ORÇAMENTO EMPRESARIAL Este documento tem o objetivo de evidenciar a necessidade das empresas em planejar financeiramente seu futuro de forma a conduzir sistematicamente seus gastos e recebimentos tomando por base um acompanhamento padronizado de todas as suas variáveis endógenas. Múcio F. Zacharias CORECON 30.277-7 ECONOMIES CONSULTORIA ECONÔMICO Núcleo de Desenvolvimento Econômico ORÇAMENTO EMPRESARIAL Múcio Ferreira Zacharias Campinas, São Paulo 1 LISTA DE FIGURAS Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3 Fig. 4 Fig. 5 Fig. 6 Fig. 7 Fig. 8 Fig. 9 Fig. 10 Fig. 11 Fig. 12 Fig. 13 Fig. 14 Fig. 15 Fig. 16 Fig. 16 Fig. 17 Fig. 18 Fig. 19 Orçamento Base Zero........................................................................................... Implantação de Pacotes do Orçamento Base Zero........................................... Orçamento de Venda, Estoques e Produção (Volume)..................................... Orçamento de Venda Bruta e Contas a Receber............................................... Orçamento de Consumo e Custo de Matéria Prima.......................................... Orçamento de Mão de Obra Direta...................................................................... Orçamento de CIF – Variável............................................................................... Orçamento de CIF – Fixo...................................................................................... Orçamento do Resumo do Custo de Produção................................................. Orçamento das Despesas Operacionais............................................................ Orçamento dos Impostos s/Vendas.................................................................... Orçamento de Compra de Matéria Prima........................................................... Orçamento de Fornecedores............................................................................... Orçamento do Estoque de Matéria Prima........................................................... Orçamento do Estoque de Produto Acabado..................................................... Orçamento das Diversas Contas a Pagar. Orçamentos Diversos (Aplic. Financ, Imp. Renda, Desp. Financ. e Empréstimo)........................................................................................................... Orçamento do Fluxo de Caixa.............................................................................. Orçamento da Demonstração de Resultado....................................................... Orçamento do Balanço Patrimonial..................................................................... 2 29 33 50 51 51 52 53 53 54 54 55 55 56 56 57 58 59 60 61 62 ÍNDICE ANALÍTICO Página AGRADECIMENTOS............................................................................................. 03 LISTA DE FIGURAS.............................................................................................. 04 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 06 1. CAPÍTULO 1: Planejamento, Controle e Orçamento Empresarial................... 10 1.1. Introdução, 10 1.2. Planejamento e Controle, 10 1.3. Etapas da Elaboração do orçamento, 11 1.4. As bases para elaboração do orçamento, 13 1.5. Períodos do orçamento empresarial, 15 1.6. Benefícios do orçamento, 16 1.7. Tipos de orçamento, 16 2. CAPÍTULO 2: Orçamento das Demonstrações de Resultados........................ 19 2.1. Introdução, 19 2.2. Orçamento das Demonstrações de Resultados, 19 3. CAPÍTULO 3: Orçamento Base Zero............................................................... 26 3.1. Introdução, 26 3.2. Orçamento Base Zero, 26 3.3. Requisitos para a implantação do orçamento base zero, 28 3.4. Problemas da implantação do orçamento base zero, 29 3.5. Benefícios do orçamento base zero, 30 3.6. Implantação e operacionalidade dos pacotes de decisão, 31 4. CAPÍTULO 4: Princípios da Conversão de Demonstrações Contábeis........... 36 4.1. Introdução, 36 3 4.2. Conversão de demonstrações contábeis, 36 4.3. A utilização das técnicas da FASB52, 39 4.4. Distinção entre conversão de demonstrações contábeis e contabilidade em moeda estrangeira, 40 4.5. Taxas de conversão, 40 4.6. Métodos de conversão, 41 5. CAPÍTULO 5: Elaboração do Plano Orçamentário: Estudo Prático................. 45 5.1. Introdução, 45 5.2. Premissas, 45 5.3. Execução orçamentária, 50 6. CONCLUSÃO................................................................................................... 64 7. BIBLIOGRAFIA.................................................................................................66 4 INTRODUÇÃO Este documento tem o objetivo de evidenciar a necessidade das empresas em planejar financeiramente seu futuro de forma a conduzir sistematicamente seus gastos e recebimentos tomando por base um acompanhamento padronizado de todas as suas variáveis endógenas. Destacam-se três elementos que deram impulso ao desenvolvimento deste trabalho: A crença: o planejamento empresarial se constitui em uma ferramenta poderosa e insubstituível dentro do universo dos negócios, mormente no ambiente turbulento que as empresas vivem a partir da segunda metade da década de 90. Em alguns casos, o desafio da globalização e mesmo a necessidade tática da adaptação ao mercado se apresentam com tal frequência que fica muito difícil entender o gerenciamento de um negócio sem um instrumental que permita aos gestores o adequado balizamento. Neste sentido, inúmeras são as obras existentes que poderiam orientar e suportar a visão gerencial dos executivos rumo ao adequado planejamento dos negócios. A percepção: embora importante, planejar e controlar o negócio, em muitas empresas, se constitui em ações que ainda não são adequadamente entendidas pelos executivos. Percebe-se esta dificuldade em empresas organizadas que tinham tradição na montagem e gerenciamento do seu plano de negócio. É interessante verificar que em alguns casos, a disponibilização de certo modo operante faria com que os executivos da empresa julgassem que, de certa forma, revolveria os problemas apresentados no seu gerenciamento diário. É como imaginar que ao dispor de um sistema de orçamento na empresa, ele 5 pudesse garantir o sucesso do processo de planejamento, bem como, por meio dele, atingir o sucesso almejado. A intuição: o fator comportamental tem um peso ainda mais importante do que aquele já atribuído. Em outras palavras, significa que a empresa deve incorporar ao seu lado cultural toda a filosofia de planejamento de maneira realmente identificada com as suas características. Não ocorrendo isso, planejar fica sendo um instrumento artificial e inadequado na rotina da organização. Neste sentido prático, este estudo identifica-se com aspectos ligados à técnica de montagem de orçamento, questões comportamentais ligados aos gestores, questões estruturais de recursos humanos, bem como sistêmica sendo a égide deste trabalho. Há a tendência de lucro?, nosso negócio tende a ter um bom retorno?, vamos ser bem sucedidos em nossa