XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia 25 a 28 de setembro de 2012 Porto de Galinhas – PE BIOENSAIOS DE TOXICIDADE COM OS AZOCORANTES TÊXTEIS ACID BLUE 161 E PROCION RED MX-5B EM SOLUÇÃO SIMPLES E EM SOLUÇÃO BINÁRIA Erica J. R. de Almeida1; Graziely C. dos Santos1; Marina B. da Silveira1; Roberto J. Pedro1; Carlos R. Corso1 [email protected] (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Rio Claro, São Paulo) [email protected] (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Rio Claro, São Paulo) 1 1 Os corantes têxteis são considerados uma importante classe de contaminantes ambientais sendo potencialmente tóxicos e degradadores do meio ambiente. E entendendo essa problemática o objetivo do presente estudo foi comparar a toxicidade dos corantes Acid Blue 161(AB 161) e Procion Red MX-5B (PR MX-5B) sem nenhum tipo de tratamento prévio, seja ele biológico ou físico-químico, em solução simples e em solução binária utilizando um sistema-teste vegetal composto por sementes de Lactuca sativa. Por serem altamente sensíveis e representativos os bioensaios com plantas podem servir como um primeiro alerta para detectar a presença de perigo ambiental ocasionados pelos diferentes tipos de poluentes descartados no meio ambiente. A solução binária foi testada, pois nos processos industriais de tingimento vários corantes são misturados para se chegar as tonalidades desejadas, e isso de alguma forma pode aumentar o grau toxicidade do efluente resultante desse processo. Sendo assim o teste de toxicidade com sementes de L. sativa foi realizado a 21±1°C, em ausência de luz, por 72 horas para cada uma das concentrações de corante testadas. Ao término do período de exposição foram tomadas as medidas das radículas de cada plântula, e a média de crescimento das mesmas foi calculada. Todas as análises foram realizadas no programa estatístico Origin 8.0. A partir do conjunto de dados obtido foi possível determinar os valores da concentração de inibição de 50 e 100% de crescimento das radículas que foram respectivamente iguais a 1,65 e 3,43 mg/mL para o corante AB 161e 2,51 e 5,15 mg/mL para o PR MX-5B ambos em solução simples e 1,40 e 3,56 mg/mL para a Solução Binária preparada com os dois corantes testados. A partir desses resultados foi possível detectar um maior grau de toxicidade do corante AB 161 em relação ao corante PR MX-5B, pois ele inibiu 50% do crescimento das radículas de L. sativa com uma concentração 1,5 vezes menor. Também foi possível notar ao testar a Solução Binária que o grau de toxicidade dessa solução foi semelhante ao encontrado na solução simples do corante AB 161, mostrando que nessas condições de estudo o corante PR MX-5B não interferiu nos resultados finais, e prevaleceram as condições de toxicidade observadas para o corante AB 161. Palavras-chave: toxicidade, Azo corantes, Lactuca sativa Agradecimentos: Fapesp, Capes, CNPq, Fundunesp Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (SBE) Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) 154