rie
RE
AL
ID
Sé
AD
E
RU
RA
L
SÉRIE
REALIDADE RURAL – VOLUME 47
© 2006 EMATER/RS-ASCAR
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio, sem a prévia autorização deste órgão.
(Catalogação na publicação – Biblioteca da EMATER/RS-ASCAR)
S237d
Santos, Renato Cougo dos
Diagnóstico das unidades agroindustriais: área de abrangência da
Mesorregião Grande Fronteira do MERCOSUL – Rio Grande do Sul. –
Porto Alegre : EMATER/RS-ASCAR, 2006.
100 p. : il. (Realidade Rural; n. 47)
1. Agroindústria. 2. Diagnóstico. 3. MERCOSUL. 4. Rio Grande do
Sul. 5. Gestão. 6. Comercialização. I. Título.
CDU631.145(816.5)
REFERÊNCIA:
SANTOS, Renato Cougo dos. Diagnóstico das unidades agroindustriais : área de abrangência da Mesorregião
Grande Fronteira do MERCOSUL – Rio Grande do Sul. Porto Alegre: EMATER/RS-ASCAR, 2006. 100 p.
(Realidade Rural, 47)
EMATER/RS-ASCAR - Rua Botafogo, 1051 - 90150-053 - Porto Alegre - RS - Brasil
fone (0XX51) 2125-3144 / fax (0XX51) 2125-3156
http://www.emater.tche.br e-mail: [email protected]
DIRETORIA DA EMATER/RS-ASCAR
•
•
•
Presidente: Ricardo Altair Schwarz
Diretor Administrativo: Luiz Ângelo Poletto
Diretor Técnico: Dirlei Matos de Souza
ÁREA TÉCNICA
•
•
•
•
•
•
TABULAÇÃO, ANÁLISES E REDAÇÃO
•
•
Renato Cougo dos Santos
Neimar Damian Peroni
Gerência de Planejamento: Marcos Newton Pereira
Organização dos Textos: Marcelo Porto Nicola
Diagramação e Layout: Patrícia Henke Lazzari
Normalização: Bibliotecária CRB 10/161 Mariléa Pinheiro
Fabião
Revisão de português: Luciane Tonezer dos Santos de
Gasperi
Capa: Wilmar de Oliveira Marques
EQUIPE DE CAMPO
Análise e coordenação
•
•
•
•
Escritório Regional de Passo Fundo: Nildo José
Formigueri
Escritório Regional de Ijuí: Neimar Damian Peroni
Escritório Regional de Erechim: Carlos Alberto Angonese
Escritório Regional de Santa Rosa: Lirio Irineu Traesel
APLICAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS
Equipe dos Escritórios Municipais de : Jóia, Panambi, Miraguai, Três Passos, Ajuricaba, Santo Augusto, Crissiumal,
Chiapeta, São Valério do Sul, Santa Bárbara do Sul, Selbach, Fortaleza dos Vales, XV de Novembro, Campos Borges,
Alecrim, São Miguel das Missões, Boa Vista do Buricá, Campinas das Missões, Cândido Godoi, Horizontina,
Independência, Porto Lucena, Porto Vera Cruz, Roque Gonzales, São Paulo das Missões, Sete de Setembro,
Ubiretama, Vitória das Missões, Santo Antônio das Missões, São Pedro do Butiá, Salvador das Missões, São José do
Inhacorá, Tuparendi, Porto Mauá, Bossoroca, Caibaté, Dezesseis de Novembro, Entre Ijuís, Guarani das Missões,
Mato Queimado, São Luiz Gonzaga, Santa Rosa, Santo Cristo, Liberato Salzano, Seberi, Frederico Westphalen,
Constantina, Tapejara, Erval Seco, Santo Antônio da Palma, Ciríaco, Lagoa dos três Cantos, Araça, Chapada, Tapera,
Passo Fundo, Pinheirinho do Vale, Rodeio Bonito, Palmitinho, Barra Funda, Vista Alegre, Sarandi, Victor Graeff, Barra
do Rio Azul, Getúlio Vargas, Aratiba, Barão de Cotegipe, Maximiliano de Almeida, Planalto, Erechim, Sananduva,
Paim Filho, Machadinho, Marcelino Ramos, Nonoai, Alpestre, Cruzaltense, Ametista do Sul, Áurea e Ijuí.
APRESENTAÇÃO
Na atualidade, as experiências bem-sucedidas de desenvolvimento têm
decorrido, quase sempre, de um ambiente político e social favorável, expresso por
uma mobilização convergente dos diferentes atores locais para as prioridades do
desenvolvimento, construindo estratégias de valorização das potencialidades locais.
A agricultura familiar gaúcha tem se constituído, invariavelmente, em um
destes atores sociais importantes dos municípios gaúchos. Estudo recente elaborado
pela FIPE/USP delimitou o tamanho das cadeias produtivas da agricultura familiar no
PIB, identificando que 27% do PIB gaúcho é proveniente deste segmento. No interior
dessa contribuição das cadeias produtivas da agricultura familiar para a riqueza
gaúcha, cerca de 30% é proveniente dos processos de agroindustrialização.
Além do mais, segundo estatísticas do Censo IBGE (1995/96), existem
430.349 estabelecimentos com até 50 hectares, no Rio Grande do Sul, perfazendo
86% do total de propriedades. Quanto à produção, essa mesma base de dados mostra
que 78% do milho, 85% do feijão, 87% da mandioca, 78% do mel, 83% da carne
suína, 86% das aves, 87% do leite, 89% dos ovos e a quase totalidade dos
hortigranjeiros são oriundos de unidades produtivas deste extrato de área até 50
hectares. E é, basicamente aí, onde estão os agricultores que exploram as
propriedades em regime de economia familiar.
Cabe salientar também, que a base da competitividade de uma região tem
pesado progressivamente sobre a qualidade e excelência dos produtos ou serviços
oferecidos, qualidade que se vincula, inclusive, a conservação do meio ambiente e a
sustentabilidade dos processos de produção empregados. Outro diferencial
competitivo recai intensamente sobre o grau de conhecimento e de informação gerado
e apreendido, influindo no nível tecnológico e capacitação dos recursos humanos nos
processos produtivos.
Nesse contexto, o Fórum da Mesorregião Grande Fronteira do MERCOSUL,
que discute e define as estratégicas para enfrentamento dos desafios do
desenvolvimento numa área compreendida por oito COREDEs1 na metade norte do
RS, parte do oeste de SC e do sudeste do PR, apresentou um Projeto ao Governo
Federal para apoio às agroindústrias familiares.
O projeto foi aprovado e prevê a assistência técnica para legalização,
capacitação dos beneficiários nas áreas de processamento e gestão, organização de
sistemas de comercialização e aquisição de equipamentos, desde que, cumprida a
primeira etapa que é a apresentação do Diagnóstico das Agroindústrias que permite
conhecer as unidades agro-industriais. Toda ação transformadora necessita, para ser
bem-sucedida, estar baseada em um estudo da realidade onde irá incidir, ou seja, todo
o projeto de desenvolvimento deve começar pela etapa do diagnóstico e análise,
confirmando, assim, o acerto da proposta inicial do projeto.
O convênio para realização do projeto, no qual inclui-se o Diagnóstico das
Unidades Agroindustriais foi celebrado entre a Secretária de Agricultura do Estado do
Rio Grande do Sul e o Ministério da Integração Nacional, e a equipe técnica para
execução da primeira fase foi composta por extensionistas rurais da EMATER/RSASCAR, no âmbito dos Escritórios Central, quatro Regionais e oitenta Municipais.
O
presente
trabalho
apresenta
os
resultados
levantados
junto
as
agroindústrias localizadas na Mesorregião Grande Fronteira do MERCOSUL, que
nortearam a seleção das agroindústrias familiares que receberão apoio, conforme
prevê o convênio.
Entre os aspectos relevantes deste estudo, estão a contribuição ao
conhecimento das principais características das agroindústrias e os subsídios que ele
trouxe para a elaboração de políticas públicas dirigidas para esse segmento; a
confecção de planos estratégicos das regiões e o dimensionamento da importância da
agroindústria familiar. Obviamente, os reflexos deste diagnóstico se fazem sentir com
mais intensidade sobre os atores sociais da região do projeto, em especial às
agroindústrias selecionadas, às instituições e pessoas que "fazem" o desenvolvimento
da mesorregião. Entretanto, entende-se que, o conteúdo apresentado nesta Série
Realidade Rural nº 47, pelo Eng. de Alimentos Renato Cougo dos Santos, é
importante também para técnicos da EMATER/RS-ASCAR e parceiros localizados em
outras regiões do Estado.
1
São eles: Médio Alto Uruguai; Missões; Fronteira Noroeste; Produção; Noroeste Colonial; Norte; Nordeste; Alto Jacuí.
4
Além do mais, a metodologia empregada, a técnica de amostragem, bem
como os instrumentos de coleta, podem auxiliar outros estudos em diferentes
realidades e abrangências. Estudos estes, como se sabe, tão valiosos para a
qualificação da ação extensionista.
O conteúdo deste número da Série Realidade Rural está subdividido em seis
partes. Na parte I, são identificadas e caracterizadas as agroindústrias. Aparecem
dados como localização, tempo de existência, origem dos recursos e área construída.
Na parte II, são caracterizados os sócios, com ênfase na forma de organização,
participação por gênero, nível escolar, etc. Na parte III, são apresentadas a
identificação e características da unidade agroindustrial e dos produtos, com itens,
como: tipo de cadeia produtiva, utilização da capacidade instalada, situação legal,
origem da mão-de-obra, forma de pagamento dos serviços, matéria-prima utilizada e
procedência dos insumos. Na parte IV, é caracterizada a gestão agroindustrial, a
forma de administração, os controles e diversos indicadores de desempenho
econômico-financeiro. Na parte V, apresenta-se as características da comercialização
dos produtos, tais como, destino da produção, abrangência, tipo de enquadramento
fiscal e informalidade. Na parte VI, são analisados outros aspectos considerados
relevantes, por exemplo, assistência técnica, necessidade de capacitação, grau de
satisfação com a atividade e o êxodo rural. No final, o autor tece algumas
considerações e recomendações com base nas análises dos dados da pesquisa.
A Gerência de Planejamento tem a certeza de estar levando aos leitores da
Série Realidade Rural, com a publicação do nº 47, intitulado Diagnóstico das
Unidades Agroindustriais, um trabalho interessante e rico em informações sobre os
insistentemente recomendados processos de agroindustrialização da agricultura
familiar.
Gerência de Planejamento.
5
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Representação gráfica do percentual de distribuição das agroindústrias para as
diferentes faixas de áreas de construção. ...........................................................25
Gráfico 2 - Origem dos recursos para investimento na construção de agroindústrias para as
diferentes cadeias produtivas. ...........................................................................27
Gráfico 3 - Representação gráfica da distribuição das agroindústrias constituídas de forma
individual ou coletiva. ........................................................................................29
Gráfico 4 - Percentual de agroindústrias enquadradas para as diferentes faixas de número de
sócios. .............................................................................................................31
Gráfico 5 - Percentual de participação dos sócios na composição das agroindústrias
estratificados por grau de escolaridade. .............................................................33
Gráfico 6 - Percentual de famílias relacionados a sua principal fonte de renda. ......................36
Gráfico 7 - Distribuição percentual das agroindústrias para as diferentes cadeias produtivas..39
Gráfico 8 - Enquadramento das agroindústrias de acordo com as faixas de utilização da
capacidade instalada, consideradas 40 horas-semanais ou 8 horas-dia. ..............42
Gráfico 9 - Interesse dos beneficiários, que ainda não tem a licença sanitária, em regularizá-la.
........................................................................................................................47
Gráfico 10 - Representação gráfica da opinião das agroindústrias sobre o grau de dificuldade
que enfrentaram ou estão enfrentando junto aos órgãos de inspeção sanitária
para regularizarem sanitariamente seus empreendimentos................................48
Gráfico 11 - Representação gráfica da situação das agroindústrias quanto ao licenciamento
ambiental........................................................................................................49
Gráfico 12 - Representação gráfica da situação das agroindústrias quanto a adoção ou não do
uso de código de barras na rotulagem de seus produtos. ..................................50
Gráfico 13 - Situação dos registros das marcas para as diferentes atividades agro-industriais.
.......................................................................................................................51
Gráfico 14 - Representação gráfica para as diferentes atividades agroindustriais e o emprego
por parte delas do uso de rótulo simples, registrado e as que não usam nenhum
rótulo nos seus produtos..................................................................................53
Gráfico 15 - Representação gráfica da distribuição da origem da mão-de-obra empregada nas
agroindústrias. ............................................................................................... 55
Gráfico 16 - Representação gráfica do total de agroindústrias que adquirem matéria-prima de
terceiros e se elas enfrentam dificuldades ou não em comprá-la. ...................... 63
Gráfico 17 - Realização ou não dos cálculos dos custos de produção................................... 73
Gráfico 18 - Total de agroindústrias que realizam ou não o controle de qualidade dos produtos.
..................................................................................................................... 74
Gráfico 19 - Margem líquida de faturamento apontada pelas agroindústrias.......................... 76
Gráfico 20 - Faturamento bruto anual estimado pelas agroindústrias. ................................... 78
Gráfico 21 - Percentual de agroindústrias que recebem apoio na comercialização dos produtos
em comparação com as que não recebem....................................................... 86
Gráfico 22 - Percentual de citação de instituições que apoiam a etapa de comercialização de
produtos de agroindústria................................................................................ 88
Gráfico 23 - Percentual do número de agroindústrias que responderam que tiveram
crescimento das vendas nos últimos 12 (doze) meses e o percentual de
crescimento. .................................................................................................. 89
Gráfico 24 - Percentual do número de agroindústrias que responderam que tiveram queda nas
vendas nos últimos 12 (doze) meses e o percentual de queda. ......................... 90
Gráfico 25 - Agroindústrias que registraram a ocorrência da saída de algum membro da família
do meio rural para os centros urbanos............................................................. 94
Gráfico 26 - Razão principal pela qual se deu a mudança do meio rural para os centros
urbanos. ........................................................................................................ 95
Gráfico 27 - Agroindústrias que registraram a ocorrência do retorno de algum membro da
família dos centros urbanos para o meio rural. ................................................. 96
8
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Total de agroindústrias cadastradas para receberem apoio do Programa
Governamental encaminhado pelo Ministério da Integração Nacional. ..................21
Tabela 2 - Número de agroindústrias e percentual representativo das áreas de localização das
unidades agroindustriais cadastradas..................................................................22
Tabela 3 - Número de agroindústrias e percentual de representação relacionados às
respectivas faixas de tempo de existência. ..........................................................23
Tabela 4 - Número de agroindústrias e o percentual de representação quando relacionado às
faixas de áreas de construção. ...........................................................................25
Tabela 5 - Origem dos recursos para investimento na construção das agroindústrias. ............26
Tabela 6 - Número de agroindústrias constituídas de forma individual ou coletiva...................29
Tabela 7 - Número de agroindústrias, número de associados e média de sócios por
agroindústria para as diferentes faixas de número de sócios. ...............................30
Tabela 8 - Estratificação dos sócios por gênero. ...................................................................31
Tabela 9 - Número de sócios e percentual de participação das diferentes faixas etárias dos
sócios na composição das agroindústrias............................................................32
Tabela 10 - Número de sócios e o percentual de participação na composição das
agroindústrias estratificados por grau de escolaridade........................................33
Tabela 11 - Número de sócios e o percentual de representação na composição das
agroindústrias quanto ao seu enquadramento no PRONAF para agricultores
familiares ou não. ............................................................................................34
Tabela 12 - Número de filhos dos sócios menores e maiores de 18 anos...............................34
Tabela 13 - Número de famílias e a sua principal fonte de renda. ..........................................35
Tabela 14 - Classificação das agroindústrias quanto a forma de produção da matéria-prima e
do processo de agroindustrialização .................................................................37
Tabela 15 - Distribuição das agroindústrias para as diferentes cadeias produtivas..................38
Tabela 16 - Número de agroindústrias que trabalham com produtos cárneos, laticínios,
panificados e outros.........................................................................................39
Tabela 17 - Número de agroindústrias que trabalham com doces, picles/conservas,
minimamente processados, derivados de cana-de-açúcar e bebidas/sucos/polpa.
...................................................................................................................... 40
Tabela 18 - Número de agroindústrias que trabalham com pães/cucas, biscoitos/bolachas e
massas. ......................................................................................................... 40
Tabela 19 - Enquadramento das agroindústrias de acordo com as faixas de utilização da
capacidade instalada, consideradas 40 horas-semanal ou 8 horas-dia. .............. 41
Tabela 20 - Situação legal das agroindústrias...................................................................... 43
Tabela 21 - Situação legal das agroindústrias de origem animal, relacionada a legislação
sanitária.......................................................................................................... 44
Tabela 22 - Situação das agroindústrias de origem animal quanto a legislação sanitária. ....... 44
Tabela 23 - Situação legal das agroindústrias de origem vegetal. ......................................... 45
Tabela 24 - Situação sanitária para a totalidade das agroindústrias de origem vegetal. .......... 45
Tabela 25 - Situação legal das agroindústrias de panificação por ramo de atividade. ............. 46
Tabela 26 - Situação do licenciamento sanitário das agroindústrias de panificação. ............... 46
Tabela 27 - Interesse dos beneficiários em legalizar sanitariamente a agroindústria............... 47
Tabela 28 - Opinião das agroindústrias sobre o grau de dificuldade que enfrentaram ou estão
enfrentando junto aos órgãos de inspeção sanitária para regularizarem
sanitariamente seus empreendimentos............................................................. 48
Tabela 29 - Situação das agroindústrias quanto ao licenciamento ambiental. ........................ 49
Tabela 30 - Situação das agroindústrias quanto a adoção ou não do código de barras na
rotulagem das embalagens dos produtos.......................................................... 50
Tabela 31 - Agroindústrias que possuem marca registrada e que não possuem..................... 51
Tabela 32 - Agroindústrias que usam rótulo simples, registrado e as que não empregam
nenhum tipo de rótulo nos seus produtos. ......................................................... 52
Tabela 33 - Origem da mão-de-obra empregada nas agroindústrias. .................................... 54
Tabela 34 - Agroindústrias que utilizam mão-de-obra terceirizada e o número de funcionários
contratados, não contabilizada a mão-de-obra familiar. ...................................... 56
Tabela 35 - Número de agroindústrias em que membros da família trabalham na unidade
industrial e que o pagamento dos serviços é feito de diferentes formas............... 57
Tabela 36 - Total de agroindústrias enquadradas nas diferentes faixas percentuais de emprego
de matéria-prima oriunda da própria propriedade, para fabricação dos produtos.. 57
Tabela 37 - Total de agroindústrias enquadradas nas diferentes faixas percentuais de emprego
de matéria-prima adquirida com os vizinhos para fabricação dos produtos. ........ 58
Tabela 38 - Total de agroindústrias enquadradas nas diferentes faixas percentuais de emprego
de matéria-prima adquirida de outros municípios para fabricação dos produtos. . 59
10
Tabela 39 - Total de agroindústrias enquadradas nas diferentes faixas percentuais de emprego
de matéria-prima adquirida em outros estados para fabricação dos produtos. .....59
Tabela 40 - Total de agroindústrias enquadradas nas diferentes faixas percentuais de emprego
de matéria-prima adquirida das propriedades dos associados para fabricação dos
produtos..........................................................................................................60
Tabela 41 - Total de agroindústrias enquadradas de acordo com as faixas percentuais de
emprego das matérias-primas de diferentes procedências para fabricação de
produtos de origem animal. ..............................................................................61
Tabela 42 - Total de agroindústrias enquadradas de acordo com as faixas percentuais de
emprego das matérias-primas de diferentes procedências para fabricação de
produtos de origem vegetal. .............................................................................61
Tabela 43 - Total de agroindústrias enquadradas de acordo com as faixas percentuais de
emprego das matérias-primas de diferentes procedências para fabricação de
produtos de panificação. ..................................................................................62
Tabela 44 - Total de agroindústrias enquadradas de acordo com as faixas percentuais de
emprego das matérias-primas de diferentes procedências para fabricação de
outros produtos................................................................................................62
Tabela 45 - Total de agroindústrias que adquirem matéria-prima de terceiros e se esses
enfrentam dificuldades ou não em comprá-las. ..................................................63
Tabela 46 - Principais dificuldades encontradas pelas agroindústrias no momento da aquisição
da matéria-prima de terceiros. ..........................................................................64
Tabela 47 - Total de agroindústrias enquadradas de acordo com as faixas percentuais de
emprego das matérias-primas e suas diferentes procedências para fabricação de
produtos de origem animal. ..............................................................................65
Tabela 48 - Total de agroindústrias enquadradas de acordo com as faixas percentuais de
emprego das matérias-primas e suas diferentes procedências para fabricação de
produtos de origem vegetal. .............................................................................65
Tabela 49 - Total de agroindústrias enquadradas de acordo com as faixas percentuais de
emprego das matérias-primas e suas diferentes procedências para fabricação de
produtos de panificação. ..................................................................................66
Tabela 50 - Total de agroindústrias enquadradas de acordo com as faixas percentuais de
emprego das matérias-primas e suas diferentes procedências para fabricação de
outros produtos................................................................................................66
Tabela 51 - Principais dificuldades apontadas pelas agroindústrias na área da gestão............67
Tabela 52 - Principais dificuldades de ordem financeira enfrentadas pelas agroindústrias.......68
Tabela 53 - Principais dificuldades de ordem de comercialização enfrentadas pelas
agroindústrias..................................................................................................69
Tabela 54 - Principais dificuldades de ordem de produção enfrentadas pelas agroindústrias...70
Tabela 55 - Principais dificuldades de ordem de gerência enfrentadas pelas agroindústrias....71
Tabela 56 - Principais formas de administração das agroindústrias........................................72
Tabela 57 - Principais formas adotadas pelas agroindústrias para realizarem seus controles
administrativos.................................................................................................72
11
Tabela 58 - Total de agroindústrias que realizam ou não os cálculos dos custos de produção. 73
Tabela 59 - Total de agroindústrias que realizam ou não o controle de qualidade dos produtos.
