ENTENDENDO O PAPEL DA AFETIVIDADE NOS PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E DE COGNIÇÃO CONSTRUÍDOS NO AMBIENTE ESCOLAR GT1 – ESPAÇOS EDUCATIVOS (SABERES E PRÁTICAS) Edna Neves de Carvalho* Márcia Alves de Carvalho Machado** Resumo: Este estudo busca compreender o papel da afetividade inserida nas relações interpessoais que são construídas no ambiente escolar. Dessa forma irá apresentar o entendimento sobre afetividade e relações interpessoais a partir das concepções acerca da afetividade nos processos de desenvolvimento humano e de cognição construídos por Henry Wallon, Jean Piaget e Lev Vygotsky. A pesquisa se apresenta do tipo bibliográfica, e se justifica pela constante necessidade dos professores estarem refletindo sobre as diversas variáveis que permeiam o processo de desenvolvimento e aprendizagem dos educandos. Palavras-chave: Afetividade. Relações Interpessoais. Desenvolvimento. Ambiente Escolar. Abstract: This study seeks to understand the role of emotion embedded in interpersonal relationships that are built in the school environment. That way will make the understanding of emotion and interpersonal relationships from the conceptions of emotion in the processes of human development and cognition built by Henry Wallon, Jean Piaget and Lev Vygotsky. The research literature presents the type, and justified by the constant need of teachers are reflecting on the many variables that underlie the development process and students' learning. Keywords: Affectivity. Interpersonal Relations. Development. School Environment. INTRODUÇÃO Na linguagem comum o afeto está sempre relacionado a sentimentos de ternura, carinho e simpatia. Porém o afeto também mantém relação direta com a inteligência, o pensamento, o comportamento e a cognição. Pode-se citar dentre aqueles que se debruçaram sobre estas relações: Jean Piaget, ao destacar a unidade entre afetividade e cognição, defendendo a necessidade de averiguar a interferência da afetividade em nossas ações cotidianas (PIAGET in ULLER, 2006, p. 13); Wallon ao defender que a afetividade tem um papel fundamental no desenvolvimento da personalidade “a afetividade manifesta-se primitivamente no comportamento, nos gestos expressivos da criança (WALLON in ALMEIDA, 1999, p.42)”; e ainda Lev Vygostik ao alertar que a íntima relação entre pensamento e afetividade deve ser reconhecida, uma vez que é condição necessária, embora não suficiente, para os estudos psiquiátricos (OLIVEIRA; REGO in ARANTES, 2003, p. 1835). Nesse sentido como pensar sobre o desenvolvimento e o processo de aprendizagem da criança sem refletir sobre a influência da afetividade em ambos? As relações interpessoais que se estabelecem ao longo desses processos são de fundamental importância para construção de bases que proporcionarão a criança, entre outros aspectos, a capacidade de conviver em grupo e de possibilitar a manutenção desse convívio. Diante do exposto, esse estudo busca compreender o papel da afetividade inserida nas relações interpessoais que são construídas no ambiente escolar. Dessa forma irá apresentar o entendimento sobre afetividade e relações interpessoais a partir das concepções acerca da afetividade nos processos de desenvolvimento humano e de cognição construídos por Henry Wallon, Jean Piaget e Lev Vygotsky. A pesquisa se apresenta do tipo bibliográfica, e se justifica pela constante necessidade dos professores estarem refletindo sobre as diversas variáveis que permeiam o desenvolvimento do educando e o processo de aprendizagem, entre elas a interação educador/educando. ENTENDENDO A AFETIVIDADE E AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS A afetividade é concebida como o conhecimento é construído através da vivência, não se restringindo ao contato físico, mas também à interação que se estabelece entre as partes envolvidas, na qual todos os atos comunicativos, por demonstrarem comportamentos, intenções, crenças, valores, sentimentos e desejos, afetam as relações e, conseqüentemente, o desenvolvimento do individuo. Assim, a vivência que ocorre no ambiente escolar não está isenta de afetividade, ao contrário está impregnada dela. Esta afetividade se constrói na escola, influenciando no desenvolvimento da criança, no