Encarte comercial da responsabilidade de «Página Exclusiva». Não pode ser vendido separadamente. Portugal Inovador 2 I Setembro Portugal Inovador Setembro I 3 Portugal Inovador Índice 5Editorial 6 Colégio Morgadinhos: Muito mais que um colégio 17 Grande Porto 32Guimarães 47 Mediação Imobiliária 55 Região Centro 65 Poder Local 4 I Setembro Portugal Inovador Editorial Player internacional Frequentemente ouvimos líderes p olíticos, analistas, comentadores e o utras figuras incentivarem a aposta na via da exportação. O apelo não é feito por acaso. O reforço das exportações é, por variados motivos, uma situação altamente vantajosa tanto para as empresas como pelo seu impacto macro e microeconómico. Relativamente às empresas tem sobretudo o efeito de libertá-las da d ependência face a um só mercado. Uma empresa que esteja em contacto com um conjunto de diferentes mercados e clientes, não estando inteiramente dependente das flutuações de um único, tem mais hipóteses de garantir uma situação de estabilidade nos seus níveis de faturação. Naturalmente, há ainda as vantagens que se prendem com o acréscimo do reconhecimento e prestígio que uma marca recebe ao tornar-se um player de dimensão internacional. Apesar das oscilações verificadas nos últimos meses, de acordo com os dados do INE referentes ao segundo trimestre de 2014, o défice da balança comercial portuguesa aumentou 236,2 milhões de euros e a taxa de cobertura diminuiu 1,5 pontos percentuais para 84,2%. As e xportações caíram 0,4% e as importações aumentaram 1,3% no segundo trimestre deste ano face ao período homólogo de 2013. Uma boa dinâmica exportadora é n ecessária para manter a nossa balança comercial numa situação sustentável. Se os portugueses pretendem manter os seus níveis de consumo (assente em grande medida em produtos importados) em acordo com os padrões ocidentais, é imperativo que o nosso papel exportador não deixe de ser reforçado. A direção da Portugal Inovador Propriedade: Página Exclusiva – Publicações Periódicas, Lda. I Morada: Rua Augusto Lessa, nº 251 esc.13 4200-100 Porto I Telefones: 22 502 39 07 / 22 502 39 09 I Fax: 22 502 39 08 I Site: www.paginaexclusiva.pt E-mail: [email protected] I Periocidade: Mensal I Distribuição: Gratuita com o Jornal PÚBLICO I Preço unitário: 4 euros I Assinatura Anual: 44 euros (11 números) Interdita a reprodução, mesmo parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios, e para quaisquer fins sem autorização do editor. A paginação é efetuada de acordo com os interesses editoriais e técnicos da revista e o editor não se responsabiliza pelas inserções com erros ou omissões que sejam imputáveis aos anunciantes. Setembro I 5 Portugal Inovador Muito mais que um colégio! O Colégio dos Morgadinhos, situado na Póvoa de Santa Iria, é muito mais do que uma instituição de ensino. É um espaço onde as crianças podem adquirir a formação correta que lhes permita destacarem-se na sociedade como cidadãos que prezam a solidariedade, a cooperação e a benevolência. Elisabete Marques lidera o Colégio dos Morgadinhos desde dezembro de 2013. Advogada de formação, a nossa entrevistada decidiu agarrar este projeto e transformá-lo em algo que hoje se tornou numa referência no âmbito do ensino. Esta instituição tem como principal objetivo, conceder aos seus alunos uma formação sólida e altamente qualificada na direção de um futuro de realização pessoal e profissional. “O nosso lema é: formar os líderes de amanhã e isso advém da nossa procura pela excelência. Pretendemos que os alunos ocupem os seus tempos livres com atividades culturais que lhes permitam, um dia mais tarde, serem cidadãos sociais”, explica a diretora. Para quem não conhece ainda este espaço, a nossa interlocutora garante que os encarregados de educação e as próprias crianças podem esperar um ensino de qualidade, um ambiente propício à idade dos discentes, com um conjunto de atividades lúdicas e culturais. No Colégio dos Morgadinhos promove-se o gosto pela aprendizagem, bem como o raciocínio lógico e a criatividade, através de um ensino 6 I Setembro estimulante. Como fez questão de acrescentar: “Felizmente conseguimos ter uma excelente relação com os pais e há um seguimento do trabalho, que passa pela colaboração entre a escola e a família, na educação de cada criança, para que esta não seja formada apenas a nível curricular, mas também a nível social”. Uma das grandes preocupações de Elisabete Marques quando assumiu o cargo de diretora do Colégio dos Morgadinhos, foi a aposta na formação dos seus colaboradores, sobretudo das auxiliares, de modo a que estas tivessem um conjunto de conhecimentos em áreas que são fundamentais numa instituição de ensino. “Desde que aqui estou que a formação contínua dos meus colaboradores é essencial. Faço questão, que sempre que possível, eles se formem em higiene e segurança no trabalho, assim como em primeiros socorros, conhecimentos que são essenciais”, afirma. Portugal Inovador que forma estes espaços funcionam: “Aqui, as explicações são dadas individualmente e focadas na disciplina que a criança tem dificuldade, de maneira a que haja um acompanhamento mais próximo. A sala de estudos é mais vocacionada para ensinar as crianças a estudar e a criar um método de estudo, uma lacuna nos dias que correm”. Futuro Mais do que Português e a Matemática Com a valência de 1º ciclo o Colégio dos Morgadinhos não se dedica apenas a ter as atividades curriculares base, como a Língua Portuguesa, a Matemática, o Estudo do Meio ou mesmo a Expressão e Educação Musical, Expressão e Educação Plástica e Educação Física. Esta instituição vai muito mais além e proporciona aos seus alunos um conjunto de atividades de enriquecimento curricular que englobam as mais diversas competências. Segundo Elisabete Marques, “estas atividades representam, um valioso e essencial complemento pedagógico ao trabalho diário realizado no Colégio. As nossas atividades são para todos e não apenas para uma turma. Há uma ligação e um convívio muito grande entre todas as crianças, mesmo estando em turmas diferentes”. Juntamente com isto, estão as atividades extracurriculares, que incluem o Judo, a natação e a dança. “Este ano, vão inaugurar as aulas de Thai-Chi, de Ballet e de Zumba”. De forma a englobar os pais e encarregados de educação nestas mesmas atividades, o colégio criou horários pós-laborais para que os adultos também possam frequentar estes espaços. abrir a crianças e adolescentes que não estejam inseridos no colégio, uma sala de estudos e um centro de explicações, ambos a cargo da professora Isabel Dias. Com alunos, nestas duas vertentes, desde o 1º ciclo até ao ensino secundário, Isabel Dias explicou de Desde que está a dirigir o Colégio dos Morgadinhos, a nossa entrevistada conseguiu, em pouco tempo, criar uma instituição de prestígio, reconhecida na região. Como tal, um dos grandes objetivos passa por continuar a apostar na qualidade e na excelência do ensino que aqui é ministrado. Mais à frente, “gostaríamos de ampliar as valências, de maneira a darmos resposta ao 2º ciclo e também ao pré-escolar, algo que nos últimos tempos tem sido muito requisitado”, conclui. | Sala de Estudos e Centro de Explicações Preocupados também com a comunidade que os rodeia, os membros da direção deste espaço decidiram Setembro I 7 Portugal Inovador Padaria Pereira: a arte de bem fazer A Padaria Pereira, situada no Parque Industrial de Abrantes, está há 21 anos a laborar com inovação e qualidade. Conceito inicialmente demarcado por Manuel Carlos Pereira, que mais tarde ganhou asas com os filhos, Rui Pereira e Tiago Pereira. A Padaria Pereira, empresa familiar, idealizada e projetada por Manuel Carlos Pereira, iniciou com pequenos passos que vieram fazer toda a diferença no concelho de Abrantes. A empresa deu início à sua atividade em 1993, através de uma fábrica alugada que lhe dava espaço para o desempenho do seu trabalho. Em 2000, o crescimento alcançado proporcionou-lhe a possibilidade de alugar outra fábrica, no concelho de Mação, acabando por trabalhar com as duas em simultâneo. Em 2001, abriram a primeiro balcão de pão quente e pastelaria, posteriormente novas aberturas se seguiram. Em 2005, a conjuntura positiva permitiu-lhes abandonar as duas pequenas fábricas alugadas, abrindo assim uma unidade industrial própria em Abrantes. Distribuição regional A empresa encontra-se dividida em dois grandes grupos, tendo um campo de atuação que abrange as várias regiões dos distritos de Santarém, Portalegre e Castelo Branco. 8 I Setembro No total são 108 funcionários que contribuem para o crescimento diário da empresa. Uma parte do grupo dedica-se exclusivamente à revenda e distribuição, a outra parcela elabora um trabalho consistente direcionado para a venda direta nas suas lojas. Atualmente contam com o espaços comerciais, sendo que “duas das lojas têm fabrico próprio”. Nas regiões onde não se encontram lojas instaladas e a venda se realiza porta a porta, o transporte, e os seus cuidados subsequentes são fulcrais. 22 vendedores asseguram esse trabalho. Abrantes, Mação, Sardoal, Tomar, Chamusca, Almeirim, Entroncamento, Ponte de Sor, Portalegre, Alter do Chão, Avis, Nisa, Marvão, Castelo de Vide, Gavião, Crato, Fronteira, Estremoz, Elvas, Sousel, Castelo Branco, Alcains e Coruche são algumas das localidades por onde os vendedores se encontram distribuídos. Deslocando-se diariamente em carros da empresa - adaptados à dimensão da mercadoria - distribuem os seus produtos pelos diferentes pontos dos concelhos. Valores que perduram De pai para filhos, conquista após conquista, com ensinamentos que o trabalho diário oferece, conseguiram adquirir um posicionamento diferenciador baseado na proximidade e transparência para com o cliente. Hoje são bem reconhecidos no ramo da panificação e Portugal Inovador pastelaria, imagem consolidada ao longo destes anos de história. Com uma oferta variada de pães e doces conseguem chegar a um público amplo, satisfazendo os paladares. Pão cozido, pão pré-cozido congelado, pão em massa, pastelaria fresca, bolos para aniversário, casamento e eventos, bolo seco são alguns dos produtos destacados pela família Pereira. Têm também alguns produtos como referência, como é o caso do pão de água, pão tipo alentejano, tigeladas e a palha de Abrantes. podem marcar a diferença pela sua qualidade. Neste momento, a gerência verifica uma forte procura em produtos regionais e tradicionais. Apostas futuras Rui Pereira e Tiago Pereira cresceram no meio e hoje dedicam-se afincadamente a esta tarefa, gosto que o pai tão bem lhes soube transmitir. A formação, como elemento indispensável da empresa, está presente no espírito do fundador, o que contribui para alargar os horizontes da empresa e posicionar-se vantajosamente. As instalações revelam-se agora limitadas devido ao crescimento que têm tido. “A nossa maior preocupação é a qualidade, não o preço, a confeção é determinante dada a variedade de produtos que temos”, revela a família Pereira. A grande aposta atual passa pela venda direta ao cliente, através das suas lojas e do transporte porta a porta, nunca colocando de lado todas as fases envolventes neste processo. A Padaria Pereira, erguida com rigor e dedicação dos seus colaboradores, preza também pelo controlo de todo o processo desde a produção até às lojas, atravessando os diferentes intervenientes ligados à empresa, desde os fornecedores até ao cliente final, exigências trazidas pelo mercado atual. | Produção diferenciadora e rigorosa Com uma gama bastante elevada na parte da panificação e na pastelaria, têm aproximadamente 47 produtos de padaria e 89 produtos de pastelaria, por sua vez, produz diariamente cerca de 3900 kg de farinha em pão cerca de 8000 bolos por dia. Julho, agosto e dezembro são os meses do ano onde se verifica maior afluência nas vendas, facto que se explica através do regresso às origens por parte dos emigrantes, aliado à vontade de voltar a degustar os diferentes sabores tradicionais que a terra oferece. Criteriosos no seu método de trabalho estão atentos às diferentes especificidades que a confeção dos variados produtos envolvem. Atentos ao mercado sabem que Setembro I 9 Portugal Inovador Produtos regionais feitos de forma artesanal Há apenas dois meses no mercado, a Quintinha d’Aldeia é já uma marca de referência a nível nacional. Com diversos enchidos, todos eles produzidos de forma artesanal, esta empresa já conquistou o mercado português. No Alto da Chainça, em Pernes, encontramos a Quintinha d’Aldeia. Na Quinta são feitos enchidos à moda antiga, ou seja, de forma artesanal. Aqui, as máquinas são praticamente inexistentes. Susana Santos e Paulo Piedade, proprietários deste espaço, decidiram criar esta empresa, com estas características, exatamente porque se aperceberam que no mercado existiam poucos produtos que fossem produzidos 10 I Setembro desta forma. “Todos os produtos estão a ter uma excelente aceitação no mercado e isso, deve-se muito ao facto de ser tudo feito de forma artesanal e à moda antiga. Claro que a higiene e controlo da qualidade são fatores essenciais para que os nossos produtos sejam reconhecidos. A limpeza das instalações e o vestuário de quem manuseia os artigos estão de acordo com as normas em vigor”, afirma Susana Santos. Os enchidos são atados à mão e secos em fumeiro com lenha de azinho. Para manter a qualidade dos enchidos, mesmo no verão, existe a câmara de frio que conserva a carne temperada, durante os três ou quatro dias de maturação, com a frescura dos meses frios de inverno. Entre os enchidos, podemos encontrar uma grande variedade, que vão desde “o chouriço de carne, o chouriço picante, o mouro, um chouriço negro, a morcela de assar, a morcela de arroz, a farinheira, a paiola, os paios. Depois fazemos um pack de farinheira fina, de mouro fino e de linguiça, que é muito bom para o churrasco”, refere. Com a marca Quintinha d’Aldeia são comercializados ainda outros produtos artesanais, nomeadamente as compotas, com diversos sabores, o queijo de ovelha “amanteigado e muito saboroso” e ainda o vinho e o presunto. De acordo com a nossa entrevistada, a grande preocupação neste momento não é produzir grandes quantidades, mas sim qualidade. “Só utilizo produtos da melhor qualidade, desde a carne até aos temperos. Acabo por pagar um preço mais alto por isso, mas é esse facto que diferencia os nossos enchidos, é a forma como eles são produzidos e a qualidade dos produtos que neles são utilizados”. Graças a isto, em apenas dois meses de mercado, a Quintinha d’Aldeia já tem uma carteira de 160 clientes o que é fantástico. “Os nossos produtos estão em lojas do mercado tradicional, casas gourmet e restaurantes de todo o país”. Susana Santos faz questão que os seus produtos sejam conhecidos e, como tal, realiza também, Portugal Inovador algumas degustações, porque “é uma excelente forma de obtermos o feedback das pessoas. Há sempre coisas que podem ser melhoradas e só os clientes que provam os nossos produtos é que vão saber o que há para melhorar”. No dia 21 de setembro, vai realizar-se um passeio de carros clássicos e a nossa interlocutora foi convidada para receber os organizadores e participantes na sua Quinta. “Nesse dia, irá ser feita uma prova de enchidos e vinho. É uma forma de as pessoas ficarem a conhecer não só produto, mas a forma como ele é feito”, acrescenta. Abrir novos horizontes Manter a qualidade está acima de qualquer outros planos de futuro dos proprietários. “Quero continuar a crescer de forma sustentada e manter sempre a qualidade dos nossos produtos”. Com alguns contactos já realizados com o mercado externo e mesmo com grandes su- perfícies, Susana Santos pretende que os seus produtos artesanais cheguem ao estrangeiro. Além disso, a nossa entrevistada está disposta a receber grupos de pessoas, para que estas possam ficar a conhecer os produtos e aprendam como são feitos os enchidos de forma artesanal. | Setembro I 11 Portugal Inovador Miraterraplanagens produz qualidade Sérgio Lourenço esteve à conversa com a revista Portugal Inovador para nos falar sobre a sua empresa. Sediada na zona industrial de Montalvo, em Constância, dedica-se há treze anos à extração e comercialização de inertes. A Miraterraplanagens, para a devida extração de inertes, opera com diferentes máquinas. Cada uma delas está destinada à sua função: “Extração e lavagem de areias ou extração e carregamento dos inertes é o que cada uma das máquinas executa”, clarifica Sérgio Lourenço. Os inertes são extraídos no rio Tejo em bruto, por isso têm de passar pelo processo de lavagem antes de serem devidamente selecionados e calibrados. A extração obriga ao cumprimento de determinados requisitos. A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) visita constantemente a empresa, para fiscalizar e orientar melhor o seu trabalho. “No entanto, se a extração não fosse concebida o rio não era navegável e ficava completamente assoreado”, explica o entrevistado. 