...................................................................................................................... 74
Tabela 60 - Total de agroindústrias que apuram os resultados sobre o faturamento e a
periodicidade. ................................................................................................. 75
Tabela 61 - Margem líquida de faturamento apontada pelas agroindústrias........................... 75
Tabela 62 - Faturamento bruto anual estimado pelas agroindústrias. .................................... 77
Tabela 63 - Total de agroindústrias que atuam ou não junto a uma rede de agroindústrias e/ou
de organizações de comercialização. ............................................................... 79
Tabela 64 - Destino da comercialização dos produtos das agroindústrias.............................. 80
Tabela 65 - Distribuição do mercado consumidor para os produtos de origem animal. ........... 82
Tabela 66 - Distribuição do mercado consumidor para os produtos de origem vegetal. .......... 82
Tabela 67 - Distribuição do mercado consumidor para os produtos de panificação. ............... 82
Tabela 68 - Distribuição do mercado consumidor para outros produtos. ................................ 83
Tabela 69 - Tipo de enquadramento fiscal........................................................................... 83
Tabela 70 - Principais condições de pagamento oferecidas na comercialização dos produtos de
origem animal. ................................................................................................ 84
Tabela 71 - Principais condições de pagamento na comercialização dos produtos de origem
vegetal. .......................................................................................................... 84
Tabela 72 - Principais condições de pagamento na comercialização dos produtos de
panificação. .................................................................................................... 85
Tabela 73 - Principais condições de pagamento na comercialização dos demais produtos..... 85
Tabela 74 - Agroindústrias que recebem apoio na comercialização dos produtos. ................. 85
Tabela 75 - Instituições que apoiam as agroindústrias na etapa de comercialização. ............. 87
Tabela 76 - Relação das instituições que prestam apoio as etapas de comercialização de
produtos das agroindústrias e o nível de atuação delas...................................... 87
Tabela 77 - Total de agroindústrias e margem de crescimento das vendas nos últimos 12
(doze) meses. ................................................................................................. 88
Tabela 78 - Percentual do número de agroindústrias que responderam que tiveram queda nas
vendas nos últimos 12 (doze) meses e o percentual de queda. .......................... 89
Tabela 79 - Número de agroindústrias que recebem e que não recebem assistência técnica.. 91
Tabela 80 - Relação das instituições que prestam apoio as etapas de comercialização de
produtos das agroindústrias e o nível de atuação delas...................................... 92
Tabela 81 - Interesse dos beneficiários em participar de treinamentos. ................................. 92
12
Tabela 82 - Áreas que seriam de melhor proveito para as agroindústrias que disseram ter
interesse em participar de treinamentos.............................................................93
Tabela 83 - Grau de satisfação com a atividade agro-industrial. ............................................93
Tabela 84 - Agroindústrias que registraram a ocorrência da saída de algum membro da família
do meio rural para os centros urbanos...............................................................94
Tabela 85 - Razão principal pela qual se deu a mudança do meio rural para os centros
urbanos. ..........................................................................................................95
Tabela 86 - Agroindústrias que registraram a ocorrência do retorno de algum membro da
família dos centros urbanos para o meio rural. ...................................................96
13
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................17
1.1
1.2
1.3
1.4
1.5
1.6
Objetivo do Diagnóstico................................................................................................19
Abrangência.................................................................................................................19
Amostra.......................................................................................................................20
Período da Pesquisa ....................................................................................................20
Coleta de Dados ..........................................................................................................20
Processamento dos Dados ...........................................................................................20
2 IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS AGROINDÚSTRIAS ...........21
2.1 Número Total de Unidades Pesquisadas na Mesorregião Grande Fronteira do Mercosul na
Abrangência do Estado do Rio Grande do Sul................................................................21
2.2 Localização das Agroindústrias Pesquisadas .................................................................22
2.3 Tempo de Existência das Agroindústrias........................................................................22
2.4 Área de Construção das Agroindústrias Pesquisadas .....................................................24
2.5 Origem dos Recursos para Investimento na Construção da Agroindústria........................26
3 IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS SÓCIOS ................................29
3.1
3.2
3.3
3.4
3.5
3.6
3.7
Composição das Agroindústrias Relacionada a sua Forma de Organização.....................29
Estratificação dos Sócios por Gênero ............................................................................31
Faixa Etária dos Sócios ................................................................................................32
Nível Escolar dos Sócios ..............................................................................................33
Tipo de Enquadramento Quanto a sua Atividade ............................................................34
Representação da Faixa Etária dos Filhos dos Associados .............................................34
Principal Fonte de Renda das Famílias ..........................................................................35
4 IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE E PRODUTOS ....37
4.1 Quanto a Classificação de Origem dos Produtos Agroindustrializados .............................37
4.2 A Unidade Agroindustrial Pertence a Cadeia..................................................................38
4.3 Utilização da Capacidade Instalada ...............................................................................41
4.4 Situação Legal da Atividade ..........................................................................................42
4.4.1 Legislação Sanitária...................................................................................................43
4.4.2 Licença Ambiental .....................................................................................................49
4.4.3 Código de Barras.......................................................................................................50
4.4.4 Marca Registrada ......................................................................................................51
4.4.5 Rótulo nas Embalagens dos Produtos Comercializados ...............................................52
4.5 Origem da Mão-de-obra Empregada nas Atividades da Agroindústria..............................54
4.5.1 Número de Pessoas Contratadas (sem incluir membros da família) ..............................55
4.5.2 Forma de Pagamento dos Serviços Prestados pelos Membros da Família....................56
4.6 Matéria-prima Utilizada para Fabricação dos Produtos ...................................................57
4.6.1 Dificuldades Encontradas ao Adquirir Matéria-prima de Terceiros.................................62
4.7 Procedência dos Principais Insumos Utilizados ..............................................................64
5 CARACTERIZAÇÃO DA GESTÃO AGROINDUSTRIAL ............................... 67
5.1 Dificuldades na Gestão dos Empreendimentos .............................................................. 67
5.1.1 Problemas de Ordem Financeira................................................................................ 68
5.1.2 Problemas na Comercialização.................................................................................. 69
5.1.3 Problemas de Ordem de Produção ............................................................................ 70
5.1.4 Problemas Gerenciais............................................................................................... 71
5.2 Formas de Administração............................................................................................. 71
5.3 Controles Administrativos............................................................................................. 72
5.4 Custos de Produção .................................................................................................... 73
5.5 Controle de Qualidade dos Produtos............................................................................. 74
5.6 Resultados sobre o Faturamento.................................................................................. 75
5.6.1 Margem Líquida de Faturamento ............................................................................... 75
5.7 Faturamento Bruto da Agroindústria.............................................................................. 76
6 CARACTERIZAÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS ............ 79
6.1
6.2
6.3
6.4
6.5
6.6
6.7
Formas de Comercialização ......................................................................................... 79
Destino da Comercialização ......................................................................................... 80
Abrangência da Comercialização.................................................................................. 81
Tipo de Enquadramento Fiscal e Informalidade ............................................................. 83
Condições de Pagamento Oferecidas ........................................................................... 84
Apoio na Comercialização dos Produtos ....................................................................... 85
Margem de Crescimento das Vendas............................................................................ 88
7 OUTROS ASPECTOS ANALISADOS ................................................................ 91
7.1 Assistência Técnica..................................................................................................... 91
7.2 Treinamento................................................................................................................ 92
7.3 Grau de Satisfação com a Atividade ............................................................................. 93
7.4 Êxodo Rural ................................................................................................................ 94
7.4.1 Razões Apontadas para o Êxodo............................................................................... 95
7.4.2 Retorno ao Meio Rural .............................................................................................. 96
8 CONCLUSÃO.......................................................................................................... 97
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 99
16
1 INTRODUÇÃO
Quando se aprofundam os conhecimentos relativos às atividades ligadas à
agricultura, vislumbra-se, historicamente, que a agricultura é essencialmente uma
atividade familiar.
Com o passar dos anos, a necessidade de redução de custos e de ganhos de
escala induziu um processo de modernização que resultou em forte presença da
agricultura de base empresarial ou patronal em muitas atividades. Entretanto, a
agricultura familiar continua a ter papel fundamental.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a
Alimentação (FAO), a agricultura familiar reúne hoje no Brasil cerca de 14 milhões de
pessoas (60% do total da agricultura), representando 75% dos estabelecimentos
agrícolas do país, com 25% das terras cultivadas, sendo responsável por 35% de todo
o volume de produção agrícola.
No Rio Grande do Sul, o censo IBGE (1995/1996) teve como resultado em
seu levantamento a existência de 430.349 estabelecimentos com menos de 50
hectares, ou 86% das propriedades. As estatísticas de produção demonstram que
neste extrato são produzidos: 78% do milho, 85% do feijão, 87% da mandioca, 42% da
soja, 39% do trigo, 8% do arroz, 24% de bovinos de corte, 44% da lã, 78% do mel,
58% dos caprinos, 83% da carne suína, 86% das aves, 87% do leite, 89% dos ovos e
quase a totalidade da produção de hortigranjeiros. Basicamente, ali estão pequenos
agricultoras que trabalham em regime de economia familiar de produção.
Cientes da importância da pequena propriedade rural na economia dos
pequenos municípios, urge desenvolver políticas públicas que beneficiem e propiciem
melhores condições da vida para o agricultor familiar.
Ao encontro desta lógica do desenvolvimento rural sustentável, aparece com
grande força os processos de agroindustrialização. A agroindustrialização compreende
o processamento das matérias-primas provenientes de exploração agrícola, pecuária,
pesqueira, aqüícola, extrativista e florestal, abrangendo desde processos simples,
como secagem, classificação, limpeza, até processos mais complexos que incluem
operações de transformação física, química e biológica.
Indubitavelmente o sucesso da Agroindústria de Base Familiar está amparado
na qualidade final de seus produtos. Neste caso, a palavra produto final tem
abrangência muito maior do que o alimento em si, mas compreende todo o processo
que o qualifica como um produto diferenciado dos demais. A partir deste
entendimento, considera-se que os produtos oriundos das pequenas agroindústrias,
despontarão como uma importante estratégia para a inserção e ampliação de seu
espaço no mercado consumidor. Fica evidente, também, que apenas esta
diferenciação dos produtos provenientes da
agroindústria familiar não é suficiente para mudar
grandemente as relações de comércio já
constituídas pelas grandes empresas. Assim, é de
fundamental
importância
focalizar
uma
nova
estratégia direcionada ao consumidor.
Em uma sociedade cada vez mais ávida
por informações a respeito da origem dos
produtos, do processo, do respeito ao meio
ambiente e suas interfaces, de forma que propicie
a ele um conceito mais genérico do bem que ele
está adquirindo, é necessário o entendimento que
a estratégia de marketing a ser adotada passa necessariamente pela valorização do
processo familiar de obtenção de seus produtos.
A propósito disso, a agroindústria familiar consegue focalizar para o
consumidor uma relação mais estreita de toda a cadeia de agroindustrialização. Esta
relação teria base em um conceito de qualidade, com uma categorização dos
produtos, constituindo e fortalecendo marcas locais da agricultura familiar, associadas
a sua cultura e realidade. Isto pode representar o início de um processo de
consolidação de uma nova visão de qualidade dos alimentos, associadas não somente
a saúde mas a qualidade de vida.
Dentro deste contexto, o Fórum da Messorregião Grande Fronteira do
Mercosul, que foi constituído com a finalidade primordial de articular as instituições
públicas e privadas no âmbito da sua área de atuação, por meio da potencialização do
18
seu capital social e do desenvolvimento endógeno, tendo como foco principal o da
superação da situação de desigualdade regional, contribui mais uma vez de forma
solidária para o desenvolvimento da agricultura familiar através de projetos de parceria
com o Governo Federal.
Neste sentido, o fortalecimento dos sistemas de produção local, aqueles
capazes de gerar emprego e renda, está sendo alvo de projetos prioritários do
Programa de Mesorregiões, oportunidade que a Grande Fronteira do Mercosul, vem
aproveitar através da apresentação deste projeto que visa a contribuir, com a
agregação de valor e a fixação do homem no meio rural.
1.1 O BJETIVO DO DIAGNÓSTICO
Identificar e conhecer as principais características das agroindústrias préselecionadas na forma de condução dos negócios como: mercado, processo de
produção, produtos, gestão, número de pessoas envolvidas nas unidades e principais
dificuldades enfrentadas por esta atividade.
1.2 A BRANGÊNCIA
Agroindústrias Familiares dos municípios de abrangência da Mesorregião
Grande Fronteira do Mercosul - Rio Grande do Sul.
COREDES
•
•
Corede Médio Alto Uruguai;
Corede Missões;
•
Corede Fronteira Noroeste;
•
•
Corede Região da Produção;
Corede Noroeste Colonial;
•
Corede Norte;
•
Corede Nordeste;
Corede Alto Jacuí.
•
19
1.3 A MOSTRA
Foram aplicados 135 questionários, todos de abrangência do programa da
MGFM no Estado do Rio Grande do Sul.
1.4 PERÍODO DA PESQUISA
Maio-Junho/2005.
1.5 COLETA DE DADOS
Através dos questionários estruturados, pesquisadores de campo habilitados
e treinados para esta atividade coletaram os dados pessoalmente junto aos
responsáveis pelas agroindústrias familiares, explicando o objetivo da atividade e, na
seqüência, aplicando os questionários e elaborando relatório de atividades
desenvolvidas em cada unidade.
1.6 PROCESSAMENTO DOS DADOS
Os resultados da pesquisa de campo foram objeto de estudo (análise,
tabulação e redação), o que gerou o presente relatório e os devidos anexos e
arquivos, possibilitando definições e estratégias para o processo de
agroindustrialização.
20
2 IDENTIFICAÇÃO E C ARACTERIZAÇÃO DAS
AGROINDÚSTRIAS
2.1 NÚMERO TOTAL DE UNIDADES PESQUISADAS NA MESORREGIÃO
GRANDE FRONTEIRA DO MERCOSUL NA ABRANGÊNCIA DO ESTADO
DO RIO GRANDE DO SUL
A pesquisa foi realizada entre os meses de maio e junho de 2005 nas regiões
norte e noroeste do estado do Rio Grande do sul, pertencentes a Mesorregião Grande
Fronteira do Mercosul. A pesquisa compreende uma das atividades do projeto de
apoio técnico a agroindústrias encaminhado pelo Ministério da Integração Nacional e
que disponibilizará recursos para aquisição de equipamentos, assistência técnica e
formação de beneficiários. Serão beneficiadas agroindústrias que tenham na sua
forma de organização iniciativas de gestão coletiva e que pertençam as cadeias de
produtos de origem cárnea, vegetal e de panificação.
Nesta etapa, foram aplicados 135 questionários, conforme apresentado na
tabela 1, que produziram, além de um cenário atual, a formação de um cadastro das
agroindústrias.
Tabela 1 - Total de agroindústrias cadastradas para receberem apoio do Programa
Governamental encaminhado pelo Ministério da Integração Nacional.
UNIDADES PESQUISADAS NO RIO G RANDE DO S UL
AGROINDÚSTRIAS
Cadastros
135
Neste momento, faz-se oportuno mencionar que a metodologia aplicada para
escolha das agroindústrias que serão beneficiadas com o projeto, bem como as regras
para o seu enquadramento, foram determinadas pelo Ministério da Integração
Nacional e coube sua execução a Secretaria de Agricultura do Estado do Rio Grande
do Sul e por sua vez aos COREDES.
2.2 L OCALIZAÇÃO DAS AGROINDÚSTRIAS PESQUISADAS
A identificação e caracterização das agroindústrias pesquisadas mostrou,
conforme a Tabela 2, que 92,6% das agroindústrias estão localizadas no meio rural.
Tabela 2 - Número de agroindústrias e percentual representativo das áreas de
localização das unidades agroindustriais cadastradas.
LOCALIZAÇÃO
AGROINDÚSTRIAS
PERCENTUAL
125
92,6%
10
7,4%
Rural
Urbana
A identificação da área de localização submete a uma análise mais detalhada
da logística empregada para escoamento dos produtos. Neste aspecto, é importante
salientar o apoio do poder público na manutenção e restauração das vias de acesso e
de melhorias da infra-estrutura, de modo a produzir uma redução nos custos de
produção, bem como que os produtos cheguem até o mercado consumidor com
qualidade e de forma competitiva.
Há também os avanços na definição dos planos diretores dos municípios. A
localização de agroindústrias no meio urbano não é aconselhável por vários motivos,
entre os quais pode-se destacar: problemas ambientas, poluição sonora, interferência
e interação de odores com os produtos processados, entre outros. Assim, a definição
de áreas próprias para a instalação de agroindústrias dentro do plano diretor propicia
mais segurança para os investidores.
2.3 T EMPO DE EXISTÊNCIA DAS AGROINDÚSTRIAS
Sabidamente a atividade agroindustrial não é de fácil manutenção. Assim, os
primeiros anos de vida são de fundamental importância na sobrevivência destes
investimentos.
22
O sucesso passa obrigatoriamente por um projeto consistente, em que todas
as etapas da cadeia sejam analisadas. Dentre os problemas detectados destaca-se
aqueles relacionados principalmente com a matéria-prima, comercialização e capital
de giro. A oferta, a qualidade e o custo da matéria-prima têm sido os problemas mais
evidenciados pelos produtores. Agroindústrias que produzem a matéria-prima
conseguem em um espaço de tempo mais curto a estabilidade, constatando-se que
este fato se deve aos menores impactos sofridos com as freqüentes oscilações de
preço, disponibilidade e qualidade. Atualmente a maior reclamação das agroindústrias
é a falta de capital de giro e a inexistência de uma linha de financiamento específica
para atender esta demanda. Desta forma, é extremamente importante considerar,
quando da elaboração do projeto de crédito, a necessidade de disponibilizar parte dos
recursos para capital de giro. Agroindústrias concebidas com a necessidade de
financiamento são as que apresentam mais este problema e a relação se dá
primeiramente pelo endividamento, e em segundo lugar, pela inversão da agregação
de valor pela agregação de custos. Para melhor exemplificar, cita-se a aquisição de
embalagens e insumos. Em algumas linhas de produção, como a dos picles e doces, o
valor dos insumos e da embalagem supera em quatro ou mais vezes o valor da
matéria-prima. Como a oferta da matéria-prima, em alguns casos, é sazonal, mas o
consumidor não, há necessidade da manutenção de um grande estoque de produto e
por conseqüência a de insumos e embalagens.
A pesquisa realizada mostrou que as agroindústrias cadastradas apresentam
boa maturidade e por isso maior solidez. A Tabela 3 apresenta o percentual de
agroindústrias relacionado às respectivas faixas de tempo de existência.
Tabela 3 - Número de agroindústrias e percentual de representação relacionados às
respectivas faixas de tempo de existência.
TEMPO DE EXISTÊNCIA
AGROINDÚSTRIAS
PERCENTUAL
Não informou
12
9%
1 a 2 anos
18
13%
3 a 6 anos
70
52%
7 a 10 anos
21
16%
Mais de 10 anos
14
10%
O fato de mais de 52% das agroindústrias concentrarem seu tempo de
existência na faixa de 3 a 6 anos tem relação direta com o Decreto Lei 40.079 de
09/05/2000 que criou o Programa de Agroindústria Familiar no Estado do Rio Grande
do Sul. O Programa de Agroindústria Familiar apresentava uma série de incentivos ao
23
pequeno produtor rural que por vez trouxe um despertar para a importância da
atividade agroindustrial como sendo uma boa resposta de desenvolvimento
sustentável com geração de renda.
Entre os benefícios apresentados pelo Programa de Agroindústria Familiar
destaca-se a Licença Ambiental Guarda-chuva e o uso da Nota do Produtor, que
permitia ao produtor rural a comercialização de seu produtos processados utilizando o
talão do produtor. Uma medida aparentemente simples, mas de grande impacto. Isso
porque produziu um decréscimo das taxas e impostos e também pela garantia da
manutenção do sistema de aposentadoria especial, bastante valorizada por seus
beneficiários.
Destaca-se, mais uma vez, a importância de prever na elaboração do projeto
de crédito recursos para capital de giro, bem como, fomentar a produção própria de
matéria-prima para as agroindústrias familiares.
2.4 Á REA DE CONSTRUÇÃO DAS AGROINDÚSTRIAS PESQUISADAS
A Tabela 4 mostra o número de agroindústrias e o percentual de
representação quando relacionado as faixas de área construída.
Observa-se mais uma vez que o Programa de Agroindústria Familiar
contribuiu substancialmente para o fortalecimento e desenvolvimento de novos
projetos de agroindústria. A afirmação está amparada no fato de o programa prever
que só seriam beneficiadas, com a Licença guarda-chuva da FEPAM, agroindústrias
com áreas menores do que 250m 2.