seu desempenho e na sua aprendizagem. Independente de se querer entender como a afetividade se desenvolve, importa inicialmente conhecer seu conceito. Para psicologia, a afetividade “é um conjunto de fenômenos psíquicos que se manifesta sob a forma de emoções, sentimentos e paixões acompanhados da sensação de agrado ou desagrado” (BORBA, 2004, p. 31). Corrêa (2008, p.39) em estudo acerca da dimensão afetiva do ser humano a partir das contribuições de Piaget (1964), afirma que a afetividade se constitui segundo o psicólogo: A mola das ações das quais resulta a ascensão progressiva do individuo e da sua intelectualidade. Ela – a afetividade – que atribui valor às atividades e lhes regula a energia. Ao mesmo tempo, ela não é nada sem a inteligência, que fornece meios e esclarece fins. As tendências das atividades cognitivas e afetivas humanas marcham rumo ao equilíbrio (CORRÊA, 2008, p.39). Para Piaget, a afetividade é quem impulsiona as ações que resultam no progresso do individuo, tanto no seu crescimento como pessoa como na sua intelectualidade, e essa afetividade só se destaca em conjunto com a inteligência, pois esta é quem fornece as ferramentas para alcançar a aprendizagem. Ao refletir sobre as contribuições de Wallon, Corrêa (2008, p. 19) afirma que a afetividade é “o primeiro recurso de ligação entre o orgânico e o social: estabelece os primeiros laços com o mundo humano e através deles com o mundo físico”. Concluindo ainda que tanto afetividade como a emoção são importantes para o desenvolvimento humano e para o processo de aprendizagem, uma vez que o fator afetivo auxilia os homens a tomar decisões. Para Vygotsky as dimensões do afeto e da cognição1 estão ligadas desde cedo íntima e dialeticamente, dessa forma a vida emocional conecta-se a outros processos psicológicos e ao desenvolvimento da consciência. Assim para compreensão desses processos, o repertório cultural, as inúmeras experiências e interações com outra pessoas representam fatores imprescindíveis nesta conexão (OLIVEIRA & REGO, 2003, p. 19). Por relações pessoais Antunes (2003, p. 9) entende “o conjunto de procedimentos que, facilitando a comunicação e as linguagens, estabelece laços sólidos nas relações humanas”. O professor deve estar atento as relações interpessoais que se estabelecem com os educandos no ambiente escolar, e preferencialmente em sala de aula, a fim de criar bases e laços sólidos os auxilie no desenvolvimento humano e na aprendizagem. Assim para Antunes “o estudo e a prática das relações interpessoais busca examinar os fatores condicionantes das relações humanas e, face aos mesmos, sugerir procedimentos que amenizem a solidariedade entre todos que buscam conviver em harmonia (ANTUNES, 2003, p. 10). Está atenção em examinar deve ser dinâmica, emergindo de constantes reflexões sobre o que ocorre em relação às interações pessoais, não só no ambiente escolar, mas 1 É interessante notar que o autor nunca usou o temo cognição, até mesmo porque um equivalente mais preciso de „cognitivo‟ se inseriu recentemente no léxico da psicologia soviética. Assim os termos similares utilizados por Vygotsky seriam „funções mentais‟ e „consciência‟ (OLIVEIRA in TAILLE,; OLIVEIRA; DANTAS, 1992, p. 75-76). também nas demais relações estabelecidas pelo educando, com sua família, no contato com os colegas e etc., só assim poderá de fato estabelecer a criação de laços sólidos. Os laços entre alunos e professores se estreitaram e, na imensa proximidade desse imprescindível afeto, tornou-se importante descobrir ações, estratégias, procedimentos sistêmicos, reflexões integradoras que necessitam ir muito além de um singelo “sou seu professor e gosto muito de você” (ANTUNES, 2003, p. 12-13). O educando precisa interagir com os colegas, o que no passado se chamava “controle de classe”, hoje já se vê de outra forma, pois a criança ao conversar sobre a matéria com o outro, já adquire diversas idéias diferentes a cerca do assunto e com isso uma maior possibilidade de aprendizagem. A escola deve reconhecer a importância das relações interpessoais para os processos educacionais, até mesmo em função do papel “educativo” hoje atribuído a ela, que a impulsiona a desenvolver diversos aspectos no educando. Sobre este papel “educativo” assumido pela escola e sua relação com as relações interpessoais, Antunes comenta: Ao usar a herança cultural a ser transmitida como instrumento para desenvolver competências, aguçar sensibilidades, ensinar a aprender, animar inteligências, desenvolver múltiplas linguagens, capacitar para viver e, assim, “transformar” o ser humano; as relações interpessoais passaram a ganhar dimensão imprescindível (ANTUNES, 2003, p. 12). RELAÇÃO DA AFETIVIDADE COM PENSAMENTO, INTELIGÊNCIA E COGNIÇÃO Partimos da premissa de que no cotidiano do trabalho educativo não existe uma aprendizagem meramente cognitiva ou racional, pois os educandos não deixam os aspectos afetivos que compõem sua personalidade do lado de fora da sala de aula, quando estão interagindo com os objetos de conhecimento, ou não deixam "latentes" seus sentimentos, afetos e relações interpessoais enquanto pensam. Quanto a relação existente entre inteligência e afetividade pode-se destacar sobre o desenvolvimento da inteligência: Desenvolvimento da inteligência é inseparável do mundo da afetividade, isto é, da curiosidade, da paixão, que, por sua vez, são a mola da pesquisa filosófica ou científica. A afetividade pode asfixiar o conhecimento, mas pode também fortalecê-lo (MORIN, 2000, p.19). Assim como a falta de afetividade pode ser um empecilho para um bom desempenho cognitivo. Morin (2000, p. 19) ainda afirma que “a faculdade de raciocinar pode ser diminuída, ou mesmo destruída, pelo déficit de emoção”. Quanto à evidência das relações afetivas na escola, Almeida (1999, p. 107) afirma: “que mesmo na escola, as relações afetivas se evidenciam, pois a transmissão do conhecimento implica, necessariamente, uma interação entre pessoas”. E assim, a mesma autora considera que sendo a “relação professor-aluno, uma relação de pessoa para pessoa, o afeto está presente” (Ibid, p. 107). Portanto importa aos agentes envolvidos no campo educacional compreender os aspectos que envolvem o desempenho cognitivo, entre eles a afetividade e como esta se relaciona ao pensamento, inteligência e cognição. Afetividade e Pensamento a partir de Vygotsky Em psicologia, “o pensamento diz respeito aos processos cognitivos conscientes” (STRATTON; HAYES, 2003, p. 170). Para Oliveira e Rego (in ARANTES, 2003, p.17-18), Vygotsky influenciado por Espinosa procurou elaborar uma nova perspectiva que tratasse de outro modo as relações entre mente e corpo e entre cognição e afeto, haja vista que a psicologia existente baseada no legado de Descartes estimulava a cisão de dois campos: um preocupado em estudar o comportamento e outro em compreender significados, motivações e volições2 humanas. O objetivo de Vygotsky era compreender o ser psicológico completo, entendo que uma compreensão completa do pensamento humano só é possível quando se compreende sua base afetivo-volutiva. Com relação à afetividade têm-se: [...] pode-se afirmar que os seres humanos são capazes de emoções mais sofisticadas em relação aos demais animais justamente porque dispõem de um equipamento específico da espécie que define um modo de funcionamento psicológico essencialmente mediado. Com o papel primordial da linguagem e a importância da interação social para o desenvolvimento pleno dos indivíduos, os seres humanos operam com base em conceitos culturalmente construídos que constituem, representam e expressam não só seus pensamentos, mas também suas emoções (OLIVEIRA; REGO in ARANTES, 2003, p. 25). 2 Para psicologia – processo pelo qual a pessoa adota uma linha de ação; atividade consciente que visa a um determinado fim manifestada por intenção e decisão (DICIONÁRIO MICHAELIS, 2011). Com entendimento semelhante, Oliveira (in TALLES; OLIVEIRA; DANTAS, 1992, p. 76) afirma que Vygotsky percebia um defeito na psicologia tradicional, que era separar os aspectos intelectuais e os volitivos e afetivos. Para o mesmo existe uma unidade entre esses aspectos, assim o pensamento teria sua origem na esfera da motivação, na qual estariam inseridos, entre outros, interesses, impulsos, afeto e emoção. Assim Oliveira (Ibid, p. 76) afirma que “nesta esfera estaria à razão última do pensamento e, assim uma compreensão completa do pensamento humano só é possível quando se compreende sua base