12 I Setembro O raio de ação da empresa estende-se pelo mercado da Sertã, Vila do Rei, Castelo Branco e Alentejo. A sua atuação local, confiada na mão de oito pessoas, confere maior qualidade à produtividade aí estabelecida; já a aposta na formação garante segurança no labor realizado dado que todos os colaboradores recebem formação específica para poderem manusear as máquinas. Economia atual O setor da construção foi muito penalizado pela grave crise económica que se abateu sobre a economia mundial, facto que acabou por interferir com a atividade praticada na Miraterraplanagens, uma vez que todos os materiais aqui produzidos são destinados a esse setor. Mas apesar da eco- nomia oscilante, Sérgio Lourenço acredita que se vive uma fase passageira. O progresso passa agora pela renovação e produção de qualidade, acolhendo “novas ideias, com novos equipamentos e novos serviços”, aponta. Atualmente o maior compromisso da Miraterraplanagens passa por oferecer o melhor material do mercado, com a possibilidade de melhorar dia após dia a sua atividade. Neste momento está a implementar um novo sistema de crivos para a crivagem do seixo em diferentes granulometrias que irão tornar o sistema de lavagem mais eficiente, oferecendo diversificado produto e conquistando novos mercados, “como nas centrais de betão e de asfalto”, descreve. A aposta na modernização da empresa vem fazer face às novas exigências do mercado ibérico. | Portugal Inovador Parceiros eficientes “Transportamos o seu negócio” Pedro Nunes foi o gestor e o mentor que imaginou e deu nome à Intertráfego. A sua paixão deposita-se agora no labor, empreendorismo e inovação de Joaquim Pedro e Rui Nunes, seus filhos. Pedro Nunes, após ter percorrido a Europa e criado contactos diretos com diferentes mercados, enquanto Motorista-Tir noutra empresa resolveu apostar no seu próprio negócio: a Intertráfego. Nos 47 anos de história desenvolveu parcerias internacionais, atuando como transportador e transitário internacional. Atualmente revitalizando uma prática de gestão cada vez mais moderna, baseada nas novas necessidades e exigências do mercado, reconhece que os seus clientes e fornecedores, parceiros de negócios que integram e valorizam sua estrutura, são o motor da construção, segurança e crescimento sustentável da própria firma, por isso, sempre desenham e apresentam as melhores soluções, como resposta às suas necessidades de transporte na prática e garantia de suas transações comerciais. Inserida no mercado global, procura dar resposta a todas as empresas portuguesas que trabalham na importação e na exportação, como modelo de confiança e participação ativa por via terrestre, marítima e aérea. Em relação ao transporte terrestre e marítimo efetuam o transporte de carga completa e regime multimodal-grupagem. O transporte aéreo é realizado através de vários contratos com operadores aéreos. Com excelentes infraestruturas, a Intertráfego tem um espaço aduaneiro onde armazena todas as cargas, de várias naturezas, produzindo ação de consolidação de contentores e despacho com outras transportadoras. “Nesse espaço, reunimos as condições de resposta operacional em benefício de nossos clientes e parceiros nacionais como ao networking de nossos agentes internacionais que nos selecionam e adjudicam serviços, produzindo o transporte desde pick up na unidade de fabrico até entrega no destino final”, explica Joaquim Pedro. Esta firma portuguesa tem marcado presença em mercados europeus como França, Itália e Espanha. Estando a apostar e ganhar quota de mercado em novos países, como Bélgica, Holanda, Inglaterra e Alemanha. A criação de contactos com novos parceiros, líderes de mercados de Leste é outra das apostas que estão a desenvolver. A empresa combina a maturidade de Pedro Nunes com o empreendorismo de seus filhos. A participação constante em novos programas, conferências e feiras internacionais estimulam o espírito de iniciativa que aqui se faz sentir. A presença da Intertráfego em diversas ações de formação, realizadas através da AIP e da NERSANT, mantêm-na atenta, encontrando soluções de resposta às necessidades prementes do mercado. A empresa familiar está a caminhar e a progredir para que brevemente possa vir a ser líder de mercado com o apoio do Banco BIC. Estão neste momento a investir na aquisição de novos camiões e na subcontratação de outros no mercado, aumentando assim a sua frota atual, como resposta ao aumento de volume de negócios. Para melhor conhecerem as suas instalações e serviços podem consultar o website: www. intertrafego.pt | Setembro I 13 Portugal Inovador Cinco séculos de bem-fazer em Benavente A Santa Casa da Misericórdia de Benavente, constituída em 1560 é a sucessora e continuadora da Confraria do Espírito Santo, cuja fundação em 1232 é quase contemporânea com a fundação de Benavente. Joaquim Norte Jacinto é Coronel da Força Aérea na situação de reforma e está há sete anos a cumprir a nobre missão de coordenar a gestão da “grande empresa” que é a Santa Casa da Misericórdia, digna de todo o respeito e da gratidão da comunidade Benaventense, com o envolvimento empenhado dos seus 130 colaboradores. A Santa Casa da Misericórdia exerce a sua atividade na área social, no apoio à população idosa, dispondo para o efeito de um Centro de Dia com capacidade para 35 utentes, de um Serviço de Apoio Domiciliário com capacidade de resposta para 35 utentes e de um 14 I Setembro Lar de Idosos com capacidade para 50 utentes autónomos e 15 acamados em quartos com equipamento hospitalar, sendo no entanto este último insuficiente para dar resposta às necessidades da comunidade. A solução do problema passa pela construção de um novo Lar, do qual já existe projeto aprovado pela autarquia e pela Segurança Social, não tendo ainda sido financiada a sua construção, nem garantido o protocolo de funcionamento. Referiu ainda o Provedor que como consequência da conjuntura difícil a que as famílias têm estado sujeitas, a generalidade dos utentes estão a ser admitidos na situação de acamados ou de dependentes. Na área da saúde, na sequência de um Acordo de Cooperação com a ARS de Lisboa e Vale do Tejo, a instituição tem em funcionamento em regime ambulatório, um bloco operatório que dá apoio às espe- cialidades de cirurgia geral, cirurgia plástica e reconstrutiva, oftalmologia, dermatologia e ortopedia. Dispõe ainda de um serviço de Medicina Física e de Reabilitação que funciona em dois turnos das 07h30 às 20h30, bem como de imagens médicas com RX, TAC, Osteodensitometria e Ecografias, para além de outros meios complementares de diagnóstico na área da cardiologia, nomeadamente ECG, Ecocardiograma, Mapa, Holter e Prova de Esforço. Para além das especialidades médicas referidas e em regime particular e/ou convencionado com outros sistemas de saúde, a instituição apoia ainda os seus utentes com consultas de Cardiologia, Alergologia, Endocrinologia, Neurologia, Gastroenterologia, Ginecologia, Otorrinolaringologia, Psicologia Clínica, Reumatologia, Urologia, Nefrologia e Medicina Dentária. | Portugal Inovador “O voluntariado mostra-se fundamental para a nossa instituição” Erguida há 354 anos, a Santa Casa da Misericórdia de Salvaterra de Magos tem vindo a exercer um enorme contributo na ação social, beneficiando do apoio de 69 colaboradores. Francisco Viegas, provedor atual da Santa Casa da Misericórdia de Salvaterra de Magos partilhou com a Portugal Inovador a realidade vivida e a dimensão do apoio prestado a um concelho com cerca de 23 mil habitantes. Há uma década em estreita colaboração – outrora desempenhou diferentes cargos –com a instituição, Francisco Viegas foi perentório na influência da Santa Casa da Misericórdia de Salvaterra de Magos: “Tem um peso tremendo no apoio aos mais pobres e desfavorecidos”, apontou. Solidariedade, responsabilidade e ética profissional são alguns dos valores pelos quais a entidade rege o trabalho prestado à terceira ida- de, fundamentalmente. Ademais, a motivação dos próprios recursos humanos é fulcral para um correto “modus operandi”. Para isso, Francisco Viegas conta com uma equipa “jovem” e “empenhada”: “Privilegiámos o envolvimento deles em todos os nossos processos, assim como a valorização e o reconhecimento do seu contributo”, acrescentou Francisco Viegas. Através da Estrutura Residencial Permanente para Idosos, o Centro de Dia, o Serviço de Apoio Domiciliário e o Centro de Acolhimento Temporário de Emergência a Idosos, a Santa Casa da Misericórdia de Salvaterra de Magos presta apoio a 110 utente através de atividades socioculturais, gerontomotri- cidade, hidroterapia e organização e fornecimento de refeições, além do serviço de alojamento, alimentação, higiene, assistência médica e enfermagem. As “limitações existentes” que as IPSS’s evidenciam nos dias que vigoram são lacunas muitas vezes colmatadas com a prestação de voluntariado, levado a cabo por pessoas que se dedicam pro bono em conjunto com os demais funcionários. Para Francisco Viegas, é “fundamental” o seu contributo em apoios específicos como as atividades recreativas, gerontomotricidade, hidroterapia e organização e fornecimento de refeições: “Proporcionam aos idosos um ambiente mais familiar e auxiliam nas atividades de forma agradável e dinâmica”, afiançou o provedor. Guarnecidos de património – entre eles o edífico sede, o CATEI, a Praça de Touros de Salvaterra de Magos e a Capela da Vala – e parcerias estabelecidas com várias entidades locais, Francisco Viegas já traçou o caminho da instituição: “Temos o intuito de melhorar os serviços prestados aos nossos utentes, estando cientes de que temos um longo caminho pela frente”, disse. | Setembro I 15 Portugal Inovador Sensíveis às causas sociais O CRIA nasceu em 1977 em Rio de Moínhos. No decorrer dos anos houve a necessidade de expandir a sua área, devido à crescente procura e ao atendimento de novas necessidades. Hoje, atua como Centro de Recuperação e Integração de Abrantes numa área coberta que atinge os sete mil metros quadrados. Inicialmente Centro de Recuperação Infantil de Abrantes, tinha a missão de escolarizar as crianças com deficiência que na altura não eram admitidas na escola por serem “diferentes” e precisarem de uma aprendizagem distinta. O apoio e a colaboração da assistente social, da Segurança Social, do presidente da Câmara Municipal e de alguns pais de meninos deficientes foram determinantes para a criação do CRIA. Em 1997, quando o Ministério da Educação reconheceu a capacidade educativa do CRIA, “as escolas oficiais passaram a sinalizar as crianças com dificuldades e a direcioná-las para aqui, onde podem ser acompanhadas por professores e terapeutas próprios”, explica Humberto Lopes. Respostas Sociais São múltiplas as respostas sociais do CRIA. O Centro de Recursos para a Inclusão (CRI), com a sua equipa de psicólogos, terapeutas da fala, 16 I Setembro terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e técnica superior de serviço social, desloca-se às escolas para acompanhar crianças e jovens com necessidades educativas. O Centro de Atividades Ocupacionais (CAO) começou a atuar como um Centro de Dia para pessoas maiores de 16 anos. Estas encontram-se aqui organizadas por salas, de acordo com o seu grau de deficiência e têm o acompanhamento de monitores na execução de diferentes atividades, como pintura, serigrafia, reciclagem de papel, entre outras. Para os alunos que demonstram capacidade física e intelectual, foi criada a Formação Profissional que lhes oferece competências e ferramentas que facilitam a sua inserção profissional no mercado de trabalho. Em 2000, verificou-se que existiam famílias muito idosas que não estavam capacitadas para cuidar dos seus filhos, por isso surgiu a necessidade de criar outro tipo de resposta, daí nasceu o Lar Residencial para Deficientes. Foi criada igualmente a Intervenção Precoce, direcionada para crianças, dos zero aos três anos de idade, identificadas com alguma anomalia e que são agora imediatamente observadas pelo médico especialista. O CRIA está integrado no Concelho Local de Ação Social. Em colaboração com essa rede social e a Câmara Municipal criaram outra resposta social: o Banco Social (que vem prestar assistência às famílias desempregadas). No entanto, sentem que as respostas não são suficientes para as necessidades sociais existentes na região. Em breve vão construir dois novos edifícios para o CAO e para o Lar. O trabalho é realizado em parceria com outras entidades, como a Câmara Municipal, Hospitais, Centros de Saúde e Segurança Social. A construção do Pavilhão de Hipoterapia, ainda não terminada, também está nos planos do CRIA. | Portugal Inovador Grande Porto Setembro I 17 Portugal Inovador LasKasas: interiores com conforto LasKasas Interiores marca presença no mercado há 10 anos. Celso Lascasas esteve à conversa com a revista Portugal Inovador para nos falar sobre o seu labor. Celso Lascasas começou a trabalhar no setor do mobiliário ainda muito novo, aos 14 anos, desenvolvendo pequenas tarefas na empresa de um tio. Aos 20 anos, surgiu a oportunidade de ir trabalhar para outra empresa, de outro familiar, onde com o decorrer dos anos assumiu um cargo de gestor da empresa. Um cargo totalmente coordenado por ele e de crescente responsabilidade. Toda essa experiência impulsionou-o a dar o salto, apostando desta feita na criação de um negócio 18 I Setembro seu, onde pudesse pôr em prática tudo o que aprendeu, mas com um cunho especial. Assim surgiu a LasKasas Interiores. Criação personalizada “Você idealiza, nós criamos”, é este o símbolo diferenciador desta casa que se direciona assumidamente para o cliente de classe média, média alta. Tudo o que se delineia num plano abstrato tem, um dia, mais tarde ou mais cedo, de passar por um processo de transformação, isto é, para o objeto em concreto. Por isso quando o cliente procura os seus serviços tem ao seu dispor uma equipa de criativos - designers, arquitetos e comerciais -100% disponíveis para prestar o devido acompanhamento ao que o cliente idealiza. O serviço passa pela visita à casa do cliente para a recolha e retificação de medidas; desenvolvimento do projeto de decoração 2D e 3D com apresentação em loja, onde o cliente terá uma noção aproximada do projeto real; e a produção dos seus artigos. A LasKasas procura também que os clientes visitem a sua fábrica para que possam perceber todo o processo e a sua dimensão, até à fase da entrega. Os projetos, pensados como um todo, conciliam diferentes disciplinas que estão ligadas direta e indiretamente ao setor. “Isso é bom, claro”, assevera Celso Lascasas. A união traz uma nova forma de apreciar, disfrutar e viver o conforto que todos procuram. Consciente da grande relevância que o mercado português assume na atualidade, a LasKasas soube contornar as adversidades e Portugal Inovador afirmar-se aqui e lá fora. Ainda em maio abriram uma loja em Luanda. Além da nova abertura, a marca está a apostar em feiras internacionais, como a Maison et Objet em Paris. A máxima “satisfação total do cliente” foi essencial nesse processo. O design e a decoração em Portugal, nos últimos anos, deram passos de gigante, o que tornou a LasKasas, e naturalmente o país, reconhecida pela qualidade dos seus produtos e serviços. Atualmente conta com cerca de 50 trabalhadores fabris; 25 no departamento de logística; 20 comerciais e 12 Arquitetos/Designers de interiores nas lojas. A formação contínua é uma das suas grandes apostas. Sabem que para estar na linha da frente têm de disponibilizar formações aos seus colaboradores, para que nada falhe. Para quem quiser seguir as suas pegadas, poderá acompanhar as novidades diárias nas redes sociais. | Setembro I 19 Portugal Inovador “Estética não é só beleza, é saúde!” A Beclinic propõe-se a aumentar a longevidade e a qualidade de vida ultrapassando os sinais do tempo, situada em Gondomar, oferece os mais modernos tratamentos de rosto e corpo. Fundada em 2012, a BeClinic tem um conceito completamente diferente daquilo a que estamos habituados. Este espaço dispõe de tratamentos personalizados e adequados a cada cliente: “Funcionamos de uma forma muito correta quanto à avaliação física, tanto antes como depois do tratamento. Sendo que cada paciente é analisado minuciosamente no sentido de atingir o máximo de resultados possíveis, refere a nutricionista Ana Bessa. Este projeto de excelência integra os mais modernos e exclusivos tratamentos faciais e corporais, em que se destacam o Ilipo – Lipoaspiração não invasiva, a Criolipolise, o “lifting” não-invasivo – mesoterapia facial e preenchimento de rugas. Saúde em primeiro lugar A BeClinic procurou criar um conceito que fosse além da estética e se preocupasse essencialmente com o bem-estar das pessoas. Deste modo, um dos grandes elementos de diferenciação deste espaço é o acompanhamento de Ana Bessa, especialista em nutrição. O acompanhamento nutricional permite conhecer os hábitos alimentares, desportivos, vícios, questões hereditárias, necessidades e expectativas de cada cliente. “A estética não é só beleza, é saúde! É isso que nós procuramos incutir a quem nos procura, dado que, infelizmente, vemos cada 20 I Setembro vez mais pessoas com problemas de saúde devido ao excesso de peso. Aqui, na BeClinic procuramos que as pessoas tenham novos hábitos alimentares”. A nossa interlocutora, Ana Bessa, nutricionista, fez questão de referir que “as consultas de nutrição são cada vez mais importantes, pois conseguem alertar para os benefícios de uma alimentação saudável e para os prejuízos que podem advir de uma alimentação desequilibrada”. “A perda de peso nem sempre é um processo fácil e é necessário consultar a ajuda de um profissional para que as pessoas tenham consciência das suas limitações, mas acima de tudo têm de ter força de vontade”. Importância da estética A Beclinic é constituída por uma equipa multidisciplinar formada por técnicos especializados nas mais diversas áreas. Apesar de a saúde estar em primeiro lugar, para a clínica as questões estéticas acabam também por ser muito importantes. Medicina Estética, Estética Avançada, Terapias Complementares de Recuperação Física e Consultoria Estética, são alguns dos serviços prestados pela BeClinic. Os tratamentos anti-aging são um dos mais procurados. Segundo Ana Bessa, “os estudos dizem-nos que as dietas anti-aging consistem numa alimentação regrada que poderão ajudar a retardar o envelhecimento e também algumas doenças cardiovasculares, alguns tipos de cancro e até mesmo osteoporose”, conclui. | Portugal Inovador Cindor: no coração de Gondomar Para festejar o seu 30º aniversário, a imagem do Centro de Formação Profissional da Indústria de Ourivesaria e Relojoaria foi refrescada este ano, mas os objetivos perduram: desenvolver os recursos humanos do setor e apoiar o empreendorismo. “Foram anos de formação intensiva”, inicia Eunice Neves na sua entrevista. Perfeitamente adaptado às dinâmicas do sistema de formação, o Cindor tem vindo a alcançar o estatuto internacional de organismo de excelência no setor da ourivesaria e relojoaria. O Centro destina a sua formação financiada para jovens, adultos e para ativos desempregados. Disponibiliza também formação de formadores, formação à medida das empresas e formação não financiada em áreas especializadas. Atento aos estudos setoriais, que registam um crescimento extraordinário das atividades ligadas à fabricação de relojoaria (entre 2004 e 2012 o volume de negócios na indústria de produção de relógios e suas partes cresceu em 233% e o emprego em 176%), o CINDOR tem reforçado a sua aposta nesse âmbito. A diretora do CINDOR realça o imenso potencial da ourivesaria, joalharia e relojoaria – nomeadamente em termos de turismo industrial – e refere que é imperioso apostar no design e na inovação. Para além do evidente enfoque nos formandos, a dirigente entende ser fundamental assegurar uma ligação eficaz às empresas e ao mercado de trabalho. “Fazemos uma enorme aposta no aumento do nível de escolaridade e certificação profissional dos recursos humanos deste setor, contribuindo ativamente para a qualificação e crescimento da ourivesaria, joalharia e relojoaria a nível nacional e internacional”, comenta Eunice Neves. Atualmente, o Cindor canaliza esforços no sentido de um maior envolvimento das empresas com as atividades que implementa. “Queremos aproximarmo-nos ainda mais do contexto empresarial e criar boas relações com os profissionais do setor”, sublinha Eunice Neves. Para isso, têm sido lançadas várias iniciativas que pretendem corresponder adequadamente aos desafios do mercado e às necessidades das empresas. É disso exemplo o arranque recente do curso de Empreendorismo e Inovação em Ourivesaria, destinado a licenciados desempregados. Evidenciando grande pró-atividade, estes formandos conceberam já uma empresa denominada 4Cs, com o lema “inovando o passado”, que promete apoiar inequivocamente os profissionais da ourivesaria. O Cindor é também reconhecido por ser dotado de bons equipamentos, tanto em termos de estrutura como de maquinaria, o que lhe dá toda uma vantagem competitiva. “Importa canalizar essas mais valias para a formação, mas há que colocá-las também ao serviço das empresas”, afirma a dirigente. De entre os vários serviços que CINDOR presta, a prototipagem destaca-se pela confidencialidade garantida e pela qualidade que assegura. | Setembro I 21 Portugal Inovador “É, fundamentalmente, uma alternativa ao cigarro convencional” João Ferreira foi fumador durante vários anos. Após