Prof. Esp. Manoel Costa Neto TG - principal forma de gordura da dieta humana. Principais AG - cadeia longa; Outros lipídios presentes em menor quantidade na dieta: fosfolipídios, colesterol, ésteres de colesterol e traços de AG livres; Se inicia com salivação e mastigação dos alimentos Lipase lingual - enzima liberada pelas glândulas serosas da língua, junto com a saliva; Mastigação - amplia área de superfície para lipase lingual agir; Lipase gástrica - atua sobre TG (ação preferencial sobre AGCM e AGCC). – Age apenas o estômago!! Produtos desta hidrólise - moléculas de diacilgliceróis e AG livre. Estômago - ação da lipase gástrica; Características estruturais e catalíticas desta enzima - muito semelhantes às da lipase lingual; As duas enzimas são consideradas como UNIDADE HIDROLÍTICA (agem apenas sobre os TG); Movimentos de propulsão, retropropulsão e mistura na região antral do estômago. Papel importante na emulsificação dos lipídeos (essencial para eficiência ação enzimática no duodeno). Gordura que entra na porção superior do duodeno 70% TG (30% restante - produtos parcialmente digeridos) Entrada de gordura no ID Estimula produção de colecistocinina (CCK) e enterogastrona – inibe secreções e motilidade gástricas (mais lenta liberação de lipídeos) CCK contrai a vesícula biliar para liberação das secreções biliares e pancreáticas para o ID Duodeno QUIMO (material semifluido produzido pela digestão gástrica do alimento) Sofre ação da bile Secreção do fígado composta de ácidos biliares, pigmentos biliares, sais inorgânicos, proteínas, colesterol, lecitina e outros compostos Duodeno Sais biliares liberados pela vesícula no intestino delgado (BILE), agem como detergentes biológicos Convertem gorduras alimentares em micelas mistas de sais biliares e TG Micelas quantidade moléculas lipídicas acessíveis à ação das lipases no intestino • Liberação realizada pela contração da vesícula SAIS BILIARES • Estímulo da contração - hormônio duodenal colecistoquinina-pancreozimina (CCK-PZ) • FUNÇÃO: Solubilizar gorduras; formar micelas; ativar enteroquinase (que converte tripsinogênio pancreático em tripsina) • Reabsorvidos no íleo – circulação enterohepática – FÍGADO– reciclados e novamente excretados Principal enzima da digestão de triglicerídeos: lipase pancreática; Sais biliares inibem a atividade da lipase (deslocamento desta enzima da superfície da gotícula de gordura); A colipase - proteína não enzimática presente no suco pancreático, se liga à lipase e reativa esta enzima (adere à gotícula de gordura), revertendo inibição dos sais biliares; PRODUTOS FINAIS da ação da lipase pancreática: monoglicerídeos (MG), AG livres e glicerol. SÍNTESE DA LIPASE E COLIPASE Estimulada pelo hormônio secretina e pela presença de TG da dieta no Intestino Delgado. Duodeno - Fosfolipídios da dieta e da bile são hidrolisados no lúmen intestinal pela ação da fosfolipase A2 pancreática, liberando lisofosfolipídio e AG; - Ésteres de colesterol: hidrolisados a esteróis livres por ação da enzima pancreática colesterol esterase; Ésteres de colesterol são solubilizados no interior das micelas mistas, localizadas no duodeno; LIPÍDIOS AGL/ AGM/ AGC/ AG livres/ Glicerol BOCA Lipase sublingual ESTÔMAGO Lipase sublingual Lipase gástrica AGL/ AGM/ AGC/ AG livres/ Glicerol INTESTINO DELGADO BILE + Lipase pancreática AGL + Glicerol Produtos da ação das lipases (monoglicerídeos, diglicerídeos, AGL e glicerol) se difundem para interior das células epiteliais (recobrem mucosa intestinal) Nas células da mucosa - Reconvertidos em TG e agrupados com colesterol da dieta, fosfolipídios e proteínas específicas, formando agregados lipoprotéicos - Quilomícrons (QM) Apolipoproteínas – proteínas sanguíneas que se ligam aos lipídeos (transporte dos TG, fosfolipídios, colesterol e ésteres do colesterol entre os órgãos) Superfície - camada de fosfolipídios. Os TG no interior perfazem mais de 80% da massa total. As apolipoproteínas que aparecem na superfície agem como sinais na captação e metabolismo do conteúdo dos QMs Porções protéicas das lipoproteínas - Reconhecidas por receptores existentes na superfície celular; QMs. que contêm apolipoproteína C-II (apoC-II) movem-se: mucosa intestinal sistema linfático corrente sangüínea transportados para músculos e tecido adiposo Nos capilares desses tecidos: enzima lipase lipoprotéica ativada pela apoC-II hidrólise TG em AG e glicerol captados pelas células dos tecidos-alvo. Músculos AG oxidados para obtenção de energia . Tecido adiposo AG reesterificados e armazenados como TG. Remanescentes QMs desprovidos da maior parte dos TG, contendo colesterol e apolipoproteínas, viajam pelo sangue até o fígado captados por endocitose. TG que entram no fígado por essa via são oxidados: fornecer energia; precursores corpos cetônicos