Gestão das Informações Ambientais
Capítulo 2 - Gestão da coleta de dados de resíduos sólidos
2.1 – Demandas de dados de resíduos sólidos/objetivos de coleta de
dados de resíduos sólidos
2.2 – Tipos de dados de resíduos sólidos
2.3 – Amostragem de resíduos sólidos
2.4 – Deficiências da coleta de dados de resíduos sólidos
2.1 – Demandas/objetivos da coleta de dados de resíduos sólidos
Dados de resíduos sólidos são coletados para:
a) Selecionar dispositivos de armazenamento in-loco apropriados;
b) Coletar resíduos sólidos efetivamente;
c) Determinar localizações e capacidades das estações de
tratamento;
d) Determinar técnicas apropriadas de processo e recuperação (3R);
e) Projetar e operar os meios da disposição final.
2.2 – Tipos de dados de resíduos sólidos
De origem - residencial, comercial, agricultura, áreas públicas;
De natureza - comida, entulho de construção, embalagens, etc;
Uma classificação técnica:
a) Característica de massa de resíduos sólidos: envolve a
quantidade de resíduos sólidos geradas a partir da origem
(massa/tempo, massa/produção);
b) Características de qualidade dos resíduos sólidos (valor
calorífico, composição, conteúdo de umidade, etc.).
Inter-relação das etapas funcionais de um
sistema de gerenciamento de resíduos sólidos
Geração de
resíduos
Armazenamento
Coleta
Transferência e
transporte
Processamento e
recuperação
Disposição
final
2.2 – Tipos de dados de resíduos sólidos (cont.)
Cada etapa do gerenciamento dos resíduos sólidos apresenta suas
demandas de dados:
Etapa 1 - Geração de resíduos:
- descrição do processo de geração;
- fornecimento de dados de origem e natureza.
Etapa 2 - Armazenamento de resíduos sólidos:
- Para duração apropriada do armazenamento - dados de
putrescibilidade e composição;
- Para volume dos equipamentos de armazenamento - dados de
taxa de geração de resíduos sólidos.
2.2 – Tipos de dados de resíduos sólidos (cont.)
Etapa 3 - Coleta de resíduos sólidos: dados para determinar o
número, o tipo, a rota e o tempo dos veículos de coleta:
- Mapa detalhado da região;
- Capacidade dos contêineres;
- Velocidade dos veículos e distância percorrida por dia;
- Tempo da garagem até o primeiro contêiner;
- Tempo do último contêiner até a garagem;
- Tempo requerido entre os contêineres.
Inter-relação das etapas funcionais de um
sistema de gerenciamento de resíduos sólidos
Geração de
resíduos
Armazenamento
Coleta
Transferência e
transporte
Processamento e
recuperação
Disposição
final
2.2 – Tipos de dados de resíduos sólidos (cont.)
Etapa 4a. Tratamento e recuperação: dados são necessários tanto
das propriedades quantitativas como das qualitativas.
Exemplo 1: Se o tratamento é incineração, dados de quantidade,
valor calorífico, conteúdo de umidade e conteúdo de resíduos
inertes;
Exemplo 2: Se o objetivo é “reutilização ou reciclagem” dos
resíduos sólidos, então as quantidades de papel, vidro, metal e
orgânicos terão importância fundamental.
2.2 – Tipos de dados de resíduos sólidos (cont.)
Etapa 4b. Transferência e transporte dos resíduos sólidos:
- Mapa detalhado da região (estradas);
- Quantidades de resíduos sólidos gerados pelas partes diferentes
da cidade;
- Condições de uso da terra para permitir transporte/transferência
dos resíduos sólidos;
- Localização relativa do ponto de transporte com relação aos
pontos de coleta de resíduos sólidos.
- Os dados podem também ser coletados considerando a
quantidade de cargas diárias, número de veículos chegando e
saindo.
Inter-relação das etapas funcionais de um
sistema de gerenciamento de resíduos sólidos
Geração de
resíduos
Armazenamento
Coleta
Transferência e
transporte
Processamento e
recuperação
Disposição
final
2.2 – Tipos de dados de resíduos sólidos (cont.)