procurar uma alternativa ao tradicional cigarro idealizou e criou a “2Smok” com o objetivo de comercializar cigarros eletrónicos. Foi numa das quatro lojas 2Smok, nomeadamente em Matosinhos, onde conversámos com João Ferreira sobre o seu projeto, iniciado em 2011, e que surgiu após uma pesquisa no mercado externo. Posteriormente, após perceber que seria algo inovador em Portugal, o responsável abriu as portas à 2Smok, base para a criação da sua própria marca comercial: “Foi feito um pequeno estudo de mercado, levantamento das necessidades, tendo reparado numa lacuna neste segmento”, iniciou. Decorria o mês de maio quando João Ferreira deu início à comercialização do cigarro eletrónico, via online, numa fase embrionária do projeto, que funcionava com um 22 I Setembro simples “part-time”: “Ao fim de meio ano, a aceitação começou a evoluir. Foi aí que passou a ser um projeto a tempo inteiro e no qual apostei verdadeiramente”, acrescentou. Em Portugal, existem cerca de dois milhões de fumadores. Atualmente, e após o surgimento deste produto, cerca de 0,5% já aderiu ao cigarro eletrónico. Para João Ferreira, e apesar de se tratar de um novo produto num setor bastante fechado, a adesão por parte das pessoas tem sido “satisfatória”. O serviço de aconselhamento prestado em cada loja revela-se vital: “Informámos de forma séria e imparcial cada cliente. É preferível não fazer uma venda e garantir que o cliente sai totalmente esclarecido acerca deste produto”, garantiu. Os modelos de cigarros eletrónicos de baixa e alta gama, os mais de 250 aromas de e-líquidos, a combinação de diferentes componentes e a sua autonomia de quase 30 cigarros convencionais têm levado as pessoas a introduzir um conceito de “moda”. João Ferreira alerta ainda os utilizadores para a falta de zelo no seu uso: “Penso que não existe o respeito de alguns utilizadores em determinados sítios”, afiançou. Contudo, as vantagens associadas ao produto assumem toda a diferença para João Ferreira: “Além do hálito péssimo proveniente do cigarro convencional, a mudança para um cigarro eletrónico de baixa gama permite uma poupança mensal de cerca de 70% em relação ao cigarro tradicional”, disse. O responsável pela “2Smok” partilhou mais um dado que comprova a utilidade e funcionalidade do produto, definindo, simultaneamente, o seu principal objetivo: “Uma empresa lisboeta compra cigarros eletrónicos para os seus próprios colaboradores fumadores de forma a manter a produtividade. É algo que me satisfaz. Até ao final do ano, pretendemos abrir mais duas lojas”, finalizou. | Empreendedorismo com glamour Portugal Inovador Alberto Veiga iniciou a sua carreira profissional na Holanda e hoje marca a diferença em Portugal, diretamente da cidade da Maia. O mercado de Leste é a sua próxima aposta. Com uma carreira de 25 anos ligada aos transportes especiais, Alberto Veiga foi, por exemplo, o responsável pela ação especial de transporte das carruagens do Metro do Porto até à cidade invicta. Mas para conhecermos o posicionamento atual deste empresário, temos que recuar a 1987 quando, como motorista, ingressou numa empresa holandesa. Rapidamente a sua capacidade de adaptação e aptidão para aprender novos idiomas, permitiu-lhe assumir um cargo no departamento de transportes especiais. Proativo, decide aprofundar conhecimentos e tirar a licenciatura em Engenharia de Transportes Especiais, onde desenvolveu competências que lhe conferem um conhecimento profundo do setor. Em 2001, faz-se acompanhar dessa firma no regresso a Portugal, empresa que mais tarde acaba por ser adquirida por outra, portuguesa. Esse foi o impulso necessário para Alberto Veiga pensar num projeto próprio, onde pudesse aplicar todo o seu conhecimento, oferecendo um serviço chave-na-mão, totalmente inovador. Assim nasce a PermitConde, fundada em 2004, e que esteve presente em grandes obras como a Metro do Porto, tendo encerrado em 2012. MVI Europe Com uma imagem renovada, modernizada e um capital social maior, surge em 2013 o gabinete de engenharia especializado em transportes especiais: a MVI Europe. Os seus clientes são maioritariamente empresas que pretendem deslocar para Portugal, ou vice versa, cargas de grandes dimensões e necessitam de apoio logístico. À equipa de profissionais da MVI Europe compete conseguir as autorizações especiais para circular dentro do país, ou resto da Europa, e solicitar acompanhamento policial e carro piloto, caso seja necessário. “Em obras de grandes dimensões pode ser necessária a criação de acessos alternativos e o reconhecimento do terreno, de forma a detetar se o equipamento passa por baixo de pontes ou se o peso por eixo é suportável nas rotas estipuladas”, explica. Para todos os serviços o profis- sional faz-se acompanhar de parcerias na área jurídica. A MVI Europe é a única entidade particular em Portugal capacitada para realizar este trabalho, sendo por isso parceira privilegiada de múltiplas empresas nacionais e internacionais. A aposta arrojada e inovadora na imagem das suas viaturas cativa um nicho de mercado médio/alto, mas é a polivalência dos seus colaboradores, a capacidade para falar em vários idiomas e a diponibilidade total, 24h por dia 7 dias por semana, que os fideliza. Balcão de Atendimento Aproveitando as novas instalações, a MVI Europe vai abrir um balcão de atendimento para ajudar a resolver assuntos ligados ao IMT. “Pretendemos, por exemplo, auxiliar os condutores que venderam as suas viaturas e, não tendo procedido ao cancelamento da matrícula, estão a enfrentar dificuldades para regularizar a situação. Tenho os meios e as ferramentas necessárias para os ajudar, a preços mais acessíveis”, conclui o CEO. | Setembro I 23 Portugal Inovador Um espaço com glamour A completar o primeiro aniversário deste atelier, Nuno Sousa partilha o sucesso deste projeto com a sua companheira e falaram-nos dos receios que tiveram e do balanço extremamente positivo que hoje podem fazer. Desde 27 de setembro de 2013 que o Nuno Sousa Atelier de Imagem é um espaço onde o requinte e o profissionalismo se aliam para garantir a imagem dos seus clientes. Nuno Sousa começou a sua carreira na melhor escola que poderia encontrar, trabalhando em espetáculos e bastidores de um canal de televisão, onde pode aliar o inesperado à diversidade de trabalhos que lhe surgiam e isto, sem nunca esquecer que teve o privilégio de trabalhar ao lado de 24 I Setembro grandes nomes que lhe garantiram a experiencia e a técnica. Em 2013, muito graças à insistência da família e amigos, o nosso entrevistado decidiu abrir um espaço em nome próprio, no centro de Gondomar, realizando assim uma das metas a que se tinha proposto. “Criei um espaço diferente, com glamour, onde os clientes possam entrar e disfrutar e ao mesmo tempo sentirem confiança nos nossos serviços”, é desta forma que o nosso entrevistado descreve o seu espaço. Com uma técnica de corte diferente, “aliada ao conforto, bem-estar e requinte, este espaço distingue-se de todos os outros e prova disso é o feedback que os clientes transmitem. “Nunca nos podemos restringir ao corte ou a uma boa coloração, ser cabeleireiro passa bem mais longe do que isso, temos de criar e transmitir algo para o cliente”, acrescenta. Além de cuidar da imagem dos visitantes, sejam eles homens ou mulheres, Nuno Sousa participa em diversos desfiles e produções de moda um pouco por todo o país embora, atualmente esteja mais pelo Norte, uma vez que este projeto necessita da sua presença. Associado a toda a complexidade desta arte, o nosso entrevistado faz questão de ter um atendimento personalizado e, “cada cliente é único e necessita de um diagnóstico personalizado para garantir um bom trabalho da nossa parte, só assim é que podemos tratar bem dos nossos clientes”. Com uma equipa bem formada e sempre disposta a aprender, este Atelier de Imagem inclui também um leque alargado de serviços na área da estética. “Hoje em dia, as pessoas preocupam-se cada vez mais com a sua saúde e, o facto de termos num mesmo espaço um conjunto de serviços, faz com que cada vez mais nos procurem. Os nossos clientes sabem que podem contar com a simpatia, a humildade e acima de tudo o nosso profissionalismo”, afirma Nuno Sousa. NS PRESTIGE Sempre em busca de novos desafios, este é o projeto mais recente do nosso entrevistado. Uma coleção de camisas, com um cunho muito pessoal, feitas à medida de cada cliente. | Portugal Inovador Com cuidado detalhado Minúcias é a marca representada pela equipa liderada por Ana Rebêlo, no mundo da ourivesaria. Através de uma constante apresentação de novos desenhos de jóias em prata e de uma grande atenção prestada ao serviço aos seus clientes, Minúcias Jóias apresentase no mercado como uma referência. potenciar a abertura de outras lojas Minúcias em Portugal e, sobretudo, no estrangeiro. No mundo da Ourivesaria Esta marca dispõe de uma rede de retalhistas espalhados pelo território nacional, contando também com alguns clientes internacionais conquistados através da presença da Minúcias em Salões Internacionais de Joalharia. Como uma marca apresentada pela sua específica rede de retalhistas, Ana Rebêlo sente a necessidade de abrir um espaço monomarca: “Procuro um espaço que apresente a imagem da marca Minúcias com estilo claro e bem definido junto do consumidor, e que sirva para acrescentar valor aos produtos Minúcias” indica. A nossa entrevistada, com a sua alma de artista, entende uma loja própria como inspiração para melhorar a imagem da marca na rede de retalhistas e para Ao contrário de outros mercados, em Portugal quase não existem lojas monomarca de joalheiros nacionais. Esta é uma marca com alma portuguesa que pretende afirmar-se em vários mercados. “É uma oportunidade para o mercado português, mas é uma necessidade para a marca Minúcias avançar para mercados internacionais” explica Ana Rebêlo. O projeto da loja Minúcias foi desenvolvido pela arquiteta Fernanda Lamelas, uma especialista Minúcias é uma marca de joalheiro, que ambiciona um posicionamento topo de gama. Atualmente, a Minúcias está direcionada para jóias em prata, mas o objetivo é avançar para O conceito Minúcias é Ana Rebelo. É exposição, É dar vida a cada peça. É Amor, É teatro, é drama, é ação. É carinho, É atenção ao detalhe. É afeto, É criatividade, é formas, é um ninho. É valor, É um mundo. É prazer, É desejo, é paixão, é calor. outros materiais com mais valor. Ana Rebêlo constrói a esperança que a Minúcias vai ser um conceito inovador em Portugal pois, “de momento não existe nenhum joalheiro nacional que se apresente com este programa junto do consumidor: Produto/Marca/ Loja/Corner”, explica. O estilo e a inspiração Aquando da criação da loja, será desenvolvido um conceito de “Espaço Minúcias”, que deverá espelhar a modernidade e audácia da marca, culminando num espaço que permita uma compreensão das jóias Minúcias e uma interação do público com as mesmas. | Setembro I 25 Portugal Inovador “Construção mais acessível com a mesma qualidade” Manuel da Costa Ferreira & Filhos é uma empresa de construção e serralharia civil que se apresenta no mercado desde 1970. João Babo e o seu filho, Ilídio Babo, seguem os passos dos seus familiares na luta pela qualidade e rigor no setor. A Portugal Inovador esteve nesta empresa familiar direcionada para um dos setores que sofreu mais com a recente conjuntura económica. No entanto, Manuel da Costa Ferreira & Filhos persevera no mercado, tornando os seus serviços para a construção de habitação e restauro, que tanta procura tem verificado. “Anteriormente, os nossos serviços e as nossas obras eram efetuadas a nível comercial e industrial, ou seja, construíamos armazéns e espaços comerciais. Nos últimos três anos, decidimos tomar um rumo diferente apoiado no nosso rigor”, completa João Babo, atual proprietário. Tomando as rédeas da empresa 26 I Setembro herdada do sogro, juntamente com o seu filho, Ilídio Babo, João Babo mostra a necessidade da constante atualização perante os projetos que lhes são apresentados. “A inovação do nosso setor é constante e todos os meses se descobrem novos materiais, técnicas e desenhos. No entanto, o que nunca foi nem será alterado no nosso trabalho é o rigor com que concretizamos os prazos estabelecidos”, elucida o gerente. Contam-se 18 funcionários que trabalham para manter a qualidade e a durabilidade das construções Manuel da Costa Ferreira & Filhos. João Babo contou-nos que, embora tenha adquirido a sua posição de gerente recentemente, vai continuar a lutar pela empresa e “pela qualidade”. Manuel da Costa Ferreira & Filhos atua em toda a zona Norte de Portugal, tendo já elaborado alguns trabalhos de realce nas Câmaras Municipais da Maia e do Porto, no Hospital S. João do Porto, no Hospital de Viana de Castelo, na Vercoope em Santo Tirso e em diversas outras em empresas de renome. Em jeito de conclusão, João Babo deixa uma mensagem esperançosa para o setor da construção: “Vai melhorar num futuro próximo”. | Portugal Inovador “A atualização dos serviços são imprescíndiveis nesta atividade” Xana Beauty Center foi criado por Alexandra Pinto em 2006. Este é um espaço onde podemos encontrar serviços variadíssimos que ajudam aqueles que procuram sentir-se bem. A Portugal Inovador entrevistou a gerente e fundadora do centro de estética e beleza, que nos explicou a sua aposta neste tipo de atividade, contando que os serviços de que dispõe tendem a ter uma crescente procura, dadas as necessidades atuais da população quanto ao bem-estar físico e mental. A oferta atual do Xana Beauty Center compreende tratamentos corporais (como relaxamento, SPA, gordura, celulite, refirmantes, entre outros), tratamentos faciais (com colagénio, vitamina C, DNA, peeling facial (ácidos)), depilação, fotodepilação, manicure, pedicure, unhas de gel, verniz gel, solário, cavitação, radiofrequência, consultas de nutrição e podologia, maquilhagem definitiva (através da micropigmentação), extensão de pestanas, permanente de pestanas, pressoterapia, electroestimulação e drenagem linfática manual. “Os nossos clientes procuram-nos, maioritariamente, pela variedade dos nossos tratamentos corporais, [referidos anteriormente], mas também pela depilação, unhas de gel e solário”, elucida Alexandra Pinto. A localização do Xana Beauty Center é tida como excelente, uma vez que na mesma avenida se encontra muito comércio e indústria. Também o facto de estar numa zona central em Rio Tinto, com muita habitação em redor, são factos contributivos para o crescimento da empresa. Para o futuro, Alexandra Pinto procura ter um centro mais vasto em termos de oferta, com serviços médicos integrados, mais abrangentes, e até novas lojas com a marca da Xana Beauty Center. Alexandra Pinto comentou o facto de muitas pessoas associarem os cuidados de estética e beleza apenas ao público que possui maiores possibilidades económicas. “Sentimos que muitos clientes, mesmo sem grandes capacidades financeiras, sacrificam sempre alguma coisa em nome da sua autoestima, de modo a poderem usufruir dos cuidados que necessitam. Além disso, porque pretendemos também chegar a todos os estratos sociais, temos em prática um plano de promoções mensais muito atrativo”, explica a fundadora. A gerente do Xana Beauty Center explicou-nos também que precisamente nesta altura em que “a sociedade atual, está mais nervosa, movimentada e barulhenta, exigindo muito das pessoas, ao ponto de estas serem dominadas pelo “stress”, naturalmente, este é um serviço que as ajuda a reagir, promovendo o bem-estar e o relaxamento”. | Para o público em geral No decurso da nossa entrevista, Setembro I 27 Portugal Inovador Desmistificar os cigarros eletrónicos No mercado desde 2013, a Mist é uma empresa de cigarros eletrónicos pouco convencional. A aposta na inovação e na qualidade são os seus pontos fortes. O facto de já ser utilizador dos cigarros eletrónicos fez com que Miguel Barroso decidisse abrir uma loja que proporcionasse aos clientes um leque variado de oferta de produtos. Quando questionado sobre o facto de não se ter associado a uma marca já existente no mercado, o nosso entrevistado não hesitou na resposta: “Não me identifiquei com a filosofia de nenhuma marca. Nenhuma delas me dava liberdade para ser diferente e os produtos eram todos muito semelhantes”. Por esse motivo, criou a Mist, uma loja que apresenta um conjunto de alternativas ao cigarro tradicional e onde os clientes se podem deslocar e escolher o produto que mais se adequa ao seu estilo de vida. 28 I Setembro O tabagismo afeta negativamente quer a saúde humana, quer o meio ambiente e os cigarros eletrónicos vieram alterar um pouco essa lógica, pois liberta apenas uma névoa isenta de monóxido de carbono e alcatrão. Além disso, existem diversos produtos: “Eu quero que o cliente entre aqui e veja inovação e não apenas o cigarro eletrónico base. Desde diferentes baterias variáveis, Mods e equipamentos que podem ser conectados com o telemóvel através da função Bluetooth, existem muitos tipos diferentes de cigarros electrónicos”, refere. A aposta no design inovador e na qualidade dos produtos são o principal elemento de diferenciação da Mist, visto que não trabalham com marcas brancas, mas apenas com “marcas mundialmente reconhecidas e que nos dão garantias de qualidade e inovação”, acrescenta. Para quem ainda não conhece as potencialidades dos cigarros eletrónicos, Miguel Barroso faz questão de acompanhar os clientes que visitam a loja pela primeira vez. “Temos a função de elucidar as pessoas sobre aquilo que estão a comprar e, como a variedade é tanta, estas têm de perceber as diferentes especificidades dos produtos para poderem escolher o cigarro eletrónico que melhor se adapta às suas necessidades”. A pouco tempo de completarem um ano de existência, o proprietário da Mist faz um balanço muito positivo. Em junho deste ano lançaram um site para vendas online e, o grande objetivo futuro, para além de continuar a crescer e a apostar na inovação, é “dinamizar o site e as vendas online. Se possível igualar as vendas no site com as da loja”, conclui. | Portugal Inovador Jóias com diferenciação António Marinho apresenta-se como um nome de destaque na ourivesaria nacional. zar e fazer crescer este conceito”, afirma. Tendo 75 a 80 % da sua produção dirigida ao mercado nacional a empresa António Marinho encara o futuro com otimismo, baseado numa perspetiva de crescimento na exportação, assim como a solidificação no mercado interno. Cada vez mais interessado em peças diferenciadas e personalizadas em que o design seja um valor acrescentado, indo ao encontro da filosofia da empresa António Marinho. | As ligações do empresário gondomarense ao setor remontam aos avós, cuja empresa de comercialização permitiu-lhe desenvolver os primeiros contactos nesta arte, ainda como estudante. “Aproveitava as férias para trabalhar com eles e foi a partir daí que nasceu o `bichinho` pela ourivesaria” , recorda. Há 25 anos, inicia o seu próprio negócio de distribuição, tendo mais tarde partido para o fabrico próprio. O crescimento que se seguiu foi alicerçado numa produção diferenciadora, com uma vertente manual muito forte, diz ainda que “não basta ter uma ideia é preciso saber defini-la e principalmente, conseguir concretizá-la. O