A constatação de que um terço das agroindústrias apresentam áreas de
construção menores do que 50m 2 permite dizer que as discussões entre o poder
público, sindicatos, órgãos de inspeção e sociedade organizada surtiram efeitos de
sensibilização dos órgãos responsáveis pela inspeção dos estabelecimentos para o
fato de que não são as construções que ditam a qualidade dos alimentos, mas sim as
Boas Práticas de Fabricação.
24
Tabela 4 - Número de agroindústrias e o percentual de representação quando
relacionado às faixas de áreas de construção.
ÁREA CONSTRUÍDA
AGROINDÚSTRIAS
PERCENTUAL
Até 50m²
44
33%
De 51 a 100m²
36
27%
De 101 a 150m²
17
13%
De 151 a 200m²
18
13%
De 201 a 250m²
6
4%
De 251 a 300m²
3
2%
De 301 até 500m²
8
6%
Acima de 501m²
2
1%
Em 2005, os Ministérios da Agricultura, da Saúde e do Desenvolvimento
Agrário estão formulando propostas de mudanças na legislação sanitária. A discussão
tem por base a inserção das pequenas unidades industriais no mercado formal. Faz-se
oportuno mais uma vez salientar que não é o tamanho das instalações que determina
a qualidade dos alimentos, mas sim as Boas Práticas de Fabricação.
O Gráfico 1 apresenta uma representação gráfica do percentual de
distribuição das agroindústrias para as diferentes faixas de áreas de construção.
40%
35%
33%
30%
27%
25%
20%
13%
15%
13%
10%
6%
4%
5%
2%
1%
0%
até 50m2
de 51 a
100m2
de 101 a
150m2
de 151 a
200m2
de 201 a
250m2
de 251 a
300m2
de 301 até
500m2
acima de
501m2
Gráfico 1 - Representação gráfica do percentual de distribuição das agroindústrias para as diferentes
faixas de áreas de construção.
25
2.5 ORIGEM DOS RECURSOS PARA INVESTIMENTO NA CONSTRUÇÃO DA
AGROINDÚSTRIA
A Tabela 5 mostra as diferentes origens de recursos empregados na
construção das agroindústrias.
A maior complexidade das áreas de construção das agroindústrias de origem
animal, resultado do nível de exigência dos órgãos sanitários, faz com que os
investimentos necessários para implantação dos projetos sejam maiores quando
comparados aos estabelecimentos de origem vegetal. Observando as linhas de crédito
existentes, onde a principal linha de financiamento para o agricultor familiar é o
PRONAF - Agregar, que financia até R$ 18.000,00 por beneficiário, e contrapondo-a
com o valor atual do CUB sobressai a necessidade por parte dos produtores de
empregar outras fontes de recurso.
Tabela 5 - Origem dos recursos para investimento na construção das agroindústrias.
ORIGEM DO RECURSO PARA INVESTIMENTO NA CONSTRUÇÃO DA AGROINDÚSTRIA
P ARTE COM
ATIVIDADE DA
AGROINDÚSTRIA
COM RECURSOS
PRÓPRIOS
RECURSOS
+
RECURSOS
FINANCIAMENTO
PÚBLICOS A
FINANCIAMENTO
+ REPASSE DE
FUNDO PERDIDO
DE BANCO
ÓRGÃO PÚBLICO
RECURSOS
PRÓPRIOS
PRÓPRIOS
+
OUTRAS FORMAS
Origem animal
15
33%
12
27%
8
18%
7
16%
3
7%
Origem vegetal
17
22%
37
47%
11
14%
13
16%
1
1%
Panificação
12
46%
7
27%
3
12%
2
8%
2
8%
3
43%
1
14%
1
14%
1
14%
1
14%
Outras
O percentual elevado de agroindústrias de panificação que empregam
recursos próprios para construção, quando comparado com as demais, demonstra que
o enquadramento destas unidades às linhas de crédito, em especial a linha PRONAF,
é difícil. Isso se deve principalmente à impossibilidade da comprovação da produção
própria de matéria-prima por parte dos produtores.
As altas taxas de juro e a ruptura do enquadramento dos produtores, quando
acessam linhas de financiamento que não as do PRONAF, fazem com que a
alternativa pela busca por outras linhas sejam quase remotas.
Uma das reivindicações por parte dos proprietários de agroindústrias de
panificação é a mudança nos critérios de enquadramento da linha PRONAF - Agregar.
26
Desta forma, haveria a possibilidade das agroindústrias localizadas no meio rural e
quando comprovada a produção primária do cereal empregado como matéria-prima
pelos proprietários, que eles possam fazer uso deste tipo de financiamento. Salientase que a dificuldade por parte dos produtores está no beneficiamento dos grãos,
transformação dos grãos em farinha.
No Gráfico 2, se tem a representação gráfica, para as diferentes cadeias, da
origem dos recursos para investimento na execução dos projetos de agroindústria.
40
37
35
30
25
20
17
15
15
10
13
12
12
11
8
7
7
3
3
5
1
2
2
3
1
1
1
1
0
Origem animal
Origem vegetal
Panificação
Outras
com recursos próprios
parte com recursos próprio + financiamento de banco
recurso próprio + financiamento + repasse de órgão público
recursos públicos a fundo perdido
Outras formas
Gráfico 2 - Origem dos recursos para investimento na construção de agroindústrias para as diferentes
cadeias produtivas.
27
3 IDENTIFICAÇÃO E C ARACTERIZAÇÃO DOS
SÓCIOS
3.1 COMPOSIÇÃO DAS AGROINDÚSTRIAS RELACIONADA A SUA FORMA
DE ORGANIZAÇÃO
A análise comparativa entre os empreendimentos constituídos de forma
individual ou coletiva não é oportuna, visto que uma das exigências para
enquadramento das agroindústrias é que elas tenham sido constituídas de forma
coletiva.
Assim, a Tabela 6 e a Gráfico 3 expressam apenas o número de
agroindústrias constituídas de forma coletiva ou individual.
Tabela 6 - Número de agroindústrias constituídas de forma individual ou coletiva.
FORMAS
NÚMERO
Individuais
22
Coletivas
113
individual
16%
coletivas
84%
Gráfico 3 - Representação gráfica da distribuição das agroindústrias
constituídas de forma individual ou coletiva.
Os investimentos em agroindústrias são apontados pelos Municípios e Estado
como sendo um dos importantes instrumentos geradores de receita. Desta forma, o
direcionamento de políticas públicas e programas governamentais tem se tornado uma
constante. Faz parte do planejamento a indicação para que as iniciativas coletivas
recebam prioridade, já que elas atendem um número maior de beneficiários e atingem
a estabilidade financeira mais rapidamente. Destaca-se ainda que o volume de recurso
necessário para implantação das agroindústrias, por vezes, supera o limite individual
de crédito nas principais linhas de financiamento e o atendimento das garantias para
empreendimentos individuais e este só é sanado quando se trabalha com projetos
coletivos.
Neste sentido há necessidade de investimentos para capacitação de
beneficiários em formas de organização (associativismo e cooperativismo).
a) Caracterização das unidades coletivas
A Tabela 7 apresenta o número de agroindústrias, número de associados e
média de sócios por agroindústria para as diferentes faixas de número de sócios.
Tabela 7 - Número de agroindústrias, número de associados e média de sócios por
agroindústria para as diferentes faixas de número de sócios.
CARACTERIZAÇÃO DAS
AGROINDÚSTRIAS COLETIVAS
NÚMERO DE
AGROINDÚSTRIAS
NÚMERO DE
ASSOCIADOS
MÉDIA DE SÓCIOS
POR AGROINDÚSTRIA
Entre 2 e 5 sócios
69
185
2,7
Entre 6 e 19 sócios
26
244
9,4
Entre 20 e 50 sócios
13
334
25,7
Acima de 51 sócios
5
1171
234
Os resultados mostrados acima são coerentes com a afirmação, haja vista
que 70% das agroindústrias constituídas, de forma coletiva, não apresentaram um
número de sócios maior do que 19 (dezenove). Esse número é importante porque a
constituição de uma agroindústria com um número de sócios inferior a 20 (vinte) só se
dará por meio de uma associação ou organização não-formal. O atendimento da
legalização tributária, para empreendimentos coletivos, não pode ser feito por
associações, visto que elas não apresentam fins lucrativos. O atendimento da
legalização tributária é possível a partir das cooperativas.
30
O Gráfico 4 mostra o percentual de agroindústrias enquadradas para as
diferentes faixas de número de sócios na sua composição.
60%
51%
50%
individual
40%
entre 2 e
5 sócios
entre 6 e
19 sócios
30%
entre 20 e
50 sócios
19%
20%
16%
acima de
51 sócios
10%
10%
4%
0%
composição das agroindústrias por número de sócios
Gráfico 4 - Percentual de agroindústrias enquadradas para as diferentes faixas
de número de sócios.
Os 14% de agroindústrias que apresentam em sua constituição mais de vinte
sócios é um percentual muito baixo. Assim, sugerem-se ações de capacitação nas
áreas de organização de grupos e o fortalecimento das iniciativas que privilegiem
investimentos coletivos dentro do modelo cooperativo.
3.2 ESTRATIFICAÇÃO DOS SÓCIOS POR GÊNERO
A Tabela 8 apresenta a estratificação dos sócios por gênero.
Tabela 8 - Estratificação dos sócios por gênero.
SEXO
NÚMERO DE SÓCIOS
PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO
Feminino
387
49,7%
Masculino
392
50,3%
31
Tratando-se
de
agroindústrias
familiares,
o
elevado
percentual
de
participação feminina na constituição das sociedades é entendido de uma forma geral
como sendo uma necessidade para preenchimento do número mínimo de
participantes na formação de associações ou cooperativas. A afirmação é feita tendo
em vista que em grande parte dos cadastros aparece como sócio o nome do cônjuge.
Uma análise mais pontual só seria possível mediante um gestionamento da presença
do cônjuge nas sociedades. Desta forma, os percentuais mostrados na Tabela 8
refletem apenas a realidade deste estrato.
3.3 F AIXA ETÁRIA DOS SÓCIOS
A Tabela 9 mostra o número de sócios e percentual de participação das
diferentes faixas etárias dos sócios na composição das agroindústrias.
O percentual pequeno de participação de jovens nas sociedades pode estar
vinculado com a dificuldade deles para contrair empréstimos junto aos agentes
financeiros. Uma medida implementada pelo atual governo federal poderá contribuir
significativamente para a participação dos jovens em ações vinculadas ao meio rural,
que é o PRONAF - Jovem. O impacto desta medida não pode ser mensurada neste
estrato, visto que o maior percentual para o tempo de existência das agroindústrias foi
acima de 3 (três) anos.
Tabela 9 - Número de sócios e percentual de participação das diferentes faixas etárias
dos sócios na composição das agroindústrias.
FAIXA ETÁRIA
NÚMERO DE SÓCIOS
PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO
Menos de 30 anos
105
14%
Entre 31 e 40 anos
185
24%
Entre 41 e 50 anos
245
32%
Entre 51 e 60 anos
138
18%
Acima de 60 anos
83
11%
32
3.4 N ÍVEL ESCOLAR DOS SÓCIOS
A Tabela 10 apresenta o número de sócios e o percentual de participação na
composição das agroindústrias estratificados por grau de escolaridade.
O percentual de 61% para sócios que não apresentam ensino fundamental
completo evidencia a necessidade de capacitação dos beneficiários. Em um segundo
momento da pesquisa, quando é perguntado o interesse por capacitação e a área
desejada, fica mais presente a afirmação feita anteriormente. Registra-se, com vistas
ao nível de escolaridade deste grupo, sua faixa etária e demais peculiaridades, que o
ensino tradicional, praticado por muitas instituições, não será o mais adequado, sendo
necessário um grupo vocacionado para educação de adultos com emprego de material
didático compatível a sua realidade.
Tabela 10 - Número de sócios e o percentual de participação na composição das
agroindústrias estratificados por grau de escolaridade.
ESCOLARIDADE
NÚMERO DE SÓCIOS
PERCENTUAL
Ensino fundamental incompleto
462
61%
Ensino fundamental completo
122
16%
Ensino médio incompleto
43
6%
Ensino médio completo
94
12%
Ensino superior incompleto
16
2%
Ensino superior completo
22
3%
O Gráfico 5 apresenta o percentual de participação dos sócios na composição
das agroindústrias estratificados por grau de escolaridade.
70%
61%
60%
50%
40%
30%
16%
20%
12%
2%
3%
Ensino
superior
incompleto
Ensino
superior
completo
Ensino
médio
completo
Ensino
fundamental
completo
0%
Ensino
fundamental
incompleto
10%
Ensino
médio
incompleto
6%
Gráfico 5 - Percentual de participação dos sócios na composição das
agroindústrias estratificados por grau de escolaridade.
33
3.5 T IPO DE ENQUADRAMENTO QUANTO A SUA ATIVIDADE
A Tabela 11 mostra o número de sócios e o percentual de representação na
composição das agroindústrias quanto ao seu enquadramento no PRONAF para
agricultores familiares ou não.
Tabela 11 - Número de sócios e o percentual de representação na composição das
agroindústrias quanto ao seu enquadramento no PRONAF para
agricultores familiares ou não.
ENQUADRAMENTO
NÚMERO DE SÓCIOS
PERCENTUAL
675
93%
49
7%
Agricultores familiares
Agricultores não-familiares
O elevado percentual de participação de agricultores familiares
comparativamente com agricultores não-familiares reflete apenas este estrato. O
percentual de 93% para participação de agricultores familiares na concepção das
agroindústrias pode ser compreendido a partir do grande estímulo que elas receberam
nos últimos anos. O acesso a crédito facilitado, específico para agricultores familiares
e com juros baixos como é o caso do PRONAF – Agregar, pode justificar essa
diferença percentual. A dificuldade econômica e as taxas de juros altas propiciam uma
dificuldade natural de investimentos dependentes de linhas de financiamento para
pessoa física.
3.6 R EPRESENTAÇÃO DA FAIXA ETÁRIA DOS FILHOS DOS ASSOCIADOS
A Tabela 12 mostra o número de filhos dos sócios menores e maiores de 18
anos.
Tabela 12 - Número de filhos dos sócios menores e maiores de 18 anos.
FAIXA ETÁRIA DOS FILHOS
NÚMERO DE FILHOS
PERCENTUAL
Filhos menores de 18 anos
585
48%
Filhos maiores de 18 anos
639
52%
34
Um fato relevante nesta amostragem, que reforça a constatação feita
anteriormente, é a pouca participação dos jovens na organização e gestão dos
empreendimentos. Uma análise simples de ser feita é se houvesse a participação dos
filhos maiores de 18 anos nas organizações. Neste caso, os atuais 1.934 sócios
passariam para 2.519, significando que a participação dos jovens seria superior a
23%.
A participação do jovem na organização destes empreendimentos é muito
importante para sua continuidade o que determinará uma vida longa.
3.7 PRINCIPAL FONTE DE RENDA DAS FAMÍLIAS
A Tabela 13 mostra o número de famílias e a sua principal fonte de renda.
Tabela 13 - Número de famílias e a sua principal fonte de renda.
NÚMERO DE FAMÍLIAS
PRINCIPAIS FONTES DE RENDA
PERCENTUAL
A principal fonte de renda da família é a agroindústria
192
27%
A principal fonte de renda da família é oriunda de outras
atividades da própria propriedade
466
65%
A principal fonte de renda da família é oriunda de outras
atividades de fora da propriedade
54
8%
Cronologicamente, verifica-se que há um grande número de agroindústrias
presentes neste cadastramento que tiveram suas atividades iniciadas após o ano de
2000. Esta relação pode estar associada à criação do Programa de Agroindústria
Familiar do Estado do Rio Grande do Sul. A essência do programa é para agregação
de valor da matéria-prima produzida na pequena propriedade. Assim sendo, a
atividade agroindustrial dentro da pequena propriedade seria uma atividade
complementar. Observando os dados apresentados na Tabela 13, em que 65% das
famílias dependem principalmente de outras atividades dentro da propriedade e que
27% dependem diretamente da renda da agroindústria, entende-se que a atividade
agroindustrial para a maior parte destas famílias é uma atividade complementar de
agregação de valor da matéria-prima. Atividade complementar neste caso não pode
ser entendida de forma depreciativa e também não permite concluir que esta é pouco
lucrativa e/ou significativa na renda familiar. A atividade agroindustrial demonstrou e
35
têm demonstrado ser uma excelente alternativa de renda, seja ela destinada à
agricultura familiar ou para empresários do ramo.
A Gráfico 6 apresenta o percentual de famílias relacionado a sua principal
fonte de renda.
8%
27%
65%
A principal fonte de renda da família é da agroindústria
A principal fonte de renda da família é oriunda de outras atividades, mas da própria propriedade
A principal fonte de renda da família é oriunda de outras atividades, mas de fora da propriedade
Gráfico 6 - Percentual de famílias relacionados a sua principal fonte de renda.
36
4 IDENTIFICAÇÃO E C ARACTERIZAÇÃO DA
UNIDADE E PRODUTOS
4.1
QUANTO A CLASSIFICAÇÃO
AGROINDUSTRIALIZADOS
DE
ORIGEM
DOS
PRODUTOS
A Tabela 14 apresenta a classificação das agroindústrias quanto a forma de
produção da matéria-prima e do processo de agroindustrialização.
Tabela 14 - Classificação das agroindústrias quanto a forma de produção da matériaprima e do processo de agroindustrialização
CLASSIFICAÇÃO
NÚMERO DE AGROINDÚSTRIAS
PERCENTUAL
Convencional
91
67%
Orgânico
16
12%
Em transição
28
21%
As crescentes exigências do mercado consumidor por produtos diferenciados
e com denominação de origem têm se tornado uma constante. Neste sentido, devido a
oferta de produtos orgânicos ser pequena e o mercado ainda estar em formação, se
torna muito atrativo para as agroindústrias o preenchimento deste mercado. Uma das
explicações para o despertar pela produção de alimentos diferenciados e de maior
valor agregado é que, estando o mercado consumidor de massa bem suprido por
grandes indústrias de alimentos, tornou-se difícil para as pequenas unidades
manterem uma escala mínima de produção que lhes permitam ser competitivas. Esta
aparente desvantagem no atendimento à produção de alimentos dentro do mercado
de massa é revertida no mercado consumidor de maior poder aquisitivo, em que a
avaliação da qualidade do alimento envolve outros fatores como a origem da matériaprima, a forma de produção, o valor nutricional, a origem da mão-de-obra, entre
outros, que facilmente podem ser atendidos pelas agroindústrias. Esta vantagem das
pequenas unidades de produção em atender aspectos relacionados ao respeito
cultural na produção do alimento fortalece e desenvolve cada vez mais os mercados
locais. A lógica dos mercados locais, como alternativa viável para comercialização, é a
sua racionalidade quanto aos custos de transporte e qualidade final dos produtos.
Nos últimos anos, quase nenhum outro produto conseguiu acompanhar a
elevação de preços do petróleo. Este fato é extremamente relevante à medida que há
reflexo direto na logística de todas as cadeias produtivas e sua relação com as
distâncias dos mercados. As perspectivas futuras para elevação dos preços do
petróleo no mercado mundial não são nada animadoras, ou seja, quanto mais próxima
estiverem as etapas produtivas do mercado consumidor, mais competitivas serão.
4.2 A UNIDADE AGROINDUSTRIAL PERTENCE A CADEIA
A Tabela 15 apresenta a distribuição das agroindústrias para as diferentes
cadeias produtivas.
Tabela 15 - Distribuição das agroindústrias para as diferentes cadeias produtivas.
CADEIA
NÚMERO DE AGROINDÚSTRIAS
PERCENTUAL
Origem animal
40
29%
Origem vegetal
70
50%
Panificação
23
16%
7
5%
Outras
Nessa Tabela, é observada a expressiva inserção de agroindústrias dentro da
cadeia de produção de origem vegetal (50%). A explicação pelo interesse em trabalhar
com produtos de origem vegetal é muito ampla e não poderia ser explicada apenas
pelos menores custos da estrutura física e equipamentos, pela facilidade no
enquadramento dentro da legislação ambiental e sanitária e pelo custo da matériaprima.
Embora o percentual de 16% de participação de agroindústrias que trabalham
com panificação ser expressivo ainda é esta cadeia que apresenta maiores
dificuldades para tomada de financiamento, em especial por parte dos agricultores
familiares.
38
A distribuição dentro das diferentes cadeias produtivas representa apenas
este estrato, assim sendo, não é possível afirmar que estes números possam ser
estrapolados e que representarão a região como um todo.
O Gráfico 7 apresenta a distribuição percentual das agroindústrias para as
diferentes cadeias produtivas.
70%
60%
50%
50%
40%
29%
30%
16%
20%
5%
10%
0%
origem
animal
origem
vegetal
panificação
outras
Gráfico 7 - Distribuição percentual das agroindústrias para as diferentes cadeias
produtivas.
a) Origem animal
A Tabela 16 apresenta o número de agroindústrias que trabalham com
produtos cárneos, laticínios, panificados e outros.
Tabela 16 - Número de agroindústrias que trabalham com produtos cárneos, laticínios,
panificados e outros.
ATIVIDADE
AGROINDÚSTRIAS
PERCENTUAL
Carne
22
54%
Leite
15
37%
Ovos
1
2%
Mel
5
12%
39
b) Origem vegetal
A Tabela 17 apresenta o número de agroindústrias que trabalham com doces,
picles/conservas, minimamente processados, derivados de cana-de-açúcar e
bebidas/sucos/polpa.
