Depois de alguns anos decidindo sobre qual curso fazer, tendo em mente aptidão e perspectivas de uma profissão, percebi que só a Medicina me faria realizado pessoalmente e profissionalmente, após refletir sobre como poderia fazer a diferença na vida das pessoas. Como médico eu poderia fazer isso todos os dias e ainda estudando e trabalhando assuntos que gostava de aprender. Estudei em escola pública e o cursinho fez parte da minha rotina durante o ensino médio. Depois desses três anos, foi necessário ainda mais um ano de dedicação exclusiva em uma turma de cursinho específica para o ingresso na ESCS. O sistema de ações afirmativas para estudantes de escola pública que a faculdade possui favorece há alguns anos a reserva de vagas para esses alunos. Isso faz com que a formação médica seja menos elitizada e é uma forma de inserção de quem sempre frequentou o ensino do governo nas instituições públicas. O que me chamou atenção na ESCS foram as metodologias ativas, com mais práticas e maior contato com o paciente desde o início da formação. O melhor, depois que entrei no curso, foi descobrir que aprenderíamos durante os seis anos a lidar pessoalmente de maneira apropriada com quem precisa de atendimento de saúde e poder enxergar na pessoa os vários aspectos biopsicossociais aos quais está relacionada. A atividade que mais me agrada é o eixo de Habilidades e Atitudes, onde aprendemos semiologia e profissionalismo desde o primeiro ano. Esse eixo desde o início da graduação permite que, pelo menos um pouco, tenha-se contato com a realidade da prática médica. Antônio Filipe Neto, 19 anos, 1ª série de Medicina