afetivo-volitiva”. Percebe-se dessa forma que Vygotsky concebia o comportamento humano uma conseqüência do pensamento, sendo este movido primeiramente pelo afeto ou interesses, emoção, etc.. Assim, Vygotsky “demonstra a existência de um sistema dinâmico de significados em que o afetivo e o intelectual se unem” (VYGOTSKY, 1989, apud TALLES; OLIEVEIRA; DANTAS, 1992, p. 77). Inferem-se a partir de suas idéias que é legitima a preocupação que a escola, em especial os professores, deve ter em relação à afetividade que se estabelece nas relações com educandos e demais agentes no ambiente escolar. Percebe-se assim a ligação direta do pensamento - como operação da inteligência - sendo influenciado pelo afeto, e influenciando o desenvolvimento cognitivo dos educandos. Afetividade e Inteligência a partir de Wallon Tem sido difícil para a psicologia criar uma única definição para inteligência, assim entre as várias definições Mesquita e Duarte (1996) consideram inteligência como “a capacidade de entender símbolos abstratos, conceitos e relações; a capacidade de aprender novas matérias e de aprender com a experiência; a capacidade de nos adaptarmos a novas situações; e de resolver problemas em sentido lato”. Alguns trabalhos de Henri Wallon são marcadamente relacionados à afetividade, revelando sua preocupação com o tema (ALMEIDA, 1999, p. 41). Ainda para Almeida (IBID, p. 42) “na concepção de Wallon, a afetividade tem papel imprescindível no processo de desenvolvimento da personalidade e este, por sua vez, se constitui sob a alternância dos domínios funcionais”. Para Ferrari (2008) a teoria pedagógica de Wallon considera que “o desenvolvimento intelectual envolve muito mais do que um simples cérebro”. Enfatiza que o desenvolvimento da pessoa é completo quando a mesma está integrada ao meio em que está imersa, com os seus aspectos afetivo, cognitivo e motor também integrados. Assim Wallon, fundamentou suas idéias em quatro elementos básicos que se comunicam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do eu como pessoa (FERRARI, 2008). Tanto em relação ao desenvolvimento humano como no processo de aprendizagem que se estabelecem no ambiente escolar, se faz importante observar estes elementos pensados por Wallon, em função de buscar constantemente a formação completa do educando. Sua formação está atrelada ao seu desenvolvimento, e para Almeida (1999, p. 48) no “decorrer do desenvolvimento, a afetividade é construída sob diferentes níveis de relações, seja em virtude das condições maturacionais, sejam em virtude das características sociais de cada idade”. Wallon salienta as influências recíprocas do desenvolvimento intelectual sobre a vida afetiva, afirmando que “entre a emoção e a atividade intelectual existe a mesma evolução, o mesmo antagonismo” (WALLON, 1994, APUD ALMEIDA, 1999, p.49). Sendo assim, segundo Almeida (1999, p. 49-50) a personalidade para Wallon é uma construção progressiva, construída por duas funções: a afetividade (vinculada às sensibilidades internas e orientada para o mundo social – construção da pessoa) e a inteligência (vinculada às sensibilidades externas e orientada para o mundo físico – construção do objeto). Tem-se assim nas concepções de Wallon a importância da relação da afetividade com a inteligência de forma a integrá-las e a entendê-las como elementos relevantes a serem considerados no desenvolvimento do educando e no seu processo cognitivo. Afetividade e Cognição a partir de Piaget Para a psicologia, cognição é o “conceito utilizado para designar comportamentos, pensamentos, atitudes e crenças, conscientes nos indivíduos” (MESQUITA; DUARTE, 1996). Piaget preocupou-se com as questões do desenvolvimento cognitivo sem deixar de lado a importância do afeto e da cognição. Em sua obra Seis Estudos da Psicologia (1964) descreve seis estágios de desenvolvimento da afetividade, nos quais aparecem integrados os aspectos motor ou intelectual e o afetivo (ULLER, 2006, p. 38). Uller (2006, p. 41) compreende, ao estabelecer uma relação entre afetividade e cognição a partir de Piaget, que “qualquer ação do sujeito com seu meio supõe uma estrutura (aspecto cognitivo) e uma valorização (aspecto afetivo)”. Dessa forma entende-se que o educando seja em qualquer