XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia 25 a 28 de setembro de 2012 Porto de Galinhas – PE AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE DO CORANTE ACID BLACK 24 COM Artemia salina Graziely C. Santos1; Erica J. R. Almeida1; Carlos R. Corso1 [email protected] (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Rio Claro, São Paulo) [email protected] (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Rio Claro, São Paulo) 1 [email protected] (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Rio Claro, São Paulo) 1 1 Os corantes, utilizados nas indústrias têxteis, alimentícias, farmacêuticas, entre outras, são substâncias químicas compostas por anéis aromáticos e outros grupos químicos como, por exemplo, o grupo azo (-N=N-) que são responsáveis pela cor. Alguns destes compostos podem apresentar certa toxicidade quando em solução ou mesmo após sua biodegradação. Com o objetivo de avaliar a toxicidade do azo corante têxtil Acid Black 24 em solução utilizou-se, no presente trabalho, o teste de toxicidade aguda com o microcrustáceo Artemia salina como bioindicador. A A. salina é um organismo de fácil manutenção em laboratório, tem boas respostas quanto à sensibilidade a compostos xenobióticos e, por isso, tem sido utilizada para avaliação de toxicidade. Para o teste com A. salina foi utilizada uma solução estoque de corante a 3000 µg/mL, posteriormente diluída em água destilada. As concentrações de corante avaliadas foram de 250, 450, 650, 1600, 2500, 2800 e 3000 µg/mL. Os ovos de A. salina foram colocados em uma metade do aquário sem iluminação, com solução salina 3,2% para eclosão. A outra metade do aquário permaneceu constantemente iluminada, pois A. salina tem fototropismo positivo. A solução salina 3,2% utilizada para o preparo de amostras foi previamente oxigenada por 2 horas. Após 48 horas, 10 náuplios foram adicionados em cada amostra contendo 3 mL do corante em solução e 2 mL de solução salina 3,2%. Para testar a sensibilidade da A. salina, utilizaram-se água destilada, solução de dicromato de potássio 1000 µg/mL, solução salina 3,2%, e uma mistura de água destilada e solução salina 3,2% (3:2). As amostras testadas permaneceram constantemente iluminadas. Após 48 horas, o teste foi analisado quanto à mortalidade e/ou imobilidade de A. salina e a DL50 foi determinada pelo método Trimmed Spearman-Karber. A DL50 avaliada para o corante Acid Black 24 foi de 1621,23 µg/mL. O teste de toxicidade aguda utilizando A. salina como bioindicador se mostrou eficiente para determinação da toxicidade do corante têxtil. Porém, mais estudos devem ser realizados após o processo de biodegradação para avaliar se a toxicidade se mantem ou se há a presença de subprodutos tóxicos deste processo. Palavras-chave: azo corante, mortalidade, toxicidade aguda Agradecimentos: CAPES, CNPq, FAPESP, Fundunesp e Proap Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (SBE) Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) 434