nova empreitada? Bem, naturalmente antes da década de 90 era possível se obter resultados aproximados e estáticos, entretanto fazer um sistema dinâmico que pudesse estar acompanhando a viagem mercadológica da empresa segundo a segundo era realmente um grande desafio. O objetivo de padronizar um sistema que pudesse ser aperfeiçoado para a utilização no cenário nacional, consistia no primeiro desafio, pois havia profissionais com vasta experiência em mercados bem diferentes da dos países mais avançados, principalmente nos aspectos fiscais, parafiscais e previdenciários, sem esquecermos-nos do fenômeno inflacionário, que chegou a ser crônico no Brasil, felizmente hoje sob controle. Tudo isso exige revisão e adaptação de conceitos de grandes proporções na área financeira. Objetiva-se no desenvolvimento deste estudo, que as práticas não estão atreladas simplesmente a um sistema de processamento de dados e muito menos em adaptações de conceitos, mas sim no alerta de um estado de préinsolvência às empresas que não controlarem sistematicamente seus préresultados, antes mesmo da consumação dos fatos, pois imaginem uma empresa que está em via de ser construída e entrar em atividade, hoje qualquer pessoa 6 jurídica que tenha essa pretensão e não faça um planejamento de negócio ou mesmo as empresas em atividade que não tenham ou não fazem um orçamento empresarial, estão literalmente fora de controle. Comenta-se de controle de variáveis, seja administrativa, econômica ou financeira, nota-se que as empresa de pequeno e médio porte praticamente não fazem o controle e acompanhamento dessas contas, levando a uma situação de descontrole tal que ao menos conseguem identificar possíveis irregularidades a tempo de corrigi-las, onde a identificação do problema geralmente ocorre quando a empresa já está em dificuldades. Tendo em vista este cenário, foi planejado um trabalho que pudesse estar acessível as empresas de pequeno e médio porte com o intuito de facilitar a utilização e o aprendizado de um orçamento empresarial para fins gerenciais. Desta forma, elabora-se este estudo através de seis capítulos que abordam exatamente os comentários enfatizados até o momento. O capítulo 1 preocupa-se com as abordagens iniciais do tema, como o objetivo e estratégia de planejar as entradas e saídas do caixa da empresa criando a necessidade de adotar um sistema de planejamento e controle, que terá como conseqüência o inicio da elaboração do orçamento empresarial. Também destaca-se neste capítulo, as etapas a serem seguidas quando ao desejo de adotar o controle máximo das variáveis da empresa, como as bases a serem seguidas, o período que de adoção das ferramentas, os benefícios do planejamento e por fim os tipos existentes de orçamento. A partir do segundo capítulo, a execução no campo de estudo das demonstrações de resultados, que abrange desde um orçamento do departamento comercial e administrativo, passando pelos departamentos de custos diretos e indiretos de fabricação e serviços, onde inicia-se a abordar a metodologia de conversões de demonstrações contábeis e o orçamento para projetar balanços patrimoniais. 7 No capitulo 3 faz-se um breve relato sobre o controle da organização com ênfase na explicação do orçamento base zero, abordando os problemas existentes para a sua implantação, como também os benefícios e as fases de implantação desta importante ferramenta. O quarto capítulo deste estudo, refere-se aos princípios da conversão de demonstrações contábeis, onde será feita uma comparação entre os sistemas de controle existentes em países norte-americanos com o sistema adotada em nosso país, enfatizando as diferenças contábeis, a obrigatoriedade do sistema FASB52 bem como uma análise rápida dos métodos de conversão. O quinto e último capítulo refere-se a um estudo prático de elaboração do plano orçamentário considerando dados hipotéticos de uma empresa para a devida evolução dos lançamentos lastreados nas premissas acordados pela organização, até a devida apuração do demonstrativo financeiro e balaço patrimonial orçado. Finalmente, encerrando este estudo, a conclusão, com um relato breve das opiniões que podemos extrair do tema, juntamente com os comentários próprios que poderão auxiliar administradores para resolverem melhor o problema de controle e gerências das pequenas e médias empresas brasileiras. 8 CAPÍTULO 1 PANEJAMENTO, CONTROLE E ORÇAMENTO EMPRESARIAL 1.1 Introdução: Neste capítulo inicial, comenta-se a importância do planejamento e controle estratégicos para uma empresa a longo prazo, através de uma série de decisões administrativas que conduzirão a empresa na elaboração do orçamento empresarial com o objetivo de adotar níveis realistas de lucros e do retorno do investimento. 1.2 Planejamento e Controle Imaginem uma empresa que tenha uma equipe capaz de saber o futuro, de desvendar a rentabilidade do negócio a longo prazo ou mesmo descobrir quando uma linha de produto não mais terá rendimentos satisfatórios. Através de um planejamento eficaz e competente, a empresa poderá além de saber detalhadamente as oscilações das variáveis endógenas também utilizar métodos de controle para estar atingindo metas de rentabilidade que antes não eram possíveís. Por definição, o planejamento empresarial baseia-se na convicção de que o administrador é capaz de planejar e controlar o destino da empresa a longo prazo por meio de uma série de contínuas decisões bem concebidas, onde para 9 garantir o êxito, a série de decisões administrativas deve gerar planos e ações destinados a assegurar a condição essencial dos fluxos de saída planificados pela empresa, para que sejam obtidos níveis realistas de lucros e de retorno de investimento. Quando uma empresa faz um planejamento, na verdade está gabaritando todas as suas variáveis com o intuito de controlar as contas, as quais começam a refletir resultados fiéis às condições do negócio, onde geralmente este controle é realizado com o intuito maior de minimizar os riscos de um insucesso comercial ou produtivo, para que em seguida comece a projetar as condições preliminares de obtenção do sucesso pleno da operação. O resultado desta composição sistêmica denomina-se Orçamento Empresarial, o qual surge como conseqüência à montagem do plano estratégico, onde podemos defini-lo como uma expressão quantitativa e formal dos planos da administração, sendo utilizado no sentido de apoiar a coordenação e implementação destes planos, sendo o enfoque sistemático e formal à execução das responsabilidades de planejamento, coordenação e controle da administração. 1.3 Etapas da elaboração do orçamento. Como nota-se, o orçamento é um plano regimental das ações a serem cumpridas. Para a elaboração do orçamento, o primeiro ponto a ser analisado será a condição do planejamento das ações. Desta forma relaciona-se nove etapas para a elaboração deste plano de ação: 1 . Princípios gerais de planejamento: (a) Envolvimento administrativo 10 (b) Adaptação organizacional (c) Contabilidade por área de responsabilidade (d) Orientação por objetivos (e) Comunicação integral (f) Expectativas realísticas (g) Oportunidade (h) Aplicação flexível (i) Acompanhamento (j) Reconhecimento do esforço individual e do grupo 2 . Diretrizes: Corresponde a responsabilidade da alta administração, direcionando as ações para os vários segmentos. 