Logística de Suprimentos
(Abastecimento e Compras)
A Visão Integrada da Logística
Fornecedor
Logística de Suprimentos
Fábrica
Logística Interna
• PCP
Cliente
Logística de Distribuição
•
Informação
•
Abastecimento
• estoques
• Distribuição/Transporte
•
Trasporte/Abstecimento
• Lay Out
• Estratégia de Distribuição
• movimentação
INTEGRAÇÃO
• Informação
Introdução
• Logística de Suprimentos - Atividade que administra a
compra, o sistema de abastecimento, o transporte e
recebimento de materiais dos fornecedores para a empresa
e tomar decisões sobre relacionamento no sistema de
abastecimento da empresa com fornecedores.
• Gestão da aquisição ou compras - assunto estratégico
• Valor total c/ compras – atualmente estima-se de 50% a
80% da renda bruta, contra 10% a 20% há 70 anos atrás
A Função de Compras
• Parte inicial do processo de logística da empresa
• Conceito voltado para o processo e não apenas
para transações; ou seja, o processo de compras,
está relacionado com o processo de produção, que
está relacionado com o processo de vendas e assim
por diante.
CUSTO DE UM PRODUTO
PRODUÇÃO
PRODUÇÃO
MÃO-DE-OBRA
DIRETA
MÃO-DE-OBRA
DIRETA
MATÉRIA-PRIMA
MATÉRIA-PRIMA
ONTEM
HOJE
Integração e Setorização
Função Compras
• Visão Tradicional - Setorizada
Compras = despesa, saída,
Relação de Compra/Fornecedor = barganha, disputa
em busca de maior parte do lucro; um busca tirar o
máximo proveito do outro, a relação é de
desconfiança, quase disputa ou inimizade
• Visão Competitiva - Integrada
Compras = custo, que pode gerar receita
Relação de Compra/Fornecedor = parceria, crescer e
fortalecer junto, dividir lucros, formar uma cadeia
Visão Setorizada
• A empresa é dividida em vários setores, que atuam
isoladamente, cada um com sua função
• O negócio da empresa não é visto num conjunto
só
• Ocorre de haver disputas e atritos entre interesses
de diferentes setores
• À princípio, a informatização não mudou a
estrutura
Visão Tradicional
Inputs de
informações
Arquivo do
material
comprado
PEDIDOS
Informação
de controle
de
inventário
COMPUTADOR
Ficha do
Fornecedor
Arquivo do
histórico de
preços
Nome, endereço,
instruções de
remessa
Para as últimas
5 - 10
compras
Arquivo de
pedidos em
aberto
Ordens de compra
Sistema de
Compras Tradicional
Relatórios
Leenders / Nuemo 1986
Visão Integrada
• Cada área (antes denominado setor) da empresa
trabalha trocando e disponibilizando informação
para ter conhecimento das reais necessidades do
conjunto
• Ou seja, manter e controlar o fluxo de materiais e
informação para fortalecer a empresa e procurar se
adaptar melhor ao meio em que ela se encontra
• Cada área, com sua função, deve atender da
melhor maneira as demandas do fluxo, e entender
a empresa com um interesse só, em comum para
todos
Visão Integrada
Administração Setorizada
 Gerenciamento entre conflitos de funções
X
Administração Integrada
 Integração entre funções para permitir o
melhor Fluxo de Materiais e Informações
TI e Visão Integrada
 O conceito de integração se deu com o
avanço da Tecnologia de Informação (TI)
• A utilização de ferramentas e sistemas de TI
permitiu novos processos de gerenciamento
da cadeia de suprimentos, refletindo em
significativas melhorias no processo e
programação de compras
Novas Formas de Comprar
• Compras globalizadas (global sourcing)
– busca por novos fornecedores pelo mundo;
– os sistemas de informações permitiram a
padronização de estruturas de dados que
permitem informação completa e em tempo real
sobre disponibilidades, localização de estoques,
preco, variação cambial, confiabilidade, crédito,
e outras variáveis vitais para tomada de decisão
Novas Formas de Comprar
• Um dos problemas com a comunicação eletrônica
entre diferentes sistemas computacionais reside nas
diferenças existentes entre formatos de arquivos,
esquemas relacionais, protocolos de troca de dados,
etc., que tornam o processo de troca de dados
complicado.
• As empresas precisam de uma implementação rápida
e que sejam transmitidos os dados corretos - EDI.
Novas Formas de Comprar
• EDI (electronic data interchange) - troca eletrônica de dados
– tecnologia que permite a troca estruturada de dados, ou
documentos comerciais de computador a computador, ainda
que esses tenham sistemas, softwares ou hardwares diferentes
– facilita a colocação de pedidos, reposição de estoques,
rastreamento e confirmação de crédito;
– permite que as informações fluam pela cadeia de suprimentos
em rapidez, segurança e precisão, sendo esses dados só
acessíveis aos parceiros que utilizarem o mesmo padrão
– sedimenta o conceito de parcerias, uma vez que as empresas
estão ligadas por um sistema de troca de informações .