Tabela 17 - Número de agroindústrias que trabalham com doces, picles/conservas,
minimamente
processados,
derivados
de
cana-de-açúcar
e
bebidas/sucos/polpa.
ATIVIDADE
AGROINDÚSTRIAS
PERCENTUAL
Doces
18
26%
Picles/conservas
14
20%
9
13%
Derivados de cana-de-açúcar
35
50%
Bebidas/sucos/polpa
16
23%
Minimamente processados
O motivo pelo qual o somatório do percentual de representação das
agroindústrias é diferente de 100% se deve ao fato de que uma mesma agroindústria
pode trabalhar com mais de uma linha de produto. A diferença é mais pronunciada nos
produtos de origem vegetal e panificação e tem a ver com a legislação sanitária. A
legislação sanitária animal, diferentemente da legislação vegetal, não permite que na
mesma unidade de produção possa se trabalhar com carne e leite e/ou outra matériaprima.
c) Panificação
A Tabela 18 apresenta o número de agroindústrias que trabalham com
pães/cucas, biscoitos/bolachas e massas.
Tabela 18 -
Número de agroindústrias que
biscoitos/bolachas e massas.
ATIVIDADE
trabalham
com
pães/cucas,
AGROINDÚSTRIAS
PERCENTUAL
Pães/cucas
20
87%
Biscoitos/bolachas
21
91%
Massas
17
74%
40
4.3 U TILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA
A Tabela 19 apresenta o número de agroindústrias de acordo com as faixas
de utilização da capacidade instalada, consideradas 40 horas-semana ou 8 horas-dia.
A Tabela abaixo evidencia duas situações distintas. A primeira fica por conta
da subutilização das estruturas. Note-se que 66% das agroindústrias estão
trabalhando com capacidade inferior a 50%. A segunda, são as agroindústrias que
atingiram o limite máximo da sua capacidade. Este grupo representa 16% para o limite
entre 91 a 100%. Depreende-se deste grupo que a atividade agroindustrial alcançou a
maturidade e que seu mercado foi estabelecido. A afirmação está baseada no preceito
de que no momento da elaboração do projeto há naturalmente uma projeção de
aumento futuro para escala de produção sem alteração do projeto inicial. A análise
mais detalhada das agroindústrias que estão contidas nesta faixa de utilização da
capacidade instalada (91 a 100%) faz-se necessária porque há diversas formas de
interpretar o esgotamento da capacidade, são eles: estrutura física, equipamentos,
mão-de-obra, matéria-prima, entre outros.
Tabela 19 - Enquadramento das agroindústrias de acordo com as faixas de utilização
da capacidade instalada, consideradas 40 horas-semanal ou 8 horas-dia.
QUANTO UTILIZA DA CAPACIDADE
INSTALADA
AGROINDÚSTRIAS
até 10%
PERCENTUAL
5
4%
de 11% a 20%
20
15%
de 21% a 30%
23
17%
de 31% a 40%
15
11%
de 41% a 50%
25
19%
de 51% a 60%
9
7%
de 61% a 70%
6
4%
de 71% a 80%
3
2%
de 81% a 90%
8
6%
de 91% a 100%
21
16%
0
0%
NR - Não respondeu
Total
135
41
O Gráfico 8 apresenta o número de agroindústrias de acordo com as faixas
de utilização da capacidade instalada, consideradas 40 horas-semanal ou 8 horas-dia.
30
25
23
25
21
20
20
15
15
9
8
10
6
5
3
5
NR
de 91% a 100%
de 81% a 90%
de 71% a 80%
de 61% a 70%
de 51% a 60%
de 41% a 50%
de 31% a 40%
de 21% a 30%
de 11% a 20%
0
até 10%
0
Gráfico 8 - Enquadramento das agroindústrias de acordo com as faixas de utilização da capacidade
instalada, consideradas 40 horas-semanais ou 8 horas-dia.
4.4 S ITUAÇÃO LEGAL DA ATIVIDADE
A Tabela 20 apresenta a situação legal das agroindústrias. Nota-se que
quando se menciona que a agroindústria está em concordância com a legislação, dizse que ela cumpriu todas as etapas: conformidade com a legislação
tributária/fiscal/previdenciária,
legislação
sanitária
e
legislação
ambiental.
O
comentário feito anteriormente explica em partes o alto percentual de informalidade
das agroindústrias pesquisadas. Muitas agroindústrias que aparecem como informal,
na realidade deixaram de cumprir ou estão tramitando processos de adequação de
uma destas etapas, mas as demais já foram cumpridas. Atualmente o descompasso
na velocidade que são atingidas as etapas acabam por prejudicar o processo de
legalização das agroindústrias.
42
Tabela 20 - Situação legal das agroindústrias.
SITUAÇÃO
Formal
Informal
AGROINDÚSTRIAS
PERCENTUAL
74
55%
61
45%
4.4.1 LEGISLAÇÃO SANITÁRIA
a) Origem animal
A Tabela 21 apresenta a situação legal das agroindústrias de origem animal,
relacionada a legislação sanitária. A legislação sanitária para produtos de origem
animal é de competência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA). Devido a dificuldade de atendimento ocasionado pela exigência da
permanência de um inspetor de linha e também pelo crescente aumento do parque
industrial foi delegada para os Estados e posteriormente para os Municípios a
responsabilidade pela fiscalização sanitária, ficando a comercialização restrita aos
limites territoriais de sua competência. Embora haja dificuldade de restrição de
mercado, o Serviço de Inspeção Municipal (SIM) têm sido a saída para muitas
agroindústrias, já que há maior compreensão por parte do poder público da
necessidade de adequação da legislação sanitária para as pequenas unidades de
processamento.
Com
relação
as
agroindústrias que trabalham com
mel e ovos, os motivos principais
para o alto índice de informalidade
é a dificuldade no atendimento à
legislação
sanitária
e
a
carga
tributária. A legislação sanitária
exige uma estrutura física com um
custo muito elevado, inviabilizando
o investimento.
43
Tabela 21 - Situação legal das agroindústrias de origem animal, relacionada a
legislação sanitária.
SITUAÇÃO
ATIVIDADE
NR
FORMAL
INFORMAL
TOTAL
SIF
CISPOA
SIM
Carnes
1
1
0
7
12
21
Leite
0
2
1
1
10
14
Ovos
0
1
0
0
0
1
Mel
0
5
0
0
0
5
OBS: *NR – Não Respondeu; SIF – Serviço de Inspeção Federal; CISPOA – Coordenadoria de Inspeção
de Produtos de Origem Animal e SIM – Serviço de Inspeção Municipal.
A Tabela 22 mostra a situação da legalização sanitária envolvendo todas as
agroindústrias de origem animal.
Tabela 22 - Situação das agroindústrias de origem animal quanto a legislação
sanitária.
ORIGEM A NIMAL
AGROINDÚSTRIAS
Não respondeu
1
Informal
9
SIF – Serviço de Inspeção Federal
1
CISPOA – Coordenadoria de Inspeção de produtos de Origem Animal
8
SIM – Serviço de Inspeção Municipal
22
Total de agroindústrias cadastradas
41
b) Origem vegetal
A Tabela 23 mostra a situação legal das agroindústrias de origem vegetal. A
legislação sanitária para produtos de origem vegetal é de competência do MAPA ou do
Ministério da Saúde.
A Tabela a seguir evidencia um problema de interpretação de competência
por parte do poder público municipal. Produtos de origem vegetal não podem obter
licença sanitária pelo Serviço de Inspeção Municipal. O SIM está sob a coordenação
das Secretarias de Agricultura dos Municípios, sendo assim, o seu espectro de
atendimento fica restrito apenas aos produtos de origem animal. Os produtos de
origem vegetal são regulados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
- Ministério da Saúde - e têm sua comercialização para todo o território nacional. Desta
44
forma, se um produto de origem vegetal, como doces e picles, circula com uma licença
fornecida pelo Serviço de Inspeção Municipal, ele não está licenciado sanitariamente e
poderá ser apreendido.
As agroindústrias que aparecem licenciadas pelo SIV (Seção de Inspeção
Vegetal), que é de competência do MAPA, são as que trabalham com bebidas, sucos
e polpas. Os produtos licenciados pelo SIV e pela Vigilância Sanitária têm livre
comércio entre municípios e estados, diferentemente dos produtos de origem animal
com inspeção estadual ou municipal.
Tabela 23 - Situação legal das agroindústrias de origem vegetal.
SITUAÇÃO
ATIVIDADE
NR
FORMAL
INFORMAL
TOTAL
SIV
VIGILÂNCIA
S ANITÁRIA
SIM
Doces
0
6
2
8
1
17
Picles/conservas
0
3
1
7
1
12
Minimamente processados
0
0
1
1
0
2
Derivados de cana-de-açúcar
0
4
1
2
0
7
Bebidas/sucos/polpa
0
4
2
1
0
7
OBS: *NR – Não Respondeu; SIV – Seção de Inspeção Vegetal e SIM – Serviço de Inspeção Municipal.
A Tabela 24 mostra a situação sanitária para a totalidade das agroindústrias
de origem vegetal.
A Tabela a seguir mostra um número expressivo de agroindústrias de origem
vegetal que não tem licença sanitária. Diferentemente dos produtos cárneos, não há
um segmento dos produtos de origem vegetal que apareça com mais destaque a
informalidade.
Tabela 24 - Situação sanitária para a totalidade das agroindústrias de origem vegetal.
ORIGEM VEGETAL
AGROINDÚSTRIAS
Não respondeu
0
Informal
39
Vigilância Sanitária
24
SIV (Seção de Inspeção de Vegetais)
6
SIM (Serviço de Inspeção Municipal)
1
Total de agroindústrias cadastradas nesta atividade
45
70
c) Panificação
A Tabela 25 mostra a situação legal das
agroindústrias de panificação por ramo de
atividade. A legislação sanitária para panificados é
de competência da vigilância sanitária (Ministério
da Saúde). A mesma afirmação que se fez para os
produtos vegetais serve para os produtos de
panificação, em que não é da competência do
Serviço de Inspeção Municipal conceder a licença
sanitária para estes estabelecimentos.
As atividades de panificação foram as que
apresentaram maior relação percentual do número
de estabelecimentos sem licença sanitária.
Tabela 25 - Situação legal das agroindústrias de panificação por ramo de atividade.
SITUAÇÃO
ATIVIDADE
NR
FORMAL
INFORMAL
TOTAL
SIV
VIGILÂNCIA
S ANITÁRIA
SIM
Pães/cucas
0
13
0
5
1
19
Biscoitos/bolachas
0
13
0
6
1
20
Massas
0
10
0
5
1
16
OBS: *NR – Não Respondeu; SIV – Seção de Inspeção Vegetal e SIM – Serviço de Inspeção Municipal.
A Tabela 26 mostra a situação do licenciamento sanitário das agroindústrias
de panificação.
Tabela 26 - Situação do licenciamento sanitário das agroindústrias de panificação.
PANIFICAÇÃO
AGROINDÚSTRIAS
Não respondeu
0
Informal
15
Vigilância Sanitária
7
SIM
1
Total de agroindústrias cadastradas nesta atividade
46
23
4.4.1.1 INTERESSE EM LEGALIZADA SANITARIAMENTE A AGROINDÚSTRIA
A Tabela 27 mostra o interesse dos beneficiários, que ainda não tem a licença
sanitária, em fazê-la.
Tabela 27 - Interesse dos beneficiários em legalizar sanitariamente a agroindústria.
HÁ INTERESSE EM LEGALIZAR SANITARIAMENTE A AGROINDÚSTRIA
ATIVIDADE DA
AGROINDÚSTRIA
SIM
%
Origem animal
0
0%
Origem vegetal
1
Panificação
Outras
JÁ TENTAMOS
AINDA NÃO
ESTÁ TRAMITANDO
%
MAS NÃO FOI
POSSÍVEL
%
6
26%
4
17%
13
57%
2%
21
49%
9
21%
12
28%
2
13%
8
50%
4
25%
2
13%
1
20%
4
80%
0
0%
0
0%
ANALISAMOS
O PROCESSO
%
Note-se que há um grande número de processos em tramitação para a
regularização sanitária dos produtos de origem animal. Uma das possíveis causas
pode estar relacionada com a implantação do Serviço de Inspeção Municipal em
vários municípios. A panificação foi a que apresentou a maior relação percentual para
aqueles estabelecimentos que tentaram se legalizar e não conseguiram. Elas também,
quando comparadas com as atividades de origem animal e vegetal, foram as que
apresentam maior interesse em regularizar sua situação sanitária e quando tentaram
fazê-la por algum motivo de ordem técnica não conseguiram.
O Gráfico 9 mostra o interesse dos beneficiários em obter a licença sanitária.
25
21
20
15
13
12
9
8
10
6
4
4
4
5
2
2
1
0
1
0
0
0
Origem animal
Origem vegetal
Panificação
sim
já tentamos mas não foi possível
Outras
ainda não analizamos
está tramitando o processo
Gráfico 9 - Interesse dos beneficiários, que ainda não tem a licença sanitária, em
regularizá-la.
47
4.4.1.2 DIFICULDADES ENCONTRADAS NO PROCESSO DE LEGALIZAÇÃO
A Tabela 28 apresenta uma panorâmica dos empreendimentos que tentaram
ou estão tentando se legalizar sanitariamente e o grau de dificuldade que enfrentam
ou enfrentaram.
Os resultados demonstram claramente que há dificuldades, independente do
tipo de atividade a qual se quer legalizar sanitariamente, explicando em partes a
desistência ou a falta de perspectivas que muitas agroindústrias apresentaram com
relação a tentativa de iniciar um processo de legalização sanitária.
Tabela 28 - Opinião das agroindústrias sobre o grau de dificuldade que enfrentaram
ou estão enfrentando junto aos órgãos de inspeção sanitária para
regularizarem sanitariamente seus empreendimentos.
SE HOUVE TENTATIVAS OU ESTÁ TRAMITANDO O PROCESSO DE LEGALIZAÇÃO,
ATIVIDADE
ENFRENTARAM OU ESTÃO ENFRENTANDO DIFICULDADES
DA AGROINDÚSTRIA
SIM
%
NÃO
%
Origem animal
15
83%
3
17%
Origem vegetal
19
90%
2
10%
Panificação
7
100%
0
0%
Outras
0
0%
0
0%
O Gráfico 10 representa graficamente a opinião das agroindústrias sobre o
grau de dificuldade que enfrentaram ou estão enfrentando junto aos órgãos de
inspeção sanitária para regularizarem sanitariamente seus empreendimentos.
19
20
15
15
10
5
7
3
2
0
0
0
0
Origem animal Origem vegetal
sim
Panificação
não
Outras
Gráfico 10 - Representação gráfica da opinião das agroindústrias sobre o grau
de dificuldade que enfrentaram ou estão enfrentando junto aos
órgãos de inspeção sanitária para regularizarem sanitariamente
seus empreendimentos.
48
4.4.2 LICENÇA A MBIENTAL
A Tabela 29 apresenta a situação das agroindústrias, por atividade, referente
ao licenciamento ambiental.
Tabela 29 - Situação das agroindústrias quanto ao licenciamento ambiental.
ATIVIDADE DA
AGROINDÚSTRIA
LICENCIADA
%
NÃO LICENCIADA
%
NR
%
Origem animal
19
46%
22
54%
0
0%
Origem vegetal
23
33%
46
66%
1
1%
Panificação
1
4%
22
96%
0
0%
Outras
1
14%
5
72%
1
14%
OBS: *NR – Não Respondeu.
O percentual elevado de agroindústrias que não estão em dia com a licença
ambiental expõe dois problemas. O primeiro está relacionado com a morosidade e a
burocracia do serviço de licenciamento ambiental e o segundo ao fato da Secretaria de
Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul não ter renovado a Licença Ambiental
guarda-chuva concedida as agroindústrias cadastradas no Programa de Agroindústria
Familiar.
O elevado percentual de panificadoras sem licenciamento ambiental apenas
soma-se a falta de licenciamento sanitário. Um dos aparentes motivos está na sua
localização.
O Gráfico 11 é a representação gráfica da situação das agroindústrias quanto
a licenciamento ambiental.
50
46
45
40
35
30
23
22
25
22
19
20
15
10
5
5
1
0
1
0
1
1
0
Origem animal
Origem vegetal
licenciada
Panificação
não licenciada
outras
NR
Gráfico 11 - Representação gráfica da situação das agroindústrias
quanto ao licenciamento ambiental.
49
4.4.3 CÓDIGO DE BARRAS
A Tabela 30 apresenta a situação das agroindústrias quanto a adoção ou não
do código de barras na rotulagem das embalagens dos produtos.
Tabela 30 - Situação das agroindústrias quanto a adoção ou não do código de barras
na rotulagem das embalagens dos produtos.
USA O CÓDIGO DE BARRAS
ATIVIDADE DA
AGROINDÚSTRIA
PRÓPRIO
NÃO USA O CÓDIGO DE BARRAS
DE
%
TERCEIROS
%
NÃO USA
%
Origem animal
8
20%
0
0%
33
80%
Origem vegetal
17
24%
3
4%
50
72%
Panificação
3
13%
0
0%
20
87%
Outras
1
14%
0
0%
6
86%
O expressivo número de agroindústrias que não adotaram o código de barras
na rotulagem de seus produtos evidencia que esses não estão sendo comercializados
pelas grandes redes varejistas de distribuição. Esta afirmação encontra sustentação
visto que o código de barras é uma exigência das grandes redes de supermercado.
O Gráfico 12 apresenta a situação das agroindústrias quanto a adoção ou não
do uso de código de barras na rotulagem de seus produtos.
50
50
40
33
30
20
17
20
8
6
10
0
3
3
0
1
0
0
Origem animal
Origem vegetal
Panificação
outras
Usa código de barras próprio
Usa código de barras de terceiros
Não usa código de barras
Gráfico 12 - Representação gráfica da situação das agroindústrias quanto a adoção
ou não do uso de código de barras na rotulagem de seus produtos.
50
4.4.4 MARCA REGISTRADA
A Tabela 31 mostra as agroindústrias que registraram suas marcas no
Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e as que não têm registro.
Tabela 31 - Agroindústrias que possuem marca registrada e que não possuem.
ATIVIDADE
TEM
MARCA REGISTRADA
DA AGROINDÚSTRIA
SIM
%
NÃO
%
Origem animal
6
15%
35
85%
Origem vegetal
7
10%
63
90%
Panificação
0
0%
23
100%
Outras
1
14%
6
86%
O Gráfico 13 apresenta a situação das agroindústrias quanto ao processo de
registro das marcas, para as diferentes atividades industriais.
70
63
60
50
35
40
30
23
20
10
6
7
6
0
1
Panificação
outras
0
Origem animal
Origem vegetal
Sim
Não
Gráfico 13 - Situação dos registros das marcas para as diferentes atividades agro-industriais.
51
O percentual de agroindústrias que não tem marca registrada retrata uma
realidade que não é só das agroindústrias. O desconhecimento da importância do
registro das marcas só é notado quando elas alcançam um patamar elevado de
reconhecimento por parte dos consumidores e a partir deste ponto se deparam com a
contestação de outra empresa solicitando providências por uso indevido da marca em
questão. A “pirataria” nos últimos anos vêm aumentando significativamente obrigando
uma mudança rápida de atitude das agroindústrias na preservação dos direitos da
propriedade industrial.
4.4.5 RÓTULO NAS EMBALAGENS DOS P RODUTOS COMERCIALIZADOS
A Tabela 32 mostra, para as diferentes atividades agroindustriais, o uso de
rótulo simples, registrado e os que não usam rótulo algum nos seus produtos.
Tabela 32 - Agroindústrias que usam rótulo simples, registrado e as que não
empregam nenhum tipo de rótulo nos seus produtos.
USA RÓTULO NAS EMBALAGENS
ATIVIDADE
SIM
DA AGROINDÚSTRIA
RÓTULO
SIMPLES
%
RÓTULO
REGISTRADO
%
NÃO
%
Origem animal
15
37%
11
27%
15
37%
Origem vegetal
28
40%
15
21%
27
39%
Panificação
7
30%
5
22%
11
48%
Outras
1
14%
1
14%
5
72%
O dado que chama atenção na Tabela 32 é o expressivo número de
embalagens que não usam rótulos ou que o rótulo é feito de forma artesanal. As
agroindústrias, registradas sanitariamente, passam necessariamente por uma análise
do órgão de inspeção quanto ao atendimento dos rótulos à legislação vigente. Nos
últimos anos, ocorreram mudanças significativas na composição dos dados
necessários, em particular da exigência da complementação de informação da
composição nutricional dos alimentos.
O uso de rótulos nas embalagens já foi visto apenas como um acessório
visual para chamar a atenção do consumidor para a marca. Rótulos coloridos, nomes
fantasia sugestivos, entre outros, eram a estratégia de marketing empregada.
52
Atualmente, por imposição do mercado consumidor, o rótulo deixou de ter este caráter
e passou a ser um instrumento de orientação ao consumidor a respeito das
informações relevantes do alimento ao qual ele está adquirindo. A origem, o prazo de
validade, a forma de armazenagem, a composição nutricional do alimento, entre
outras, passaram a ser uma referência de qualidade do alimento. Assim como as
embalagens, os rótulos passaram a ser entendidos como o conjunto de etapas que
compõe a formação de um determinado alimento.
Desta forma, torna-se importante orientar as agroindústrias para a
necessidade de adequação dos rótulos, não apenas como uma forma de atender a
legislação, mas também para o atendimento do mercado consumidor.