meio que atue, em especial no ambiente escolar, esteja a todo o momento agindo com base nos aspectos cognitivos e afetivos. Daí a necessidade de que os agentes envolvidos nas relações estabelecidas na escola compreendam sobre esses aspectos, sabendo como lidar com eles, na busca de utilizá-los de forma positiva para o desenvolvimento do mesmo. La Taille (1992, p. 66), ao analisar o desenvolvimento do juízo moral e afetividade na teoria de Piaget, identifica em suas idéias a crença de que no início do desenvolvimento moral do individuo (moral da heteronomia) o respeito pelas regras morais é de fato inspirado por sentimentos como, medo, amor, etc.. E esses sentimentos desaparecem na moral autônoma, sendo substituído pelo respeito mútuo. Assim, Piaget reconhece duas morais, a primeira na qual identifica afetos básicos e a segunda onde desaparecem referências a afetos, mas permanece a noção de necessidade, produto genuíno da razão, que no campo moral representaria a predominância da razão em relação ao afeto, mas tendo como conseqüência um ser feliz, embora dominado pela razão (LA TAILLE, 1992, p. 72). Ainda para La Taille (1992, p. 72-73), Piaget “mostra convincentemente como a evolução da inteligência permite organizar – sempre na área moral – o mundo afetivo [...]”. È possível deduzir a partir do exposto que mesmo após a criação da autonomia no individuo, fase na qual deixa de ser influenciado pelos afetos básicos e passa a agir movido pela razão, a afetividade se faz presente, embora dirigida pela razão. O que nos leva a pensar que mesmo o educando encontrando-se na fase autônoma, na qual é movido pela razão precisa ainda estar sendo orientado para conseguir no campo afetivo alcançar o respeito mútuo necessário em suas relações. Conclusão O estudo acerca da relação entre afetividade e sua influência nos processos de desenvolvimento humano e da cognição com base nas teorias estudadas, leva a algumas constatações: a primeira refere-se à ligação direta entre pensamento - como operação da inteligência – e afeto; a segunda delas é o fato de que afetividade e inteligência constituem um conjunto indissociável na evolução do psiquismo dos educandos, pois ambas têm funções bastante definidas e quando se integram, permitem ao mesmo alcançar níveis de pensamento cada vez mais elevados; e por fim a constatação de que qualquer ação do sujeito com seu meio supõe uma estrutura cognitiva e outra afetiva, levando a evidência de que pensamento, inteligência, cognição e afeto são aspectos que se integram. É preciso sem dúvida entender que na escola, um bom ajustamento afetivo se torna condição necessária ao pleno desenvolvimento do educando. E ainda que, tanto a escola assim como o professor poderá fazer a diferença na vida de seu aluno que necessita de respeito, orientação e liberdade para descobrir que aprender é um grande prazer, e que o levará a galgar um futuro real e promissor. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, Ana Rita Silva. A emoção na sala de aula. Campinas: Papirus, 1999. (Coleção Papirus Educação). BORBA, Francisco (org.). Dicionário UNESP do português contemporâneo. São Paulo: UNESP, 2004. CORRÊA, Patrícia Rabello. A dimensão afetiva do ser humano: contribuições a partir Piaget. São Carlos: UFSCAR, 2008. Disponível: < http://www.ufscar.br/~pedagogia/novo/files/tcc/tcc_turma_2005/261351.pdf>. Acesso em 20 mai. 2011. FERRARI, Márcio. Henri Wallon: o educador integral. Revista Nova Escola, n. 10/2008. Disponível: http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/educador-integral- 423298.shtml. Acesso em: 25 jul. 2010. MORIN, Edgar. Os Sete Saberes necessários à Educação do Futuro. São Paulo/Brasília: Cortez/UNESCO, 2000. MESQUITA, Raul; DUARTE, Fernanda. Dicionário de Psicologia. Lisboa: Platano, 1996. OLIVEIRA, M. K.de. O problema da Afetividade em Vygotsky. In: LA TAILE, Y. de et. al. Piaget, Vigotski, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992. STRATTON, Peter; HAYES, Nicky. Dicionário de psicologia. Tradução de Esméria Rovai. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. ULLER, Waldir. Afetividade e cognição no ensino médio: a desconstrução do racionalismo pedagógico. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2006.