Novas Formas de Comprar
• Lojas virtuais - designa uma página na internet com um software de
gerenciamento de pedidos (carrinho de compras) na qual empresas
oferecem e vendem seus produtos. Os clientes acessam o site, escolhem os
produtos para aquisição e recebem estes produtos em casa.
• e-commerce - comércio eletrônico ou ou ainda comércio virtual, é um
tipo de transação comercial feita através de um computador através de
conexões eletrônicas com clientes, fornecedores e distribuidores, o
comércio eletrônico.
Novas Formas de Comprar
• e-commerce - comércio eletrônico ou ou ainda comércio virtual, é um
tipo de transação comercial feita especialmente através de um computador
• Através de conexões eletrônicas com clientes, fornecedores e
distribuidores, o comércio eletrônico incrementa eficientemente as
comunicações de negócio, para expandir a participação no mercado, e
manter a viabilidade de longo prazo no ambiente de negócio.
• Seus fundamentos estão baseados em segurança, criptografia, moedas e
pagamentos eletrônicos. Ele ainda envolve pesquisa,desenvolvimento,
marketing, propaganda , negociação, vendas e suporte.
Novas Formas de Comprar
• Cartões de crédito – é um exemplo de EDI, uma vez que os compradores e
vendedores tem que estar cadastrados e utilizam uma rede de transmissão
de dados Quando uma compra é realizada com cartão de crédito, se realiza
uma TEF, transferência eletrônica de fundos
Estratégias de Formação da
Cadeia de Suprimentos
• Verticalização e Horizontalização
– É uma decisão estratégica da empresa.
– São duas visões estratégicas, que dependem das
características do negócio
– Depende da vontade da empresa em estabelecer
parcerias estratégicas ou manter a produção de
componentes vitais dentro da empresa
Estratégias de Formação da
Cadeia de Suprimentos
• As decisões que envolvem as relações de
fornecimento e compras definem a Cadeia
de Suprimentos, como por exemplo, a
escolha do Fornecedor de Material, do
Fabricante, do Distribuidor e do Vendedor.
• Cada tipo de negócio, produto ou ambiente
tem características próprias que vão definir
a importância da formação de parcerias ou
de investimento em um elemento da cadeia.
Estratégias de Formação da
Cadeia de Suprimentos
• Entendendo as relações que determinam
dependências e/ou potenciais parcerias,
podemos determinar as chances de sucesso
da formação de uma cadeia de suprimentos.
• Uma primeira análise simplificada é a
adoção de estratégias de horizontalização e
verticalização, que se refere às cadeias de
suprimentos
Verticalização
• Estratégia que prevê que a empresa produzirá
internamente tudo o que puder.
• Exemplo FORD do fundador Henry Ford
• Vantagens :
– independência de terceiros
– liberdade de mudar planos
– manutenção de “segredos” industriais
Verticalização
• Desvantagens:
– Maior investimento em instalações e
equipamentos – patrimônio
– Menor disposição de capital de giro
– Imobiliza mais recursos
– Menor flexibilidade p/ alterar processos e
incorporar tecnologias novas
– Flutuações de demanda
Horizontalização
• Estratégia de comprar de terceiros o máximo
possível dos itens que compõem o produto final ou
os serviços de que necessita.
• De um modo geral não se terceiriza os processos
fundamentais
• Core bussiness – “núcleo” do negócio, que deve
ser a vocação da empresa, a sua especialização.
• A empresa compradora financia as instalações de
um futuro fornecedor.
Horizontalização
• Vantagens:
– Redução de custos
– Maior flexibilidade e
eficiência
– Incorporação de novas
tecnologias
– Foco no negócio
principal
• Desvantagens:
- Menor controle
tecnológico
– Deixa de auferir o
lucro do fornecedor
– Maior exposição à
concorrência
Verticalização X Horizontalização
• Em geral, existe uma tendência atual à
horizontalização, pois disponibiliza capital de giro
• Na Horizontalização, as empresas se especializam na
sua vocação (bussiness core)
• Na verticalização, a empresa detém o negócio por
completo, o que pode ser interpretado como
segurança, pois não sedepende de parceiros.
• Mas a verticalização tem uma cadeia produtiva mais
rígida; se um elemento da cadeia produtiva quebra, a
empresa perde ou quebra junto
Verticalização X Horizontalização
• Independente de avaliar qual é a melhor estratégia,
deve-se entender a cadeia de suprimentos e suas
relações de interdependências
• O fortalecimento de parcerias facilita a adoção da
horizontalização.
• Mas dependendo que fatores externos tais como
escassez de material, formação de rede de
escoamento, etc, as alianças entre parceiros podem
não ser só uma questão de confiança.
• Nesse ponto, a questão da estratégia adotada pode ir
contra uma tendência de mercado – ver cases.
