CF356 – Estrutura da Matéria Lista 2 (Cap. 8 – Eisberg & Resnick, 8a edição) [1] Calcule o campo magnético produzido por um anel circular de corrente num ponto situado sobre o eixo de simetria e longe deste. Calcule em seguida o campo magnético produzido no mesmo ponto por um dipolo formado a partir de dois monopolos magnéticos1 separados e situados no centro do anel e ao longo do eixo de simetria deste. Mostre que os campos são os mesmos se a corrente no anel e sua área estiverem relacionados ao momento magnético do dipolo segundo a relação µl = i A. Você consegue ver como estender o argumento para mostrar que os campos serão os mesmos em todos os pontos, longe do anel ou dipolo, e independentemente da forma do anel? [3] Um feixe de átomos de hidrogênio no estado fundamental é enviado através de um ı́mã de Stern-Gerlach que separa-o em duas componentes, segundo as duas orientações de spin. Uma componente é interceptada por um diafragma no fim do ı́mã e a outra continua seu trajeto penetrando num segundo ı́mã de Stern-Gerlach, co-axial ao feixe que sai do primeiro mas girado de um ângulo α em torno do referido eixo. Há um segundo diafragma fixo no fim do segundo ı́mã que também só permite passar uma única componente. Descreva qualitativamente como depende de α a intensidade do feixe que atinge o segundo diaframa. [4] Determine o gradiente de campo de um ı́mã de Stern-Gerlach de 50 cm de comprimento que produzirá uma separação de 1 mm na extremidade do ı́mã entre as duas componentes de um feixe de átomos de prata emitidos com uma energia cinética tı́pica de um forno a 960◦ C. O momento de dipolo magnético da prata é devido a um único elétron l = 0, como no caso do hidrogênio. [5] Se um átomo de hidrogênio for colocado num campo magnético muito forte comparado com seu campo interno, seus momentos de dipolo magnéticos de spin e orbital precessionarão independentemente em torno do campo externo e sua energia dependerá dos números quânticos ml e ms que especificam suas componentes ao longo da direção do campo externo. (a) Determine o desdobramento dos nı́veis de energia segundo os valores de ml e ms . (b) Desenhe a configuração dos nı́veis desdobrados provenientes do nı́vel n = 2, explicitando os números quânticos de cada componente da configuração. (c) Calcule a intensidade do campo magnético externo que produziria uma diferença de energia entre os nı́veis mais separados provenientes do nı́vel n = 2 que seria igual à diferença de energia entre os nı́veis n = 1 e n = 2 na ausência de campo. [7] Use o procedimento do exemplo 8-3 para estimar a energia de interação spin-órbita no estado n = 2 e l = 1 de um átomo muônico, definido no exemplo 4-9. [9] (a) Explicite os valores possı́veis de j e mj para os estados com l = 1 e, obviamente, s = 1/2. (b) Desenhe os “modelos vetoriais” correspondentes. (c) Faça um desenho ilustrando os vetores momento angular para um estado tı́pico. (d) Mostre também os vetores momento de dipolo magnético orbital e de spin e sua soma, o vetor momento de dipolo magnético total. (e) O vetor momento de dipolo magnético total é antiparalelo ao vetor momento angular total? [10] Enumere os valores possı́veis de j e mj para os estados com l = 3 e 1/2. [13] Verifique que as paridades das autofunções ψ3 0 0 , ψ3 1 0 , ψ3 2 0 e ψ3 2 2 de um átomo monoeletrônico são determinadas por (−1)l . [15] Através de uma estimativa direta dos elementos da matriz dipolo elétrico para as autofunções da tabela 7-2, mostre que a regra de seleção ∆l = ±1 é válida para as transições n = 2 → n = 1 do átomo de hidrogênio. 1 Para modelar a noção de um monopolo magnético é necessário reformular a Lei de Gauss magnética supondo a existência de cargas magnéticas. Em seguida, procede-se por analogia com o caso do dipolo elétrico.