A Figura 14 é a representação gráfica para as diferentes atividades
agroindustriais e o emprego por parte delas do uso de rótulo simples, registrado e as
que não usam nenhum rótulo nos seus produtos.
28
30
27
25
20
15
15
15
15
11
11
7
10
5
5
5
1
1
0
Origem animal
Origem vegetal
rótulo simples
Panificação
rótulo registrado
outras
não usa rótulo
Gráfico 14 - Representação gráfica para as diferentes atividades agroindustriais e o emprego por
parte delas do uso de rótulo simples, registrado e as que não usam nenhum rótulo
nos seus produtos.
O percentual elevado do emprego de rótulo simples em produtos de origem
vegetal pode ser explicado em partes pela maior participação destes em feiras. As
feiras ainda representam uma excelente alternativa de venda direta ao consumidor nos
mercados locais.
53
4.5
ORIGEM DA MÃO -DE-OBRA EMPREGADA
AGROINDÚSTRIA
NAS
ATIVIDADES
DA
A Tabela 33 mostra a origem da mão-de-obra empregada nas agroindústrias.
Tabela 33 - Origem da mão-de-obra empregada nas agroindústrias.
ATIVIDADE DA
AGROINDÚSTRIA
ORIGEM DA MÃO-DE- OBRA EMPREGADA NAS ATIVIDADES DA AGROINDÚSTRIA
SOMENTE
FAMILIAR
%
FAMILIAR
MAIS
CONTRATADA
%
SOMENTE
CONTRATADA
%
Origem animal
29
71%
8
20%
4
9%
Origem vegetal
54
77%
14
20%
2
3%
Panificação
17
74%
5
22%
1
4%
Outras
4
57%
1
14%
2
29%
Os dados apresentados na Tabela 33 reforçam a participação de
agroindústrias familiares neste estrato. A participação exclusiva da mão-de-obra
familiar suscita uma reflexão sobre a capacidade de manutenção de todas as
atividades correlatas a propriedade. Observa-se que o aumento do esforço de trabalho
gera uma dificuldade na manutenção das atividades vinculadas a propriedade,
terminando pela opção da exclusão de algumas delas. A etapa que vem apresentando
maiores problemas de permanência é a produção primária. Os resultados alcançados
com esta opção não são bons, e por vezes, desastrosos. A viabilidade de muitas
agroindústrias está justamente no diferencial da produção própria de matéria-prima,
permitindo que elas sejam competitivas.
54
O Gráfico 15 apresenta a representação gráfica da distribuição da origem da
mão-de-obra empregada nas agroindústrias para os produtos de origem animal,
vegetal, panificação e outros.
60
54
50
40
29
30
17
14
20
8
10
4
2
Origem animal
Origem vegetal
5
1
4
1
2
0
somente familiar
Panificação
familiar mais contratada
Outras
somente contratada
Gráfico 15 - Representação gráfica da distribuição da origem da mão-de-obra empregada nas
agroindústrias.
4.5.1 NÚMERO DE P ESSOAS CONTRATADAS (SEM INCLUIR MEMBROS DA FAMÍLIA )
A Tabela 34 apresenta as agroindústrias que utilizam mão-de-obra
terceirizada e o número de funcionários contratados, não contabilizada a mão-de-obra
familiar.
A atividade que emprega maior número de pessoas contratadas é a de
origem animal. O resultado é reflexo da maior complexidade dos processos envolvidos
na elaboração dos produtos de origem cárnea. Outro motivo é a necessidade de que o
processamento seja contínuo de modo a evitar paradas que possam comprometer a
sanidade dos produtos.
55
Tabela 34 - Agroindústrias que utilizam mão-de-obra terceirizada e o número de
funcionários contratados, não contabilizada a mão-de-obra familiar.
ATIVIDADE DA
AGROINDÚSTRIA
AGROINDÚSTRIAS QUE UTILIZAM MÃO-DE- OBRA TERCEIRIZADA E O NÚMERO DE
CONTRATAÇÕES, NÃO CONTABILIZADA A MÃO-DE- OBRA FAMILIAR
ATÉ
2
DE
3 A5
DE
6 A8
DE
9 A 12
ACIMA DE
13
PESSOAS
PESSOAS
PESSOAS
PESSOAS
PESSOAS
Origem animal
6
5
1
0
0
Origem vegetal
6
5
2
2
0
Panificação
3
3
0
0
0
Outras
0
1
0
1
0
4.5.2
FORMA DE PAGAMENTO DOS SERVIÇOS P RESTADOS PELOS MEMBROS DA
FAMÍLIA
A Tabela 35 apresenta o número de agroindústrias em que membros da
família trabalham na unidade industrial e que o pagamento dos serviços é feito das
seguintes formas: recebem salário fixo por mês; somente percentual sobre as vendas;
fazem retirada quando há necessidade; não há nenhuma remuneração estipulada e
outras formas.
Os resultados apresentados na Tabela 35 remetem a um problema sério na
administração das agroindústrias. O controle do fluxo financeiro fica seriamente
comprometido quando não há remuneração estipulada para pagamento da mão-deobra.
Observa-se que mais de 80% das agroindústrias, para as diferentes
atividades, fazem o pagamento da mão-de-obra das seguintes formas: fazem retirada
quando há necessidade e não há nenhuma remuneração estipulada.
A constatação da forma de pagamento da mão-de-obra familiar remete para a
necessidade de melhor avaliar os resultados obtidos com as agroindústrias e sua
viabilidade econômica. Neste caso, fica a incerteza da correção do levantamento do
fluxo de caixa realizado pelas agroindústrias.
56
Tabela 35 - Número de agroindústrias em que membros da família trabalham na
unidade industrial e que o pagamento dos serviços é feito de diferentes
formas.
NÚMERO DE AGROINDÚSTRIAS EM QUE MEMBROS DA FAMÍLIA TRABALHAM NA UNIDADE E QUE
O PAGAMENTO DOS SERVIÇOS É FEITO DAS SEGUINTES FORMAS :
ATIVIDADE DA
FAZEM
NÃO HÁ
RETIRADA
QUANDO HÁ
NENHUMA
REMUNERAÇÃO
NECESSIDADE
ESTIPULADA
4
17
13
8
2
6
17
31
20
Panificação
0
2
9
7
6
Outras
1
2
1
0
3
RECEBEM
SOMENTE
SALÁRIO FIXO
POR MÊS
PERCENTUAL
SOBRE VENDAS
Origem animal
4
Origem vegetal
AGROINDÚSTRIA
OUTRAS
FORMAS
4.6 M ATÉRIA-PRIMA UTILIZADA PARA FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS
A Tabela 36 apresenta o total de agroindústrias enquadradas nas diferentes
faixas percentuais de emprego de matéria-prima oriunda da própria propriedade, para
fabricação dos produtos.
Tabela 36 - Total de agroindústrias enquadradas nas diferentes faixas percentuais de
emprego de matéria-prima oriunda da própria propriedade, para
fabricação dos produtos.
ATIVIDADE DA
NÚMERO DE AGROINDÚSTRIAS QUE UTILIZAM MATÉRIA-PRIMA DA PRÓPRIA PROPRIEDADE E
QUANTIDADE EMPREGADA (PERCENTUAL ) NA FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS
AGROINDÚSTRIA
DE
1 A 25%
DE
26 A 50%
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
Origem animal
5
*21%
3
*13%
2
*8%
14
*58%
Origem vegetal
5
*9%
7
*12%
5
*9%
40
*70%
Panificação
5
*25%
7
*35%
3
*15%
5
*25%
Outras
0
*0%
1
*33%
0
*0%
2
*67%
OBS: *Percentual referente ao número total de agroindústrias, da mesma cadeia, que responderam o
questionário.
Os resultados acima merecem maior atenção porque são essenciais para
competitividade das agroindústrias. Percebe-se que a produção própria da matériaprima tem se constituído no diferencial de sobrevivência de muitas agroindústrias. A
afirmação tem por base duas motivações, que são: A primeira, relacionada
principalmente com os produtos de origem vegetal, refere-se a sazonalidade da
matéria-prima. A variação de preço da matéria-prima é uma constante, assim como,
57
sua oferta. Como a produção agrícola destas matérias-primas segue ainda um modelo
tradicional, sujeito as condições climáticas, ocorre de haver períodos de super safras
onde o preço despenca e outros momentos em que as safras são frustadas e os
preços são elevados. As oscilações freqüentes na oferta e nos preços propiciam
incertezas na produtividade das agroindústrias. Agroindústrias que produzem a sua
matéria-prima conseguem ser mais competitivas no mercado. A segunda refere-se as
matérias-primas de origem animal. Essas dependem da produção primária de grãos,
do mercado externo e também dos fatores climáticos.
Um exemplo recente que
pode ser citado foi a crise da
suinocultura. A baixa remuneração da
matéria-prima fez com que muitos
produtores desistissem de manter tal
atividade.
O
resultado
foi
o
desabastecimento dos mercados e a
elevação dos preços. Diversas
agroindústrias de produção de
embutidos passaram e ainda passam
por muitas dificuldades já que
dependem do fornecimento por parte
de terceiros.
A Tabela 37 apresenta o total de agroindústrias enquadradas nas diferentes
faixas percentuais de emprego de matéria-prima adquirida com os vizinhos para
fabricação dos produtos.
Tabela 37 - Total de agroindústrias enquadradas nas diferentes faixas percentuais de
emprego de matéria-prima adquirida com os vizinhos para fabricação dos
produtos.
ATIVIDADE DA
NÚMERO DE AGROINDÚSTRIAS QUE UTILIZAM MATÉRIA-PRIMA ADQUIRIDA DE VIZINHOS E
QUANTIDADE EMPREGADA (PERCENTUAL ) NA FABRICAÇÃO DOS MESMOS
AGROINDÚSTRIA
DE
1 A 25%
DE
26 A 50%
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
Origem animal
2
*11%
6
*33%
2
*11%
8
*44%
Origem vegetal
19
*73%
7
*27%
0
*0%
0
*0%
Panificação
8
*57%
5
*36%
1
*7%
0
*0%
Outras
0
*0%
1
*50%
1
*50%
0
*0%
OBS: *Percentual referente ao número total de agroindústrias, da mesma cadeia, que responderam o
questionário.
58
Os resultados apresentados na Tabela 37 mostram a importância das
agroindústrias como estimuladoras locais de produção primária. As agroindústrias que
contribuem mais com a aquisição de matéria-prima dos vizinhos são as de origem
animal em especial as de laticínios.
A Tabela 38 apresenta o total de agroindústrias enquadradas nas diferentes
faixas percentuais de emprego de matéria-prima adquirida de outros municípios para
fabricação dos produtos.
Tabela 38 - Total de agroindústrias enquadradas nas diferentes faixas percentuais de
emprego de matéria-prima adquirida de outros municípios para fabricação
dos produtos.
ATIVIDADE DA
NÚMERO DE AGROINDÚSTRIAS QUE UTILIZAM MATÉRIA-PRIMA ADQUIRIDA EM OUTROS
MUNICÍPIOS E QUANTIDADE EMPREGADA (PERCENTUAL ) NA FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS
AGROINDÚSTRIA
DE
1 A 25%
DE
26 A 50%
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
Origem animal
3
*30%
3
*30%
0
*0%
4
*40%
Origem vegetal
9
*60%
2
*13%
1
*7%
3
*20%
Panificação
5
*38%
4
*31%
1
*8%
3
*23%
Outras
2
*67%
1
*33%
0
*0%
0
*0%
OBS: *Percentual referente ao número total de agroindústrias, da mesma cadeia, que responderam o
questionário.
Os números apresentados acima demonstram que, apesar das agroindústrias
comprarem matéria-prima de outros municípios, o percentual não é tão representativo.
Desta forma, pode-se dizer que as agroindústrias deste estrato são bastante
estimuladoras da produção primária em seus municípios.
A Tabela 39 apresenta o total de agroindústrias enquadradas nas diferentes
faixas percentuais de emprego de matéria-prima adquirida de outros estados para
fabricação dos produtos.
Tabela 39 - Total de agroindústrias enquadradas nas diferentes faixas percentuais de
emprego de matéria-prima adquirida em outros estados para fabricação
dos produtos.
NÚMERO DE AGROINDÚSTRIAS QUE UTILIZAM MATÉRIA-PRIMA ADQUIRIDA EM OUTROS
ATIVIDADE DA
ESTADOS E QUANTIDADE EMPREGADA (PERCENTUAL ) NA FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS
AGROINDÚSTRIA
DE
Origem animal
0
Origem vegetal
Panificação
Outras
1 A 25%
DE
26 A 50%
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
*0%
0
*0%
0
*0%
0
*0%
0
*0%
0
*0%
0
*0%
0
*0%
2
*67%
0
*0%
0
*0%
1
*33%
0
*0%
0
*0%
0
*0%
0
*0%
OBS: *Percentual referente ao número total de agroindústrias, da mesma cadeia, que responderam o
questionário.
59
Matérias-primas vindas de outros estados só se mostraram significativas para
as agroindústrias que produzem panificados. Este é um reflexo da situação do setor de
produção de farinha de trigo. Devido as características do trigo nacional, as farinhas
produzidas exclusivamente com o trigo nacional não apresentam boas características
para panificação, exigindo desta forma uma mistura com trigo importado. Neste
aspecto, a produção de farinha de trigo em outros estados se mostra mais competitiva
que a rio-grandense. A diferença está nas taxas dos impostos praticados nos
diferentes estados.
A Tabela 40 apresenta o total de agroindústrias enquadradas nas diferentes
faixas percentuais de emprego de matéria-prima adquirida nas propriedades dos
associados para fabricação dos produtos.
Tabela 40 - Total de agroindústrias enquadradas nas diferentes faixas percentuais de
emprego de matéria-prima adquirida das propriedades dos associados
para fabricação dos produtos.
ATIVIDADE DA
NÚMERO DE AGROINDÚSTRIAS QUE UTILIZAM MATÉRIA-PRIMA ADQUIRIDA NAS PROPRIEDADES
DOS ASSOCIADOS E QUANTIDADE EMPREGADA (PERCENTUAL ) NA FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS
AGROINDÚSTRIA
DE
1 A 25%
DE
26 A 50%
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
Origem animal
1
*11%
1
*11%
1
*11%
6
*67%
Origem vegetal
4
*21%
1
*5%
2
*11%
12
*63%
Panificação
6
*75%
1
*13%
0
*0%
1
*13%
Outras
2
*50%
1
*25%
0
*0%
1
*25%
OBS: *Percentual referente ao número total de agroindústrias, da mesma cadeia, que responderam o
questionário.
Os resultados apresentados na Tabela 40 permitem observar que, neste
estrato, a participação dos sócios como fornecedores de matéria-prima não é
representativa.
Observa-se também que, quando há participação dos sócios no fornecimento
de matéria-prima para a agroindústria, eles contribuem com um percentual bastante
elevado, mais de 76% do que necessita para a produção do produto final.
A Tabela 41 apresenta o total de agroindústrias enquadradas de acordo com
as faixas percentuais de emprego das matérias-primas de diferentes procedências
para fabricação de produtos de origem animal.
60
Tabela 41 - Total de agroindústrias enquadradas de acordo com as faixas percentuais
de emprego das matérias-primas de diferentes procedências para
fabricação de produtos de origem animal.
ORIGEM ANIMAL
PROCEDÊNCIA DA M ATÉRIA-PRIMA
NÚMERO DE AGROINDÚSTRIAS ENQUADRADAS DE ACORDO COM AS FAIXAS
PERCENTUAIS DE EMPREGO DAS MATÉRIAS - PRIMAS
DE
1 A 25%
DE
26 A 50%
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
Da própria propriedade
5
*21%
3
*13%
2
*8%
14
*58%
Adquirida de vizinhos
2
*11%
6
*33%
2
*11%
8
*44%
Adquirida em outros municípios
3
*30%
3
*30%
0
*0%
4
*40%
Adquirida em outros estados
0
*0%
0
*0%
0
*0%
0
*0%
Adquirida nas propriedades dos
associados
1
*11%
1
*11%
1
*11%
6
*67%
OBS: *Percentual referente ao número total de agroindústrias, para mesma procedência da matériaprima, que responderam o questionário.
A Tabela 42 apresenta o total de agroindústrias enquadradas de acordo com
as faixas percentuais de emprego das matérias-primas de diferentes procedências
para fabricação de produtos de origem vegetal.
Tabela 42 - Total de agroindústrias enquadradas de acordo com as faixas percentuais
de emprego das matérias-primas de diferentes procedências para
fabricação de produtos de origem vegetal.
ORIGEM VEGETAL
PROCEDÊNCIA DA M ATÉRIA-PRIMA
NÚMERO DE AGROINDÚSTRIAS ENQUADRADAS DE ACORDO COM AS FAIXAS
PERCENTUAIS DE EMPREGO DAS MATÉRIAS - PRIMAS
DE
Da própria propriedade
1 A 25%
DE
26 A 50%
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
5
*9%
7
*12%
5
*9%
40
*70%
19
*73%
7
*27%
0
*0%
0
*0%
Adquirida em outros municípios
9
*60%
2
*13%
1
*7%
3
*20%
Adquirida em outros estados
0
*0%
0
*0%
0
*0%
0
*0%
Adquirida nas propriedades dos
associados
4
*21%
1
*5%
2
*11%
12
*63%
Adquirida de vizinhos
OBS: *Percentual referente ao número total de agroindústrias, para mesma procedência da matériaprima, que responderam o questionário.
A Tabela 43 apresenta o total de agroindústrias enquadradas de acordo com
as faixas percentuais de emprego das matérias-primas de diferentes procedências
para fabricação de produtos de panificação.
61
Tabela 43 - Total de agroindústrias enquadradas de acordo com as faixas percentuais
de emprego das matérias-primas de diferentes procedências para
fabricação de produtos de panificação.
P ANIFICAÇÃO
PROCEDÊNCIA DA M ATÉRIA-PRIMA
NÚMERO DE AGROINDÚSTRIAS ENQUADRADAS DE ACORDO COM AS FAIXAS
PERCENTUAIS DE EMPREGO DAS MATÉRIAS - PRIMAS
DE
1 A 25%
DE
26 A 50%
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
Da própria propriedade
5
*25%
7
*35%
3
*15%
5
*25%
Adquirida de vizinhos
8
*57%
5
*36%
1
*7%
0
*0%
Adquirida em outros municípios
5
*38%
4
*31%
1
*8%
3
*23%
Adquirida em outros estados
2
*67%
0
*0%
0
*0%
1
*33%
Adquirida nas propriedades dos
associados
6
*75%
1
*13%
0
*0%
1
*13%
OBS: *Percentual referente ao número total de agroindústrias, para mesma procedência da matériaprima, que responderam o questionário.
A Tabela 44 apresenta o total de agroindústrias enquadradas de acordo com
as faixas percentuais de emprego das matérias-primas de diferentes procedências
para fabricação de outros produtos.
Tabela 44 - Total de agroindústrias enquadradas de acordo com as faixas percentuais
de emprego das matérias-primas de diferentes procedências para
fabricação de outros produtos.
OUTRAS
PROCEDÊNCIA DA M ATÉRIA-PRIMA
NÚMERO DE AGROINDÚSTRIAS ENQUADRADAS DE ACORDO COM
AS FAIXAS PERCENTUAIS DE EMPREGO DAS MATÉRIAS -PRIMAS
DE
1 A 25%
DE
26 A 50%
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
Da própria propriedade
0
*0%
1
*33%
0
*0%
2
*67%
Adquirida de vizinhos
0
*0%
1
*50%
1
*50%
0
*0%
Adquirida em outros municípios
2
*67%
1
*33%
0
*0%
0
*0%
Adquirida em outros estados
0
*0%
0
*0%
0
*0%
0
*0%
Adquirida nas propriedades dos associados
2
*50%
1
*25%
0
*0%
1
*25%
OBS: *Percentual referente ao número total de agroindústrias, para mesma procedência da matériaprima, que responderam o questionário.
4.6.1
DIFICULDADES E NCONTRADAS AO A DQUIRIR MATÉRIA -PRIMA DE
T ERCEIROS
A Tabela 45 mostra o total de agroindústrias que adquirem matéria-prima de
terceiros e se enfrentam dificuldades ou não em comprá-la.
62
Tabela 45 - Total de agroindústrias que adquirem matéria-prima de terceiros e se
esses enfrentam dificuldades ou não em comprá-las.
SE
ATIVIDADE DA
AGROINDÚSTRIA
ADQUIREM MATÉRIA-PRIMA DE TERCEIROS, HÁ DIFICULDADES EM COMPRAR
SIM
%
NÃO
%
Origem animal
11
37%
19
63%
Origem vegetal
27
55%
22
45%
Panificação
5
26%
14
74%
Outras
3
75%
1
25%
O resultado apresentado na Tabela acima é muito importante porque revela o
grau de dificuldade que as agroindústrias têm para adquirir matéria-prima de terceiros.
Nesse aspecto, pode-se destacar as de origem vegetal, onde 55% delas disseram ter
dificuldades para aquisição. Embora as demais atividades apresentem um percentual
menor, destaca-se com mais ênfase, a necessidade de assegurar na produção própria
um fator de redução dos riscos nos investimentos. Enfatiza-se a importância da
produção própria como fator de competitividade das agroindústrias.
O gráfico 16 mostra a representação gráfica do total de agroindústrias que
adquirem matéria-prima de terceiros e se elas enfrentam dificuldades ou não em
comprá-la.