3 . Cenários: Analogamente às diretrizes, em situação de estabilidade. 4. Premissas: Podem ser separadas em: i. Operacionais: 1. Referem-se as atividades propriamente ditas. ii. De estruturação: 1. Tipos de moeda, período de planejamento, etc. 11 iii. Macroeconômica: 1. Inflação, juros, variação de preços, planos governamentais,... 5. Plano de marketing: Indica a atividade comercial da organização, no que se refere a volume físico da venda, por período, por área, por preço, etc. 6. Plano de suprimentos, produção e estocagem: Analisa os estoques de produtos acabados, produtos em processo, matéria prima, material auxiliar, de consumo, embalagem, etc. 7. Plano de investimentos no ativo permanente: Explica os gastos que serão efetuados em movimentações referentes a ativos do permanente da organização. 8. Plano de recursos humanos: Analisa os elementos referentes aos recursos humanos na organização, estrutura organizacional, movimentação de funcionários, remuneração, treinamento, admissões e desligamentos. 9. Plano Financeiro: Corresponde à etapa do plano em que as demonstrações financeiras são disponibilizadas e a análise global é viabilizada. 1.4 As bases para elaboração do orçamento. 12 As etapas definidas no item anterior devem ser cumpridas para que possamos dar início a fase de elaboração do orçamento, no entanto, além destas etapas, a estratégia deve ser definida, o que chamaremos de bases para utilizar um orçamento. Base 1: A alta administração deve estar comprometida com o conceito geral de orçamento, além de compreender perfeitamente as suas implicações e o seu funcionamento. Base 2: As características da empresa e ao meio em que opera devem ser identificadas e avaliadas para que possam ser tomadas as decisões relevantes em relação as características do orçamento. Base 3: Deve haver uma avaliação da estrutura organizacional e de atribuição de responsabilidades administrativas e das alterações necessárias para que o planejamento e controle sejam eficazes. Base 4: O sistema contábil deve ser examinado e reorganizado, na medida do necessário, para que possa ser ajustado às responsabilidades administrativas e possa fornecer dados históricos particularmente úteis para fins de planejamento e avaliação de desempenho. Base 5: Deve ser formulada uma política em relação às dimensões de tempo a serem usadas para fins do orçamento. 13 Base 6: Deve ser estabelecido um programa de educação orçamentária para familiarizar todos os níveis administrativos. 1.5 Períodos do orçamento empresarial A ação do tempo em nosso estudo é tão fundamental como qualquer base para a organização e execução de planos regimentais para empresas. Na verdade, o orçamento periódico será o maestro de toda a operação, pois a partir deste momento, todas as ações deverão ser conduzidas para ser aceitável ou não através da comparação no cumprimento das metas a serem adotadas pelo sistema. Desta maneira, devemos listar quatro princípios para a introdução da ação temporal na elaboração deste documento, a saber: Orçamento periódico: (a) Envolve a seleção de uma combinação definida de períodos para os planos de resultados a curto e longo prazo. (b) Os períodos normalmente escolhidos são de 5 anos, sendo a escolha de um ano baseada no exercício fiscal usado pela empresa para financeiras. fins de Costuma-se apresentação ainda de subdividir demonstrações o período das demonstrações em trimestres facilitando a análise anual além de criar parâmetros de acompanhamento. (c) É essencial o uso quando se acredita que planos realistas somente podem ser feitos para curtos períodos e é desejável ou 14 necessário replanejar e refazer projeções continuamente por força das circunstâncias. (d) O procedimento normalmente utilizado de acordo com este método é preparar um plano de resultados semestral, ou até mesmo anual, que é revisado e reprojetado mensalmente mediante o abandono progressivo do mês encerrado e a adição de um período futuro equivalente. 1.6 Benefícios do orçamento: Os benefícios do orçamento podem ser resumidos como um sincronismo dos departamentos e setores da empresa que permitem a sustentação da base de todo o sistema: obtenção de dados fiéis e a disposição instantânea. Relaciona-se ainda, como definição, três benefícios do orçamento: (a) O orçamento, formalizando suas responsabilidades pelo planejamento, obriga os administradores a pensarem à frente, sem conduto, terem o receio de errar impedindo ações de sucesso; (b) O orçamento estabelece expectativas definitivas que são a melhor base de avaliação do desempenho posterior; e (c) O orçamento ajuda os administradores a coordenarem seus esforços, de forma que os objetivos da organização como um todo se harmonizem com os objetivos de suas partes. 1.7 Tipos de orçamento: Há três tipos de orçamento, que serão listados a seguir: 15 1. Orçamento Estático Mostra os resultados esperados de um centro de responsabilidade para apenas um nível de atividade. Uma vez que o orçamento é determinado, ele não muda, mesmo que mude a atividade, como demonstrado no quadro abaixo: EMPRESA METALÚRGICA S/A Orçamento do Departamento de Montagem Em 31 de junho de 2003 Mão de obra direta Energia elétrica Salários de supervisão R$40.000,00 R$5.000,00 R$15.000,00 Total dos custos do departamento R$60.000,00 2. Orçamento Flexível Mostram os resultados esperados de um centro de responsabilidade para vários níveis de atividades. São úteis para estimar e controlar os custos de fabricação e as despesas operacionais. 16 Orçamento do Departamento de Montagem Unidades produzidas Custo Variável: 8.000 9.000 10.000 R$40.000,00 R$4.000,00 R$45.000,00 R$ 4.500,00 R$ 50.000,00 R$ 5.000,00 R$44.000,00 R$49.500,00 R$55.000,00 R$1.000,00 R$ 15.000,00 R$1.000,00 R$ 15.000,00 R$ 1.000,00 R$ 15.000,00 R$16.000,00 R$16.000,00 R$16.000,00 $ unidade Mão de obra direta Energia elétrica R$ R$ 5,00 0,50 Custo Variável Total Custo Fixo: Energia Elétrica Salário do supervisor Custo Fixo Total 3. Orçamento Geral São orçamentos provenientes das operações de produção que exigem uma série de orçamentos que são integrados a um orçamento geral. As principais partes deste tipo de orçamento são: Demonstrações de resultados projetados Orçamento de vendas Custos dos produtos vendidos Orçamento de produção Orçamento de compras de material direto Custos indiretos de fabricação orçados Despesas de vendas administrativas orçadas 17 Balanço Patrimonial Projetado Orçamento de caixa Orçamento de dispêndio de capital Balanço patrimonial projetado Concluindo a primeira etapa deste estudo com a reunião de informações importantes para dar início ao planejamento e controle das variáveis da empresa em todos os âmbitos, ou seja, podemos começar a detalhar nosso orçamento de maneira a mapear os gastos e recebimentos simultaneamente com o único objetivo de produzir informações fidedignas para os gestores da empresa a longo prazo. 