Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo É a violência, explícita ou velada, praticada dentro de casa, usualmente entre parentes. Inclui diversas práticas, como a violência e o abuso sexual contra crianças, violência contra a mulher, maus-tratos contra idosos, negligência, etc. Crianças e Adolescentes; Mulheres; Idosos. Violência Física: Agressão direta contra pessoas ou destruição de objetos e pertences dos mesmos; Violência Psicológica: Agressão verbal, ameaças gestos e posturas agressivas; Violência Sexual: Abusos sexuais contra membros das famílias; Negligência É o ato de omissão do responsável pela criança, adolescente e/ou idoso em prover as necessidades básicas para seu desenvolvimento. Maus tratos, falta de cuidado. Profissionais da lei Costumam se referir à violência doméstica como um padrão de comportamento. Sendo assim, o Dr. Lenore Walker apresentou um modelo de três fases: Lua de mel: afeição, reconciliação e aparente fim da violência; Surgimento da tensão: pouca comunicação, tensão, medo de causar explosões de violência; Ação: explosões de violência e abusos. Não há estudos sobre este assunto, mas considera-se válido que os agressores, em sua maioria homens, se dividem entre portadores de: Transtorno Anti-social da Personalidade; Transtornos Explosivos da Personalidade (Emocionalmente Instável); Dependentes químicos e alcoólatras; Transtornos Histéricos; Paranóia e Ciúme Patológico; Tipos de violência mais freqüentes Física Psicológica Negligência 65,3% 14,8% 11,4% Abuso Sexual 8,5% Fonte: Psiqweb http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=163&sec=99 Fatores Causadores Distúrb.de comportam. 51% Álcool 34% Drogas 8% Desagregação familiar 4% Outros 3% A violência Doméstica costuma causar sérios danos emocionais, pois, normalmente, é na infância que é moldada grande parte da personalidade que a criança carregará para vida adulta. As conseqüências dos maus tratos podem aparecer na infância, por meio de: Introspectividade exagerada; Timidez; Baixa auto-estima; Dificuldades de se relacionar; Agressividade; Rebeldismo. Esta síndrome se refere a lesões de gravidade variáveis, que ocorrem quando uma criança, geralmente um lactante, é violentamente sacudida. Conseqüências: Cegueira ou lesões oftalmológicas; Atraso no desenvolvimento; Convulsões; Lesões da espinha; Lesões cerebrais; Morte; Mãe Pai 45% 26% Denunciantes 18% anônimos Vizinhos Outros 3,4% 7,6% Segundo o Ministério da Saúde, as agressões constituem a principal causa de morte de jovens entre 5 e 19 anos, sendo a maior parte delas no ambiente doméstico; A Unicef estima que cerca de 18 mil crianças e adolescentes sejam espancadas diariamente no Brasil. Os acidentes e violências domésticas provocam 64,4% das mortes de crianças e adolescentes no país. 50% têm entre 30 e 40 anos; 30% têm entre 20 e 30 anos; 50% dos casos o casal têm entre 10 e 20 anos de convivência e, 40% entre um e dez anos; Fonte: Psiqweb http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=163&sec=99 Pesquisa DataSenado 2007 Tipos Física % 59% Psicológica ou Moral 11% Todos os tipos 17% 28% já foram agredidas mais de uma vez, ou seja ocorre a repetição Pesquisa DataSenado 2007 De cada 100 mulheres brasileiras, 15 já foram vítimas de violência doméstica; Os dados são maiores já que muitas não assumem ter sofrido agressão, por medo ou vergonha DADOS POPULACIONAIS MULHER NEGRA: O Brasil é o país de maior população negra fora da África; Em São Paulo, cerca de 27,5% das mulheres são negras (IBGE); A maioria das mulheres que moram em favelas no Brasil são negras (IBGE); A violência contra a mulher negra inicia-se já com a escravidão; Principalmente a violência sexual realizada por senhores de escravos e também seus familiares; Apesar de a escravidão ter acabado o racismo ainda perdura na sociedade brasileira A violência doméstica não tem apenas gênero: tem cor, raça e território Em Belo Horizonte 62% das mulheres que denunciam a violência doméstica são negras (Benvinda – Centro de Apoio à Mulher da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte) A maioria das vítimas: Mulheres negras, pobres e moradoras das periferias das grandes cidades Fonte: Seade A combinação do racismo e machismo faz com que as jovens negras liderem estatísticas de vítimas de violência. Sentimentos de Isolamento; Dificuldades de Enfrentamento; Abuso de Álcool e Drogas; Depressão; Transtornos de Pânico; Tentativas de Suicídio; Transtornos de Ansiedade Pesquisa DataSenado 2007 87% são cometidas por maridos e companheiros Principais Causas Causa Uso de Álcool Ciúme % 45% 23% Pesquisa DataSenado 2007 36% das mulheres indicam a denúncia como método mais eficiente; 21% apontam a intensificação das campanhas de divulgação dos direitos das mulheres. Só 40% dos casos são denunciados Segundo o IBGE 15 milhões de idosos vivem no Brasil, cerca 8,6% da população. No Brasil mais de 95% das pessoas acima de 60 anos moram com parentes ou vivem em suas próprias casas. Fonte: Rede de Proteção ao Idoso – Paulo Roberto Barbosa Ramos Filhos, Netos e Cônjuges; Vive na mesma casa que a vítima; Depende do Idoso ou o Idoso depende dele; É usuário de álcool ou drogas; Tem vínculos afetivos frouxos e pouco comunicativos com o idoso Fonte: Rede de Proteção