primeiro passo para a sua concretização será o de conseguirmos traduzir uma boa ideia num negócio viável e com sucesso”. Tanto na sua reflexão e amadurecimento, como na análise da sua viabilidade, através de passos simples, mas que requerem bastante trabalho e tempo. “O que realmente faz com que as ideias se transformem em empresas com bons resultados, são as pessoas! Apenas com esforço, dedicação, criatividade e principalmente competências comerciais conseguiremos reali- Setembro I 29 Portugal Inovador Artigo de opinião Diana Ferreira Herança de Ouro A ourivesaria portuguesa é um dos pilares da nossa cultura. Apesar da formação de elevadíssima qualidade de que dispomos, denota-se a falta de aproveitamento desta atividade para o desenvolvimento económico das regiões a que se lhe associam. Reconhecendo Portugal como um país de tradições, muitos dos turistas que nos visitam fazem-no por todos os elementos que nos tornam uma referência: pela nossa gastronomia, pela música e pela língua, os nossos monumentos e habitações, e pela beleza natural que oferecemos. Como habitante da cidade do Porto, reconheço a importância do turismo para Portugal, e já tive a oportunidade de questionar ocasionalmente alguns visitantes do nosso país. Infelizmente, apenas alguns entendem a ourivesaria como um elemento de referência. De um ponto de vista mais positivo, os que reconhecem a ourivesaria como uma arte são atraídos pelos pormenores dos trabalhos portugueses de filigrana e ficam curiosos pela história de cada peça, como por exemplo, do designado “coração de Viana”. A execução cuidadosa, a riqueza e a variedade dos materiais colocam a ourivesaria portuguesa num patamar de luxo e requinte. O ouro mais trabalhado em Portugal é o de 19,2 quilates, intitulado, por essa mesma razão, de Ouro português, um dos mais valiosos a nível mundial. A AORP (Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal) apoia cerca de 75% dos indus- 30 I Setembro triais de ourivesaria do Norte do país, onde se concentra a maior parte da produção desta atividade. Esta Associação acompanha a evolução do setor e visa o desenvolvimento de ações que promovam a atividade. A cidade de Gondomar, onde estão sediados alguns dos nossos entrevistados desta edição de setembro, é a representante de cerca de 60% da indústria de ourivesaria portuguesa. Nesta edição, a revista Por- Portugal Inovador Perante a exportação tugal Inovador visitou o Cindor (Centro de Formação Profissional da Indústria de Ourivesaria e Relojoaria), que desde 1984 contribui para o desenvolvimento da formação do setor e o aumento da certificação profissional dos trabalhadores da atividade. A visão do Cindor é partilhada por muitos profissionais da área: o reconhecimento nacional e internacional do setor. O jornal Público apresentou-nos, em março, o aumento extraordinário, em relação ao ano passado, de 45% de exportação de artigos de luxo ligados à ourivesaria e joalharia. A AORP revelou que este valor representa 60 milhões de euros de exportações, o que não parece muito comparado com outros setores, mas é um valor muito positivo para os industriais que nas últimas décadas observavam valores quase inexistentes. Uma arte tradicionalmente portuguesa como é a filigrana, que requer uma vida de dedicação e muita perícia, dado trabalhar fios de prata ou ouro, merece o reconhecimento interno e externo. Para isso, devem ser encontrados os meios para levar a excelência portuguesa ao estrangeiro, começando por mostrá-la a quem nos visita. | Setembro I 31 Portugal Inovador Guimarães 32 I Setembro Portugal Inovador Credibilidade na venda de equipamento desportivo Depois de uma longa carreira como figura de referência no voleibol, Allan Cocato é agora treinador da equipa de séniores do Vitória de Guimarães. Para além disso, o brasileiro complementa a sua atividade com a gerência da Supervolei, loja especializada em dar suporte à prática deste desporto. Allan Cocato jogou voleibol durante 30 anos. No Brasil, teve um percurso que lhe permitiu ser campeão nacional por três vezes e atingir dezenas de internacionalizações pela sua seleção. Depois de uma passagem pelo Japão, veio para Portugal, inicialmente para o Nacional da Madeira, e um ano depois para o Vitória de Guimarães, onde se estabeleceu há já 13 anos. “A minha vida sempre foi o voleibol”, conta, daí que tenha feito todo o sentido iniciar um projeto comercial dedicado à sua paixão. Foi então em 2007 que criou a Supervolei, cujo conceito passou por ser a primeira loja em Portugal vocacionada especificamente para o comércio de equipamento para a prática do voleibol. Após ter funcio- nado apenas como plataforma de venda online, a Supervolei passou a apresentar-se há três anos e meio com um espaço aberto de venda ao público, situado num local muito próximo do Complexo Desportivo do Vitória de Guimarães. Esse reforço da sua presença comercial foi sendo acompanhado por uma diversificação na sua oferta, estando a Supervolei agora “especializada no desporto indoor em geral”. Durante a nossa conversa, Allan Cocato deixa também uma saudação ao Vitória Sport Clube de Guimarães. Para quem entra neste espaço, a primeira impressão com que fica é a de poder contar aqui com uma oferta muito ampla de calçado para a prática desportiva e é, de facto, aí que recai a gran- de aposta desta loja, que inclui marcas como a Mizuno, a Asics ou a Adidas. Podendo contar com o acompanhamento de um atleta experiente, o cliente tem também a vantagem de ficar informado acerca do produto cujas especificidades melhor se adequam ao que pretende fazer. “Perguntamos sempre ao cliente o que precisa”, assume, e sobre as tendências que tem verificado ao nível da procura, nota que “o cliente já está a investir mais em produtos mais duráveis e de melhor qualidade”. Pouca aposta nas modalidades Apesar da sua associação a este desporto, Allan Cocato apresenta-se como um homem defensor das modalidades em geral. “Acho que os atletas têm de experimentar tudo”, sublinha. É por isso que, quando questionado sobre a panorâmica que encontra no nosso país a este nível, o internacional brasileiro lamenta que em Portugal “a aposta nas modalidades tenha decaído muito nos últimos anos”. “Quando cheguei aqui havia muitas equipas com poderio financeiro, capazes de ter uma meia dúzia de atletas a viver só do voleibol, hoje em dia já não é assim”, nota. | Setembro I 33 Portugal Inovador “A embalagem é fundamental na venda de qualquer produto” É com este sentido de responsabilidade que a Joroplás, empresa vimaranense, se tem destacado como um fiel parceiro de diversos produtores importantes da região. Há 25 anos, os sócios Jorge Silva e João Rocha deixaram o seu trabalho numa outra empresa do setor para tomarem a iniciativa de formar a Joroplás. Após essa experiência, que consideraram “fundamental”, a ideia passou por irem à descoberta de alguns nichos que lhes 34 I Setembro permitissem ocupar um lugar no mercado da comercialização de artigos de embalagem. “Sentimos a necessidade por parte do mercado de ter resposta para as pequenas encomendas de sacos com impressão, na ordem das 10 ou 20 mil unidades, com grande rapidez”, conta, par- tindo daí a iniciativa de adquirir uma máquina impressora e duas de corte. “De facto, não queríamos ser mais uma empresa e tentámos diferenciar-nos neste aspeto, a capacidade de resposta que temos neste mercado dos sacos em menor quantidade”. Atualmente, a Joroplás incide fundamentalmente sobre os concelhos de Guimarães, Famalicão e Fafe, estando direcionada para setores que vão desde a área alimentar à têxtil, ao calçado ou à metalurgia. A vocação que a Joroplás encontrou para se posicionar neste ramo acompanha uma tendência que é cada vez mais visível no funcionamento da indústria atual: “Há uns anos, os clientes faziam uma programação das encomendas que era muito mais alongada. Agora, o nosso armazém acaba por funcionar também como o armazém deles e, em vez de se depararem com grandes Portugal Inovador empates de capital, vão recorrendo a nós sempre que forem precisando”. É nesse sentido que os parceiros da Joroplás podem sempre contar com uma capacidade de entrega “muito rápida”. Paralelamente à capacidade logística, o desafio da inovação e do design é também algo que a empresa não descura. “A nossa embalagem não é do tipo que está no mercado massificado”, apontam, tendo por isso consciência das responsabilidades que a isso estão inerentes. “O produto pode ser menos bom, mas uma embalagem atrativa já representa meia venda e é por isso que tentamos sempre colaborar com o cliente dando-lhe sugestões, não nos limitando apenas a registar encomendas”. A Joroplás está, para isso, acompanhada por um “bom trabalho de design”. Num outro âmbito, e em jeito de conclusão, a administração mostra-se igualmente sensível a outro aspeto em que o setor vai conhecendo cada vez mais exigências: a questão ambiental. “Felizmente, cumprimos todas as normas e estamos, nomeadamente, a caminhar com consciência na alternativa aos polímeros”, garantem. Esclare- cendo a evolução que a indústria tem mostrado e que a Joroplás se tem preocupado em acompanhar, dão o exemplo da mudança que houve de “sacos que eram deitados à terra e duravam uns 300 ou 400 anos” para “sacos com uma durabilidade de apenas 12 ou 24 meses”. | Setembro I 35 Portugal Inovador Gestão responsável e dedicada A Capitalges, sediada em Guimarães, desenvolve uma atividade de elevada responsabilidade, aconselhando pequenas e médias empresas nas diversas atividades de gestão. João Carlos, outrora estudante do ISCAP no Porto, agora mentor de um projeto sustentado que dá pelo nome de Capitalges, traz rejuvenescimento na área da gestão. Desde muito cedo começara a trabalhar na área da contabilidade, mais especificamente na contabilidade analítica. 36 I Setembro A aprendizagem e a contínua atualização na área foi uma constante na sua vida. Projetos internos impulsionaram o nascimento da Capitalges em 2008. Ser referência no setor de atividade em que atua, prestar informação em tempo útil ao cliente, gerar confiança e credi- bilidade, a par com a satisfação dos clientes são os grandes objetivos da empresa, que atua em quatro ferramentas: contabilidade, fiscalidade, apoio à gestão e recursos humanos. Cada uma delas abrange diferentes serviços. Os serviços da Capitalges ultrapassam as meras obrigações fiscais e contabilísticas. João Carlos anteviu a necessidade das empresas atuais em ter um serviço mais próximo da gestão, e por isso criou a empresa nessa base onde a contabilidade serve como input para a gestão. A qualidade, a inovação e o profissionalismo fê-lo progredir mesmo em tempos de crise. “Na crise há sempre oportunidades”, sublinha. A atitude positiva e a solidificação da empresa com base em conceitos modernos, sem aderir a modelos estandardizados tão bem conhecidos nas linhas de produção de grandes fábricas, diferenciou-o. João Portugal Inovador Carlos reconhece que a rotina no trabalho produz maus resultados, por isso cada um dos seus colaboradores aplicam conhecimentos nas diferentes áreas, gerando satisfação e dedicação no trabalho em equipa. A multidisciplinariedade integrada no espírito da equipa transparece cá para fora no relacionamento com os clientes, possibilitando a criação de valor acrescentado para ambas as partes. Fomentar inovação João Carlos, de olhar atento, sabe que todas as áreas laboradas na Capitalges são desafiantes e de difícil inovação, logo o método de trabalho aplicado e o gosto por esta área de atividade são essenciais para a concretização dos objetivos da empresa. “Trabalhamos com áreas muito específicas, para obtermos bons resultados e proliferarmos pode demorar anos”, observa. Com o objetivo de poupar tempo e garantir informação disponível 24 horas por dia aproveitaram as vantagens das novas tecnologias. Criaram um website com uma plataforma web, onde o cliente, estando em qualquer parte do mundo, pode aceder aos seus dados através do login da sua conta. Num espaço de seis anos, João Carlos observa com objetividade e de forma positiva o futuro da Capitalges. A necessidade de contratar mais pessoas, conjugada com a reputação que os clientes credibilizaram no seu trabalho trouxe confiança e gerou oportunidades. | Setembro I 37 Portugal Inovador Criar lazer A Urbadec, sediada em Guimarães, tem 20 anos de história e aposta no constante rigor e qualidade dos seus materiais. questão de colocar em prática. Ao aplicar o material numa determinada área da cidade, seja em escolas, bairros sociais, ou condomínios, mostra-se sempre atento às particularidades da população que nela habita, para que dessa forma possa adaptar o parque de acordo com a faixa etária, informando as pessoas para o correto uso. A ágil forma de estar no mercado distingue-os. “Os moradores melhor do que nós conseguem ver como o parque vai ser utilizado”, evidencia. Nova realidade Fernando Ribeiro, fundador da Urbadec, com o avançar da idade preferiu delegar o seu cargo a Paulo Costa, na altura colaborador da Costinfor, empresa que já lhe vinha prestando apoio na área da contabilidade. O contacto com a natureza e o processo de criação de espaços confortáveis para socializar e interagir sempre cativaram Paulo Costa, levando-o desde logo a sentir-se estimulado para a atividade que a Urbadec viria a concretizar. Inicialmente, a empresa comercializava exclusivamente material urbano. Em 2004, dedicou-se inteiramente aos parques infantis e equipamentos para a prática de desporto, ajustados às diferentes faixas etárias. A qualificada mão-de-obra, unida em torno de um só projeto, fortalece o espírito de equipa, conciliado também às diferentes parce- 38 I Setembro rias estabelecidas com serralharias, carpintarias, e jardinarias. O trabalho desta casa assegura a boa resistência dos materiais usados nos diferentes equipamentos, oferecendo garantia aos seus clientes ao longo de oito anos. Os circuitos de manutenção e dos parques infantis têm dois componentes que podem ser alterados: o alumínio e a madeira de pinho nórdico. O alumínio, 100% reciclável, apesar de ser mais dispendioso na aquisição, pela sua elevada durabilidade, é recompensador na manutenção, ao contrário do que sucede com a madeira de pinho nórdico. Agora estão a começar a apostar no polietileno de alta densidade, 90% reciclável, igualmente de reduzida manutenção. Mas, a mais valia da empresa não se esgota na qualidade dos materiais. Existe a componente social e humana que Paulo Costa faz Paulo Costa observa que há 20 anos havia desinteresse pelas áreas de lazer. O aparecimento de grandes centros comerciais desencadeou a maior aglomeração de pessoas para uma zona, apelando ao abandono dos seus lares, descobrindo aí um novo espaço para habitar em conjunto com a família e os amigos. Em relação aos espaços de lazer, Paulo Costa explica: “São vantajosos para a sociabilização, proporcionam convívio perto de casa e apelam a uma vida menos sedentária”. Atenta à qualidade de vida, a Urbadec opta por atuar localmente gerando menor deslocação, por parte da população, para os grandes parques da cidade. Neste momento, a Urbadec está a criar uma gama especializada para o particular, visando proporcionar maior benefício de preço-qualidade nos baloiços. Prevê-se que este mês (setembro) surjam as primeiras amostras para comercializar. | Portugal Inovador “O rosto é a nossa primeira imagem” Cristina Carvalho é o rosto da clínica Hydracure, um centro de estética e beleza situado em Creixomil, com uma vasta panóplia de serviços à disposição, entre eles o tratamento facial. A responsável pela clínica confidenciou-nos os motivos que a levaram a enveredar por este ramo de atividade, adquirir algum know-how, até à fase em que optou por dar início – corria o ano de 2010 – ao seu próprio projeto: “Era uma cliente assídua destes espaços. O meu interesse foi crescendo, adquiri conhecimentos sobre a área e decidi arriscar”, disse Cristina Carvalho. O seu espaço acolhedor, sereno e dotado de todas as tecnologias e materiais necessários ao cuidado estético e personalizado, atribuem à clínica Hydracure mais-valias que lhe permite o sobressair num mercado “feroz”. São 200 metros quadrados, cinco salas, vários serviços e uma equipa especializada. Para a gerente, é fulcral “ter uma grande proximidade com cada cliente que frequenta o espaço e desenvolver uma relação de amizade”, reiterando ainda que “as pessoas voltam quando se sentem bem”. De forma a entender se o público tem aumentado a preocupação e o cuidado para com a sua aparência física, Cristina Carvalho afirmou que “de uma forma geral a maioria interessa-se”, acrescentando que “o rosto é a primeira imagem”. O nível de satisfação obtido no primeiro tratamento é decisivo para a continuidade: “Se obtiverem o resultado desejado, experimentam outros”, afiançou a responsável. Combate ao envelhecimento, manchas, acne, couperose, gor- duras localizadas, celulite, flacidez, medicinas alternativas e fotodepilação, estes dois últimos com grande procura por parte dos homens. Cristina Carvalho relembrou que determinados tratamentos como o combate à gordura e celulite devem ser mantidos ao longo do ano, e não apenas numa altura sazonal, como o verão. Para ajudar nesse efeito, a clínica disponibiliza aos seus clientes a possibilidade de se associar, usufruindo de inúmeras vantagens, descontos, campanhas e ainda cartões cheques-prenda que pode ser uma oferta “simples mas aprazível”. Prometendo “trabalhar com honestidade”, Cristina Carvalho admitiu que vai aumentar a equipa “para corresponder as necessidades dos clientes”, assumindo também a possibilidade de vir a introduzir fisioterapia nos seus serviços. | Setembro I 39 Portugal Inovador Profissionais meticulosos para um serviço complexo A Noguinfor nasceu em 2009, quando Hélder Nogueira iniciou a sua atividade consertando computadores em sua casa. Começando do zero, o nosso entrevistado foi crescendo e especializando-se na área. O que faz a Noguinfor, realmente? “Nós trabalhamos para lojas de informática, como os stands dos centros comerciais, que reparam os problemas mais simples. Quando algo mais grave acontece, por exemplo, se a motherboard queima, nós reparamo-la”, explana Hélder Nogueira. O crescimento da empresa nesta área permitiu o aumento da equipa - e um facto que chamou a nossa atenção - que é composta por jovens amigos que trabalham num ambiente descontraído e familiar. “Nunca falhámos um prazo de entrega em cinco anos, creio que isso se deve à nossa excelente equipa de trabalho. O facto de estarmos num ambiente familiar e amistoso ajuda ao bom funcionamento da empresa. Temos crescido 40 I Setembro 30% anualmente”, completa. De referir que esta empresa foi pioneira na importação de um equipamento com o que, através de micro soldas, efetua estes serviços de reparação complexos, alcançando uma taxa de 87% de sucesso na reparação e garantia dos equipamentos. Para corresponder ao enorme fluxo de trabalho que recebem, a Noguinfor é ávida por parcerias, tendo protocolos com o Centro de Formação Cenatex, Escola Secundária Francisco Holanda, Didaxis e com a Universidade Lusíada, entre muitas outras entidades. Para o futuro, Hélder Nogueira tenciona iniciar a importação de