18 CAPÍTULO 2 ORÇAMENTO DAS DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADO 2.1 Introdução: Este capítulo tem por objetivo expor mais precisamente as demonstrações de resultado que compõem todos os setores da empresa, desde o setor comercial até o setor dos custos diretos da produção, por isso, a partir deste capítulo inicia-se a operacionalidade do planejamento orçamentário. 2.2 Orçamento das Demonstrações de Resultado: 2.2.1 - Orçamento de vendas: O plano de vendas de uma empresa representa o alicerce de todo orçamento. Este orçamento é constituído pelas receitas e despesas de vendas onde seus principais componentes são: a) Previsão de vendas (planos de quantidade de vendas) b) Preço de venda dos produtos c) Impostos sobre vendas (%) – estrutura e planejamento dos impostos. d) Adições e abatimentos sobre vendas. A previsão de vendas é fornecida em quantidade e pode ser modificada conforme os planos de promoção e publicidade, conforme segue. Este plano de vendas contém três suborçamentos: a) Plano de marketing ou plano de quantidade de vendas; 19 b) Plano de promoção de vendas e publicidade; c) Plano de despesas e vendas. Os métodos usualmente aceitos para fazer uma projeção de vendas são: (a) Abordagem das causas em que são identificadas as variáveis que possuem influência sobre as vendas futuras. (b) Abordagem não causal, em que as vendas passadas são analisadas em profundidade para se obter uma expressão dos padrões passados que permitam projetar as vendas futuras. Para encerrar o módulo de orçamento de vendas, tem-se a estrutura econômica, financeira e patrimonial da vendas, como segue: (a) Econômico i. Receita Bruta ii. Impostos diretos sobre as vendas (IPI,ICMS,ISS...) iii. Despesas com vendas (comissões, propaganda e publicidade, transporte pessoal, aluguel, etc) (b) Financeiro i. Recebimento de vendas ii. Pagamento de impostos iii. Pagamento de despesas 20 (c) Patrimoniais i. Contas a receber de clientes ii. Impostos diretos a pagar iii. Despesas com vendas a pagar 2.2.2 - Orçamento da produção: A preparação do orçamento deve ser coordenada com o plano de vendas para assegurar que a produção e as vendas sejam mantidas em equilíbrio. O orçamento de produção pode ser representado esquematicamente da seguinte forma: Volume de vendas + Variação de estoque = Necessidade de produção Para exemplificar, relaciona-se algumas decisões exigidas na preparação do plano de produção: (a) Determinação das necessidades totais de produção; (b) Determinação das políticas de estoque em relação a produtos acabados e produção em andamento. (c) Determinação de políticas de capacidade de produção. 21 (d) Determinação da disponibilidade de matérias-primas, de componentes e de mão de obra. (e) Determinação do efeito do prazo de duração das atividades de processamento. (f) Determinação dos lotes econômicos de fabricação. (g) Determinação do escalonamento da produção durante o período. Para encerrar o módulo de orçamento de produção, tem-se a estrutura econômica, financeira e patrimonial da produção, como segue: (a) Econômico (i) Custo de produção (ii) Consumo de matéria-prima (iii) Mão de obra (iv) Custos gerais de produção (v) Compras de materiais (b) Financeiro (i) Pagamento de compras (pagamento de fornecedores) (ii) Pagamentos de custos gerais (c) Patrimoniais 22 (i) Fornecedores de matéria-prima a pagar (ii) Custos gerais a pagar (iii) Estoque de produtos acabados (iv) Estoque de matérias-primas (v) Depreciação acumulada 2.2.3 - Orçamento de Compras de Material e Mão de Obra Direta O orçamento de produção é o ponto de partida para determinar a quantidade estimada de compra de material direto. Este orçamento auxilia a administração a manter níveis de estoque dentro de limites razoáveis, conforme o esquema abaixo: Materiais necessários à produção + Estoque final desejado de materiais - Estoque inicial estimado de materiais = MATERIAIS DIRETOS A SEREM COMPRADOS Quanto a mão de obra direta, o orçamento de produção também propicia o ponto de partida para a preparação do orçamento de MOD. As necessidade de MOD devem ser coordenadas entre os departamentos de produção e de pessoal. Desta forma, está assegurado que haverá mão de obra disponível suficiente para a produção. 23 2.2.4 - Orçamento de Custos Indiretos de Fabricação. Este orçamento é formado pelos custos indiretos de fabricação necessários à produção. Podemos incluir neste orçamento, o custo total estimado para cada item de custo indireto de fabricação: EMPRESA METALÚRGICA S/A Orçamento de Custos Indiretos de Fabricação Salários Indiretos de Fábrica Salários de supervisores Força e Luz Depreciação de fábrica e equipamentos Materiais indiretos Manutenção Seguro e imposto predial R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ 732.800 360.000 306.000 288.000 182.800 140.280 79.200 2.2.5 – Orçamento de Despesas Administrativas Este orçamento inclui todos os gastos que não são derivados das operações de produção e de vendas. Elas ocorrem na supervisão e prestação de serviços a todas as principais funções. Além disso, as contas deste orçamento são fixas e são influenciadas pelas políticas e decisões de administração, também pode-se destacar que é elaborado pelos diversos departamentos envolvidos e sua aprovação é dada pela alta administração. Para encerrar este módulo, tem-se a estrutura econômica, financeira e patrimonial das despesas administrativas, como segue: 24 (a) Econômico (i) Despesas administrativas (pessoal, material, depreciação, etc) (ii) Compras de materiais de escritório. (b) Financeiros (i) Pagamentos de despesas (ii) Pagamentos de fornecedores (c) Patrimoniais (i) Despesas a pagar (ii) Fornecedores (iii) Depreciações acumuladas. Concluindo a segunda etapa deste estudo, demonstra-se o roteiro de elaboração dos ítens responsáveis pela criação do banco de dados necessário à execução do orçamento, o qual será foco para a etapas posteriores. 25 CAPÍTULO 3 ORÇAMENTO BASE ZERO 3.1 Introdução: Neste capítulo será demonstrado a formação do orçamento levando em conta o custo/benefício de toda a estrutura a ser montada para efeito de controle das contas da empresa. O orçamento base zero permite ao controlador adaptar o que nós identificamos como domínio sobre as contas de forma a utilizar o bom senso na criação do orçamento. Faz-se abordagens sobre a implantação deste orçamento, através de sua definição, requisitos para a implantação e seus problemas, bem como todos os benefícios gerados por esta importante ferramenta. 3.2 Orçamento Base zero: O processo de orçamento base zero consiste na identificação de pacotes de decisão e em sua priorização por ordem de importância por meio de uma análise de custo/benefício. O principal conceito introduzido pelo orçamento base zero é a mudança substancial nos ajustamentos do orçamento à capacidade de recursos da empresa. 