transporte para outros tecidos (pela circulação sangüínea); Dieta com quantidade de AG maior do que necessária. convertidos em TG no fígado. agrupados com apolipoproteínas em VLDLs. VLDLs transportadas pelo sangue, do fígado até tecido adiposo. TG absorvidos e armazenados como gotículas lipídicas no interior dos adipócitos. TG contendo AGCC e AGCM (C4 a C12) diretamente absorvidos pela circulação portal. Modificado de Johnson, 1999 TG MG Lipase pancreática AGL Glicerol Chl Fígado sais biliares MICELA Flp Íleo RER Quilomícrons 21 vasos lacteais (linfa) capilares Modificado de Johnson, 1999 TG da dieta hidrolisados a AG e glicerol. Glicerol fosforilado no fígado formação de outro TG ou segue para via glicolítica em um dos passos intermediários entre glicose e piruvato convertido em piruvato usado como fonte de energia. AG caem na corrente sangüínea transportados, junto com albumina para o fígado e o tecido muscular degradados pela via da -oxidação na matriz mitocondrial se tornam unidades de acetil da acetil-CoA. Acetil-CoA entra no CAC (Krebs) Energia liberada, sendo oxidado a CO2 e H2O Oxidação de uma molécula de 6 C de um AGCC gera cerca de 44 moléculas de ATP Substâncias equivalentes a ácidos graxos, derivadas do acetil CoA, mas solúveis em água. Sua produção basal aumenta em situações em que há necessidade de fonte de energia alternativa – jejum prolongado, DM descompensado, excesso de exercício físico. São eles: ácido acetilacético, ácido 3-hidroxibutírico e acetona. Tecidos capazes de aproveitá-los como fonte energética: Coração, musculatura esquelética, rins e, em último caso, o cérebro. Hepatócitos e hemácias não podem utilizar corpos cetônicos. O excesso de corpos cetônicos pode levar à cetose, acidose, coma e morte. Lipídeos - Transportados (circulação sangüínea) unidos a proteínas especiais, conhecidas como apoproteínas (apo) – LIPOPROTEÍNAS; LIPOPROTEÍNAS - Compostos lipossolúveis (fosfolipídeos + colesterol + triglicerídeos) associados a proteínas (apolipoproteínas); Função: Solubilizar gordura e transportá-la pelo sangue; Apolipoproteínas - Reconhecem sítios de ligação em receptores celulares e funcionam como coenzimas no metabolismo lipídico. Quanto maior o componente protéico das lipoproteínas, maior sua densidade. QUILOMÍCRON (QM): Sintetizados pelas células intestinais, a partir da gordura da dieta; Constituídos em sua maior parte por triglicerídeos (90%); Contêm apoproteínas B-48, Apo A-I e Apo A-II, sintetizadas no intestino; Atingem linfático. circulação sangüínea através sistema QUILOMÍCRON (QM): Na linfa e no plasma ganham Apo C-II, Apo C-III e Apo E, transferidas das HDL; Apo C-II ativa enzima lipoproteína lipase (LPL), responsável - hidrólise do TG em AG e glicerol; AG capturados pelas células periféricas (adipócitos e miócitos) e a Apo C-II volta à HDL; QM remanescente fígado reconhecido pelos receptores hepáticos será oxidado ou metabolizado a novos TG. LIPOPROTEÍNA DE MUITO BAIXA DENSIDADE (VLDL): Transporte TG produzidos endogenamente, oriundos do excesso de AG ou CHO; Sintetizadas no fígado e constituem-se principalmente de TG endógeno (65%); Baixo conteúdo de CE (éster de colesterol); Na sua superfície encontradas Apo B-100, Apo C-I, Apo CII, Apo C-III e Apo E; Sofre ação da LPL (lipoproteína lipase) – libera AG para tecidos periféricos origina lipoproteína de densidade intermediária (IDL). LIPOPROTEÍNAS (IDL): DE DENSIDADE INTERMEDIÁRIA IDL originária da VLDL pode ser: captada por receptores hepáticos através da Apo B-100, ou: metabolizada no densidade (LDL) plasma à lipoproteína de baixa LIPOPROTEÍNA DE BAIXA DENSIDADE (LDL): Maior quantidade do colesterol que é transportado aos tecidos Pode depositar excedente de colesterol nas artérias (ação aterogênica). Reconhecidas pelas células dos tecidos periféricos e hepáticos através de receptores específicos para a apo B-100 LIPOPROTEÍNA DE ALTA DENSIDADE (HDL): Fator protetor do excesso de colesterol Sintetizada no fígado e intestino ou via catabolismo dos QM e VLDL. Constituída por CE no núcleo, e na superfície por Apo A-I, Apo A-II, Apo C-I, Apo C-II e Apo C-III HDL - papel fundamental transporte reverso do colesterol. Lançadas na corrente sangüínea, removem colesterol livre nas membranas celulares dos tecidos periféricos; Colesterol liberado - Retido pelas HDL e convertido a CE pela lecitina colesterol acil transferase (LCAT); CE (éster de colesterol) - Incorporado ao núcleo da partícula de HDL, transferido para a IDL e novamente para o fígado, por ação da proteína de transferência de CE (CETP). Colesterol excedente retorna ao fígado, onde é metabolizado e eliminado na forma de ácidos e sais biliares REFERÊNCIAS DUTRA DE OLIVEIRA, J. E.; MARCHINI, J. S. Ciências nutricionais. 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