Etapa 5. Disposição final dos resíduos sólidos
- Dados para determinar a vida útil do aterro:
Quantidade de resíduos sólidos lançados; compressibilidade dos
resíduos sólidos.
- Dados para estimar a quantidade de lixiviado/produção de gás:
A composição e o conteúdo de umidade dos resíduos sólidos;
índices de precipitação.
- Outros dados: quantidades de resíduos hospitalares, resíduos
perigosos, pneus, etc.
- Monitoramento da qualidade da água subterrânea
2.3 – Amostragem de resíduos sólidos
a) Seleção dos locais de amostragem
b) Determinação da freqüência de amostragem
c) Variáveis a serem medidas
2.3 – Amostragem de resíduos sólidos
a) Seleção dos locais de amostragem - geralmente há duas
alternativas:
Amostragem no local de geração e
Amostragem no local de disposição
a.1) Amostragem no local de geração - na cidade ou setor de
origem (industrias e hospitais).
- Divisão em quarteirões: ex. urbanização de gabarito alto ou
baixo, casa com quintal, shopping, etc.
- Três recipientes de amostragem são distribuídos para armazenar
resíduos sólidos (usualmente por 24 ou 48 horas): resíduos orgânicos,
resíduos apropriados para reciclagem e resíduos minerais (areia,
poeira, cinzas).
2.3 – Amostragem de resíduos sólidos (cont.)
a.2) Amostragem no local de disposição - durante o descarregamento dos veículos de coleta na área do aterro.
- As amostras são tomadas quando os veículos de coleta completam
seus volumes;
- Através do uso de pás, conchas de amostragem ou equipamentos
similares as amostras são coletadas de diferentes veículos;
- As amostras coletadas são misturadas, agrupadas e então
misturadas, para coletar geralmente 50 kg de resíduos.
2.3 – Amostragem de resíduos sólidos (cont.)
b) Determinação da freqüência de amostragem
Para cidades: variabilidade sazonal - o tempo de amostragem
pode começar na primeira semana da estação, seguindo por 7
semanas em cada estação (em cada semana de amostragem
iniciará em um dia da semana).
Industrias e hospitais – identificar fontes de variação antes de
determinar a freqüência.
- O número requerido de amostras e sua quantidade mínima são
determinados por análises estatísticas.
2.3 – Amostragem de resíduos sólidos (cont.)
c) Variáveis a serem medidas
c.1) Variáveis de quantidade
- Massa específica dos resíduos sólidos (massa/per capita.tempo)
- Volume específico dos resíduos sólidos (volume/per capita.tempo)
- Massa específica global (massa/volume).
O volume dos resíduos sólidos é variável (compactação aplicada
durante a coleta e a disposição final).
A massa específica dos resíduos sólidos é o parâmetro de massa
mais significativo para caracterizar resíduos sólidos.
2.3 – Amostragem de resíduos sólidos (cont.)
c.2) Variáveis de qualidade
- Composição;
- Conteúdo de umidade;
- Valor calorífico.
A composição pode ser classificada como física, química e
microbiológica.
Pode também ser descrita em termos de componentes (papel,
papelão, plástico, vidro,etc.)
2.4 – Deficiências da coleta de dados de resíduos sólidos
- Coleta de resíduos sólidos é um procedimento desagradável e
difícil; atividade muitas vezes realizada por pessoal sem
treinamento.
- Colaboração entre o coletor de dados e o coletor de resíduos
sólidos deve ser assegurada para a coleta de dados precisos.
- As características altamente variáveis dos resíduos sólidos com
relação a padrões de vida, habitação, estações, etc., dificultam a
coleta de dados representativos.
2.4 – Deficiências da coleta de dados de res. sólidos (cont.)
- Freqüentemente, dados de resíduos sólidos são apresentados
como valores individuais na forma de tabelas sem interpretação
estatística. A precisão de tais dados é duvidosa.
- Dados viáveis são de natureza local, representando somente a
área e o tempo nos quais os resíduos sólidos foram coletados.
Download

Capítulo 2 - Gestão da coleta de dados de resíduos sólidos