26 O processo deste orçamento exige que cada administrador justifique detalhadamente todas as dotações solicitadas em seu orçamento, cabendo-lhe explicar por que deve despender os recursos da empresa. Desta forma, pode-se dizer que o orçamento base zero leva em conta a prioridade de implantação partindo do montante a ser despendido para a realização deste evento, com isso o orçamento deverá conter o seguinte: a) Dar direção ao recurso financeiro necessário com informações detalhadas sobre o risco e retorno da ação; b) Chamar atenção dos administradores para a duplicidade de esforços entre os departamentos; c) Chamar atenção dos administradores para concentrar-se nas quantias de recursos necessários para cada um dos programas, e não no aumento ou diminuição em relação ao ano anterior; d) Especificar prioridades dentro dos departamentos; e) Permitir comparações “ranqueamento” dentro das linhas organizacionais; f) Possibilitar a auditoria do desempenho, como demonstrado no quadro a seguir: 27 Orçamento Base Zero PLANEJAMENTO • Estabelecimentos de planos e programas • Estabelecimentos de metas e objetivos • Tomada de decisões políticas básicas ORÇAMENTO BASE ZERO • Identificação e avaliação detalhada de todas as atividades, alternativas e custo para a realização dos planos AVALIAÇÃO • Comparar o orçamento com o plano. • Determinação das opções entre objetivos e custos. ORÇAMENTO E PLANO DE OPERAÇÕES REVISÓES Fonte: Sindicato dos Economistas de São Paulo, 2004 3.3 Requisitos para a implantação do orçamento Base zero: Podemos listar alguns requisitos essenciais para a implantação desta ferramenta, onde sem estes pontos o orçamento tornaria-se surreal. • Apoio total da direção da empresa; • Projeto eficaz do sistema para satisfazer as necessidades das organizações usuárias. • Administração eficaz do sistema. • Problemas na implantação: o Temores e problemas administrativos o Problemas de preparo de pacotes de decisão o Problemas do processo de priorização. 28 Os problemas na implantação podem fazer o orçamento refletir irregularidades que por sua vez podem prejudicar seriamente as ações da empresa, por isso, os próximos tópicos merecem atenção especial para a confecção de um plano realmente realista e contundente. 3.4 Problemas da implantação do Orçamento Base Zero: 1) Temores e problemas administrativos: Este item é muito importante, pois os administradores ficam, quase sempre, apreensivos com qualquer processo que obrigue à tomada de decisão e que exija exame detalhado de suas funções. A administração e a comunicação do processo de orçamento podem transformar-se em problemas críticos pelo fato de um grande número de administradores estar envolvidos. Geralmente não existem premissas formalizadas de política e de planejamento, onde o tempo necessário no primeiro ano pode ser maior do que o tempo gasto no planejamento e no orçamento do ano anterior. 2) Problemas de formulação dos pacotes de decisão: O primeiro desafio será a determinação das atividades, funções ou operações que terão pacotes de decisão, onde uma má interpretação neste momento, pode sacrificar todo o trabalho e trazer resultados negativos a empresa, por isso relaciona-se abaixo alguns pontos a serem analisados: a. Redução do custo dos pacotes mínimos de decisão , mantendo, ao mesmo tempo, o nível atual de pessoal. 29 b. Identificação das medidas de trabalho e dos dados de avaliação de cada atividade. c. Custeamento e auditoria dos pacotes para assegurar o nível de despesa apropriado para a atividade proposta. d. Ênfase nas reduções de custos em cada atividade. 3) Problemas do processo de priorização: Depois da definição dos pacotes de decisão, agora vamos priorizar a implantação de cada instrumento. A determinação de quem fará a priorização, do nível em que os pacotes serão priorizados dentro de cada organização e do método ou processo empregado na revisão e priorização dos pacotes, deverá sofrer avaliações de funções diferentes, onde os níveis mais altos da administração acham isto um problema quando não estão familiarizados com as funções, especialmente quando é preciso avaliação subjetiva. Desta forma, a administração deverá priorizar os pacotes considerando como alta necessidade, por isso, é conveniente a existência de muitos pacotes de prioridade para facilitar a implantação e ao mesmo tempo diluir o risco. 3.5 Benefícios do orçamento base zero: Os benefícios gerados por esta ferramenta são muitos e ao mesmo tempo em que os administradores irão observar que a empresa está sob controle, também os resultados estarão comprovando os benefícios da implantação. 30 Abaixo destacam-se alguns benefícios gerados pelo sistema: a. Determina antecipadamente quanto de recursos é necessário para a realização dos fins desejados. b. Os pacotes de decisão explicam as alternativas existentes para a realização das atividades e empreendimentos. c. Procura níveis de atividades que podem ser reduzidas. d. Identifica duplicidade de esforços entre departamentos. e. Estabelece prioridade dentro dos departamentos. f. Orienta a avaliação do desempenho dos empregados. g. Melhora a elaboração de planos e orçamentos. h. O sistema permite a identificação, avaliação, justificação e comprometimento com todas as atividades propostas. i. Evidencia falhas do próprio planejamento, ou de coordenadores. j. Facilita a revisão completa de todos os esforços orçamentários uma vez que os pacotes de decisão já estão identificados. k. Facilita a comunicação entre todos os administradores. 3.6 Implantação e operacionalidade dos pacotes de decisão: Os pacotes de decisão são o meio em que o administrador começará a identificar uma atividade, uma função ou uma operação em separado de modo definitivo para avaliação e comparação, com outras atividades. Esta identificação inclui a finalidade (metas e objetivos), bem como as conseqüências de não se executar a atividade, medida de desempenho, caminhos alternativos, custos e benefícios. O segredo da implantação do orçamento base zero é exatamente a identificação e avaliação do pacote de decisão de cada atividade, o que denomina-se alvo do administrador. 