material, com o intuito de - para além das reparações - poder aniquilar todos os problemas a baixo custo, tanto para os revendedores como para o público em geral. “Há muitas formas de fazer este serviço, mas a nível de qualidade e durabilidade, queremos ter confiança no material que usamos”, explica. A Noguinfor é parceiro da mar- ca XDSOFTWARE para pontos de venda, pois encontra nela “a qualidade/facilidade a um preço espetacular” e a nível de Gestão Comercial é parceiro oficial SAGE pela “potente e rigorosa ferramenta de gestão”. NogEduca Inserido neste projeto surge a NogEduca, em outubro de 2013, em Requião. “Este é um projeto informático que nasceu da Noguinfor, mas desenvolve-se no sentido da formação como centro de estudos”, explica o empresário. Encontramos assim uma loja dividida em três vertentes: a primeira oferece produtos de informática prestando assistência informática base; a segunda disponibiliza formação, tanto para adultos como para jovens, e uma última sala de centro de estudos, direcionada para estudantes desde a primeira classe até ao 12º ano. Na NogEduca existem muitas atividades para jovens e adultos, sendo exemplos disso o campo de férias e os workshops. | Portugal Inovador Style in a Box Ivone Silva encontrou a solução para o problema de muitas mulheres que não têm o vestido ideal para certas ocasiões. A Style in a Box é a primeira plataforma online da Europa que aluga vestidos das melhores marcas e nomes conceitos do mundo da moda, a preços acessíveis. Love.Enjoy.Return “O look perfeito para cada ocasião” será, provavelmente, a melhor expressão para descrever a precisão deste serviço. A investidora desta iniciativa, Ivone Silva, reconhece que a ideia surgiu com o objetivo de proporcionar às mulheres a oportunidade de experimentar vestidos exclusivos, a preços acessíveis, nos eventos mais importantes das suas vidas. As peças colocadas à disposição dos clientes neste portal pertencem a alguns dos nomes mais sonantes do mundo da moda como Red Valentino, Moschino, Galliano Fetherston, Carolina Herrera, Elisabetta Franchi, Purificacion Garcia, Just Cavalli, entre muitas outras. Durante a nossa conversa com Ivone Silva, a administradora indicou-nos que o slogan da Style in a Box foi criado com a intenção de levar esta marca além-fronteiras: “Pretendo que o slogan Love. Enjoy.Return seja ouvido entre as mulheres. O acesso aos artigos mais desejados de cada estação é um desejo de muitas mulheres, por isso quero tornar a oportunidade de alugar o vestido perfeito para cada evento uma experiência única, divertida e inesquecível”, completa. “On the budget” foi outra expressão utilizada por Ivone Silva, que descreve a situação de muitas pessoas na sociedade atual. “Como mulheres, sabemos melhor que ninguém que temos de nos conter na compra de peças que iremos utilizar apenas uma vez. Assim, a missão da Style in a Box é dar oportunidade a todas as mulheres de experimentarem marcas de qualidade sem que o preço seja impeditivo. Queremos que todas as nossas clientes se sintam confiantes nos momentos mais importantes das suas vidas”, explica. O objetivo desta plataforma, a nível de reconhecimento da marca, é conquistar todos os países da Europa e ganhar notoriedade como uma marca de excelência. passos: abrir o website www.styleinabox.pt, escolher o vestido perfeito, selecionar a data, escolher dois tamanhos para um fitting perfeito e o ponto ckme. Após o usufruto da experiência, a devolução é feita na embalagem preparada com o máximo cuidado e carinho para com os clientes. Para além de assegurar o transporte (envio e retorno) das peças, a Style in a Box garante, ainda, a sua limpeza e pequenas reparações. O custo reduzido, o acesso a peças de estilistas de renome, a facilidade de entrega e o retorno dos produtos prometem ser o novo paraíso para mulheres cosmopolitas, que apreciam pequenos luxos e as últimas tendências, não estando, no entanto, dispostas a investir numa peça que acabariam por usar apenas uma vez. | Simples e rápido O portal funciona seguindo 5 Setembro I 41 Portugal Inovador Feris projeta vitalidade A Feris, Projetos Elétricos, LDA., fundada em 1987, desenvolve e acompanha projetos nas áreas de Engenharia Eletrotécnica, Telecomunicações e Segurança Integrada. Com experiência acumulada ao longo dos quase 30 anos de existência, opera principalmente no mercado português, tendo despertado acerca de uma década para a realidade dos países africanos, designadamente para os de língua portuguesa. Esses mercados, nomeadamente Moçambique e Angola, assim como o mercado nacional prioritariamente, permitem à Feris encarar o futuro com otimismo responsável. Terminados os estudos universitários, Cruz Fernandes quis colocar em prática os conhecimentos adquiridos no curso de Engenharia Eletrotécnica. Apostou em si, e nos seus colaboradores, através da experiência conquistada dia após dia. Hoje é com dedicação que concretiza todo o seu trabalho. “É uma atividade bastante aliciante, pela diversidade que encerra”, declara. No âmbito da estratégia de desenvolvimento implementada pelo governo angolano, em todo o território, os últimos projetos realizados 42 I Setembro pela Feris, para Angola, incidem na área das infra estruturas de eletricidade e telecomunicações em urbanizações de grande dimensão, requalificação de zonas urbanas, vias de comunicação e redes de alta tensão 15kV, 30kV e 60kV. Em Moçambique, a Feris está envolvida em projetos para edifícios destinados a habitação e serviços. Ainda que atendendo às especificidades próprias dos PALOP, os projetos são elaborados tendo por base a legislação portuguesa, o que leva Cruz Fernandes a não constatar diferenças significativas entre Portugal e estes países. Os angolanos e os moçambicanos têm vindo a avaliar positivamente o trabalho realizado pelos portugueses, “quando querem qualidade, regra geral, procuram técnicos portugueses”, aponta. Juventude e atualidade é o que define o espírito de equipa da Feris. Dois engenheiros, um desenhador projetista e Cruz Fernandes, trabalham de forma contínua e interligada. A formação é preponderante “na nossa área tudo evoluiu com muita rapidez”, constata o entrevistado. Soluções tecnicamente sustentadas e economicamente viáveis, com qualidade e funcionalidade, são, atualmente, as maiores preocupações dos clientes. Neste momento, estão a trabalhar num projeto para a sede de um Ministério em Moçambique; em Angola, por seu turno, continuam a ser as infraestruturas o denominador comum, como por exemplo, as Reservas Fundiárias. Em Portugal continuam a desenvolver a sua atividade alicerçada na indústria, serviços e edifícios públicos. Em Guimarães tem tido o privilégio de colaborar em projetos de significativa relevância, designadamente Plataforma de Artes, Estabelecimentos escolares, Hospital Privado de Guimarães, Centro Cultural Vila Flor, as Piscinas Municipais, Pavilhão Multiusos, Avepark, e Estádio D. Afonso Henriques, entre outros. | Portugal Inovador “É um espaço dedicado à mulher” Silvana Vieira é o rosto da Varga, loja de pronto-a-vestir feminino situada na Avenida de Londres, na cidade de Guimarães. O seu conceito passa por ter uma oferta das mais recentes tendências de moda que ajude a “tornar a mulher especial”. A própria data da inauguração da loja foi pensada de acordo com o objetivo da criação da Varga. Foi no dia 8 de março de 2014, dia da mulher, que Silvana Vieira abriu este espaço ao público. Profunda admiradora da marca brasileira Melissa, admitiu que foi a razão inicial deste projeto: “A marca não existia em Guimarães, o que me obrigava a deslocar-me a outras cidades e surgiu então a ideia de introduzir a marca aqui”, começou por contar. “Como não íamos vender apenas Melissa, fomos estudando o mercado e ver o que realmente fazia falta em Guimarães. Não queríamos que a Varga fosse mais um espaço de moda em Guimarães, pretendíamos sim que fosse uma loja com as mais recentes tendências de moda nacional e internacional, ao nível do vestuário, do calçado e também dos acessórios. “ As características do seu espaço são outra mais-valia. Posicionada na Avenida de Londres, uma zona “chique e sofisticada da cidade”, a loja que montou é um espaço requintado e glamoroso. O atendimento personalizado e atencioso, o qual se deve à competência das suas duas colaboradoras, faz também toda a diferença e é o lema da Varga. Por último, a responsável pela Varga partilhou connosco a sua vontade de expandir a Varga. Os últimos cinco meses têm sido um sucesso e, como tal, já justificam que se pense mais alto. Mas no entanto ainda não será revelado quais os novos projectos. Mas serão sem dúvida ao mesmo nível de requinte, beleza e glamour. | Setembro I 43 Portugal Inovador O melhor serviço para captar os melhores momentos A Provideo, de Luís Pereira e Ana Isabel Pereira, dedica-se a fazer uma cobertura competente em fotografia e vídeo de casamentos e batizados, entre outros eventos. Instalado em Pevidém, Luís Pereira deu início a este espaço em 2006. “Desde novo que tenho paixão pelo vídeo e foi por aí que comecei, em 1993”, conta. Nessa altura, tinha montado o seu primeiro estúdio de edição para casamentos. Ao fim de dois anos, passou também o próprio a fazer reportagens de casamentos, trabalhando para outros fotógrafos. Na altura em que arrancou com a Provideo, aprofundou os seus conhecimentos da prática fotográfica, através de vários cursos, workshops e também da ajuda de colegas. “É também graças a eles que hoje estou capacitado para tratar da fotografia sozinho”, reconhece. O trabalho diário da Provideo inclui todo o processo que vai do evento até ao trabalho de pós- 44 I Setembro -produção. Para isso, estão equipados com computadores para Full HD e o Mac Pro para a edição da maquete dos álbuns e, para o trabalho exterior, máquinas Full HD, acessórios como drones (nos quais foi um pioneiro no concelho), gruas, steadicam e slider. “Tudo aquilo que se utiliza num casamento nós temos e quase 90% dos nossos noivos querem o serviço que inclui esse equipamento todo, que fica mais caro, mas através do qual conseguimos captar os momentos de diferentes ângulos”, descreve. Os meios não chegariam se não estivessem acompanhados por um trabalho competente. Luís Pereira tem sempre duas preocupações: “Conseguir boas fotografias de pose, mas também aquelas fotos mais espontâneas”. É por isso que, a par da capacidade técnica, o responsável pela Provideo cultiva uma importante capacidade para o contacto com os noivos, procurando sempre a empatia e a descontração, porque “só assim se conseguem imagens bonitas”. Como já foi referido, a equipa da Provideo, para além do trabalho que desenvolve no exterior, está também diariamente presente no seu espaço, em Pevidém, não só para o trabalho de estúdio como também para receber os noivos e outros clientes. | Portugal Inovador Explicações que dão garantias A Explicolândia tem-se afirmado como uma cadeia de referência a nível nacional na área dos centros de estudos. Fomos falar com Diana Fernandes, responsável pelo seu primeiro e até agora único espaço no Norte do país. A primeira unidade da Explicolândia foi implantada em 2005, em Sacavém. Neste momento, esta rede está distribuída em dez, por todo o país. Diana Fernandes, desencantada com as possibilidades que encontrou para a sua carreira no ensino, sempre teve o sonho de criar o seu próprio negócio e sentiu-se motivada para iniciar um projeto com este carácter. O seu centro, em Guimarães, está neste momento a pouco tempo de cumprir o seu segundo aniversário. “Na pesquisa que fiz na altura, vi que a Explicolândia era a marca com que me identificava”, explica, referindo o facto de “serem bastante organizados e estarem sempre disponíveis para prestar apoio”. “Posso dizer que não iniciei sozinha, porque tive todas as orientações de que precisava; já tinha conhecimentos para dar explicações, mas na parte de gerir um negócio não, por isso notei que a Explicolândia dava resposta a todas essas questões”, defende. Apostando na exigência, à semelhança daquele que é o espírito da rede em que está integrada, Diana Fernandes aponta algumas particularidades do conceito da Explicolândia que tem aplicado no seu espaço: “A nível do apoio escolar, nunca temos mais de seis alunos em simultâneo, já que com mais do que isso não me parece que se aprenda devidamente. Responsabilizamo-nos também por dar sempre o feedback necessário aos pais acerca do que se passa aqui. No final do mês, recebem sempre um relatório via e-mail, identificando onde é que os seus filhos sentem mais dificuldades e isso tem resultado muito bem”. Comprovando este bom trabalho, a responsável por esta unidade manifesta o seu orgulho nas taxas de sucesso que verifica nos seus alunos, que estão “entre os 80% a 90%”. Outro motivo de orgulho é a motivação e o próprio prazer que encontra nestas crianças e jovens: “Orgulho-me em ver que eles, por exemplo, dantes não gostavam de matemática e agora adoram. Não há nenhum aluno que considere ser aborrecido frequentar o espaço”. Diana Fernandes é também um exemplo de satisfação: “Gostava de abrir mais Explicolândias. Adoro o que faço e estou muito bem assim. Posso dizer que agora as segundas-feiras são interessantes”. | Setembro I 45 Portugal Inovador A máxima competência na recuperação de baterias Apostando num trabalho de qualidade, a Clibaterias está situada na freguesia de Azurém, em Guimarães, e destina o seu serviço à reparação de baterias dos mais diversos tipos. O responsável, Luís Álvares, estabeleceu-se neste espaço há três anos. Conta que o que mais o cativou para iniciar a sua empresa, após já ter trabalhado na área, foi “saber que há cada vez mais aparelhos alimentados por baterias e que havia pouca oferta para dar resposta a esta necessidade”. A Clibaterias trata, portanto, da reparação de todos os modelos de baterias compostas por células/pilhas de diversos tipos (Ni-CD, Ni-MH, Lítio) e modelos 46 I Setembro (Sub-C, 4/3A, etc). Essa reparação passa pela substituição das células que compõem a bateria por células novas. Dotada de equipamento para testar o estado das baterias, há também um trabalho prévio que permite concluir se determinada bateria necessita, efetivamente, dessa recuperação. No caso de o problema se verificar no carregador, a Clibaterias está também equipada para a reparação do mesmo. Atendendo às necessidades tanto de clientes particulares como de empresas que recorrem ao seu serviço, as áreas abrangidas por esta empresa são muito diversas, cobrindo o tratamento das baterias em equipamentos como máquinas aparafusadoras, eletrodomésticos, carros e aviões de modelismo, aspiradores, etc. A nível da sua diversificação, um dos interesses de Luís Álvares passa por “expandir o serviço para a área da medicina, junto de clínicas ou também dos estabelecimentos que comercializam cadeiras de rodas ou instrumentos elétricos de apoio”. Sobre o trabalho que tem desenvolvido, Luís Álvares apresenta-o como um trabalho em que se aposta “na qualidade, quer do trabalho, quer das baterias, devidamente acompanhada por uma capacidade de resposta para a entrega destes produtos em tempo útil”. É por isso que, apesar das normais dificuldades em obter procura, a Clibaterias tem os seus motivos de congratulação: “Continuo a acreditar que há muito trabalho. Já recebi contactos de Lisboa e de vários outros pontos do país. Tenho clientes fidelizados de longa data, que estão satisfeitos e continuam a deixar sempre aqui as suas baterias”. | Portugal Inovador MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA Distrito de COIMBRA Setembro I 47 Portugal Inovador “Coimbra esta cada vez mais virada para a reabilitação urbana” No mercado imobiliário há 10 anos, Hugo Rocha trabalha por conta própria há seis. Em entrevista à Portugal Inovador, explica como o setor imobiliário em Coimbra tem evoluído. Com um vasto conhecimento do mercado imobiliário em Coimbra, Hugo Rocha decidiu fundar em 2008 a HR House, uma empresa de mediação imobiliária cuja principal filosofia é encontrar excelentes negócios para todos os clientes. De acordo com o nosso entrevistado, o setor imobiliário conimbricense, atualmente está mais voltado para a reabilitação urbana e para o mercado de arrendamento. “O mercado imobiliário em Coimbra esta cada vez mais virado para a reabilitação urbana e para os imóveis usados”. Exatamente por este motivo, a HR House investe muito na venda de imóveis antigos para reabilitação, bem como no arrendamento: “As pessoas estão a retornar para o centro das cidades e preferem viver em apartamentos antigos e 48 I Setembro reabilitados. Claro que o facto de Coimbra ser uma cidade universitária faz com que apostemos muito no arrendamento”, acrescenta Hugo Rocha. Quando questionado sobre os principais clientes que procuram este tipo de investimento, o nosso entrevistado não exitou: “Os investidores, os construtores e os casais jovens são os que mais nos procuram para comprarem imóveis para reabilitação. Os investidores e construtores, porque querem ter na sua carteira também imóveis para reabilitar e os casais jovens pois não têm dinheiro para comprar uma casa nova”. Certificação Energética No mercado imobiliário, um dos temas que tem gerado mais polé- mica é a obrigatoriedade da certificação energética, uma vez que, alguns agentes imobiliários são a favor e outros não. Além de ser uma despesa grande para quem quer colocar o seu imóvel à venda, caso este documento não seja apresentado, isto pode resultar numa multa tanto para a agência imobiliária, como para o proprietário. Hugo Rocha acredita que “neste momento, o maior problema que as empresas de mediação imobiliária enfrentam é a questão da certificação energética. Se for num imóvel novo, não há qualquer tipo de problema, mas se for em casas antigas não faz sentido. As pessoas colocam as suas habitações á venda, geralmente porque não têm possibilidades de as manter e sendo que temos de ser nós, enquanto mediadores, a dizer que têm de fazer o certificado, é muito complicado”. Crescimento sustentado É exatamente por aqui que passa o futuro da HR House, um crescimento a par e passo, sempre “com vontade de trabalhar mais e melhor e de manter os clientes satisfeitos”. Por enquanto, abrir mais delegações não está nos planos de Hugo Rocha, mas manter a qualidade dos serviços prestados é “obrigatório”, conclui. | Portugal Inovador Investir na Lousã Com uma equipa dinâmica, coesa e proativa, a Remax Montanha é uma referência na Lousã, no distrito de Coimbra. A atuar no mercado da Lousã, mas abrangendo também outras regiões do país, por força das parcerias estabelecidas, João Paulo Serra reportou-nos a sua visão sobre o setor: “A Lousã é um mercado ligeiramente diferente comparativamente com Coimbra, porque não temos tanta incidência de arrendamento. Existe sim procura para construção nova, mas esta já não existe”. O nosso entrevistado observa um crescimento do setor no último ano e, enquanto Remax Montanha, “em 2014 houve uma majoração na ordem dos 100% , comparativamente com o mesmo período do ano passado, sendo que no ano de 2013 já haviam crescido 30% relativamente ao ano transato, o que é muito significativo”, explica. Graças a essas mutações do mercado imobiliário, o