27
30
22
25
19
20
14
15
11
10
5
3
5
1
0
Origem animal
Origem vegetal
Panificação
sim
Outras
não
Gráfico 16 - Representação gráfica do total de agroindústrias que adquirem matéria-prima de terceiros e
se elas enfrentam dificuldades ou não em comprá-la.
63
A
Tabela
46
aponta
as
principais
dificuldades
encontradas
pelas
agroindústrias no momento da aquisição da matéria-prima de terceiros.
Tabela 46 - Principais dificuldades encontradas pelas agroindústrias no momento da
aquisição da matéria-prima de terceiros.
SE
ATIVIDADE
APRESENTA DIFICULDADES,
APONTEM AS PRINCIPAIS
ORIGEM
ANIMAL
AGRO-INDUSTRIAL
ORIGEM
VEGETAL
P ANIFICAÇÃO
OUTRAS
Escassez
5
24%
14
25%
1
10%
1
17%
Custos elevados
8
38%
10
18%
4
40%
1
17%
Falta qualidade
3
14%
10
18%
1
10%
1
17%
Sazonalidade dos produtos
1
5%
15
26%
0
0%
0
0%
Forma de pagamento
2
10%
3
5%
1
10%
1
17%
Dificuldade na entrega dos produtos
2
10%
4
7%
3
30%
0
0%
Dificuldades de concessão de crédito
por parte dos fornecedores
0
0%
1
2%
0
0%
2
33%
A Tabela 46 reforça a afirmação feita anteriormente quando retratada a
motivação da produção própria de matéria-prima. Vê-se claramente que para os
produtos de origem vegetal o maior problema enfrentado são a sazonalidade e a
escassez e que para os de origem animal são os custos elevados e a escassez. Um
percentual interessante para análise é que os produtos de panificação registraram
maior dificuldade na entrega dos produtos quando relacionados aos demais. O motivo
está associado a maior dependência dessas agroindústrias na aquisição de matériaprima vinda de outros estados.
4.7 PROCEDÊNCIA DOS PRINCIPAIS INSUMOS UTILIZADOS
A Tabela 47 apresenta o total de agroindústrias enquadradas de acordo com
as faixas percentuais de emprego dos insumos e suas diferentes procedências para
fabricação de produtos de origem animal.
Revela-se, ao contrário da matéria-prima, que os insumos, devido sua maior
complexidade, são adquiridos de terceiros, e na maioria das vezes, em outros
municípios. Este percentual ganha destaque na produção de embutidos, onde há a
necessidade de usar condimentos e agentes de cura que são formulações
desenvolvidas por grandes empresas especializadas nestas áreas. Devido aos custos
64
elevados destes insumos, muitas vezes, tornam-se difíceis de serem encontrados em
municípios menores, onde não há casas especializadas para comercialização destes
produtos. Aparece, então, a figura do representante de vendas que circula nas
agroindústrias e faz a comercialização.
Os produtos lácteos apresentam a mesma dificuldade para aquisição dos
insumos. Trata-se de culturas lácteas para fermentação e de coalho, insumos
complexos, cuja tecnologia é dominada em grande parte por empresas multinacionais.
Tabela 47 - Total de agroindústrias enquadradas de acordo com as faixas percentuais
de emprego das matérias-primas e suas diferentes procedências para
fabricação de produtos de origem animal.
ORIGEM
ANIMAL
TOTAL DE AGROINDÚSTRIAS RELACIONADO A ORIGEM DOS
PROCEDÊNCIA DOS INSUMOS
INSUMOS E O PERCENTUAL UTILIZADO NA FABRICAÇÃO DOS
PRODUTOS
DE
1 A 25%
26 A 50%
DE
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
Da própria propriedade
3
*21%
1
*7%
4
*29%
6
*43%
Comércio municipal
7
*30%
3
*13%
1
*4%
12
*52%
Adquirida em outros municípios
4
*17%
6
*25%
1
*4%
13
*54%
Adquirida em outros estados
2
*50%
1
*25%
0
*0%
1
*25%
Adquirida nas propriedades dos associados
0
*0%
0
*0%
0
*0%
0
*0%
OBS: *Percentual referente ao número total de agroindústrias, para mesma procedência da matériaprima, que responderam o questionário.
A Tabela 48 apresenta o total de agroindústrias enquadradas de acordo com
as faixas percentuais de emprego dos insumos e suas diferentes procedências para
fabricação de produtos de origem vegetal.
Tabela 48 - Total de agroindústrias enquadradas de acordo com as faixas percentuais
de emprego das matérias-primas e suas diferentes procedências para
fabricação de produtos de origem vegetal.
ORIGEM VEGETAL
TOTAL DE AGROINDÚSTRIAS RELACIONADO A ORIGEM DOS
PROCEDÊNCIA DOS INSUMOS
INSUMOS E O PERCENTUAL UTILIZADO NA FABRICAÇÃO DOS
PRODUTOS
DE
Da própria propriedade
1 A 25%
DE
26 A 50%
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
1
3%
4
10%
4
10%
30
77%
Comércio municipal
13
39%
11
33%
0
0%
9
27%
Adquirida em outros municípios
10
42%
6
25%
2
8%
6
25%
Adquirida em outros estados
0
0%
1
33%
0
0%
2
67%
Adquirida nas propriedades dos associados
1
11%
1
11%
0
0%
7
78%
OBS: *Percentual referente ao número total de agroindústrias, para mesma procedência da matériaprima, que responderam o questionário.
65
A menor complexidade tecnológica dos insumos para atender a fabricação
dos produtos de origem vegetal pode ser percebida através de seu suprimento quase
que total pelos próprios proprietários ou pelo comércio local.
A Tabela 49 apresenta o total de agroindústrias enquadradas de acordo com
as faixas percentuais de emprego dos insumos e suas diferentes procedências para
fabricação de produtos de panificação.
Tabela 49 - Total de agroindústrias enquadradas de acordo com as faixas percentuais
de emprego das matérias-primas e suas diferentes procedências para
fabricação de produtos de panificação.
P ANIFICAÇÃO
TOTAL DE AGROINDÚSTRIAS RELACIONADO A ORIGEM DOS
PROCEDÊNCIA DOS INSUMOS
INSUMOS E O PERCENTUAL UTILIZADO NA FABRICAÇÃO DOS
PRODUTOS
DE
1 A 25%
26 A 50%
DE
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
Da própria propriedade
4
*36%
3
*27%
1
*9%
3
*27%
Comércio municipal
5
*29%
2
*12%
3
*18%
7
*41%
Adquirida em outros municípios
4
*40%
2
*20%
1
*10%
3
*30%
Adquirida em outros estados
1
*33%
1
*33%
0
*0%
1
*33%
Adquirida nas propriedades dos associados
2
*50%
1
*25%
0
*0%
1
*25%
OBS: *Percentual referente ao número total de agroindústrias, para mesma procedência da matériaprima, que responderam o questionário.
A Tabela 50 apresenta o total de agroindústrias enquadradas de acordo com
as faixas percentuais de emprego dos insumos e suas diferentes procedências para
fabricação de outros produtos.
Tabela 50 - Total de agroindústrias enquadradas de acordo com as faixas percentuais
de emprego das matérias-primas e suas diferentes procedências para
fabricação de outros produtos.
OUTROS
PROCEDÊNCIA DOS INSUMOS
TOTAL DE AGROINDÚSTRIAS RELACIONADO A ORIGEM DOS INSUMOS E O
PERCENTUAL UTILIZADO NA FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS
DE
1 A 25%
DE
26 A 50%
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
Da própria propriedade
0
*0%
1
*50%
0
*0%
1
*50%
Comércio municipal
0
*0%
1
*50%
0
*0%
1
*50%
Adquirida em outros municípios
1
*50%
1
*50%
0
*0%
0
*0%
Adquirida em outros estados
0
*0%
1
*100%
0
*0%
0
*0%
Adquirida nas propriedades dos
associados
1
*50%
0
*0%
0
*0%
1
*50%
OBS: *Percentual referente ao número total de agroindústrias, para mesma procedência da matériaprima, que responderam o questionário.
66
5 CARACTERIZAÇÃO DA GESTÃO
AGROINDUSTRIAL
5.1 DIFICULDADES NA GESTÃO DOS EMPREENDIMENTOS
A Tabela 51 apresenta as principais dificuldades enfrentadas pelas
agroindústrias na área da gestão.
Tabela 51 - Principais dificuldades apontadas pelas agroindústrias na área da gestão.
EM QUAL OU QUAIS ÁREAS,
ATIVIDADE
A
AGROINDUSTRIAL
AGROINDÚSTRIA APRESENTA AS
PRINCIPAIS DIFICULDADES
ORIGEM
ANIMAL
ORIGEM VEGETAL
P ANIFICAÇÃO
OUTRAS
Financeira
37
90%
61
87%
20
87%
6
86%
Comercialização
30
73%
51
73%
18
78%
4
57%
Produção
28
68%
60
86%
20
87%
6
86%
Gerenciamento
21
51%
31
44%
11
48%
4
57%
Aquisição de insumos
5
12%
10
14%
2
9%
1
14%
Não temos dificuldades
1
2%
3
4%
0
0%
0
0%
Outros
4
10%
3
4%
1
4%
0
0%
Nota-se que as agroindústrias apontaram a questão financeira como sendo a
principal razão das dificuldades enfrentadas. Embora ela tenha sido apontada como
sendo a principal dificuldade fica a ponderação de que os problemas financeiros são
decorrentes da gestão. No instante em que você constata que um número significativo
de pessoas trabalha nas atividades agroindustriais sem ter uma remuneração
estipulada ou que a formação de preço dos produtos é feita sem metodologia parece
que o problema de fundo é gerencial.
5.1.1 PROBLEMAS DE ORDEM F INANCEIRA
A Tabela 52 apresenta as principais dificuldades de ordem financeira
enfrentadas pelas agroindústrias.
Tabela 52 - Principais dificuldades de ordem financeira enfrentadas pelas
agroindústrias.
ATIVIDADE
PROBLEMAS DE ORDEM FINANCEIRA
ORIGEM
ANIMAL
AGROINDUSTRIAL
ORIGEM
VEGETAL
P ANIFICAÇÃO
OUTRAS
Juros elevados
18
44%
9
13%
7
30%
2
29%
Capital de giro
30
73%
52
74%
15
65%
3
43%
Custos elevados na produção
8
20%
9
13%
2
9%
1
14%
Custos elevados da matéria-prima
9
22%
7
10%
5
22%
2
29%
Sazonalidade na receita
3
7%
12
17%
4
17%
2
29%
Difícil acesso ao crédito
13
32%
17
24%
5
22%
1
14%
A falta de capital de giro, apontada como sendo a maior dificuldade de ordem
financeira, na realidade pode ser o resultado decorrente da concepção dos projetos de
investimento. Um motivo aparente está na forma de dimensionar os custos fixos das
agroindústrias. Equívocos no levantamento dos itens que compõem os custos fixos na
hora da elaboração dos projetos
gera um descompasso que, na
maioria das vezes, não é mais
superado.
Quando
não
são
considerados itens que compõem os
custos fixos, tais como: vestimentas,
Equipamentos
de
Proteção
Individual,
materiais
de
limpeza,
entre outros, eles vão surgir nos
custos das agroindústrias mas não
haverá recursos já que eles não
foram previstos no projeto inicial. Quando esses gastos não são suportados na
formação do preço dos produtos, a alternativa é buscar mais capital de giro do que o
necessário. O problema é que financiamento para capital de giro quase que não existe
e quando existente os juros são muito elevados e a carência é pequena.
68
5.1.2 PROBLEMAS NA COMERCIALIZAÇÃO
A Tabela 53 apresenta as principais
comercialização enfrentadas pelas agroindústrias.
dificuldades
de
ordem
de
Tabela 53 - Principais dificuldades de ordem de comercialização enfrentadas pelas
agroindústrias.
ATIVIDADE
PROBLEMAS DE ORDEM DE
COMERCIALIZAÇÃO
AGROINDUSTRIAL
ORIGEM
ORIGEM
ANIMAL
Baixo custo de mercado
4
10%
2
3%
0
0%
1
14%
Faltam compradores
6
15%
7
10%
3
13%
2
29%
Muita concorrência
10
24%
8
11%
6
26%
2
29%
Margem de lucro pequena
18
44%
18
26%
5
22%
2
29%
Falta de estrutura para estocar
11
27%
21
30%
6
26%
1
14%
6
15%
12
17%
8
35%
1
14%
Abrangência de mercado muito restrita
11
27%
17
24%
7
30%
1
14%
Informalidade
17
41%
12
17%
3
13%
3
43%
Dificuldade em transportar produtos
VEGETAL
P ANIFICAÇÃO
OUTRAS
Importante constatação é feita na Tabela 53, apesar deste estrato contar com
um grande número de agroindústrias informais, isso é apontado como sendo uma das
principais razões das dificuldades de comercialização. Esse é um aspecto interessante
a ser discutido, já que as empresas formais têm sido penalizadas com inúmeras taxas
e impostos em detrimento do elevado percentual de informais. Quem se legaliza não
consegue competir, principalmente dentro do mercado local, com a informalidade.
Como não há, na maioria das situações, ações mais incisivas no combate a
informalidade por parte do poder público as empresas formais acabam sucumbindo.
Os percentuais conferidos aos itens não destoam muito entre si. Apesar da
afirmação anterior observa-se, para as diferentes atividades, que os baixos preços
alcançados no mercado não seriam um problema. Este é um sinal de que a diferença
entre os custos de produção e os preços praticados no mercado permitem a
competitividade das agroindústrias. Visto que empresas de grande porte conseguem
maiores rendimentos em produtos finais, melhor aproveitamento das matérias-primas
de menor valor agregado em subprodutos, e que os custos seguem um controle
rigoroso, é importante que as agroindústrias analisem melhor o ponto de equilíbrio e a
formação de preço de seus produtos para evitar distorções que acabam por inviabilizar
os pequenos empreendimentos.
69
5.1.3 PROBLEMAS DE ORDEM DE P RODUÇÃO
A Tabela 54 apresenta as principais dificuldades de ordem de produção
enfrentadas pelas agroindústrias.
De acordo com os resultados apresentados na Tabela 54 constata-se que
equipamentos inadequados constituem-se em um problema para as agroindústrias.
Parte dele pode ser compreendido à medida que o parque industrial montado para
fornecer insumos e equipamentos para indústrias foi desenvolvido para atender as
empresas de grande porte. A veracidade da afirmação pode ser constatada com a
dificuldade de encontrar equipamentos que atendam produções de baixa escala. As
agroindústrias, ainda hoje, socorrem-se de pequenas funilarias para adequar
equipamentos mais coerentes as suas atividades. Embora essa seja uma alternativa
razoável em um primeiro momento, ela deixa de ser à proporção que haja a
necessidade de aumento de escala de produção e que os equipamentos tornam-se
subdimensionados, começando a dar problemas em seu funcionamento.
Devido a rusticidade do material empregado na construção de alguns
equipamentos, a produtividade é afetada grandemente. Há uma clara necessidade de
políticas públicas que visem ao desenvolvimento de empresas especializadas no
fornecimento de equipamentos e insumos direcionados às agroindústrias de pequeno
porte.
Tabela 54 - Principais dificuldades de ordem de produção enfrentadas pelas
agroindústrias.
ATIVIDADE
PROBLEMAS DE ORDEM DE PRODUÇÃO
ORIGEM
ANIMAL
AGROINDUSTRIAL
ORIGEM
VEGETAL
P ANIFICAÇÃO
OUTRAS
Equipamentos inadequados
17
41%
29
41%
13
57%
4
57%
Elevado custo de produção
12
29%
9
13%
3
13%
1
14%
Falta de tecnologia adequada
2
5%
12
17%
6
26%
4
57%
Escassez de matéria-prima
7
17%
22
31%
0
0%
1
14%
Baixa escala de produção
9
22%
31
44%
7
30%
2
29%
Qualidade dos produtos
2
5%
6
9%
0
0%
0
0%
Desconhecimento de técnicas de
produção adequadas
3
7%
7
10%
3
13%
1
14%
Estrutura física inadequada para
produção
10
24%
22
31%
11
48%
3
43%
70
5.1.4 PROBLEMAS GERENCIAIS
A Tabela 55 apresenta as principais dificuldades de ordem de gerência
enfrentadas pelas agroindústrias.
Tabela 55 - Principais dificuldades de ordem de gerência enfrentadas pelas
agroindústrias.
ATIVIDADE
PROBLEMAS GERENCIAIS
AGROINDUSTRIAL
ORIGEM
ORIGEM
ANIMAL
Alto custo de mão-de-obra
6
15%
6
9%
1
4%
1
14%
Falta de pessoal capacitado
6
15%
14
20%
4
17%
2
29%
Desconhecimento de técnicas de
administração
7
17%
11
16%
4
17%
1
14%
11
27%
16
23%
7
30%
3
43%
Falta de estrutura administrativa
7
17%
9
13%
2
9%
1
14%
Relacionamento interpessoal entre os
associados
0
0%
8
11%
1
4%
2
29%
Falta de treinamento em técnicas de
administração
VEGETAL
P ANIFICAÇÃO
OUTRAS
A falta de treinamento em técnicas de administração é apontada como sendo
uma das dificuldades gerenciais enfrentadas pelas agroindústrias. Os resultados
mostram que há uma forte tendência dos problemas financeiros serem decorrentes da
baixa capacitação gerencial. A complexidade dos mercados, a competitividade, entre
outras, exigem cada vez mais dos administradores das empresas soluções que, por
vezes, podem decretar a falência dos empreendimentos. Não havendo empenho no
controle das despesas e distorções no levantamento dos custos fixos fica muito difícil
para o administrador elaborar seus planos de trabalho sem poder contar com
ferramentas importantes para determinar o preço final dos produtos dentro de um
ponto de equilíbrio que proporcione um lucro mínimo que permita investimentos
necessários a ampliação dos negócios.
5.2 F ORMAS DE ADMINISTRAÇÃO
A Tabela 56 apresenta as principais formas de administração das
agroindústrias.
71
Tabela 56 - Principais formas de administração das agroindústrias.
ATIVIDADE
A AGROINDÚSTRIA
É ADMINISTRADA
ORIGEM
Por um dos sócios
AGROINDUSTRIAL
ORIGEM
ANIMAL
VEGETAL
P ANIFICAÇÃO
OUTRAS
12
30%
33
46%
12
52%
3
50%
Pelo filho (a) de um dos sócios
2
5%
2
3%
1
4%
0
0%
Pela diretoria
6
15%
12
17%
2
9%
2
33%
Por um dos sócios com auxílio de
pessoa contratada
1
3%
0
0%
0
0%
0
0%
Por um dos sócios com auxílio de
filho (a)
5
13%
4
6%
1
4%
1
17%
14
35%
20
28%
7
30%
0
0%
Outra forma
Registre-se, neste item, a participação dos filhos dos sócios na administração
das empresas. Este é um importante instrumento de valorização que certamente
determinará a longevidade das agroindústrias. O estimulo à participação dos jovens na
administração dos negócios é a valorização necessária para sensibilização da
importância da continuidade das atividades sob a administração familiar. Estimular a
participação dos jovens é evitar o êxodo rural.
5.3 CONTROLES ADMINISTRATIVOS
A Tabela 57 apresenta as principais formas adotadas pelas agroindústrias
para realizarem seus controles administrativos (gastos, vendas e outros).
Tabela 57 - Principais formas adotadas pelas agroindústrias para realizarem seus
controles administrativos.
OS CONTROLES ADMINISTRATIVOS
(GASTOS , VENDAS E OUTROS) É
EXECUTADO
ATIVIDADE
ORIGEM
ANIMAL
AGROINDUSTRIAL
ORIGEM VEGETAL
P ANIFICAÇÃO
OUTRAS
Por contador contratado
19
37%
9
11%
3
11%
3
30%
Em caderneta
19
37%
38
47%
17
61%
2
20%
Computador
3
6%
6
7%
2
7%
2
20%
Livro de controle de caixa
7
13%
20
25%
6
21%
2
20%
Outras formas
4
8%
8
10%
0
0%
1
10%
72
5.4 C USTOS DE PRODUÇÃO
A Tabela 58 mostra se as agroindústrias realizam ou não os cálculos dos
custos de produção.
Tabela 58 - Total de agroindústrias que realizam ou não os cálculos dos custos de
produção.
ATIVIDADE
CALCULAM OS CUSTOS DE
PRODUÇÃO
ORIGEM
AGROINDUSTRIAL
ORIGEM VEGETAL
ANIMAL
P ANIFICAÇÃO
OUTRAS
Sim, regularmente
22
55%
38
55%
10
43%
3
50%
Sim, esporadicamente
13
33%
21
30%
8
35%
2
33%
5
13%
10
14%
5
22%
1
17%
Não
Quando relacionados os problemas financeiros como sendo de ordem
gerencial, não havia um dado comparativo que pudesse de forma contundente
comprovar tal afirmação. Há sim uma série de informações, como a que está contida
na Tabela 58, que dão sustentabilidade a ela. Aqueles que calculam os custos de
produção regularmente não são numericamente superiores quando comparados ao
somatório dos que calculam esporadicamente e os que não calculam.
Quando não é feito regularmente o acompanhamento dos mercados, corre-se
o risco de estar praticando preços abaixo dos custos de produção. Vale salientar que
em algumas situações não são considerados nem o pró-labore.