31 Na criação desses pacotes, as alternativas devem ser levadas em conta, onde há diferentes maneiras de desempenhar a mesma função. Esta análise identifica maneiras alternativas de desempenhá-las, assim escolhe-se a melhor alternativa e as outras são postas de lado. A seguir temos o esquema de formulação dos pacotes de decisão: Identificação e avaliação de maneiras e/ou níveis de esforço diferentes para executar cada atividade. Premissas do planejamento Operações atuais divididas em atividades discretas Atividades onde não há alternativas lógicas ou escolha do método e do nível de operação atual Níveis de esforço comuns identificados em cada atividade para o próximo ano orçamentário Priorização de todos os pacotes de decisão no mesmo nível Preparo de pacotes de decisão para novas atividades e programas Orientação e análise de fundamentos Preparo de pacotes de decisão Fonte: Sindicato dos Economistas de São Paulo, 2004 A priorização desses pacotes, envolve a avaliação e o escalonamento por ordem de importância, através de uma análise custo/benefício ou de avaliação subjetiva. Esta análise é feita no nível da organização em que os pacotes foram preparados, para que cada administrador possa avaliar a importância de suas próprias atividades, priorizando seus pacotes de acordo com elas. 32 Os administradores identificam os benefícios a serem conseguidos em cada nível de despesas e os pacotes são listados por ordem decrescente de importância. As vantagens da priorização dos pacotes de decisão podem ser listadas desta forma: a) Permite que a direção faça uma triagem inicial das priorizações para ter uma noção dos tipos de atividade, dos valores e do pessoal envolvido. b) A identificação da tendência entre o esforço do ano em curso e o nível mínimo de esforço identificado para o ano orçamentário. c) Serve como documento de trabalho que possa ser usado pela direção para tomar as decisões de dotação entre várias prioridades. Quanto a origem dos pacotes, temos quatro considerações básicas na determinação de um nível organizacional em que se possam prepará-los, como segue: a) Tamanho das operações; b) Alternativas disponíveis; c) Nível organizacional em que se tomam decisões significativas. (um organograma é o melhor indicador para esta escolha) d) Restrições de tempo (realizações que podem ser razoavelmente esperadas no tempo disponível). O pacote de decisão é o principal instrumento de avaliação de cada função e tem que gerar informações necessárias para a direção decidir fazer ou não uma dotação para cada pacote. As informações podem ser divididas nas seguintes partes: 1. Informações gerais 2. Descrição da finalidade e do programa 33 3. Custos 4. Benefícios 5. Alternativas 1. Informações gerais: Podemos reunir as informações da seguinte maneira: a. Nome ou título do pacote b. Posição do pacote c. Data do preparo d. Identificação organizacional 2. Descrição da finalidade e do programa: Esta descrição identifica como cada atividade se relaciona com a organização como um todo. A descrição do programa é uma descrição de métodos, ações, operações e/ou tipos de pessoal e de equipamento recomendados para o pacote. 3. Custos: A avaliação e priorização de cada pacote de decisão em relação a todos os outros pacotes que competiam pelos recursos limitados baseiam-se numa análise de custo/benefício. 4. Benefícios: É o item mais difícil de se explicar no pacote, devido as avaliações subjetivas necessárias. 34 As partes referentes aos benefícios nos formulários são divididas em benefícios qualitativos e benefícios quantitativos e intitulados, como segue: a) Benefícios (quantitativo); b) Realizações das ações (qualitativo) c) Índices operacionais (quantitativas) d) Medidas quantitativas do pacote (quantitativa) 5. Alternativas: Quanto as alternativas para a criação dos pacotes destaca-se: a. Diferentes maneiras de se executar a atividade b. Diferentes níveis de esforço c. Conseqüências da não aprovação do pacote Das três alternativas, a única parte obrigatória no formulário é a identificação e avaliação de diferentes maneiras de se executar a atividade. Conclui-se enfatizando a importância da criação de pacote de decisão para os dirigentes da empresa tomarem decisões, sendo este recurso conduzido pelos responsáveis, pelos executores, pelos administração formando a cadeia de processos. 35 beneficiários e pela alta CAPÍTULO 4 PRINCÍPIOS DA CONVERSÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 4.1 Introdução: Neste capítulo orienta-se para aos princípios da conversão de demonstrações contábeis, através da comparação dos princípios que regem nossa regulamentação com as regras de outros países, onde as diferenças básicas serão esclarecidas, já que o sistema teve sua adaptação baseada nesses países que originaram o plano orçamentário que hoje é foco deste estudo. Com o mesmo ímpeto, enfatizaremos a obrigatoriedade do sistema FASB52, que determina as técnicas e critérios adotados nas referidas conversões, onde relacionaremos os objetivos, aplicações e métodos de conversão. 4.2 Conversão de Demonstrações Contábeis: 4.2.1 – Diferenças contábeis: As práticas contábeis entre nosso país e os Estados Unidos são muito distintas, onde podemos listar as diferenças entre as seguintes contas: 36 1. Depreciação: As taxas de depreciação nos EUA levam em consideração o prazo real de vida útil dos ativos, enquanto que no Brasil, as taxas levam em consideração as regras da legislação fiscal. 2. Imobilizado: A operação para apuração das contas do imobilizado nos EUA é regido pelo registro com base no custo histórico do bem e não é permitido a reavaliação de ativos. No Brasil é permitido a reavaliação de ativos e o registro também é calculado pelo histórico da conta. 3. Leasing: Nas operações de leasing, o registro nos EUA reconhece o passivo e registra o bem, objeto de arrendamento no ativo da empresa, enquanto que no Brasil, somente são registrados as despesas operacionais por conta dos pagamentos de contraprestações. 4. Investimentos: Os títulos nos EUA são avaliados de acordo com a intenção da instituição ao adquiri-los como por exemplo, títulos mantidos até a data de vencimento. No Brasil, os títulos e valores mobiliários registrados no ativo circulante e realizáveis 37 a longo prazo são avaliados pelo custo de aquisição ou valor de mercado, das duas variáveis a menor. 5. Ativos Intangíveis Nos EUA esses ativos são registrados pelo custo e amortizados ao longo da vida útil esperada, não excedendo a 40 anos. No Brasil não há exigências específicas para esta operação. 6. Ajustes de exercícios anteriores Os efeitos das mudanças de critérios contábeis nos EUA, são reconhecidos no resultado do exercício. No Brasil, com a lei das S/A, há a determinação que os ajustes de exercícios anteriores decorrentes de efeitos de mudanças, nas práticas contábeis, são contabilizados diretamente na conta de lucros acumulados. Desta forma, nota-se que há diferenças importantes entre a operacionalidade das demonstrações contábeis entre os dois países, onde o orçamento empresarial tende à várias adaptações para o cenário nacional. 38 4.3 A utilização das técnicas da FASB52: A FASB – Financial Accounting Standard Board, que determina as técnicas e critérios adotados para a conversão de demonstrações contábeis, a aplicação desse pronunciamento afeta os relatórios financeiros da maioria das empresas que operam em países estrangeiros. A obrigatoriedade da aplicação do FASB52 é exigida pra a conversão de demonstrações contábeis, preparadas de acordo com os princípios contábeis norte americanos, as quais serão incluídas nas demonstrações contábeis através de: a. Consolidação (matriz subsidiária) b. Combinação (empresas com um mesmo negócio) c. Avaliação de investimentos pelo método da equivalência patrimonial (coligadas). Não há obrigatoriedade quando o objetivo é: a. A obtenção de recursos no exterior b. Apresentação a investidores c. Gerencial. 