diretor desta agência afirma que hoje em dia os imóveis da Banca representam apenas 20% do seu negócio, ao contrário do que aconteceu no início da crise financeira, em que grande parte dos trabalhos passavam pela parceria com o setor bancário: “Felizmente conseguimos captar exclusividade de imóveis da Banca, o que menos fez criar um bom trabalho e posso dizer que cerca de 80% desses imóveis que foram vendidos na Lousã, passaram pela Remax Montanha”. João Paulo Serra fez também questão de referir a crescente aposta do público estrangeiro na região. “Contra- riamente ao que se possa pensar os reformados estrangeiros já começam a procurar as zonas mais rurais. Já começam a ter algum conhecimento das potencialidades da região, não tanto da Lousã, mas de Coimbra”, explica. Com diversos contactos com empresas de scouting o nosso entrevistado afirma que “as pessoas começam a fugir de Lisboa, porque esse é um mercado muito saturado. O que os leva a procurar outras zonas, Coimbra é uma das opções”. Com uma filosofia muito própria que abrange todos os colaboradores, a Remax Montanha procura ter uma equipa coesa, dinâmica e proativa e, para tal, o nosso interlocutor garante que o segredo está na forma como se relacionam. “Aqui somos todos iguais e trabalhamos lado a lado para que o negócio funcione. Ações de team building e formações são absolutamente fundamentais para que tal aconteça”. De acordo com João Paulo Serra, o futuro passa por solidificar ainda mais o nome da Remax Montanha e, sobretudo fazer com que haja “uma maior abertura por parte das mediadoras convencionais. “Eu partilho com eles e procuro trabalhar em parceria”, assume. | Setembro I 49 Portugal Inovador O local ideal para habitar Foi no município de Tábua que procuramos obter uma outra visão sobre o estado atual da mediação imobiliária em Portugal, este mês com especial enfoque no distrito de Coimbra. Tábua é uma região rica em património natural e histórico. Situada no Centro de Portugal, é constituída por montes e vales férteis, acolhendo vários rios e ribeiras que conferem um maior encanto à região. Foi esta paisagem inspiradora e bucólica que apaixonou a família de Vries, oriunda da Holanda. A Imobitábua®, Chave Sólida – Mediação Imobiliária, Lda é uma empresa de mediação imobiliária, hoje liderada por duas mulheres, Henriette e Inge de Vries, mãe e filha respetivamente. A relação criada na sua terra Natal, na Holanda, com os portugueses oriundos, entre outros, de Tábua, espicaçou-lhes a curiosidade de visitar os encantos desta vila portuguesa. A paixão foi imediata de tal modo que, em 1995, a família mudou-se para Portugal. O marido de Henriette de Vries possuía já uma larga experiência e formação no setor imobiliário adquirido na Holanda. Trabalhou na empresa nos primeiros 10 anos, sendo que ainda hoje mantém a ligação a esta 50 I Setembro empresa, estando sempre disponível para esclarecer dúvidas na área da avaliação imobiliária. Antes de iniciar a atividade, a Imobitábua® estudou qual a melhor localização para a sua sede e acabou por optar pela vila de Tábua. Um importante ponto de partida ao iniciar foi estudar ao máximo as regras e as leis relacionadas com o sector imobiliário para poder prestar um melhor serviço aos seus clientes, evitando deceções posteriores. Também o conhecimento e a experiência no setor imobiliário na Holanda vieram a revelar-se úteis. Tendo fortes ligações e conhecimentos na Holanda e outros países, a equipa da Imobitábua esforça-se por captar novos investimentos e pessoas que, tal como elas, se apaixonem por Portugal. Com o passar dos anos, denotam que o interesse dos estrangeiros está a aumentar: “Eles procuram casas amplas com jardim, pequenas quintas, mais ou menos isoladas, algo que dificilmente têm acesso na Holanda. Aqui conseguem propriedades com muito terreno, sentem maior liberdade e beneficiam da segurança que felizmente ainda se verifica neste país”. Após 17 anos de atividade, a Imobitábua® é conhecida pela sua experiência, pelos bons serviços prestados e pelo bom acompanhamento, durante e mesmo após a aquisição. “Mantemos um contacto muito direto com os nossos clientes e acompanhamos muitos deles mesmo no pós-venda. Esse aspeto torna-os mais próximos de nós”. Outro serviço importante prestado pela Imobitábua® é o acompanhamento dos compradores na aquisição de uma propriedade à venda numa colega imobiliária. Mediadores ilegais O setor imobiliário continua a sofrer com a existência de mediadores ilegais. Estes não têm um escritório aberto, portanto não são controlados. Com frequência, os compradores acabam por ficar com muitos problemas por comprarem através de um mediador ilegal. Isto dá uma imagem negativa ao sector imobiliário. A Imobitábua® aconselha aos potenciais compradores para pedirem referências das imobiliárias. | Portugal Inovador Pioneiros na Certificação Energética Com 19 anos de existência, a Planética, S. A., tem sido desde o seu início, uma empresa empenhada na inovação e no incremento das energias renováveis. “Projetamos, Construímos, Certificamos”, é este o lema com que a Planética se apresenta no mercado. Fundada em 1995 por José Maria Seixas, engenheiro civil de formação, esta empresa surgiu ligada a projetos de engenharia e arquitetura, envolvendo-se, naturalmente, na construção civil, de acordo com as exigências de mercado. Já no ano de 2008, o nosso entrevistado, consciente de que o futuro do nosso país passaria pelas energias renováveis e pela eficiência energética, acompanhando deste modo, as preocupações, vividas na Europa e no Mundo, quanto ao aproveitamento dos recursos naturais e à preservação do ambiente, apostou no desenvolvimento deste setor. Desta forma, “formámos os nossos quadros na área da certificação energética e energias renováveis, ficando assim habilitados a responder a esta necessidade de mercado. Criámos o nosso portal de certificação, que foi o primeiro a nível nacional e, em 2009, éramos já a maior empresa de certificação energética”, refere. Com cerca de 40 colaboradores e mais de 1000 parceiros espalhados por todo o país, “garantimos uma rede sólida, presente e de resposta eficaz e competente de Norte a Sul”. Além da certificação, a Planética dedica-se fortemente às energias renováveis, que para além de serem uma forma de diminuir a fatura energética, são fundamentais para a preservação do ambiente. “As energias verdes são o futuro no nosso país, e os portugueses já se começam a aperceber disso”. Uma das grandes apostas da Planética, neste setor, passa pela biomassa e geotermia que “consiste no aproveitamento da energia da terra, que tem muito potencial em grandes empreendimentos, centros comercias, hospitais, entre outros. É importante reduzir nos custos energéticos protegendo o ambien- te. Parece-me que esta terá de ser a aposta das novas gerações, dispensando cada vez mais a energia fóssil”. Certificação em Portugal Atualmente, a Certificação Energética representa grande parte do volume de negócio desta empresa: “O importante da certificação energética prende-se com a necessidade do nosso país se tornar menos dependente da energia fóssil e de contribuir para uma maior consciencialização da importância da eficiência energética nos edifícios. Daí ter surgido a obrigatoriedade do certificado energético”. A classificação energética depende de um conjunto de fatores, entre os quais se destacam a localização e a orientação do edifício e o tipo de materiais que constituem a sua envolvente exterior. O facto de muita população, hoje em dia, estar devidamente informada faz com que “analisem a classificação energética antes de comprar ou arrendar. Se a eficiência energética for mais alta (classe A ou B) a fatura da energia vai ser menor, o que se torna numa mais-valia. Com o tempo, os cidadãos em geral vão-se apercebendo da importância deste assunto”, garante José Maria Seixas. | Setembro I 51 Portugal Inovador A conceber um ideal urbano Fundada em 2006, a Curbi – Conceiving the Urban Ideal, surgiu no mercado para apresentar soluções de excelência no domínio da designada indústria AEC (Arquitetura Engenharia e Construção), sempre em perfeita sintonia com as pretensões dos clientes. Desde 2008 a certificação energética tem representado um dos serviços mais influentes na dinâmica geral da empresa. “A nossa mais valia é a multidisciplinaridade e a possibilidade de oferecer soluções integradas de projeto para a cons trução” A trabalhar como profissional liberal há já alguns anos, Sérgio Rolo decidiu criar a CURBI, passando a oferecer soluções integradas de projeto para a construção. Um conceito onde o cliente entra e dispõe de um conjunto de serviços que são prestados de forma coesa pela equipa interna que a empresa define para cada trabalho. Com quatro áreas de atuação, nomeadamente: a certificação energética, a arquitetura, a avaliação imobiliária e a engenharia, de acordo com o nosso entrevistado, “a sua mais-valia passa pela multidisciplinaridade. Temos arquitetos, engenheiros e desenha52 I Setembro dores. Num determinado processo, conseguimos servir o cliente desde a fase de topografia, passando pela arquitetura e engenharia, até à gestão de obra”. Com uma equipa composta por oito elementos, entre os quais estão quatro engenheiros (dois dos quais peritos qualificados na área de certificação energética), três arquitetos e um desenhador, esta empresa está especialmente preparada para a concretização de projetos de construção nova e na área da reabilitação de edifícios. Há oito anos no mercado, Sérgio Rolo decidiu apostar na internacionalização da CURBI em 2010, realizando projetos para Luanda, Congo, França e Timor. “Em apenas quatro anos, conseguimos que o nosso volume de negócios no estrangeiro representasse 40% do nosso trabalho, o que é significativo”, garante. Certificação Energética Desde 2006 que a certificação energética é obrigatória no nosso país, mas em 2013 ganhou maior visibilidade graças à normativa europeia que entrou em vigor no dia 1 de dezembro, que obriga a que os imóveis tenham um certificado energético no ato de publicitar a venda. Desde o início que a CURBI disponibiliza o serviço de certificação energética, tendo sido esta área um forte apoio no arranque da empresa, sensivelmente até 2008. Nos anos subsequentes, tirou partida da sua versatilidade e desenvolveu diversos serviços nas restantes áreas de atuação da empresa. Para que os nossos leitores aprofundem o seu conhecimento sobre a temática da certificação, Sérgio Rolo fez questão de explicar: “A certificação energética, apesar da resistência de alguns players do mercado imobiliário, é uma excelente ferramenta para a disseminação de soluções energeticamente mais sustentáveis e amigas do ambiente”. Relação com o setor imobiliário Quanto aos promotores imobiliários, uma classe que ficou muito reticente face à obrigatoriedade “Num determinado processo, conseguimos servir o cliente desde a fase de topografia, passando pela arquitetura e engenharia, até à gestão de obra” Portugal Inovador dos certificados energéticos, Sérgio Rolo explica que é necessário que os mediadores percebam que em grande parte dos casos, o certificado só os vai ajudar na venda. “Quando os mediadores perceberem que o certificado pode ajudar os proprietários a publicitarem melhor a sua casa, será maior o consenso em torno desta temática. O relatório de medidas de melhoria é talvez a peça chave deste cenário todo e a mediação imobiliária, se tirar partido disto, pode ajudar o proprietário a vender mais facilmente”. | “O relatório de medidas de melhoria é talvez a peça chave deste cenário todo e a mediação imobiliária, se tirar partido disto, pode ajudar o proprietário a vender mais facilmente” Setembro I 53 Portugal Inovador “A atual legislação não credibiliza a certificação energética” Carlos Murtinheira é um dos responsáveis pela ENERQAI, empresa do setor da energia e da qualidade do ar desde 2009, que partilhou a sua particular visão sobre o processo de certificação. Com instalações situadas em Tondela, um dos municípios do distrito de Viseu, a ENERQAI – portadora da certificação ISO 9001 – direciona a sua atividade à certificação e auditoria energética, assim como planos de manutenção, contando com uma equipa de cinco colaboradores. Essencialmente, o seu corebusiness passa pela certificação de grandes superfícies comerciais e edifícios dirigidos a serviços, tendo já alcançado reduções de 30 e 40% em alguns espaços. Entre vários, a ENERQAI certificou o edifício sede da Vodafone no Porto, o Hotel Yellow Lagos Meia Praia, a Escola Professor Rolando de Oliveira em Viseu e quase dois terços dos Intermarché em Portugal. Numa altura em que a União Europeia pretende reduzir o consumo energético, e além de toda a controvérsia envolta da certificação energética em Portugal, Carlos Murtinheira considerou “satisfatória” esta decisão europeísta, afirmando que o certificado deveria ser adquirido no aluguer e na edificação nova: “Em muitos dos casos, quando fazemos o nosso trabalho, propomos as medidas necessárias 54 I Setembro e elas morrem no papel, porque quem vende não informa de modo correto o potencial comprador”. Além disso, encontra diferentes pontos de vista entre as partes envolvidas no negócio: “Quem vende, vê o processo como uma imposição ou como um imposto. Quem compra precisa de ter uma noção do produto que vai adquirir”. Para o responsável da ENERQAI, a falta de obrigatoriedade poderia ser combatida com “incentivos financeiros”, reiterando que quem vende não está preocupado com o certificado: “Se fosse um condição necessária nos apoios para implementar medidas de certificação energética faria todo o sentido”, apontou Carlos Murtinheira. O administrador abordou também a nova legislação de dezembro, reiterando que não atribui a devida importância à qualidade do ar interior e à inspeção periódica dos equipamentos e que é tecnicamente fraca e ambígua, permitindo classificar o mesmo edifício com classes diferentes, consoante a interpretação do Perito. Ademais, frisou que “não faz sentido certificar um edifício de serviços devoluto, que irá ser vendido, mas cujo uti- lização será desconhecida”. Os próprios valores de certificação deveriam ser também regularizados: “A legislação não empresta credibilidade a esta matéria, o que é preocupante”, referiu. Por último, Carlos Murtinheira afiançou que a nova lei terminou com alguns dos serviços da ENERQAI. No entanto, mantém um desejo: “Acima de tudo, queremos manter a nossa qualidade e rapidez sempre que somos chamados a intervir”. | Portugal Inovador Região Centro Setembro I 55 Portugal Inovador “Ética como pano de fundo” Os 36 anos de existência poderiam ser suficientes para demonstrar a sua importância no mercado. Américo Duarte, enquanto administrador da EFAPEL, partilhou connosco a forma como se procuraram evidenciar em Portugal e no exterior, pronunciando-se sobre a importância da ética no mundo empresarial e no sucesso alcançado. ção de produzir as aparelhagens elétricas”, acrescentou Américo Duarte. Desde então que o seu corebusiness tem sido a conceção e produção – gradualmente melhoradas – e comercialização de material elétrico: “Comprou-se um pinhal, construi-se um edíficio, adquiriram-se algumas máquinas necessárias, fizeram-se projetos e começámos a produzir”. Adquirir o estatuto de referência É na pequena localidade de Serpins, a 27 quilómetros de distância da cidade de Coimbra, que se vislumbra o vasto parque empresarial da EFAPEL – Empresa Fabril de Produtos Elétricos S.A. –, empresa fundada numa época fortemente marcada pela pós-revolução do 25 abril de 1974. Questionado sobre os primórdios – corria o ano de 1978 -, Américo Duarte mencionou as “convulsões próprias de então”, fase em que a oferta não correspon56 I Setembro dia à procura existente: “O mercado caiu em larga escala. Deixou-se de produzir de forma substancial e havia apenas as reuniões gerais de trabalhadores. Era fácil vender equipamentos elétricos, mas não havia tomadas para o seu funcionamento”, começou por contar. Foi nesse panorama que se encontrou uma oportunidade de negócio: “Após algumas reuniões entre pequenos empresários, formou-se um grupo de trabalho com a inten- A EFAPEL começou como uma empresa de “vão de escada”, com um pequeno edíficio com condições um pouco desajustadas e uma produção algo “rudimentar” e “totalmente manual”. Contudo, Américo Duarte percebeu que seria necessário “produzir qualidade para haver viabilidade empresarial”. Dessa forma, identificou como fundamentais, para o crescimento desejado para o seu projeto, a qualidade do produto, preço e serviço: “Foram os três fatores preponderantes para a nossa afirmação. A cada oportunidade, fomos melhorando. Em pouco tempo, já tínhamos condições para produzir de forma apoiada por equipamentos adequados, melhorámos as condições de trabalho e melhorámos os espaços de produção”. Ademais, a ética foi algo pelo qual o adminstrador da EFAPEL sempre primou, aplicando inclusive este princípio na própria propaganda em torno do seu produto: “Para além da relação qualidade/preço e do serviço de excelência, ao longo do tempo atribuímos constantemente uma enorme importância à ética geral e comercial, mas Portugal Inovador também ao nível do marketing, de forma a favorecer o consumo dos nossos produtos”, disse Américo Duarte. Para o administrador, as pessoas que trabalham todos os dias na EFAPEL são um elemento fundamental para se promover a distinção entre empresas. Américo Duarte considerou como “fundamentais” os seus 300 funcionários: “Quem faz as melhores empresas, são os funcionários. Os recursos humanos sempre foram fundamentais para mim, tendo sempre procurado selecionar as pessoas com as características enquadradas à função que viriam a desempenhar. Além disso, cuidamos da sua motivação e formação interna”, afiançou o empresário. Em Portugal e em mais de 50 países Passados 36 anos de história e de contínua evolução empresarial, a EFAPEL conta com quatro unidades fabris – que perfazem um total de 26.173 metros quadrados–, nomeadamente três em Serpins para a produção de componentes injetados, montagem, armazenamento e distribuição e outra na zona industrial do Alto Padrão, no concelho da Lousã, destinada à extrusão de calhas técnicas. De acordo com Américo Duarte, a posição da EFAPEL é “claramente de liderança” em Portugal, atravessando sem dificuldades de maior a crise económica que despontou em 2008. Porém, o administrador foi perentório no que toca à exigência no mundo dos negócios: “Leva muito tempo a evidenciar no mercado a nossa capacidade e a qualidade os nossos produtos, mesmo com um preço apelativo e um bom serviço”. A EFAPEL chega a quatro continentes, tendo como principais mercados estrangeiros Espanha, França, Alemanha, Grécia, Rússia, Arábia Saudita, Angola, Chile e Perú. Para esse feito, Américo Duarte destaca a aposta estratégica na abertura de delegações comerciais in loco: “É a única forma de estarmos verdadeiramente presentes”. Relações e parcerias baseadas na ética O administrador de 65 anos realçou, por várias vezes, a virtude ética das pessoas no mundo empresarial, aludindo a aplicação da ética como um “pano de fun- Em prol do ambiente O administrador da EFAPEL encara a