SOCIOLOGIA RURAL OCUPAÇÃO E RENDA DAS FAMÍLIAS RURAIS: O MUNICÍPIO DE IPANGUAÇU - RN Elizabeth Cinthia M. Oliveira1*, [email protected], Denes Dantas Vieira2, Aldenôr Gomes da Silva3 (Orientador) 1,2,3 - Depto.de Ciências Sociais UFRN (INTRODUÇÃO) Nas últimas décadas do século passado, surge o conceito do "novo rural brasileiro", problematizando a dicotomia urbano-rural e dando novos tons às discussões sobre as mudanças nos movimentos migratórios, bem como sobre o aumento da renda proveniente de atividades não-agrícolas na composição da renda total das famílias rurais. No Estado do RN o município de Ipanguaçu caracteriza-se por ser um dos espaços de maior dinâmica dentro do Pólo Fruticultor Açu-Mossoró. Nesse sentido, Ipanguaçu serviu como elemento empírico ideal, em virtude da sua área rural concentrar a maior parte das agroindústrias frutícolas do Estado, portanto, evidenciando a existência de um contexto mais complexo em termos de geração de renda agrícolas e não-agrícolas. O presente trabalho tem por objetivo analisar os impactos das chamadas ocupações rurais nãoagrícolas, que entendemos ser um meio de fixação do homem ao campo. O trabalho se volta a um detalhamento mais profundo das ocupações e renda das pessoas com dez anos ou mais de idade durante o período de outubro do ano de 2000 a setembro de 2001. (METODOLOGIA). Esta pesquisa foi realizada através da aplicação de questionários aplicados às famílias rurais do município em questão. As informações obtidas foram processadas sobre a realidade de Ipanguaçu, em diversas instituições (IBGE; INCRA; IDEMA-RN; Secretarias do Estado; Prefeitura; Bancos Oficiais; SEBRAE; etc) (RESULTADOS) A pesquisa de campo nos mostrou que a existência de atividades ligadas às agroindústrias, substitui ou recompõe a lacuna da renda proveniente da decadência das culturas tradicionais. Destacou-se também as estratégias de sobrevivência das famílias rurais que não contam com perspectivas razoáveis de inserção no mercado de trabalho urbano ou nas agroindústrias locais. (CONCLUSÃO) No contexto de Ipanguaçu , percebeu-se nitidamente que as comunidades possuem diferenças significativas conforme sua localização geo-econômica, destacando-se a presença de comunidades onde predominam a agricultura familiar ( é o caso das comunidades de Japiaçu e de Pau de Jucá), com uma grande diversidade de renda , resultando nitidamente em qualidade de vida bastante razoável de seus membros. Já aquelas comunidades onde predomina o assalariamento ou a ausência de qualquer fonte de renda substantiva ( Arapuá) , mais próximas às agroindústrias, notou-se uma baixa qualidade de vida das pessoas, que têm nas políticas compensatórias um fator de auxílio na sobrevivência dos seus membros. Na comunidade de Patoxó, predomina , as famílias que vivem da pesca e da agricultura de vazante, estando a qualidade de vida ali em um campo intermediários entre os dois tipos anteriormente citados. Na grande maioria das comunidades constatamos a grande importância da aposentadoria, sendo a única fonte de renda em algumas famílias.. Agência Financiadora: PIBIC/CNPq TRABALHO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 54ª Reunião Anual da SBPC - Goiânia, GO - Julho/2002