ao Idoso – Paulo Roberto Barbosa Ramos http://www.mj.gov.br/sedh/ct/cndi/eixos_tematicos.doc Vive socialmente isolado e assim mantém o idoso; Sofreu ou sofre agressões por parte dos idosos; Sofre de depressão ou transtornos mentais. Fonte: Rede de Proteção ao Idoso – Paulo Roberto Barbosa Ramos http://www.mj.gov.br/sedh/ct/cndi/eixos_tematicos.doc As mulheres sofrem mais que os homens; IDOSOS MAIS VULNERÁVEIS: Dependentes física ou mentalmente; Sobretudo quando apresentam problemas de esquecimento, confusão mental, alterações no sono, incontinência, dificuldades de locomoção, etc. IDOSOS MAIS VULNERÁVEIS: Portador de alguma doença neurológica, reumática ou psicológica; Mulher, com 75 anos ou mais Em consequência dos maus tratos muitos idosos passam a sofrer: Depressão; Alienação; Desordem pós-traumática; Sentimentos de culpa; Negações das ocorrências e situações que os vitimam a viver em desesperança; Pesquisa da Universidade Católica 12% dos idosos sofrem agressões, sendo que 54% dos casos ocorre em casa; Em 2005, foram registrados 15.803 casos de violência intrafamiliar contra idosos; As mulheres foram alvo de 60% dos casos O Assédio Moral é uma das principais formas de violência laboral, seguida da violência sexual; A prática do Assédio Moral causa conseqüências graves para o trabalhador tanto no ambiente profissional quanto familiar As vítimas de Assédio Moral podem levar a sua insatisfação profissional para casa e assim cometer a violência doméstica, tanto física, quanto psicológica ou por negligência; COMBATER A VIOLÊNCIA LABORAL TAMBÉM É COMBATER A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Os policiais podem ajudar a resolver o problema, aprendendo a fazer perguntas apropriadas sobre o assunto e detectando melhor os sinais que identificam as vítimas da violência doméstica. Vários tipos de ferimentos, condições de saúde e comportamentos dos(as) clientes podem gerar suspeitas quanto à possibilidade de violência doméstica. Se notarem estes sinais: Queixas crônicas, porém vagas, da cliente, sem nenhuma causa física óbvia; Ferimentos que não parecem corresponder à explicação de como ocorreram; Parceiros que observam ou controlam os movimentos da mulher com muita insistência ou que não se afastam do lado da mulher; Ferimentos físicos durante gravidez; Demora para iniciar o atendimento pré-natal; Histórico de tentativa ou tendência ao suicídio; Demora em buscar tratamento para ferimentos sofridos; Infecção do trato urinário; Síndrome da irritação crônica do intestino; Dor pélvica crônica. Após ter identificado estes sintomas, ajude as vítimas a se protegerem. Todos podem fazer algo para estimular os relacionamentos não violentos. Segundo pesquisa do Ibope, encomendada pelo Instituto Patrícia Galvão, 33% dos entrevistados apontam a violência doméstica como o problema que mais preocupa a mulher brasileira. 51% declaram conhecer ao menos uma mulher que é ou foi agredida por seu parceiro. 54% acham que os serviços de atendimento a casos de violência contra mulheres não funcionam. Entrou em vigor 7 de agosto de 2007; Recebeu este nome em homenagem à mulher Maria da Penha Maia; Seu marido tentou matá-la 2 vezes. Uma das agressões a deixou paraplégica; Punição efetiva aos agressores; Aumento da pena de prisão; Criação de juizados especiais; A nova lei altera o Código Penal e permite que agressores sejam presos em flagrante ou tenham a prisão preventiva decretada A lei traz medidas para proteger a mulher agredida. Entre elas: a saída do agressor de casa; a proteção dos filhos; o direito de a mulher reaver seus bens e cancelar procurações feitas em nome do agressor. a violência psicológica passa a ser caracterizada também como violência doméstica. O Brasil passa a ser o 18.º da América latina a contar com uma lei específica para os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher. Que fica assim definida: qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. O texto define as formas de violência vividas por mulheres no cotidiano: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. A mulher poderá ficar seis meses afastada do trabalho sem perder o emprego se for constatada a necessidade de manutenção de sua integridade física ou psicológica. Incentivo para que sejam realizadas as denúncias, já que muitas mantêm o silêncio, por medo ou vergonha; Combater a violência doméstica não é função apenas das esferas governamentais, mas de toda a sociedade; PAPEL POLÍTICO: Lutar para fazer valer e ampliar a legislação de combate à violência doméstica; Colaborar na criação de políticas públicas, tais como: prevenção, orientação, delegacias especializadas. Realização de seminários e palestras sobre o tema; Colaboração nas Organizações Não Governamentais; Realização de pesquisas sobre o assunto. Combater todas práticas que levam o trabalhador a praticar violência doméstica; Fiscalizar o cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente,e também o do idoso; Mudança do modelo reeducacional (FEBEM); Combate ao desemprego; Combate ao assédio moral; Valorização Profissional; Delegacias da Mulher; Disque Denúncia; Abrigos; Atendimento Jurídico; Rede de atendimento – Saúde. SÃO PAULO E GRANDE SÃO PAULO OBRIGADA ! 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