada pelo eixo x, o gráfico de
é girada ao redor do eixo y:
2
2
0
0
O volume do sólido é dado por:
, para
Sólidos de Revolução
Exemplo 6: Calcule o volume de um sólido de revolução obtido pela
rotação ao redor do eixo x da região compreendida pelo gráfico de
y = x e y = 1/x, no intervalo [1/2, 3]. Calcule também o volume do
sólido obtido ao girar a mesma região ao redor do eixo y.
a)
S1
1
S2
1/2 1
V1
V2
3
Sólidos de Revolução
Exemplo 6:
Logo, o volume do sólido é:
Efetuando os últimos cálculos, temos:
Sólidos de Revolução
Exemplo 6:
b)
S1
1
S2
1/2 1
3
Sólidos de Revolução
Nesse caso, o volume do sólido gerado, calculado pelo método
das cascas, é:
Efetuando os últimos cálculos, temos:
Sólidos de Revolução
Quando a região A está entre os gráficos de duas funções
f(x) e g(x) de a até b:
Supondo f(x)  g(x), para qualquer x que pertença ao intervalo
[a, b], o volume do sólido B, gerado pela rotação de R em torno
do eixo x, é dado por:
A( x)    f ( x)   g ( x)
2
  f ( x)  g ( x) dx
b
V ( x)  
2
2
a
2
Volume de Sólidos
A( x)    f ( x)   g ( x)
2
  f ( x)
b
V ( x)  
a
2
2

 g ( x) dx
2
Sólidos de Revolução
Sólidos de Revolução
Sólidos de Revolução
Sólidos de Revolução
Exercício 6: Calcule o volume do sólido que se obtém por rotação da região
limitada por x2 = y - 2, 2y - x - 2 = 0 e x = 0 em torno do eixo x.
Sólidos de Revolução
Exercício 7: Calcular o volume do sólido gerado pela rotação, em
torno do eixo dos x, da região limitada pela parábola y  1 (13  x 2 )
4
1
e pela reta y  ( x  5)
2
b
1
a
De acordo com a definição: V    [ f ( x )] 2  [ g ( x)] 2 dx
1
1
V   {[ (13  x 2 )]2  [ ( x  5)]2 } dx
4
2
3

1
169 26x 2 x 4
x 2 10x 25
V   {[(

 )]  [ 
 ]} dx
16
16
16
4
4
4
3

1
169  26x 2  x 4  4 x 2  40x  100
V   {[
]} dx
16
3

1
x 4  30x 2  40x  69
V  [
] dx
16
3

Sólidos de Revolução
Exercício 7: V 

1

( x 4  30x 2  40x  69) dx
16 3
  x5
1
30x 3 40x 2
V   

 69x  |  F (1)  F (3)
16  5
3
2
 3
  x5
1
V    10x  20x  69x  | 
16  5
 3
3
2
 1
5

  (3)
3
2
V    10  20  69  
 10(3)  20(3)  69(3) 
16  5
  5

  1
   243

V    30  69  
 270 180 207
16  5
  5

V
  1
243


39


117


16  5
5

Sólidos de Revolução
Exercício 7: V    244  156
16  5

V
V
  244 780

16 
5


  1024 1024


16  5 
80
Sólidos de Revolução
Sólidos de Revolução
Exercício 8: A região limitada pela parábola cúbica y = x3, pelo eixo
dos y e pela reta y = 8, gira em torno do eixo dos y. Determinar o
volume do sólido de revolução obtido. De acordo com a definição:
d
V    [ g ( y )] 2 .dy
c
8
V    [3 y ] .dy
2
0
8
2
3
V    y .dy
0
5 8
3
3
V   . y |  F (8)  F (0)
5 0
3
V
5
5
.(8) 3
3 3 85
0

5
3 3 (25 ) 3 3 .32 96



5
5
5
Sólidos de Revolução
Quando a rotação se efetua ao redor de uma reta paralela a
um dos eixos coordenados.
Se o eixo de revolução
y = f(x)
for a reta
y = L, temos:
b

V   [ f ( x)  L]2 dx
A
L
a
a
b
Sólidos de Revolução
Quando a rotação se efetua ao redor de uma reta paralela a
um dos eixos coordenados.
Se o eixo de revolução
d
for a reta
A
x = M, temos:
d

V   [ g ( y)  M ]2 dy
y = f(x)
c
M
c
Sólidos de Revolução
Volume de Sólidos
Volume de um sólido pelo
método dos invólucros
cilíndricos.
Sólidos de Revolução
Cálculo do volume
Podemos imaginar o sólido como sendo constituído por cascas
cilíndricas.
O volume de cada uma das
cascas é dado por:
ou ainda, colocando
e
,
Sólidos de Revolução
Cálculo do volume
Seja f uma função contínua num intervalo [a,b], com a  x < b.
Considere o conjunto A, delimitado pelo eixo x, o gráfico de f e as
retas x1 = a e x2 = b.
Suponhamos que a região gira ao redor do eixo y, gerando um
sólido D, cujo volume queremos calcular.
onde
indica o raio de cada invólucro
e
indica sua altura.
Sólidos de Revolução
Exercício 10: Através do método dos invólucros cilíndricos encontre
o volume do sólido gerado pela rotação da região do plano
delimitada pelo eixo x, o gráfico de y = x , para 0  x  2, ao redor
do eixo y.
Usando o método dos invólucros cilíndricos, temos:
Sólidos de Revolução
Exemplo 11: Encontre o volume do sólido obtido pela rotação da
região compreendida entre os gráficos de y = x3 e y = x, para 0  x  1,
ao redor do eixo y.
As duas funções se encontram
nos pontos (0,0) e (1,1).
O volume do sólido pode ser
calculado pelo método das
cascas e, portanto, é igual a:
Sólidos de Revolução
Exemplo 12: Calcule o volume do sólido obtido pela rotação, em
torno ao eixo x, do conjunto de todos os pontos (x, y) tais que
0  x  y e x2 + y2  2.
Sólidos de Revolução
Inicialmente, para obter a região do plano, assinalada na primeira
figura, precisamos encontrar a intersecção da reta com a
circunferência, sendo x  0:
Logo, x = 1:
Assim, a variação de x ocorre no intervalo e o volume procurado é dado por:
Sólidos de Revolução
Exemplo 13: Calcule o volume do sólido obtido pela rotação, em
torno ao eixo x, do conjunto x2 + (y – 2)  1.
Após a rotação, obtemos o seguinte sólido, que é denominado toro.
Sólidos de Revolução
Inicialmente, a região pode ser encarada como delimitada pelos
gráficos das funções:
Logo, a integral que nos fornece o volume do sólido será:
Sólidos de Revolução
Vamos calcular o mesmo volume pelo método dos invólucros
cilíndricos:
Vamos encontrar primeiramente as primitivas da integral:
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Resumo