O Gráfico 17 mostra se as agroindústrias realizam ou não os cálculos dos
custos de produção.
60%
55%
55%
50%
50%
40%
43%
35%
33%
33%
30%
30%
22%
20%
17%
14%
13%
10%
0%
Origem animal
Origem vegetal
sim, regularmente
Panificação
sim, esporadicamente
Outras
não
Gráfico 17 - Realização ou não dos cálculos dos custos de produção.
73
5.5 CONTROLE DE QUALIDADE DOS PRODUTOS
A Tabela 59 mostra se as agroindústrias realizam ou não o controle de
qualidade dos produtos.
Tabela 59 - Total de agroindústrias que realizam ou não o controle de qualidade dos
produtos.
ATIVIDADE
REALIZAM O CONTROLE DE
QUALIDADE DOS PRODUTOS
ORIGEM
AGROINDUSTRIAL
ORIGEM VEGETAL
ANIMAL
P ANIFICAÇÃO
OUTRAS
Sim, regularmente
23
59%
42
60%
16
70%
5
83%
Sim, esporadicamente
11
28%
12
17%
4
17%
0
0%
5
13%
16
23%
3
13%
1
17%
Não
O Gráfico 18 mostra se as agroindústrias realizam ou não o controle de
qualidade dos produtos.
83%
90%
80%
70%
70%
59%
60%
60%
50%
40%
28%
30%
20%
17%
23%
17%
13%
13%
17%
10%
0%
Origem animal
Origem vegetal
sim, regularmente
Panificação
sim, esporadicamente
Outras
não
Gráfico 18 - Total de agroindústrias que realizam ou não o controle de qualidade dos produtos .
74
5.6 R ESULTADOS SOBRE O FATURAMENTO
A Tabela 60 mostra se as agroindústrias apuram os resultados sobre o
faturamento e com que periodicidade.
O percentual de 15% para agroindústrias de origem vegetal que não apuram
os resultados sobre o faturamento é muito expressivo. Soma-se aquelas que não
disseram como apuram os resultados o percentual passa a ser de 28%, ou seja,
dificilmente essas agroindústrias conseguem ser competitivas considerando um ponto
de equilíbrio capaz de suportar os custos de produção. Elas trilham uma linha muito
tênue de viabilidade que pode acabar com seu esgotamento econômico.
Tabela 60 - Total de agroindústrias que apuram os resultados sobre o faturamento e a
periodicidade.
ATIVIDADE
APURAM OS RESULTADOS SOBRE
O FATURAMENTO
ORIGEM
Semanalmente
ANIMAL
AGROINDUSTRIAL
ORIGEM VEGETAL
P ANIFICAÇÃO
OUTRAS
6
15%
6
8%
6
25%
1
17%
23
58%
27
38%
14
58%
2
33%
Anualmente
6
15%
18
25%
0
0%
1
17%
Não realizam este controle
3
8%
11
15%
2
8%
1
17%
Outras formas
2
5%
9
13%
2
8%
1
17%
Mensalmente
5.6.1 MARGEM L ÍQUIDA DE FATURAMENTO
A Tabela 61 mostra, para as agroindústrias que apuram os resultados, qual é
a margem líquida de faturamento.
Tabela 61 - Margem líquida de faturamento apontada pelas agroindústrias.
ATIVIDADE
SE APURA OS RESULTADOS,
QUAL É A MARGEM LÍQUIDA DE FATURAMENTO
DA AGROINDÚSTRIA
DE
1 A 25%
DE
26 A 50%
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
Origem animal
28
*80%
7
*20%
0
*0%
0
*0%
Origem vegetal
20
*34%
32
*55%
5
*9%
1
*2%
Panificação
6
*26%
15
*65%
2
*9%
0
*0%
Outras
2
*40%
2
*40%
1
*20%
0
*0%
OBS: *Percentual referente ao número total de agroindústrias, da mesma cadeia, que responderam o
questionário.
75
A faixa de faturamento líquido compreendida entre 1 e 25% é a mais coerente
dentro do mercado atual. Quando se constata que os produtos de origem vegetal e
panificação apresentam um percentual maior para a faixa compreendida entre 25 a
50%, deve-se considerar que, em muitos destes casos, não é considerado o prólabore na formação dos preços, ou seja, o resultado do faturamento líquido não levou
em consideração o valor da mão-de-obra familiar. Neste caso, o faturamento líquido é
menor do que o presumido.
O Gráfico 19 mostra, para as agroindústrias que apuram os resultados, qual é
a margem líquida de faturamento.
100%
90%
80%
80%
65%
70%
55%
60%
50%
40%
34%
40%
30%
26%
20%
20%
20%
10%
9%
9%
2%
0%
0%
Origem animal
Origem vegetal
Panificação
de 1 a 25%
de 26 a 50%
de 51 a 75%
Outras
de 76 a 100%
Gráfico 19 - Margem líquida de faturamento apontada pelas agroindústrias.
5.7 F ATURAMENTO BRUTO DA AGROINDÚSTRIA
A Tabela 62 mostra, para as agroindústrias que apuram os resultados, qual é
o faturamento bruto anual estimado.
76
Tabela 62 - Faturamento bruto anual estimado pelas agroindústrias.
QUAL O FATURAMENTO BRUTO ANUAL ESTIMADO DAS AGROINDÚSTRIAS
ATIVIDADE DA
AGROINDÚSTRIA
ATÉ
R$ 14.000,00
R$ 14.000,01
R$ 40.000,00
R$ 40.000,01
R$ 60.000,00
ACIMA DE R$
60.000,01
ENTRE
ENTRE
E
E
Origem animal
14
39%
16
44%
1
3%
5
14%
Origem vegetal
51
78%
12
18%
2
3%
0
0%
Panificação
18
78%
3
13%
2
9%
0
0%
4
67%
2
33%
0
0%
0
0%
Outras
Os dados levantados para o faturamento bruto das agroindústrias
demonstram claramente que os produtos de origem animal apresentam alto valor
agregado, mas que ele não é traduzido em faturamento líquido. Esta relação pode ser
compreendida com os valores praticados nos custos da matéria-prima. As matériasprimas de origem vegetal têm um valor agregado muito baixo quando comparadas às
carnes. A veracidade da afirmação é melhor entendida quando se compara o custo de
produção de um quilograma de carne para o de um vegetal. Um exemplo que se pode
usar é o de um vidro de conserva de pepino em que o valor correspondente ao custo
da matéria-prima não supera os vinte centavos, ou seja, se aumentar vinte centavos
no preço final do produto está dobrando o valor da matéria-prima contida naquele
vidro. Em um produto cárneo, dificilmente se consegue dobrar o valor da matériaprima sem que ele perca a competitividade dentro do mercado.
O gráfico 20 mostra, para as agroindústrias que apuram os resultados, qual é
faturamento bruto anual estimado.
77
100%
90%
78%
78%
80%
67%
70%
60%
50%
40%
44%
39%
33%
30%
18%
20%
10%
14%
3%
13%
9%
3%
0%
Origem animal
Origem vegetal
Panificação
Outras
até R$ 14.000,00
entre R$ 14.000,01 e R$ 40.000,00
entre R$ 40.000,01 e R$ 60.000,00
Acima de R$ 60.000,01
Gráfico 20 - Faturamento bruto anual estimado pelas agroindústrias.
78
6 CARACTERIZAÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO DOS
PRODUTOS
6.1 F ORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO
A Tabela 63 apresenta o total de agroindústrias que atuam ou não junto a
uma rede de agroindústrias e/ou de organizações de comercialização.
Tabela 63 - Total de agroindústrias que atuam ou não junto a uma rede de
agroindústrias e/ou de organizações de comercialização.
ATUA JUNTO A UMA REDE DE
AGROINDÚSTRIAS E/ OU DE
ORGANIZAÇÕES DE
COMERCIALIZAÇÃO
ATIVIDADE
ORIGEM
ANIMAL
AGROINDUSTRIAL
ORIGEM VEGETAL
P ANIFICAÇÃO
OUTRAS
Sim
10
24%
10
14%
5
22%
0
0%
Não
31
76%
60
86%
18
78%
6
100%
A atuação das agroindústrias em sistemas de rede é um conceito moderno e
que traz um ilimitado número de vantagens. As principais são: diminuição com os
custos de logística, diversificação da oferta de produtos nos mercados, maior poder de
negociação das condições de pagamento com o varejo, compras casadas de insumos
e embalagens que sejam comuns aos processos, entre outras. Sempre que se fala em
executar projetos de agroindústrias a primeira pergunta que surge é se elas já têm
mercado e como os produtos chegaram até ele. A pergunta é pertinente à medida que
o grande varejo encontra-se na mão de poucas multinacionais que praticam suas
exigências de forma descabíveis e excludente. Aliada a isso, encontra-se uma malha
viária em precárias condições e poucas opções de empresas que atuem na logística
de distribuição de alimentos, em especial os perecíveis. A maior dificuldade das
agroindústrias que não atuam em rede é que tendo uma pequena escala de produção,
pouca diversificação de produtos e, por vezes, distantes dos mercados, a
periodicidade com que ela consegue chegar até eles é baixa e por isso inviável para o
comprador.
6.2 DESTINO DA COMERCIALIZAÇÃO
A Tabela 64 apresenta para quem é feita a venda dos produtos das
agroindústrias.
A Tabela 64 revela um dado importante que é o percentual elevado de
vendas realizadas dentro da própria propriedade. Este pode ser o resultado de ações
do poder local com relação ao turismo rural ou simplesmente o reconhecimento do
consumidor pela qualidade dos produtos elaborados naquela propriedade. A venda
dentro da propriedade permite a análise, por parte dos consumidores, de aspectos
relativos à higiene do local e pessoal envolvidos não só na agroindústria mas de toda
a cadeia produtiva. As vantagens deste comércio são a diminuição dos custos, o maior
controle da qualidade dos produtos que chegam até os consumidores, entre outros.
Tabela 64 - Destino da comercialização dos produtos das agroindústrias.
P ARA QUEM VENDE
ATIVIDADE AGROINDUSTRIAL
ORIGEM ANIMAL
ORIGEM VEGETAL
P ANIFICAÇÃO
OUTRAS
Direto para o consumidor na propriedade
21
51%
51
73%
16
70%
1
14%
Direto ao consumidor em feiras
10
24%
29
41%
11
48%
1
14%
2
5%
9
13%
3
13%
0
0%
11
27%
26
37%
13
57%
2
29%
7
17%
19
27%
5
22%
1
14%
26
63%
39
56%
8
35%
2
29%
Atacadista
3
7%
7
10%
1
4%
2
29%
CEASA
0
0%
0
0%
0
0%
0
0%
Mercado do produtor
3
7%
2
3%
4
17%
0
0%
Lojas especializadas
0
0%
0
0%
0
0%
2
29%
19
46%
24
34%
7
30%
1
14%
Merenda escolar
9
22%
6
9%
5
22%
0
0%
Compras institucionais estaduais
1
2%
1
1%
1
4%
0
0%
Compras institucionais federais
2
5%
5
7%
2
9%
0
0%
Cooperativa/rede de organizações de
comercialização ou de agroindústrias familiares
7
17%
10
14%
3
13%
1
14%
Outros mercados institucionais
1
2%
1
1%
1
4%
0
0%
Outros
4
10%
7
10%
2
9%
3
43%
Direto ao consumidor em pontos de estrada
Direto ao consumidor a domicílio
Intermediários
Supermercados
Mercearias, padarias e mercados
80
Como os produtos cárneos são mais susceptível a perecer há um grau de
dificuldade maior de comercializa-los junto aos
mercados institucionais. Historicamente os
mercados
institucionais
dão
preferência
por
produtos de fácil preparo e que necessitem de
menor tempo de preparo e de mão-de-obra. O
mercado
institucional
ainda
necessita
ser
explorado e se constitui em excelente alternativa
para as agroindústrias familiares.
O aspecto de necessidades especiais de
armazenagem pode ser a explicação destes
produtos
estarem
chegando
mais
aos
supermercados quando comparados as demais
atividades. A estrutura de armazenagem e acondicionamento dos produtos nas redes
de supermercado são um diferencial em comparação aos pequenos mercados. Outro
motivo aparente é a maior inserção das
agroindústrias de origem animal deste estrato à
legislação sanitária. O enquadramento à legislação
sanitária exige um aumento de escala para cobrir
os custos.
Destacam-se
ainda
os
percentuais
elevados de venda em domicílio e em feiras.
Relacionado as vendas em domicílio, cita-se um
serviço importante que está a disposição das
agroindústrias que é o Vitrine Rural. O Vitrine Rural
é um serviço disponibilizado dentro do Site da
EMATER/RS - ASCAR, ao qual os produtores
podem cadastrar seus produtos e comercializá-los pela Internet.
6.3 A BRANGÊNCIA DA COMERCIALIZAÇÃO
A Tabela 65 apresenta como está distribuído o mercado consumidor para os
produtos de origem animal.
81
Tabela 65 - Distribuição do mercado consumidor para os produtos de origem animal.
ORIGEM
O MERCADO DOS PRODUTOS
ESTÁ DISTRIBUÍDO
DE
1 A 25%
DE
26 A 50%
ANIMAL
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
Para o próprio município
5
8%
8
14%
2
3%
22
37%
Para municípios da região
3
5%
7
12%
3
5%
4
7%
Para o estado
0
0%
1
2%
1
2%
3
5%
Para outros estados
0
0%
0
0%
0
0%
0
0%
Para o exterior
0
0%
0
0%
0
0%
0
0%
A Tabela 66 apresenta como está distribuído o mercado consumidor para os
produtos de origem vegetal.
Tabela 66 - Distribuição do mercado consumidor para os produtos de origem vegetal.
ORIGEM VEGETAL
O MERCADO DOS PRODUTOS
ESTÁ DISTRIBUÍDO
DE
1 A 25%
DE
26 A 50%
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
Para o próprio município
16
12%
19
14%
7
5%
25
18%
Para municípios da região
11
8%
19
14%
7
5%
12
9%
Para o estado
8
6%
3
2%
3
2%
2
1%
Para outros estados
5
4%
1
1%
0
0%
0
0%
Para o exterior
0
0%
0
0%
0
0%
0
0%
A Tabela 67 apresenta como está distribuído o mercado consumidor para os
produtos de panificação.
Tabela 67 - Distribuição do mercado consumidor para os produtos de panificação.
P ANIFICAÇÃO
O MERCADO DOS PRODUTOS
ESTÁ DISTRIBUÍDO
DE
1 A 25%
DE
26 A 50%
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
Para o próprio município
1
3%
3
9%
3
9%
16
46%
Para municípios da região
5
14%
5
14%
1
3%
0
0%
Para o estado
0
0%
0
0%
1
3%
0
0%
Para outros estados
0
0%
0
0%
0
0%
0
0%
Para o exterior
0
0%
0
0%
0
0%
0
0%
82
A Tabela 68 apresenta como está distribuído o mercado consumidor para
outros produtos.
Tabela 68 - Distribuição do mercado consumidor para outros produtos.
OUTROS
O MERCADO DOS PRODUTOS
ESTÁ DISTRIBUÍDO
DE
1 A 25%
DE
26 A 50%
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
Para o próprio município
1
8%
3
25%
0
0%
1
8%
Para municípios da região
1
8%
3
25%
0
0%
2
17%
Para o estado
1
8%
0
0%
0
0%
0
0%
Para outros estados
0
0%
0
0%
0
0%
0
0%
Para o exterior
0
0%
0
0%
0
0%
0
0%
Os resultados apresentados acima confirmam a afirmação de que as
agroindústrias promovem o fortalecimento dos mercados locais. A importância desta
informação é para a sensibilização do poder local das vantagens econômicas que
estes empreendimentos trazem para os municípios e regiões.
Viabilizar a inserção de agroindústrias nos municípios e fornecer condições
adequadas de escoamento dos produtos é fortalecer a própria economia dos
municípios. As agroindústrias apresentam boa capacidade de locação de mão-de-obra
direta e indireta com baixo custo de investimento.
6.4 T IPO DE ENQUADRAMENTO FISCAL E INFORMALIDADE
A Tabela 69 apresenta o tipo de enquadramento fiscal e o grau de
informalidade das agroindústrias.
Tabela 69 - Tipo de enquadramento fiscal.
ATIVIDADE
FORMA DE VENDA DOS
PRODUTOS
Nota fiscal da empresa
ORIGEM
ANIMAL
AGROINDUSTRIAL
ORIGEM VEGETAL
P ANIFICAÇÃO
OUTRAS
15
36%
10
12%
4
14%
3
43%
Nota fiscal da associação
0
0%
0
0%
0
0%
0
0%
Informal
4
10%
29
35%
9
32%
2
29%
Nota fiscal da cooperativa
4
10%
6
7%
0
0%
1
14%
19
45%
37
44%
15
54%
1
14%
0
0%
2
2%
0
0%
0
0%
Nota do produtor rural
Sem informação
83
A comercialização dos produtos de agroindústria com a Nota do Produtor
Rural foi uma excelente conquista das agroindústrias dentro do Programa de
Agroindústria Familiar. Ela traz a vantagem da garantia das condições especiais dos
segurados do INSS e a menor incidência de impostos.
O resultado positivo desta iniciativa pode ser percebido com o expressivo
número de agroindústrias que praticam suas vendas dentro desta modalidade.
6.5 CONDIÇÕES DE PAGAMENTO OFERECIDAS
A Tabela 70 apresenta as principais condições de pagamento oferecidas.
Tabela 70 - Principais condições de pagamento oferecidas na comercialização dos
produtos de origem animal.
AS PRINCIPAIS FORMAS DE
RECEBIMENTO NA
COMERCIALIZAÇÃO SÃO
ORIGEM
DE
1 A 25%
DE
26 A 50%
ANIMAL
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
Vendas à vista
7
*10%
16
*23%
4
*6%
7
*10%
30 dias de prazo
1
*1%
15
*21%
4
*6%
10
*14%
30 e 60 dias
2
*3%
2
*3%
1
*1%
1
*1%
Outras formas
1
*1%
0
*0%
0
*0%
0
*0%
OBS: *Percentual referente ao número de agroindústrias que respondeu o questionário.
A Tabela 71 apresenta as principais condições de pagamento na
comercialização dos produtos de origem vegetal.
Tabela 71 - Principais condições de pagamento na comercialização dos produtos de
origem vegetal.
AS PRINCIPAIS FORMAS DE
RECEBIMENTO NA
COMERCIALIZAÇÃO SÃO
Vendas à vista
ORIGEM VEGETAL
DE
1 A 25%
DE
26 A 50%
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
10
*8%
19
*15%
11
*9%
20
*16%
30 dias de prazo
6
*5%
24
*19%
4
*3%
8
*6%
30 e 60 dias
2
*2%
8
*6%
2
*2%
6
*5%
Outras formas
4
*3%
0
*0%
1
*1%
1
*1%
OBS: *Percentual referente ao número de agroindústrias que respondeu o questionário.
84
A Tabela 72 apresenta as principais condições de pagamento na
comercialização dos produtos de panificação.
Tabela 72 - Principais condições de pagamento na comercialização dos produtos de
panificação.
P ANIFICAÇÃO
AS PRINCIPAIS FORMAS DE
RECEBIMENTO NA
DE
COMERCIALIZAÇÃO SÃO
1 A 25%
DE
26 A 50%
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
Vendas à vista
3
*8%
6
*16%
2
*5%
8
*21%
30 dias de prazo
2
*5%
5
*13%
2
*5%
4
*11%
30 e 60 dias
0
*0%
2
*5%
0
*0%
1
*3%
Outras formas
0
*0%
2
*5%
0
*0%
1
*3%
OBS: *Percentual referente ao número de agroindústrias que respondeu o questionário.
A Tabela 73 apresenta as principais condições de pagamento na
comercialização dos demais produtos.
Tabela 73 - Principais condições de pagamento na comercialização dos demais
produtos.
AS PRINCIPAIS FORMAS DE
OUTROS
RECEBIMENTO NA
DE
COMERCIALIZAÇÃO SÃO
1 A 25%
DE
26 A 50%
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
Vendas à vista
1
*11%
2
*22%
0
*0%
2
*22%
30 dias de prazo
0
*0%
2
*22%
0
*0%
2
*22%
30 e 60 dias
0
*0%
0
*0%
0
*0%
0
*0%
Outras formas
0
*0%
0
*0%
0
*0%
0
*0%
OBS: *Percentual referente ao número de agroindústrias que respondeu o questionário.
6.6 A POIO NA COMERCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS
A Tabela 74 mostra se as agroindústrias recebem apoio na comercialização
dos produtos.
Tabela 74 - Agroindústrias que recebem apoio na comercialização dos produtos.
RECEBEM APOIO NA COMERCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS
ATIVIDADE DA
AGROINDÚSTRIA
SIM
%
NÃO
%
Origem animal
19
48%
21
53%
Origem vegetal
46
66%
24
34%
Panificação
18
78%
5
22%
4
67%
2
33%
Outras
85
O Gráfico 21 mostra se as agroindústrias recebem apoio na comercialização
dos produtos.
78%
80%
67%
66%
70%
60%
53%
50%
48%
40%
34%
33%
30%
22%
20%
10%
0%
Origem animal
Origem vegetal
sim
Panificação
Outras
não
Gráfico 21 - Percentual de agroindústrias que recebem apoio na comercialização
dos produtos em comparação com as que não recebem.
