4 ESTUDOS CMVM N.º 4 2009 2. QUESTÕES METEDOLÓGICAS O cálculo da volatilidade histórica assenta no desvio‐padrão da série de rendibilidades dos fundos. A frequência temporal utilizada para a obtenção do desvio‐padrão é uma questão importante. Contu‐ do, não será abordada neste estudo uma vez que a fonte de informação usada apenas disponibiliza dados com frequência mensal. A volatilidade anualizada foi calculada a partir de 60 observações de retornos mensais, o que corresponde a um período amostral de 5 anos. A volatilidade anualizada de cada fundo no mês j é dada por e calculada de acordo com a seguinte expressão: em que é o retorno do fundo no mês t e a média dos retornos entre o mês j‐59 e j. Como já foi referido, em Portugal os prospectos simplificados dos fundos de investimento enqua‐ dram a volatilidade registada pelos fundos numa escala de risco. A decisão de investimento dos investidores relativamente a um fundo pode ser influenciada não só pela respectiva volatilidade histórica, mas também ou sobretudo pelo nível de risco atribuído a esse fundo. A construção de uma escala de risco é, assim, muito relevante. Para aferir da sensibilidade dos resultados aos limites esta‐ belecidos para a escala de risco, foram tomadas em consideração duas escalas de risco alternativas. A primeira é baseada na escala utilizada actualmente em Portugal e a segunda é uma escala não linear add‐hoc (ver Tabela 1).1 histórica, mas também ou sobretudo pelo nível de risco atribuído a esse fundo. A construção de uma escala de risco é, assim, muito relevante. Para aferir da sensibilidade dos resultados aos limites esta‐ belecidos para a escala de risco, foram tomadas em consideração duas escalas de risco alternativas. A primeira é baseada na escala utilizada actualmente em Portugal e a segunda é uma escala não linear add‐hoc (ver Tabela 1).1 TABELA 1 – Escalas de Risco e Volatilidade Nível de Risco 1 2 Escala 1 (E1) 0=<x<1.5% 1.5%=<x<5% Escala 2 (E2) 0=<x<5% 5%=<x<11% 3 5%=<x<10% 11%=<x<18% 4 10%=<x<15% 18%=<x<25% 5 15%=<x<20% 25%=<x<33% 6 7 20%=<x<25% x>=25% 33%=<x<42% x>=42% 1 Posteriormente, no capítulo 4.2.3 será introduzida uma terceira opção que terá em consideração uma medida relativa de risco. A utilização de 7 categorias/níveis de risco foi inspirada no documento do CESR com a referência CESR/09‐047, que esteve recentemente em consulta pública.