defesa do meio ambiente como “um dever que cabe a todos”, afirmando que consciencializa os seus colaboradores e fornecedores para a importância das práticas ambientais. do” nas relações “transparentes” com os clientes e fornecedores: “Colocamo-nos sempre do lado do cliente, seja qual for a questão. O desenvolvimento do nosso produto a todos os níveis passa muito pelas propostas, opiniões, sugestões dos nossos fornecedores”, apontou Américo Duarte. Questionado sobre a certificação do produto, o responsável remeteu que esse processo “é resultado da conseguida evolução do produto”, expondo os seus desejos para o futuro da EFAPEL e da sua estabilidade: “Se eu tivesse menos 30 anos de vida, diria que o nosso objetivo era crescer, crescer e crescer. Mas apenas crescer de uma forma constante e sustentada, cuidando sempre dos nossos fatores críticos de sucesso sem descurar a ética”, terminou Américo Duarte. | Setembro I 57 Portugal Inovador Paixão farmacêutica A Farmácia Vilaça, espaço localizado numa das principais artérias de Coimbra, repleta de história e tradição, está a cargo de Amadeu Carvalho e da sua esposa. A ligação pessoal de ambos levou-os a abraçar o mesmo projeto profissional. “No coração de Coimbra e no seu”. É desta forma que Amadeu Carvalho descreve o posicionamento da sua farmácia com as portas abertas ao público. Todavia, o responsável começou por contar toda a história que se iniciou ainda nos seus tempos de faculdade, no decorrer do curso de Química Educacional: “Conheci a minha esposa enquanto caloira, alguém que sempre gostou desta área. Simplesmente, impôs a si própria trabalhar numa farmácia. Após o término da minha formação, saí de Coimbra para acompanhar a minha mulher, algo que me custou”, continuou. Primeiramente, Amadeu Carvalho e a sua esposa adquiriram uma modesta farmácia no distrito de Viseu. Em 2008, alargaram a sua atividade a cidade de Coimbra adquirindo a Farmácia Vilaça. O farmacêutico afirmou ainda que é um 58 I Setembro local de eleição de um público heterogéneo: “Atendemos com a mesma dedicação todas as pessoas, por isso somos procurados por utentes de diferentes estratos socioeconómicos que continuam a privilegiar o nosso espaço”, acrescentou. Logo após a compra da farmácia, Amadeu Carvalho decidiu renovar e ampliar as instalações sem nunca perder a identidade e os traços característicos que ainda hoje se mantêm, um lugar nobre e muito acolhedor. Todavia, não foram as únicas alterações efetuadas: “Utilizando a tecnologia e o trabalho de equipa, prestamos um atendimento personalizado, sempre com o intuito de acrescentar mais valor ao utente, ao medicamento e a todos os serviços prestados. Acredito ser a única forma de merecermos a confiança da população”. O horário de funcionamento do estabelecimento – de segunda a sábado entre as 8:30h e 20h – foi um fator levado em consideração por Amadeu Carvalho. No verão, mantém as portas abertas durante mais meia hora pelo fluxo existente na cidade de Coimbra. Dispondo de uma vasta e variada oferta de dermocosmética, considerado uma “mais-valia” as pessoas podem efetuar as suas compras, nesta área, de forma espontânea e livre. No entanto, a maioria das vezes são aconselhadas pelas farmacêuticas e, em casos mais exigentes, as pessoas são encaminhadas ao GAP (Gabinete de Atendimento Personalizado) onde podem realizar um teste de pele ou capilar utilizando a tecnologia do «DERMOPRIME». A Farmácia Vilaça disponibiliza ainda serviços e cuidados farmacêuticos, Espaço Animal, loja online e serviços de deteção de problemas de saúde como hipertensão, colesterol, glicémia e outros. A inovação também é um marco da Farmácia Vilaça. Além da modernização do espaço, foi adquirido o robot Rowa Vmax que permite uma arrumação inteligente e rápida, permitindo um maior fluxo de trabalho. Por último, Amadeu Carvalho admitiu que a dermocosmética é a sua aposta de futuro com o projeto, em desenvolvimento, de loja virtual, disponível a partir de outubro de 2014, tendo por objetivo diversificar o público alvo. | Portugal Inovador Ao serviço da economia local A família Gonçalves, natural de Oliveira do Hospital, tem dedicado a sua vida profissional ao empreendedorismo e à dinamização da terra que a viu nascer. Foi em 1989 que regressado de uma passagem por África, Rui Gonçalves alia-se ao irmão, Carlos, e juntos adquirem um pequeno supermercado, fundando o que hoje é conhecido por IG Supermercados. Mais de 20 anos passados, e após constantes renovações e ampliações, em 2012 inauguram as atuais instalações. Uma grande superfície comercial que pela sua dimensão, variedade e qualidade de serviços tem conquistado a confiança de um crescente número de visitantes. “Somos um concelho com cerca de 22 mil habitantes, mas os nossos clientes não são exclusivamente de cá. Vêm de Tábua, Arganil, Nelas, Seia ou até mesmo de Coimbra”, explica Rui Gonçalves. Num mercado tão concorrencial qual a razão para a preferência? “A dedicação é alma do negócio, considero que quando se acredita no projeto o crescimento é natural”, responde o empresário. Aqui, podemos encontrar para além dos artigos de mercearia, talho, peixaria, padaria e pastelaria, uma vasta gama de eletrodomésticos e um serviço de take-away, contando ainda com espaço de refeições. Conta ainda, com uma galeria comercial com parafarmácia, telecomunicações e quiosque. “Temos uma quota de mercado claramente maioritária. Esta fidelização deve-se à qualidade do atendimento e da atenção prestada a cada cliente. Para além, disso primamos pela melhor relação qualidade/preço, conseguimos oferecer preços altamente competitivos”, explica o administrador. O feedback do público tem sido muito positivo em todas as vertentes: “O nosso serviço de take-away tem verificado uma grande adesão, servindo ainda uma média diária de 100 refeições sentadas. Os nossos parceiros da peixaria, do talho e da frutaria primam também pela qualidade e pela frescura dos produtos, mantendo conceitos tradicionais de atendimento ao público, mas numa superfície comercial”, salienta. Com uma forte consciência social, para além dos 90 postos de trabalhos diretos, a IG Supermercados, apoia os fornecedores e as empresas da região, promovendo a dinamização da economia local: “As construções foram edificadas essencialmente com empreiteiros locais e tentamos que os nossos fornecedores também o sejam”, acrescenta. A família Gonçalves assume que “o sucesso tem sido conquistado com muito trabalho e a aposta tem sido forte, apesar das dificuldades”. A má qualidade dos acessos poderia ser razão para anular estes investimentos, mas na realidade o Grupo continua a criar novos projetos. Nesse sentido, e tendo sido o supermercado o motor de toda a estrutura empresarial, o Grupo Irmãos Gonçalves detêm ainda o posto IG Combustíveis com a marca Prio (com abastecimento GPL) e uma empresa de investimentos imobiliários que está a desenvolver o último projeto da família: um Lar Residencial para a terceira idade. “A surgir próximo do centro histórico de Oliveira do Hospital, o nosso público-alvo são pessoas com mobilidade que pretendem continuar a realizar as suas tarefas diárias, mas apoiadas por um conjunto de valências e serviços” conclui. Este projeto tem inauguração prevista em 2015. | Setembro I 59 Portugal Inovador Ver com segurança A Multiópticas, assinalada pelos portugueses como Marca de Confiança em 2013 e 2014, tem vindo a reforçar a qualidade do seu trabalho por todo o país. Em Santa Maria da Feira e Paços de Ferreira, João Abel prima pelo cuidado da visão e satisfação dos seus clientes. cada vez mais confortáveis ao olho humano, e a formação contínua, têm vindo a ser os grandes pilares da Multiópticas. Todas as lojas trabalham em conformidade com os problemas de visão que cada cliente tem, com um campo alargado de ofertas para que a escolha entre preço e qualidade se torne benéfica e facilitada. Os olhos e as novas tecnologias João Abel frequentou o curso de Física Aplicada direcionado para o ramo de optometria, aí desenvolveu o interesse pela área da ótica. A sua carreira profissional começou como optometrista na Multiópticas em Lisboa. Um ano mais tarde, ainda nessa loja, “tornou-se responsável pela formação no ramo da optometria, e dos seus problemas adjacentes, das novas equipas que integravam o projeto”, explica. Quer fossem vendedores, gerentes ou optometristas ficavam assim a conhecer conceitos como refração, hipermetropia, miopia, entre outros. Mais tarde, em 2002, decidiu embarcar num novo desafio, e candidatar-se a uma franquia. O trabalho que conhecia da Multiópticas foi determinante para a sua decisão. Sabendo de antemão que Santa 60 I Setembro Maria da Feira era uma cidade com história, optou por abrir uma loja no concelho, em 2003. Em Paços de Ferreira abriu apenas em 2011. A aposta em novas soluções, Ao longo dos anos João Abel vivenciou largos passos na evolução da optometria, no entanto, a grande adesão aos novos meios tecnológicos, sentida nos últimos tempos, como por exemplo, os tablets, tem agravado o estado de saúde dos olhos da população. “As pessoas estão a precisar de óculos cada vez mais cedo, ao contrário do que sucedia antigamente”, aponta o entrevistado. O avanço das novas tecnologias proporcionou outros progressos no ramo da ótica, e as lentes de contacto são um exemplo vivo desse desenvolvimento, “é um futuro próximo de grande Portugal Inovador encontra-se em qualquer ponto do país para o resolver. Agora o trabalho, realizado por oito pessoas, prosseguirá com a mesma linha de orientação, baseado na mesma filosofia. Nos próximos dez anos João Abel perspetiva a abertura de novas lojas. | evolução”, garante João Abel. As lentes de contacto de silicone hidrogel são fáceis de manusear, apresentam grande resistência, e podem ser usadas até 12 horas, se o olho for de fácil lubrificação e não apresentar muita secura. Apesar de a Multiópticas ter estas soluções, João Abel, relembra aos pais que “é preciso que as crianças abandonem os sítios fechados, rodeados de televisão, e computador, e descubram novos espaços lá fora, pois de outra forma não vão conseguir exercitar a sua visão para perto e para longe, equilibradamente, podendo vir a ter consequências graves que podem ser prevenidas atempadamente”. Desempenho local O grupo GrandVision, um dos maiores retalhistas do mundo, confere à Multiópticas um trabalho de grande prestígio, alargando a sua oferta em relação às marcas. Mas a Multiópticas apesar de ser uma grande marca franchising, muito do seu sucesso é devido às pessoas que dedicam o seu esforço localmente. As lojas de Santa Maria da Feira e Paços de Ferreira são exemplo disso. A fidelização e o compromisso que têm para com o cliente são os principais valores que regem a sua conduta. Dessa forma o serviço pós venda torna-se fulcral, pois qualquer problema que o cliente tenha a Multiópticas Setembro I 61 Portugal Inovador Agricultura com futuro A Aromáticas Lobonense, projeto do jovem empresário agrícola Bruno Mota, é mais um bom exemplo de sucesso comercial no setor. “Começar um projeto destes é uma aventura, praticamente não sabemos no que vai dar”, conta-nos. Foi então há três anos que, sozinho, Bruno Mota tomou a iniciativa de se dedicar a este nicho de mercado e, chegando a 2014, mostra-se satisfeito pela procura que tem conseguido: “Foi no terceiro ano que comecei a ter frutos. Estou a vender muito ao ponto de a minha produção atual não ser suficiente para as encomendas sendo necessário recorrer a colegas de modo a dar resposta ao que os clientes me pedem”. A capacidade produtiva desta empresa instalada em Lobão, concelho de Santa Maria da Feira, consiste em dois hectares destinados 62 I Setembro à produção de ervas aromáticas medicinais, distribuída por quatro variedades: tomilho-limão, hortelã-pimenta, erva cidreira e lúcia-lima. Bruno Mota dedica o seu dia-a-dia a tratar das plantações, do corte, da secagem e da embalagem em sacos de aproximadamente 15 a 20 quilos, que são depois vendidos a empresas que utilizam esta matéria prima para a produção de óleos, chás, sabonetes ou champôs. Esta atividade comercial já atinge a exportação, designadamente para países como Espanha, França ou Suíça. “O problema que se está a registar é, de facto, não conseguir dar resposta às encomendas sozinho”, assume, daí que os planos imediatos para a Aromáticas Lobo- nense passem pela expansão para mais um hectare e pela construção de duas estufas. A procura que lhe tem chegado e que justifica esta referida necessidade de crescimento é, naturalmente, um exemplo que contraria certos receios que são habituais em muitos outros jovens que ponderam entrar em iniciativas semelhantes. É acerca deste fenómeno cada vez mais visível, que são os jovens agricultores, que Bruno Mota conclui, mostrando-se satisfeito: “Temos um bom clima e bons terrenos e, depois de todos estes anos em que a agricultura esteve parada, faz todo o sentido que se tenha começado novamente a apostar nesta atividade”. | Portugal Inovador Nem a reforma o afasta da medicina Aníbal Silva foi médico de família, tendo-se reformado em Junho deste ano. Em Julho, abriu as portas da clínica C.M.U-Consultas Médicas de Urgência, seu projeto pessoal. Anteriormente, exerceu funções de médico de família em Vila Maior, freguesia do concelho feirense. Porém, é na Corga do Lobão, outra localidade do concelho de Santa Maria Feira, que está localizada a clínica Consultas Médicas de Urgência, espaço idealizado por Aníbal Silva e a sua esposa Cristina Silva. O responsável justificou a sua criação com a sua forma de ser e de estar, reforçando a ideia de que era fundamental manter-se ativo: “Com a minha idade, não tinha paciência nem vontade para permanecer em casa. O importante para mim era continuar a fazer aquilo que gosto, nomeadamente a trabalhar com as minhas mãos”, começou por contar. A celeridade com que abriu a sua própria clínica – demorou cerca de dois meses entre o seu processo de reforma e a inauguração – pren- deu-se com o facto de Aníbal Silva ter tratado de toda a burocracia previamente: “Como sabia que ia ser um processo muito longo, coloquei ‘os pés ao caminho’ para ter, a seu tempo, todas as permissões necessárias”, continuou. “Procurei saber quais as necessidades da população para conseguir ser eficaz nos serviços à disposição”, justificou Aníbal Silva. Atualmente, e além da suas consultas de Clínica Geral, a clínica dispõe de Consultas Médicas de Urgência – equipada com dois consultórios e uma sala para tratamentos de interveção terapêutica e pequenas cirurgias – conta com um ortopedista, nutricionista, pneumologista e tratamentos de hipnose além duma uma enfermeira especializada em recuperação respiratória, física e pós-acidente vascular celebral. Além disso, presta um serviço de enfermagem diário na clínica e de 24 horas ao domicílio com acompanhmento médico se necessário. Contudo, admite receber outras solicitações por parte de alguns utentes: “Tem havido pessoas a perguntar se podemos vir a ter a especialidade de Ginecologia… essa de facto pode vir a ser a próxima novidade”, adiantou o médico. A relação com os pacientes é extremamente importante para Aníbal Silva, reiterando que não se considera um médico que realiza consultas com rapidez aos seus utentes e, por essa razão, preocupa-se em conhecer o seu paciente: “Pode ser um problema mínimo, ou até nunca mais voltar, mas interesso-me em saber o historial clínico do paciente”, disse. Tem também definido um acordo com Ramalho de Almeida, médico especialista em Patologia Respiratória, num programa de rastreios de doenças respiratórias e alérgicas ao longo dos próximos tempos, devido á prevalência daquele tipo de doenças do foro pneumológico nesta região, que é fortemente dominada pela industria da cortiça. Quanto ao futuro, Aníbal Silva pretende manter o sucesso já alcançado: “O balanço ao fim de 30 dias de abertura é satisfatório. Espero que as pessoas se sintam bem connosco”, terminou. | Setembro I 63 Portugal Inovador Poder Local 64 I Setembro Portugal Inovador União de Freguesias de Arcos e Mogofores Com mais de 6500 habitantes, a União das Freguesias de Arcos e Mogofores situa-se no concelho de Anadia na parte sul do distrito de Aveiro e é a Freguesia mais populosa deste concelho, englobando a maior parte da cidade de Anadia. Situada bem no coração da Bairrada tem na agricultura, mais propriamente na produção de vinhos e na cerâmica de louças sanitárias, de pavimentos e revestimentos, para além dos serviços, as atividades mais empregadoras e também as que mais contam na balança das exportações. Segundo o presidente, Fernando Fernandes, “o principal objetivo do executivo da Junta tem sido acima de tudo responder positivamente ao maior número possível de solicitações e desafios que nos são dirigidos tanto por pessoas singulares como por instituições e associa- ções e tentar sempre que o que à partida pareça ser um pequeno problema não passe disso”. O dinamismo de uma população reflete-se nas suas instituições e associações e, por isso, “quero realçar as que existem na nossa freguesia e já agora no nosso concelho. Sem dúvida alguma a esmagadora maioria tem feito um trabalho fantástico nos mais diversos âmbitos a que se destinam”, acrescenta. Na parte turística, a gastronomia da Bairrada tem um grande peso para esta região, pois o leitão e o espumante são reis e senhores, o que acaba por atrair muitos visitantes. Neste sentido a Feira da Vinha e do Vinho que se realiza todos os anos no mês de junho em Anadia, é uma mais-valia na promoção dos produtos que estão ligados ao nome da Feira, “que está registado no Livro do Guiness com o maior brinde de espumante”, afirma o nosso entrevistado. No sentido de realizarem uma gerência equilibrada e sem sobressaltos principalmente monetários, “temos optado sempre pelo que consideramos mais prioritário para o momento e, com isso, conseguimos que a qualidade de vida dos nossos munícipes esteja sempre acima de tudo e, neste sentido, realço a Câmara Municipal de Anadia que tem sido um excelente parceiro, atento e sensibilizado para as grandes causas”. | Setembro I 65 Portugal Inovador União de Freguesias da Mealhada, Ventosa do Bairro e Antes Tradição enriquecida pela experiência A revista Portugal Inovador esteve à conversa com João Santos o presidente da União das freguesias da Mealhada, Ventosa do Bairro e Antes, para perceber melhor a realidade desta nova freguesia. João Santos, figura central com uma apresentação ininterrupta ocupa o cargo que lhe foi confiado com uma aptidão natural. A constante procura de soluções, a busca harmoniosa dos diferentes pontos de vista das pessoas, a resposta às necessidades locais, são os principais elementos a ter em conta para percorrer este caminho. A União destas três freguesias apresenta-se como uma realidade completamente nova para toda a 66 I Setembro gente. “As novas uniões de freguesia foram criadas sem qualquer apoio por parte do poder central”, aponta o autarca. “A Câmara Municipal fica encarregue das grandes obras, já à Junta da União, cabe as pequenas obras, mas não é por serem pequenas que não devem ser valorizadas”, assegura. Localização da União das Freguesias - o seu turismo e artesanato A Mealhada, privilegiada