39 4.4 Distinção entre conversão de demonstrações contábeis e contabilidade em moeda estrangeira. No caso de conversão de demonstrações contábeis, a empresa mantém sua contabilidade em moeda nacional de acordo com os princípios contábeis brasileiros e somente no final do exercício, após o encerramento das demonstrações contábeis em moeda nacional, aplica os procedimentos de conversão. No caso da contabilidade em moeda estrangeira, as operações são convertidas para a moeda estrangeira à medida que ocorrem e registradas em sistema contábil próprio, apurando ao término do exercício as demonstrações contábeis em moeda estrangeira, não havendo a necessidade de qualquer conversão. 4.5 Taxas de Conversão: Há cinco taxas de conversão, as quais podemos citar: 1. Taxa Histórica: Taxa de câmbio vigente na época da ocorrência do fato. 2. Taxa corrente: Taxa de câmbio vigente no dia em que a operação está sendo realizada, ou em que o exercício social está sendo encerrado. 3. Taxa de fechamento 40 Taxa de câmbio vigente na data de encerramento das demonstrações contábeis. 4. Taxa Média: Média aritmética das taxas de câmbio vigentes durante determinado período, normalmente um mês, apurada por média aritmética simples ou ponderada. 5. Taxa ponderada ou prevista: Não prevista no FASB52, taxas para datas futuras, usadas principalmente em economias hiperinflacionárias. 4.6 Métodos de Conversão: A escolha do método de conversão a ser aplicado dependerá dos objetivos e dos critérios a que a empresa esteja submissa. Basicamente existem três métodos de conversão: 1) Câmbio de fechamento: Todos os itens das demonstrações contábeis são convertidos pela taxa de câmbio vigente na data de encerramento das demonstrações contábeis, ou seja, pela taxa corrente. Esta taxa é aplicada em países de economia estável. Para exemplificar, verifique no quadro as contas e suas respectivas taxas de conversão: 41 Item da demonstração Contábil Taxa de Conversão ATIVOS TAXA DE CÂMBIO DE FECHAMENTO PASSIVO EXIGÍVEL TAXA DE CÂMBIO DE FECHAMENTO PATRIMÔNIO LÍQUIDO TAXA DE CÂMBIO HISTÓRICA RECEITAS E DESPESAS TAXA MÉDIA PONDERADA 2) Monetário e não monetário Através deste método os itens patrimoniais são classificados em: a) Monetários: Disponibilidades e direitos ou obrigações que serão realizados ou exigidos em dinheiro. (caixa, bancos, duplicatas a receber, duplicadas descontadas, etc.) i. Monetários Pré-fixados ( não anexados): principalmente duplicatas a receber e a pagar são avaliadas pelo valor nominal, ou seja, valor futuro. ii. Monetários Pós-fixados (indexados): contas a receber e a pagar e aplicações financeiras indexadas atualizadas até a data do balanço, ou seja, valor presente. Estes itens são convertidos pela taxa corrente b) Não Monetários: Bens (realizáveis ou permanentes) e direitos ou obrigações que serão realizados ou exigidos em bens ou serviços. (estoque em geral, despesas pagas antecipadamente, adiantamentos a fornecedores, etc.) Estes itens são convertidos pela taxa histórica. Este método era adotado pelo FASB 8 e era adequado para conversões de demonstrações contábeis elaboradas em países que adotam o princípio contábil do custo histórico para avaliação dos ativos e passivos não monetários mas não para aqueles países que 42 utilizam o princípio do custo corrigido monetariamente ou custo de reposição. O quadro a seguir exemplifica essa questão: CAIXA ITEM R$ TAXA US$ 1,00 = R$ US$ Caixa Monetário 1.680 Corrente 2,80 600 Clientes Monetário 6.500 Corrente 2,80 2.322 Estoque Não Monetário 4.000 Histórica 2,50 1.600 Imobilizado Não Monetário 6.000 Histórica 2,35 2.553 3) Método Temporal Pode ser aplicável em quaisquer circunstâncias de economia ou de princípios contábeis. Por este método os itens patrimoniais são classificados de acordo com a base de valor adotada para avaliação, como demonstrado a seguir: ITENS BASE DE VALOR TAXA Monetários prefixados Futuro Corrente ou prevista Monetários pósfixados Presente Corrente Não monetários realizáveis Passado Histórica Não monetários permanentes ou patrimônio líquido Passado Histórica Em países de economia estável, este método gera resultados muito parecidos com o método de câmbio de fechamento, já em países 43 com economias inflacionárias os resultados são parecidos com os métodos monetário/não monetário. Conclui-se este capítulo com a observância da necessidade de adaptações de sistemas contábeis para idealizar os dados base de projeção nos planos orçamentários de maneira geral. 44 CAPÍTULO 5 ELABORAÇÃO DO PLANO ORÇAMENTÁRIO: ESTUDO PRÁTICO 5.1 Introdução: Neste capítulo demonstra-se através de um estudo prático a formulação de dados preliminares de uma empresa denominada “Industria e Comércio Estratégica S.A.” conferindo os dados financeiros necessários para a elaboração do orçamento empresarial gerido pelas premissas acordadas pela alta administração da empresa. As informações colhidas são fictícias servindo unica e exclusivamente para enfatizar as abordagens até este momento ocorrida. 5.2 Premissas: Conforme introdução, a empresa “Industria e Comércio Estratégica S.A.” deverá elaborar seu orçamento relativo ao exercício de 2005, sendo neste momento, atribuído a este estudo os seguintes dados: A. Balanço Patrimonial em 31.12.2004; B. Composição do Estoque em 31.12.2004; C. Orçamento de vendas; D. Política de Estoques; 45 E. Preço de Compra por Kg de Matéria Prima; F. Ficha técnica dos Produtos; G. Custos Indiretos de Fabricação (CIFs); H. Nível de Investimentos; I. Nível de Dividendos; J. Nível de Empréstimos; K. Despesas Operacionais; L. Imposto de Renda; M. Aplicações Financeiras ocorridas em Dezembro de 2004; N. Empréstimos ocorridos em Dezembro de 2004; O. Contas a Pagar de Dezembro de 2004; P. Saldo de Caixa; Q. Outras Informações. O orçamento empresarial deverá ser coordenado pelas premissas as quais descreve-se a seguir: 46 A - Balanço Patrimonial em 31.12.2004: fonte Sindicato dos Economistas de São Paulo. ATIVO $ PASSIVO + PL $ Caixa 13 Fornecedores 124 Bancos Cta. Movimento 80 Empréstimos Bancários de CP 507 Aplicação Financeira 35 Imposto de Renda 280 Clientes 778 Impostos s/Venda 109 Estoques 620 Contas a Pagar 205 Investimentos - Controladas Máquinas e Equipamentos 1.080 Empréstimos Bancários de LP 590 10.819 Capital Social Veículos 4.540 650 Lucro Acumulado Depreciação Acumulada 2.515 -5.205 Dividendos Total 8.870 0 Total 8.870 B – Composição do Estoque em 31.12.2004: Denominação Matéria Prima Prod. Acabado Quantidade $ Unitário $ Total Rígida 370 Kgs 0,13 48,00 Flexível 315 Kgs 0,14 44,00 Natave 111 unidades 2,09 232,00 Tanave 80 unidades 3,70 296,00 C – Orçamento de Vendas: Produto Volume /Ano PV/un - Bruto PV/un – Líq. ICMS Natave 4.800 4,27 3,5014 18% Tanave 3.160 7,93 6,5026 18% Concentração das Vendas: 1º Trimestre (15%); 2º Trimestre (30%); 3º Trimestre (35%); 4º Trimestre (20%). Venda uniforme dentro do trimestre. D – Política de Estoques: Prod. Acabado Manter estoque equivalente a 35% da venda do mês seguinte Matéria Prima