Verticalização X Horizontalização
• Outra possibildade é a adoção de uma estratégia
mista, onde alguns grupos mantém domínio de ações
de várias empresas independentes, uma fornecedora
da outra;
• Dessa forma, as empresas adotam uma estratégia
horizontal, mas o grupo de acionistas, detem uma
estratégia de verticalização, já que dominam a cadeia
de suprimentos.
• A adoção de uma ou outra estratégia pode ser
abordada superficialmente na questão de “comprar ou
fabricar” pelo modelo de custos fixos e variáveis.
Comprar ou Fabricar
• Conceito chave: a melhor opção é a que
apresenta menor custo total;
• Em geral, para pequenas quantidades é
melhor comprar; para grandes quantidades
se justifica a fabricação própria;
• Mas qual é o limite entre pequena e grande
quantidade?
Comprar ou Fabricar
Equação do custo total
CT = CF + CV x q
• CT = custo total
• CF = custo fixo
• CV = custo variável
• Q = quantidade envolvida
Comprar ou Fabricar
• Definimos como Custo Fixo (CF) o custo de
aquisição de máquinas, equipamentos, prédios,
instalações, sistemas, ou seja, tudo o que for
necessário para montar o negócio
• Definimos como Custo Variável (CV) o custo dos
materiais, componentes, insumos, energia, tudo o
que for diretamente proporcional a quantidade
produzida.
Comprar ou Fabricar
• O Custo Total é importante para calcular o Custo
Unitário, ou seja, o custo de um produto,
considerando um rateio do custo fixo pela
quantidade produzida
Comprar ou Fabricar
Equação do Custo Unitário (Cun)
Cun = CT / Q
• CT = custo total
• Cun = custo unitário
• Q = quantidade envolvida
Comprar ou Fabricar
• No caso da terceirização, ou subcontratação de
terceiros , o Custo fixo é zero, ou seja, não há
necessidade de investimento;
• Considerando que a equação do Custo Total é uma
reta, haverá um ponto de interceção entre a reta de
comprar e a reta de fabricar
Comprar ou Fabricar
$
$
CF
0
Q
Representação gráfica para fabricar
Q
Representação gráfica para comprar
Comprar ou Fabricar
• Esse ponto é chamado de Ponto de Equilíbrio (PE)
e corresponde à uma quantidade Qe, em que o
Custo total de comprar é Igual ao Custo Total de
fabricar;
• Ou seja, para quantidade menores que o Qe, é
melhor comprar (terceirizar a fabricação)
• E para quantidades maiores que o Qe, é melhor
fabricar (investir numa fabricação própria)
Comprar ou Fabricar
$
CTcomprar
CTfabricar
CF
0
Qe
Q
EXEMPLO
•
A empresa X fabrica bombas para indústria de
petróleo. Ela desenvolveu uma nova bomba com
melhor desempenho. A gerente de projetos quer
decidir se a X deverá comprar ou fabricar o novo
sistema de controle da nova bomba.
Pergunta-se:
a) A X deve utilizar o processo A, processo B ou
comprar?
b) A que volume de produção anual deve a X deixar
de comprar e passar a fabricar utilizando o
processo A?
c) A que volume de produção anual deve a X mudar
do processo A para o processo B?
Volume
(unid/ano)
Fabricar
Comprar
Processo Processo
A
B
10.000
10.000
10.000
Custo Fixo 100.000
($/ano)
Custo
Variável
($/unid)
75
300.000
-
70
80
Arrendamento Mercantil Leasing
Vantagens:
- mais fácil fazer um
leasing do que conseguir
empréstimo;
- não exige grande
desembolso inicial
-risco de obsolescência do
arrendador
- vantagens fiscais
Desvantagens
- o arrendatário não pode
depreciar o bem;
- devolução do bem ao fim do
arrendamento (se o contrato o
exigir);
-ter de obter aprovação do
arrendador para introduzir
modificações no bem
arrendado
Leasing Back
• Uma empresa que possui um bem (patrimônio) de
produção, vende para uma empresa de leasing, e no
momento seguinte para a arrendar o bem, sem que
sequer ele tenha saído da empresa produtora
• Com isso, a empresa produtora consegue levantar
capital com custo menor, pois o equipamento é uma
garantia de pagamento.
Ética em Compras
• Limite entre o que é legal e moral
• Interesses da empresa devem estar sempre acima dos interesses
pessoais
• Estabelecer um código de conduta ética para todos setores da
empresa, em especial para os que lidam com fornecedores
• Política de ambivalência: a empresa adota uma conduta para seus
fornecedores, da mesma forma que adota para seus clientes
• Conscientização do sentimento de “ficar devendo algo em troca”
• Estabelecer qual tipo de brindes, presentes, lembranças podem ser
recebidos, em função de marketing
• Estabelecer punições
Diretrizes em Compras
• Desencorajar o recebimento de presentes
• Estabelecer valores máximos para receber
benefícios
• Auditar e punir excessos
• Reuniões fora da empresa compradora devem
ter a presença de mais de um funcionário da
empresa
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Comprar ou Fabricar