Constata-se que as agroindústrias de processamento de produtos de origem
animal são as que recebem menos apoio de entidades na organização da
comercialização de seus produtos. Uma das possibilidades é a complexidade da
armazenagem destes produtos e a outra, o nível maior de exigências sanitárias. Os
produtos de origem animal recebem maior atenção por parte da fiscalização sanitária,
porque apresentam maior potencial de risco aos consumidores. Mesmo apresentando
menor percentual de informalidade, as agroindústrias de origem animal são as que
têm maior dificuldade de colocação dos seus produtos no mercado. Um fator limitante
de mercado é o nível de inspeção a qual está submetida a agroindústria.
Diferentemente das agroindústrias de origem vegetal, onde o serviço de inspeção é
único e os produtos apresentam livre circulação para todo o território nacional e por
vez internacional, os produtos de origem animal estão restritos à comercialização
dentro do território a qual seu nível de inspeção permite. Se a agroindústria é
legalizada pelo Serviço de Inspeção Municipal, o mercado que ela pode se inserir é
apenas o do seu município. Essa dificuldade criada pela Lei têm sido o motivo de uma
grande discussão nacional sob a mudança da legislação sanitária.
86
A Tabela 75 mostra quais as instituições que apoiam as agroindústrias na
etapa de comercialização.
Tabela 75 - Instituições que apoiam as agroindústrias na etapa de comercialização.
ATIVIDADE
INSTITUIÇÕES
ORIGEM
Órgãos públicos
ANIMAL
AGROINDUSTRIAL
ORIGEM VEGETAL
P ANIFICAÇÃO
OUTRAS
15
36%
36
37%
11
28%
2
25%
3
7%
14
14%
6
15%
1
13%
10
24%
18
18%
9
23%
1
13%
De cooperativas
4
10%
14
14%
5
13%
3
38%
Comerciantes
2
5%
10
10%
3
8%
1
13%
Outros
8
19%
6
6%
6
15%
0
0%
Sindicatos
Outras instituições
A Tabela 76 apresenta a relação das instituições que prestam apoio as
etapas de comercialização de produtos das agroindústrias e o nível de atuação delas.
Tabela 76 - Relação das instituições que prestam apoio as etapas de comercialização
de produtos das agroindústrias e o nível de atuação delas.
INSTITUIÇÕES QUE PRESTAM APOIO AS ETAPAS DE
COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS DAS
AGROINDÚSTRIAS
AGROINDÚSTRIAS QUE
REFERIRAM RECEBER APOIO
PERCENTUAL
EMATER/RS - ASCAR
67
34%
Prefeituras
47
24%
Sindicatos
20
10%
Cooperativas
24
12%
Comércio Local
17
9%
2
1%
18
9%
Universidades
Outras
A Figura 22 apresenta a relação das instituições que prestam apoio as etapas
de comercialização de produtos das agroindústrias e o nível de atuação delas.
87
34%
35%
30%
24%
25%
20%
15%
10%
12%
9%
9%
10%
5%
1%
0%
percentual de citação de instituições que apoiam a etapa de
comercialização de produtos das agroindústrias
EMATER/RS - ASCAR
Comércio Local
Prefeituras
Universidades
Sindicatos
Outras
Cooperativas
Gráfico 22 - Percentual de citação de instituições que apoiam a etapa de comercialização de
produtos de agroindústria.
6.7 M ARGEM DE CRESCIMENTO DAS VENDAS
A Tabela 77 apresenta a margem de crescimento das vendas nos últimos 12
(doze) meses.
Tabela 77 - Total de agroindústrias e margem de crescimento das vendas nos últimos
12 (doze) meses.
COM RELAÇÃO AS VENDAS NOS ÚLTIMOS 12 MESES
ATIVIDADE
AUMENTARAM
DA AGROINDÚSTRIA
DE
1 A 25%
DE
26 A 50%
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
Origem animal
14
*58%
8
*33%
1
*4%
1
*4%
Origem vegetal
21
*43%
17
*35%
4
*8%
7
*14%
Panificação
9
*50%
6
*33%
1
*6%
2
*11%
Outras
2
*100%
0
*0%
0
*0%
0
*0%
OBS: *Percentual referente ao número de agroindústrias, da mesma cadeia, que respondeu o
questionário.
O gráfico 23 apresenta o percentual do número de agroindústrias que
responderam que tiveram crescimento das vendas nos últimos 12 (doze) meses e o
percentual de crescimento.
88
100%
100%
90%
80%
70%
58%
60%
50%
50%
43%
40%
35%
33%
33%
30%
20%
14%
11%
8%
4%
10%
6%
0%
Origem animal
Origem vegetal
Panificação
de 1 a 25%
de 26 a 50%
de 51 a 75%
Outras
de 76 a 100%
Gráfico 23 - Percentual do número de agroindústrias que responderam que tiveram crescimento das
vendas nos últimos 12 (doze) meses e o percentual de crescimento.
A Tabela 78 apresenta o percentual do número de agroindústrias que
responderam que tiveram queda nas vendas nos últimos 12 (doze) meses e o
percentual de queda.
Tabela 78 - Percentual do número de agroindústrias que responderam que tiveram
queda nas vendas nos últimos 12 (doze) meses e o percentual de queda.
COM RELAÇÃO AS VENDAS NOS ÚLTIMOS 12 MESES
ATIVIDADE
DIMINUÍRAM
DA AGROINDÚSTRIA
DE
1 A 25%
DE
26 A 50%
DE
51 A 75%
DE
76 A 100%
Origem animal
3
33%
6
67%
0
0%
0
0%
Origem vegetal
5
42%
7
58%
0
0%
0
0%
Panificação
1
33%
2
67%
0
0%
0
0%
Outras
0
0%
1
50%
1
50%
0
0%
O gráfico 24 apresenta o percentual do número de agroindústrias que
responderam que tiveram queda nas vendas nos últimos 12 (doze) meses e o
percentual de queda.
89
67%
70%
67%
58%
60%
50%
50%
40%
42%
33%
33%
30%
20%
10%
0%
Origem animal
Origem vegetal
Panificação
Outras
de 1 a 25%
de 26 a 50%
de 51 a 75%
de 76 a 100%
Gráfico 24 - Percentual do número de agroindústrias que responderam que tiveram queda nas vendas
nos últimos 12 (doze) meses e o percentual de queda.
90
7 OUTROS ASPECTOS ANALISADOS
7.1 A SSISTÊNCIA TÉCNICA
A Tabela 79 mostra o número de agroindústrias que recebem e que não
recebem assistência técnica.
Tabela 79 - Número de agroindústrias que recebem e que não recebem assistência
técnica.
ATIVIDADE
A AGROINDÚSTRIA RECEBE ASSISTÊNCIA TÉCNICA
DA AGROINDÚSTRIA
SIM
%
NÃO
%
Origem animal
33
80%
8
20%
Origem vegetal
62
94%
4
6%
Panificação
19
83%
4
17%
5
83%
1
17%
Outras
A Tabela acima mostra um número grande de agroindústrias que dizem
receber assistência técnica em alguma das etapas que compõem a cadeia produtiva.
Estes percentuais são bem recebidos à medida que se constata o baixo grau de
escolaridade dos proprietários e associados. A atividade agroindustrial é complexa,
dinâmica e os mercados estão em constantes transformações, exigindo dos
empreendedores o constante aperfeiçoamento.
A Tabela 80 apresenta a relação das instituições que prestam assistência
técnica as agroindústrias e o nível de atuação delas.
Tabela 80 - Relação das instituições que prestam apoio as etapas de comercialização
de produtos das agroindústrias e o nível de atuação delas.
INSTITUIÇÕES QUE PRESTAM ASSISTÊNCIA TÉCNICA
AGROINDÚSTRIAS QUE
ÀS AGROINDÚSTRIAS
REFERIRAM RECEBER APOIO
EMATER/RS – ASCAR
PERCENTUAL
106
63%
24
14%
Cooperativas
5
3%
SEBRAI
3
2%
SENAR
2
1%
Sindicatos
2
1%
Universidade
1
1%
26
15%
Prefeituras
Outras
A Tabela acima somente reforça a importância e a credibilidade da Extensão
Rural do Estado do Rio Grande do Sul.
7.2 T REINAMENTO
A Tabela 81 mostra o interesse dos beneficiários em participar de
treinamentos.
Tabela 81 - Interesse dos beneficiários em participar de treinamentos.
O GRUPO SENTE NECESSIDADE DE PARTICIPAR DE TREINAMENTO
ATIVIDADE DA
AGROINDÚSTRIA
SIM
%
Origem animal
36
Origem vegetal
Panificação
Outras
NÃO
%
88%
5
12%
69
99%
1
1%
23
100%
0
0%
6
100%
0
0%
A Tabela 82 mostra, para as agroindústrias que disseram ter interesse em
participar de treinamentos, quais as áreas que seriam de melhor proveito.
92
Tabela 82 - Áreas que seriam de melhor proveito para as agroindústrias que disseram
ter interesse em participar de treinamentos.
ATIVIDADE
ÁREAS
ORIGEM
ORIGEM
ANIMAL
VEGETAL
AGROINDUSTRIAL
P ANIFICAÇÃO
OUTRAS
Administração de pequenos negócios
14
10%
30
12%
14
15%
2
8%
Custos de produção e formação de preço
para venda
15
11%
20
8%
10
11%
3
12%
Boas práticas de fabricação
18
13%
38
15%
11
12%
4
16%
Capacitação de mão-de-obra
15
11%
23
9%
10
11%
4
16%
5
4%
28
11%
10
11%
2
8%
Divulgação dos produtos
14
10%
25
10%
9
10%
1
4%
Controle das finanças
12
9%
7
3%
6
6%
0
0%
Fabricação de produtos
22
16%
28
11%
12
13%
1
4%
Cooperativismo e associativismo
5
4%
8
3%
1
1%
3
12%
Produção da matéria-prima
5
4%
22
9%
2
2%
4
16%
13
9%
25
10%
8
9%
1
4%
Vendas
Legislação, tributação, finanças, etc.
7.3 GRAU DE SATISFAÇÃO COM A ATIVIDADE
A Tabela 83 mostra o grau de satisfação com a atividade agroindustrial.
Tabela 83 - Grau de satisfação com a atividade agro-industrial.
QUAL O GRAU DE
ATIVIDADE
AGROINDUSTRIAL
SATISFAÇÃO COM A
ATIVIDADE AGROINDUSTRIAL
Fraco
ORIGEM
ANIMAL
ORIGEM VEGETAL
P ANIFICAÇÃO
OUTRAS
0
0%
2
3%
1
4%
1
17%
Regular
12
31%
13
19%
5
22%
2
33%
Bom
27
69%
42
60%
10
43%
1
17%
0
0%
13
19%
7
30%
2
33%
Ótimo
93
7.4 Ê XODO RURAL
A Tabela 84 mostra as agroindústrias que registraram a ocorrência da saída
de algum membro da família do meio rural para os centros urbanos.
Tabela 84 - Agroindústrias que registraram a ocorrência da saída de algum membro
da família do meio rural para os centros urbanos.
ALGUÉM DA FAMÍLIA DEIXOU O CAMPO PARA MORAR EM CENTRO URBANO
ATIVIDADE DA
AGROINDÚSTRIA
SIM
%
%
Origem animal
14
34%
27
66%
Origem vegetal
14
20%
56
80%
Panificação
9
39%
14
61%
Outras
2
33%
4
67%
NÃO
O gráfico 25 mostra as agroindústrias que registraram a ocorrência da saída
de algum membro da família do meio rural para os centros urbanos.
67%
Outras
33%
61%
Panificação
39%
80%
Origem vegetal
20%
66%
Origem animal
0%
34%
10%
20%
30%
40%
sim
50%
60%
70%
80%
90%
100%
não
Gráfico 25 - Agroindústrias que registraram a ocorrência da saída de algum membro da família do meio
rural para os centros urbanos.
94
7.4.1 RAZÕES A PONTADAS PARA O ÊXODO
A Tabela 85 apresenta a razão principal pela qual se deu a mudança do meio
rural para os centros urbanos.
Tabela 85 - Razão principal pela qual se deu a mudança do meio rural para os centros
urbanos.
ATIVIDADE
SE MUDARAM PARA CENTRO URBANO,
ORIGEM
A PRINCIPAL RAZÃO FOI
Para estudar
ANIMAL
AGROINDUSTRIAL
ORIGEM
VEGETAL
P ANIFICAÇÃO
OUTRAS
7
33%
6
33%
5
50%
0
0%
13
62%
9
50%
5
50%
2
67%
Não gosta de residir no campo
0
0%
1
6%
0
0%
0
0%
Ajudar nas despesas da família
1
5%
2
11%
0
0%
1
33%
Proposta de emprego
A Figura 26 apresenta a razão principal pela qual se deu a mudança do meio
rural para os centros urbanos.
70%
67%
62%
60%
50%
50%
50%
40%
33%
33%
33%
30%
20%
11%
10%
5%
6%
0%
Origem animal
Origem vegetal
Panificação
Para estudar
Não gosta de residir no campo
Outras
Proposta de emprego
Ajudar nas despesas da família
Gráfico 26 - Razão principal pela qual se deu a mudança do meio rural para os centros urbanos.
95
7.4.2 RETORNO AO M EIO R URAL
A Tabela 86 mostra as agroindústrias que registraram a ocorrência do retorno
de algum membro da família dos centros urbanos para o meio rural.
Tabela 86 - Agroindústrias que registraram a ocorrência do retorno de algum membro
da família dos centros urbanos para o meio rural.
ALGUÉM DA FAMÍLIA DEIXOU A ÁREA URBANA PARA MORAR NO CAMPO
ATIVIDADE DA
AGROINDÚSTRIA
SIM
%
NÃO
%
Origem animal
7
18%
33
83%
Origem vegetal
13
19%
56
81%
Panificação
6
26%
17
74%
Outras
3
50%
3
50%
O Gráfico 27 mostra as agroindústrias que registraram a ocorrência do
retorno de algum membro da família dos centros urbanos para o meio rural.
50%
Outras
50%
74%
Panificação
26%
81%
Origem vegetal
19%
83%
Origem animal
18%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
sim
60%
70%
80%
90%
100%
não
Gráfico 27 - Agroindústrias que registraram a ocorrência do retorno de algum membro da família dos
centros urbanos para o meio rural.
96
8 CONCLUSÃO
•
A viabilidade das agroindústrias familiares está bastante associada a
produção própria da matéria-prima;
•
baixo nível de escolaridade dos beneficiários exige o permanente
acompanhamento técnico e o oferecimento de cursos de capacitação;
•
falta de capital de giro é apontada como sendo o maior problema de
ordem financeira nas agroindústrias, exigindo do poder público medidas
que facilitem o acesso ao crédito;
•
programa de Agroindústria Familiar do Estado do Rio Grande do Sul
contribuiu decisivamente para o estimulo de iniciativas associadas a
implantação de agroindústrias;
•
desenvolver políticas de apoio a iniciativas de empresas de fabricação de
equipamentos para agroindústrias que visem atender a agroindústria
familiar, se faz necessário;
•
fica constatada a forte presença do poder público e da extensão rural
oficial na assistência técnica às agroindústrias.
REFERÊNCIAS
RIO GRANDE DO SUL. Secretaria da Agricultura e Abastecimento. Agroindústria
familiar: gerando trabalho e renda no campo e na cidade – Sabor Gaúcho. Porto
Alegre: EMATER/RS, 2002. 47 p. (Programa da Agricultura Familiar. Cadernos
Temáticos, 1).
PUBLICAÇÕES DA SÉRIE REALIDADE RURAL
Vol. 1
O setor Primário do Rio Grande do Sul - Diagnóstico e Perspectivas Sócio-Econômicas (Resumo
Geral). – Publicado em 1991.
Vol. 2
O Setor Primário do Rio Grande do Sul - Diagnóstico e Perspectivas Sócio-Econômicas (Análises
Setoriais). – Publicado em 1991.
Vol. 3
O Setor Primário do Rio Grande do Sul - Diagnóstico e Perspectivas Sócio-Econômicas (Análises
por Atividades). – Publicado em 1991.
A Incorporação de Pequenos e Médios Produtores no Processo de Integração do MERCOSUL. –
Publicado em 1992.
Lã e Carne Ovina: O MERCOSUL, Frente aos Maiores Produtores Mundiais. – Publicado em
1993.
Vol. 4
Vol. 5
Vol. 6
Vol. 7
Vol. 8
Sojicultura Rio-Grandense - Panorama Setorial/MERCOSUL. – Publicado em 1993.
O Panorama Setorial da Bovinocultura de Corte Gaúcha no Processo de Integração do
MERCOSUL. 2ª edição. – Publicado em 1995.
O Panorama Setorial da Triticultura Gaúcha no Processo de Integração do MERCOSUL. –
Publicado em 1993.
Vol. 9
Vol. 10
A Suinocultura Rio-Grandense: um Panorama Setorial no MERCOSUL. – Publicado em 1994.
O Panorama Setorial do Feijão no Processo do MERCOSUL. – Publicado em 1994.
Vol. 11
Acompanhamento Técnico das Lavouras de Soja Assistidas pela EMATER/RS - 1992/93. –
Publicado em 1994.
Vol. 12
O Panorama Setorial da Cultura da Maçã no Processo de Integração do MERCOSUL. –
Publicado em 1994.
A Cultura do Pêssego no Rio Grande do Sul, no Processo de Integração do MERCOSUL. –
Publicado em 1994.
Diagnóstico Agroeconômico da Cebola no Rio Grande do Sul. – Publicado em 1995.
Vol. 13
Vol. 14
Vol. 15
Vol. 16
Diagnóstico do Setor Pesqueiro do Rio Grande do Sul. – Publicado em 1995.
Acompanhamento Técnico das Lavouras de Soja Assistidas pela EMATER/RS - 1993/94. –
Publicado em 1995.
Vol. 17
Diagnóstico do Setor Leiteiro do Rio Grande do Sul no Âmbito do MERCOSUL. – Publicado em
1995.
Vol. 18
Vol. 19
O Milho no Contexto Mundial, Nacional e do Rio Grande do Sul. – Publicado em 1995.
Situação da Atividade Ervateira no Rio Grande do Sul. – Publicado em 1995.
Vol. 20
Vol. 21
Acompanhamento Técnico das Lavouras de Soja Assistidas pela EMATER/RS - 1994/95. –
Publicado em 1996.
Diagnóstico do Setor Vitivinícola. – Publicado em 1996.
Vol. 22
Vol. 23
Vol. 24
MERCOSUL em Números (I Parte). – Publicado em 1997.
Panorama do Setor de Grãos no MERCOSUL. – Publicado em 1998.
Política Agrícola Comum na União Européia. – Publicado em 1998.
Vol. 25
A Produção de Grãos e o Comércio Agrícola na Área de Livre Comércio das Américas – ALCA. –
Publicado em 1998.
Elementos do Comércio Internacional. – Publicado em 1998.
Vol. 26
Vol. 27
Uma Discussão sobre a Importância do Planejamento de um Desenvolvimento Sustentável no
Contexto do Mundo Globalizado. – Publicado em 1999.
Vol. 28
Vol. 29
Levantamento da Fruticultura Comercial do Rio Grande do Sul. – Publicado em 2002.
Estudo da Cadeia Produtiva dos Citros no Vale do Caí/RS. – Publicado em 2002.
Vol.
29 (30)
Região Administrativa de Porto Alegre: leitura da paisagem regional. – Publicado em 2002.
continua...
PUBLICAÇÕES DA SÉRIE REALIDADE RURAL
... continuação
Vol. 31
Panorama do Conselho de Desenvolvimento da Região do Médio Alto Uruguai. 2ª edição
atualizada – Publicado em 2003.
Vol. 32
Vol. 33
Trigo. – Publicado em 2003.
Safras de Verão – 2002/2003. – Publicado em 2003.
Vol. 34
Vol. 35
Pecuária Familiar. – Publicado em 2003.
Panorama do Conselho de Desenvolvimento da Região da Produção. – Publicado em 2003.
Vol. 36
Vol. 37
Estudos de Casos de Tecnologia e Custos de Produção na Pecuária Leiteira. – Publicado em
2004.
Cultura do Trigo: Panorama da Safra 2003. – Publicado em 2004.
Vol. 38
Vol. 39
Vol. 40
Turismo Rural – Publicado em 2004.
Ação Extensionista e Formação de Capital Social. – Publicado em 2004.
Programa de Desenvolvimento da Pecuária Familiar. – Publicado em 2004.
Vol. 41
Desenvolvimento Local Sustentável. – Publicado em 2004.
A Produção de Vinho e Cachaça na Pequena Propriedade – Microrregião de Marau. –
Publicado em 2005.
Vol. 42
Vol. 43
Ação Coletiva para Viabilização da Agricultura Familiar no Município de São Paulo das
Missões – Noroeste do RS. – Publicado em 2005.
Vol. 44
Economia do setor agropecuário no Rio Grande do Sul: Produção, Comercialização e
Mercado Externo. – Publicado em 2006.
A importância da pluriatividade como estratégia de reprodução da agricultura familiar – o caso
da comunidade de Aguapés no município de Osório/RS. – Publicado em 2006.
Jogos Rurais Sol a Sol – O Lazer e a Recreação no Desenvolvimento do Meio Rural –
Publicado em 2006.
Vol. 45
Vol. 46
Vol. 47
Diagnóstico das Unidades Agroindustriais – Área de abrangência da Mesorregião Grande
Fronteira do MERCOSUL – Rio Grande do Sul. – Publicado em 2006.
Download

Vol. 47 - Diagnóstico das Unidades Agroindustriais