pela sua localização geográfica, situada na região Centro, entre a Serra do Bussaco e o mar, oferece bons acessos rodoferroviários para todos os pontos do país, assim como Coimbra, Porto e Lisboa. Conhecida pela sua gastronomia, realiza todos os anos no mês de junho a sua Feira de Artesanato, onde se apresenta o trabalho de artesãos locais e se promove as quatro maravilhas do concelho: leitão, pão, vinho e água e se beneficiam diferentes sabores para satisfazer paladares. A população vive numa posição acolhedora, porque se encontra em relação constante com o espaço de quietude e tranquilidade aqui coexistente. Espaços como o parque da cidade, o jardim municipal, eventos como o Carnaval e a sua feira gastronómica, são exemplos vivos da qualidade de vida e diversidade que a região oferece. Ventosa do Bairro e Antes, oferecem um conjunto de variedades gastronómicas vivas ao passo de uma paisagem verdejante. A típica chanfana de cabra, o leitão, a cabidela de leitão, os negalhos e o bom vinho satisfazem os distintos paladares. A Lagoa do Sume situada entre Antes e Ventosa do Bairro, com obras de requalificação para breve e paragem obrigatória, para quem queira espreitar o sossego com vinhas e olivais a perder de vista. Absorvidas por esta paz, estão envolvidas por património arquitetónico invejável. Igrejas, capelas, monumentos, antiga capela particular, pelourinhos, casas seculares, marco milenar, são obras de grande destaque. Portugal Inovador O artesanato também não é esquecido, a tanoaria, a arte de trabalhar a pedra, a verga e a moagem de farinhas feita em grandes mós movidas pela corrente da água, mostram que a tradição nunca cessará. “Venham conhecer e saborear os nossos paladares e não se arrependerão”, conclui o autarca. l Setembro I 67 Portugal Inovador “A Junta tem de criar os mecanismos para que tudo funcione bem” Com cerca de sete mil habitantes, a Junta de Freguesia de Oliveira do Bairro, no distrito de Aveiro, tem como principal objetivo implementar um programa de turismo industrial para atrair mais visitantes. A Freguesia de Oliveira do Bairro é a capital de concelho; não por ser a maior em termos populacionais ou de superfície; mas sim, por ser sede, abrangendo todos os serviços que existem no concelho. Em redor da cidade existem cerca de dez espaços (lugares ou aldeias onde predominam os traços de ruralidade) onde se vive da atividade agrícola, mas Oliveira do Bairro acaba por ser enriquecida com os espaços industriais e os serviços que acolhe. De acordo com Márcio Oliveira, presidente da Junta: “Temos um pouco de tudo, mas sobretudo um grande movimento de pessoas por força do dinamismo empresarial e industrial que se 68 I Setembro verifica na freguesia, o que capta muitas pessoas de fora”. À frente da Junta desde 2009, o nosso entrevistado garante que um dos grandes projetos que tem para a freguesia passa pela criação e promoção do turismo industrial. “Temos empresas com processos de produção atrativos que podem vir a cativar muitos visitantes”. Projetos Sociais Sempre com uma grande preocupação com o bem-estar da população de Oliveira do Bairro, Márcio Oliveira, desde cedo procurou criar um conjunto de projetos de caráter social e cultural, por forma a ajudar os mais necessitados e, ao mes- mo tempo, incentivar o gosto pela cultura. “Temos de acompanhar o dinamismo da freguesia e a Junta deve ser um órgão de proximidade para com a população. Por esse motivo, é que o nosso trabalho e a nossa obra é de cariz social e apoio comunitário”, garante. Ainda no decurso do primeiro mandato, o nosso interlocutor fez questão de criar dois projetos que trouxeram grande dinamismo para a freguesia, essencialmente para os mais idosos. A Universidade Sénior, “que teve uma visibilidade muito grande e uma adesão maior do que aquela que previa. Já vamos no quarto ano letivo e o sucesso é enorme”. Outro dos projetos foi o Bebé Feliz, que consiste em gerar (gerir) um banco de bens para bebés até aos dois anos de idade. Graças a estes projetos, o presidente desta Junta conseguiu dinamizar a freguesia, explicando: “Acho que cada vez mais o poder local tem que ter uma voz mais ativa, de intervenção, na sua comunidade e as verbas que gerimos têm que acompanhar esse aumento de responsabilidades. O nosso trabalho, hoje em dia, só pode ser verificado através do contacto com a comunidade”, conclui. | Portugal Inovador “Temos uma dinâmica associativa muito forte” São João de Loure e Frossos, união de freguesias resultante do processo de reorganização, situa-se em Albergaria-a-Velha e conta com a existência de várias associações que “mantêm a região ativa”. Foi nas eleições autárquicas de 2002 que Adalberto Póvoa tomou posse da Junta de Freguesia de São João de Loure. A caminho do seu quarto mandato, o presidente tem também a seu cargo a localidade de Frossos. Com cerca de três mil habitantes distribuídos por 18 quilómetros quadrados, a agricultura é o principal ramo de atividade. A sua localização geográfica – no centro de um triângulo industrial composto por Aveiro, Albergaria-A-Velha e Águeda – é fulcral para o seu próprio desenvolvimento, capacidade de atração e “maior dinâmica”. Estando à direita do rio Vouga e a Sul do concelho de Albergaria-A- -Velha, a freguesia possui características agrícolas e ripícolas, propicias à produção agrícola e espaços de lazer junto à zona ribeirinha. A Pateira de Frossos, local com elevada biodiversidade, é possuidor de uma paisagem “aprazível”, “inúmeras ciclovias”, levando a cabo o birdwatching no âmbito do ecoturismo: “Temos um potencial turístico significativo que tem sido alvo de estudos”, disse Adalberto Póvoa. As 11 comunidades associativas e recreativas existentes na freguesia são um marco importante, oferecendo uma “riqueza enorme em termos de atividades e eventos nas diversas áreas da sociedade para a população” e que desem- penham um papel diferente: “As coletividades têm, cada vez mais, uma responsabilidade para com a população, prestando o apoio necessário aos habitantes”, afiançou. Beneficiando de várias infraestruturas como escolas, pavilhões desportivos e parques de lazer – e no futuro um centro cultural – São João de Loure e Frossos está “habilitada para o aumento da densidade populacional”. Adalberto Póvoa revelou-nos a forma como se posiciona: “Somos vendedores de ideias. Temos que perceber a comunidade e atuar de forma exígua. A nossa ação é de proximidade, esclarecimento, identificação e condução dos problemas”, sublinhou. O desenvolvimento cultural e social tem sido alvo de atenção por parte da presidência. De acordo com Adalberto Póvoa, a junta da freguesia “estabeleceu com as coletividades um forte elo de ligação de forma a continuarem ativas”, mantém um diálogo constante com o agrupamento escolar, faltando apenas a abertura da próxima unidade de saúde da região. Adalberto Póvoa reiterou ainda que “concorda com este processo de reagrupamento”, embora o método tenha sido “mal gerido”, apesar da importância de reorganizar o território de forma “profunda”. | Setembro I 69 Portugal Inovador Diferenciar para conquistar Localizada na zona industrial da Barosa, em Leiria, a DCV direciona a sua atividade para o ramo metalúrgia ligeira desde 1997. A exportação e internacionalização foram, entretanto, alcançadas. Joaquim Fernandes, responsável pelo destino da DCV, conta com um know-how adquirido ao longo de 32 anos de atividade nos ramos supracitados. Após alguns anos, optou por abraçar o seu próprio projeto, alavancando-o e definindo sucessivas estratégias de mercado até atingir o reconhecimento desejado. O seu core business, desde então, passa pela conceção, desenvolvimento e montagem de escadas e guardas – para espaços interiores e exteriores –, conjugando vários tipos de materiais, tais como o inox, alumínio, vidro, acrílico, pedra e a própria madeira. “Adquirimos formação técnica 70 I Setembro para poder articular estas vertentes. Hoje somos vistos como uma empresa capaz”, referiu Joaquim Fernandes a propósito daquilo que distingue a DCV no mercado. O desejo do administrador prende-se com a “diferenciação em termos de produto”, rejeitando o estatuto de “apenas mais um a laborar na área”. Dessa forma, o modus operandi da DCV é o principal fator de sucesso: “Procuramos associar inovação, design e arquitetura ao produto, o que resulta numa maior elaboração e personalização”, acrescentou. A exportação e internacionalização foram dois marcos de nobre importância, fulcrais na história da DCV e no patamar atingido. Joaquim Fernandes explicou-nos que foi necessário equacionar e programar este passo de forma sustentada devido à opção de risco tomada: “Sem nunca perder a nossa ideia de base do produto peça a peça, paralelamente tivemos de apostar na produção em série para dar sustentabilidade ao negócio. A determinada altura apostámos noutra faixa de mercado, enveredando pela classe média-alta”, apontou o responsável. O raio de ação da DCV é abrangente: “Trabalhamos por Portugal, embora represente apenas 5% do nosso volume de faturação. Quanto ao estrangeiro, estamos a fabricar produtos para França, Angola, Venezuela e Marrocos. Moçambique e Argélia são dois mercados tentadores que estão em vista”, afiançou Joaquim Fernandes. Os 16 colaboradores que compõem a equipa de trabalho da DCV foram alvo de uma palavra de apreço por parte do administrador, enaltecendo a dedicação demonstrada ao longo dos últimos anos e remetendo uma critica à tutela: “Tenho uma equipa com um empenho enorme, fator que nos tem permitido continuar em frente. Aquilo que verdadeiramente lamento é estar num pais que é “padrasto” de quem trabalha e desperdiça os talentos que vão aparecendo, comprometendo assim, o nosso amanhã”, finalizou. | Portugal Inovador Projetar inovação FNT Engenharia, gabinete de estudos e elaboração de projetos de instalações elétricas, telecomunicações e segurança, sediada em Vila Nova de Gaia e fundada em 2009, apoia os seus clientes permanentemente num serviço de inovação e qualidade. Os anos trabalhados noutra empresa ligada ao mesmo ramo e os últimos anos na FNT Engenharia permitiram que a empresa ganhasse o know-how hoje conquistado. Diferentes áreas que se entrelaçam mutuamente, otimizando os padrões de exigência com a competência técnica e económica de cada um. Ao longo dos anos sentiu um franco desenvolvimento que incentivou a FNT Engenharia a contratar mais dois engenheiros e três desenhadores e a procurar novas instalações para abranger um conjunto alargado de serviços. Num percurso conduzido em contramão, contrariando as adversidades apresentadas pela crise, a FNT Engenharia direcionou-se mais para o mercado externo. África, em especial Angola, são as suas grandes apostas. Agora estão em fase de prospeção para poderem abrir um novo escritório e explorar o mercado de Moçambique. Passos ponderados que asseguram vitalidade no crescimento. Um projeto, uma história Os seus projetos focam-se nas diversas especialidades: projetos de instalações elétricas, projetos de instalações de telecomunicações, projetos de segurança contra incêndios e intrusão, projetos de gestão técnica, pareceres e análise de projetos. As grandes áreas de actuação são ao nível de projectos de edifícios hospitalares, edifícios desportivos e edifícios comerciais. O Pavilhão Arena de Luanda, com capacidade para 12.000 pessoas, e o Pavilhão de Arena Malanje e Namibe, com capacidade para 3000 pessoas, realizados para o Campeonato do Mundo de Hóquei Patins são as obras de maior destaque da FNT Engenharia. A visibilidade em Angola projetou-os para voos mais altos, através da simbiose estabelecida entre empresas nacionais e internacionais. Bruno Fernandes, tendo ganho maior amplitude internacional, verifica que o mercado nacional se encontra bastante limitado devido às diversas empresas existentes ligadas a este ramo e ao escasso investimento público e privado. A adaptação a novos métodos de trabalho tornam-se prementes para o desenvolvimento da atividade. “O licenciamento de um trabalho em Portugal é analisado por diversas entidades tornando o processo mais moroso do que a nível internacional onde a responsabilidade fica a cargo dos projetistas”, aponta o entrevistado. Este atraso traz muitas desistências por parte dos clientes que não querem mais ver o seu projeto a ser executado pelas dificuldades que se lhes apresentam pelo caminho. Mas a FNT Engenharia gosta de desafios e, por isso, trabalha todos os dias para cativar e ganhar a confiança dos seus clientes permanentemente. | Setembro I 71 Portugal Inovador “A CIMACA é uma marca forte e reconhecida no mercado” Com quase 40 anos de história e uma gama variada de produtos destinados ao setor da construção civil, são fatores justificativos da dimensão e sucesso alcançados, sendo PME Líder desde 2010. Fundada em 1975 em Avintes, freguesia de Vila Nova de Gaia, a CIMACA iniciou a sua atividade como uma “pequena drogaria” “que se transformou numa empresa de média dimensão de referência no Grande Porto”. Atualmente, e desde os anos 80, a administração que se tEm mantido – juntamente com os seus dedicados colaboradores – beneficia de instalações adequadas aos tempos modernos, com showroom capaz de atrair e responder às exigências crescentes dos clientes. Apesar da evidente queda do setor da construção civil, a CIMACA vence no retalho e reabilitação urbana mantendo-se no mercado como referência empresarial. 72 I Setembro A equipa comercial está orientada para o esclarecimento personalizado sobre produtos e suas aplicações, nomeadamente cozinhas, eletrodomésticos e energias renováveis cumprindo prazos de entrega e satisfação geral do cliente. A própria formação interna da sua equipa de colaboradores tem sido merecedora de atenção por parte da administração da CIMACA, que tem promovido sessões várias transversais, cujo beneficio sem vem a registar no funcionamento da empresa. Resta concretizar o negócio de trading direcionado para África e Europa, mercados com os quais a CIMACA mantém relações comerciais. A CIMACA conta manter-se no mercado pela marca, em que se apoia no bem servir. | Portugal Inovador Setembro I 73 Portugal Inovador Artigo de opinião Era uma vez… Há diferentes formas de ler um livro, diferentes formas de pensá-lo e conhecê-lo. Desde muito cedo me apercebi do valor das palavras, escritas, faladas, ouvidas, e cantadas, mas foi na literatura que conheci a sua verdadeira magia. Poderia aqui enumerar muitos bons exemplos de magia, mas provavelmente alguma grande obra ficaria por dizer, portanto em vez disso abordarei algumas questões que mais me inquietam. Porque se perderam os hábitos de leitura? Será que as plataformas online aproximaram ou distanciaram estes hábitos? Por que muitos bons livros ficam esquecidos no tempo? Por que o mercado e a sociedade não estão preparados para algumas histórias? Por que muitas são conduzidas à censura? São tantas as perguntas (e a sua complexidade envolvente) em que tropeço que se torna difícil saber por onde começar. Conhecer o vasto mundo da edição revela-se desde logo um desafio, uma vez que esta indústria não disponibiliza nem dados objetivos nem muitos estudos críticos. O mercado nacional no setor da indústria editorial sofreu um decréscimo de 4,6% em termos de faturação em 2013, fruto da quebra do consumo das famílias e do crescente conteúdo disponibilizado online. Angola e Moçambique são os principais destinos de livros portugueses, segundo um estudo demonstrado pelo Sectores Portugal, publicado pela DBK, da Informa D&B. Pequenez e fragilidade são as características que definem o mercado editorial português. Mas para perceber melhor essas vulnerabilidades é preciso analisar mais profundamente as suas raízes, e os consequentes progressos. A maior parte das vezes a propriedade e direção das editoras ficam a cargo de diferentes gerações de membros da mesma família. Só recentemente grandes grupos económicos proporcionaram a concentração e a fusão de editoras, ainda assim o cenário editorial não se encontra muito convergente e absorvido por parte de grandes grupos europeus. A vulnerabilidade económica nacional, juntamente com os fracos índices dos hábitos de leitura, trazem também limitações na produção, concebida através de meios muito tradicionais, sobretudo nos países de língua oficial portuguesa, onde o mercado externo se encontra muito limitado. Ao longo dos anos foram feitos esforços para o seu desenvolvimento. Na expetativa de alargar a diversidade de oferta editorial implementou-se em 1980 uma política específica para o livro: o Instituto Português do Livro (IPL). Mas para que a oferta editorial diversificada estivesse em estreita correlação com o reforço dos hábitos de leitura, instituiu-se uma rede nacional de leitura pública. Para o desenvolvimento integrado e sustentado nos países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) desenvolveram-se políticas para a implementação do livro e da leitura. Nesse contexto, em 1987 surgiu o Instituto Português do Livro e da Leitura (IPLL) que realizou o programa da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas (RNBP). Mais tarde em 1992 o IPLL foi substituído pelo Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro (IBNL) articulando a valorização patrimonial do livro com a difusão do livro e da leitura. Para reforçar hábitos de leitura criara-se o Programa Nacional de Promoção de Leitura (PNPL). Estas entidades estão desenhadas para funcionar como polos de promoção da leitura e de outras dinâmicas culturais. O mercado de trabalho português dominantemente masculinizado tem vindo a ser recomposto ao longo dos anos com a entrada massiva de mulheres. Embora se saiba que a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres na agenda política portuguesa seja muito recente. No meio editorial, especificamente as mulheres, encontram-se sub-representadas em funções de direção, no entanto, não existem obstáculos estruturais que as impeçam de que tendencialmente venham a dirigir este setor. A progressiva feminização está interligada com o facto de que as mulheres se encontram cada vez em maior número em cursos de línguas ou literatura. Para Patrícia Portela, escritora e encenadora, a literatura é a ciência mais pura, e por isso tem a possibilidade de mudar o mundo. A verdadeira batalha encontra-se no facto de ela poder vir a funcionar nos mesmos moldes políticos, económicos, estéticos e éticos que regem a ciência e a tecnologia, sem espaço para ser livre e reagir. O avanço das novas tecnologias proporcionou uma complementaridade entre os diversos meios, mas é com alguma tristeza que eu observo a crescente popularização dos livros eletrónicos e dos e-readers. As palavras podem ser as mesmas, mas como diria McLuhan “o meio é a mensagem”, e o livro não é só o seu autor e a sua linguagem, o livro é o esfolhear de páginas. O livro é tato e olfato, os sentidos que prendem e auscultam todos os outros, e para mim nunca fará sentido manuseá-lo de outro modo. Patti Smith, poeta rocker, pede “por favor, por mais que avancemos tecnologicamente, não abandonem o livro. Não há nada no mundo mais bonito que um livro”. | Melanie Alves 74 I Setembro Portugal Inovador Setembro I 75 Portugal Inovador 76 I Setembro