Manter estoque equivalente a 40% do consumo do mês seguinte Observação Para o primeiro trimestre de 2006 está prevista uma redução de 10% sobre o nível das atividades projetadas para o quarto trimestre de 2005. E – Preço de Compra por Kg de Matéria Prima: Matéria Prima $ Bruto $ Líquido ICMS Rígida 0,18 0,1476 18% Flexível 0,20 0,1640 18% 47 F – Ficha Técnica dos Produtos: Discriminação Produto Natave Produto Tanave Matéria Prima Rígida (kg por unidade) 2,70 3,00 Matéria Prima Flexível (kg por unidade) 2,00 2,50 Mão de Obra Direta (Horas por unidade) 2,50 4,50 Taxa Horária da Mão de Obra Direta 0,55 0,58 Horas de Máquinas/um (CIF Variável) 1,50 2,50 Taxa do CIF Variável por Hora de Máquina 0,16 0,18 G – CIF/F – Custo Indireto de Fabricação Fixo: (Base de Rateio: Horas de Máquina) Item de Custo Valor Depreciação 1,080 Manutenção 1,260 Diversos Total 480 2,820 H – Investimenos: A empresa programou para o início de janeiro/2005 a compra de equipamentos no valor de $1.200, cujo pagamento ao fornecedor será efetuado em quatro parcelas trimestrais de igual valor, a partir de dezembro/2005. (depreciação já considerada no item G). I – Dividendos: A empresa programou o pagamento de dividendos no valor total de $7.800, a saber: Mar/2005: $750; Jun/2005: $2.250; Set/2005: $2.550 e Dez/2005: 2.250. J – Empréstimos: A empresa programou para jun/2005 a tomada de recursos junto a uma instituição financeira visando reforçar o seu capital de giro, no valor de $800, com juros de 11% ao trimestre. K – Despesas Operacionais: As despesas operacionais (administrativas) fixas estão orçadas em $1.104 no ano, e serão rateadas aos produtos com base no valor de vendas. As despesas variáveis (comissão s/vendas) são calculadas à base de 3% sobre a venda líquida. L – Imposto de Renda: O imposto de renda referente ao exercício de 2004 será pago em março/2005. O referente ao exercício de 2005, calculado à base de 30%, será pago no mês seguinte ao da incidência. M – Aplicações Financeiras de Dez/2004: Tem seu resgate programado para o final de Jan/2005, por $40. As sobras de caixa em 2005 serão convertidas em aplicação financeira rendendo 9% ao trimestre, a partir do mês seguinte. 48 N – Empréstimo de Dez/2004: Os de curto prazo tem o pagamento contratado para 50% em mar/2005 e 50% para jun/2005. Os de longo prazo serão pagos somente em 2006. Em ambas as operações a taxa de juros é da ordem de 11% ao trimestre. O – Contas a Pagar de Dez/2004: Serão pagas em única parcela em jan/2005. P – Saldo de Caixa: O caixa permanecerá com saldo de $10, destinado a suprir pequenos gastos. A disponibilidade mínima, representada pela conta de Bancos c/Movimento será de $100. Q – Outras Informações: Recebimento de Vendas: 45% no mês e 55% no mês seguinte Pagamento de Compras: 65% no mês e 35% no mês seguinte MOD e CIF: Pagos no mês seguinte ICMS e Comissão sobre Vendas: Recolhido no mês seguinte Método de Avaliação de Estoques: Produto Acabado (Média); Matéria Prima (UEPS) R – Trabalho a Executar: Com base nas informações e premissas orçamentárias fornecidas, elaborar: 1. Sub-Orçamentos e Relatórios para Elaboração do Plano Orçamentário; 2. Demonstração do Fluxo de Caixa; 3. Demonstração do Resultado (por produto e total da empresa); 4. Balanço Patrimonial; 5. Análise Financeira do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado; e 6. Análise do Ponto de Equilíbrio e MSO (por produto e total da empresa). S – Relação dos Relatórios Quadro 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Relatório Orçamento de Venda, Estoques e Produção (Volume) Orçamento de Venda Bruta e Contas a Receber Orçamento de Consumo e Custo de Matéria Prima Orçamento de Mão de Obra Direta Orçamento de CIF – Variável Orçamento de CIF – Fixo Orçamento do Resumo do Custo de Produção Orçamento das Despesas Operacionais Orçamento dos Impostos s/Vendas Orçamento de Compra de Matéria Prima Orçamento de Fornecedores Orçamento do Estoque de Matéria Prima Orçamento do Estoque de Produto Acabado Orçamento das Diversas Contas a Pagar Orçamentos Diversos (Aplic. Financ., Imp. Renda, Desp. Financ. e Empréstimo) Orçamento do Fluxo de Caixa Orçamento da Demonstração de Resultado Orçamento do Balanço Patrimonial 49 5.3 Execução Orçamentária: O plano orçamentário deverá ser elaborado com base nos quadros apresentados no ítem S presente nas premissas acordadas pela administração. Desta forma, descreve-se: QUADRO 01 - Orçamento de Venda, Estoques e Produção (Volume) (+) (+) (-) (=) Produto Natave Estoque Final Vendas Estoque Inicial Produção 1º Trim 168,0 720,0 111,0 777,0 2º Trim 196,0 1.440,0 168,0 1.468,0 3º Trim 112,0 1.680,0 196,0 1.596,0 4º Trim 100,8 960,0 112,0 948,8 Total 100,8 4.800,0 111,0 4.789,8 (+) (+) (-) (=) Produto Tanave Estoque Final Vendas Estoque Inicial Produção 1º Trim 110,6 474,0 80,0 504,6 2º Trim 129,0 948,0 110,6 966,4 3º Trim 73,7 1.106,0 129,0 1.050,7 4º Trim 66,4 632,0 73,7 624,6 Total 66,4 3.160,0 80,0 3.146,4 Em face a elaboração do plano orçamentário, o quadro no 1 retrata dois produtos da empresa foco deste estudo. Elabora-se neste momento, a verificação do orçamento de venda e estoque relacionados ao balanço patrimonial de 2004, isto é, através de dados realizados e dados projetados em consonância com as premissas acordadas para a determinação do volume de produção nos quatro trimestres de 2005. Observa-se que o Estoque Final de cada produto (Natave e Tanave) são dados projetados pela empresa e presente no tópico 5.2 neste capítulo enquando que o Estoque Inicial do primeiro trimestre é dado através de dados realizados do Balanço Patrimonial de 2004. 50 QUADRO 02 - Oramento de Venda Bruta e Contas a Receber Trimestre 1¼ 2¼ 3¼ 4¼ Total Natave 3.074,4 6.148,8 7.173,6 4.099,2 20.496,0 Venda Bruta Tanave Total 3.758,8 6.833,2 7.517,6 13.666,4 8.770,6 15.944,2 5.011,8 9.111,0 25.058,8 45.554,8 Recebimentos Periodo Per. Anter 5.580,5 778,0 11.160,9 1.252,8 13.021,1 2.505,5 7.440,6 2.923,1 37.203,1 7.459,4 Total 6.358,5 12.413,7 15.526,6 10.363,7 44.662,5 Saldo Final 1.252,8 2.505,5 2.923,1 1.670,3 1.670,3 O quadro no 2 representa o orçamento de vendas brutas, ou seja, valores de venda com os impostos e contas a receber já devidamente apuradas conforme premissas Q e C. QUADRO 03 - Orçamento de Consumo e Custo de Matéria Prima Produto Natave (volumes) Produção Consumo Unitário Consumo Total Consumo Unitário Consumo Total Produto Tanave (volumes) Produção Consumo Unitário Consumo Total Consumo Unitário Consumo Total Produto Natave ($) Consumo Total Custo Unitário Custo Total Consumo Total Custo Unitário Custo Total Custo Total de Matéria Prima Produto Tanave ($) Consumo Total Custo Unitário Custo Total - Consumo Total - Custo Unitário - Custo Total Custo Total de Matéria Prima 1º Trim 2º Trim 3º Trim 777,0 1.468,0 1.596,0 Matéria Prima Rígida 2,70 2,70 2,70 2.097,9 3.963,6 4.309,2 Matéria Prima Flexível 2,00 2,00 2,00 1.554,0 2.936,0 3.192,0 4º Trim 948,8 Total 4.789,8 2,70 2.561,8 12.932,5 2,00 1.897,6 9.579,6 1º Trim 2º Trim 3º Trim 504,6 966,4 1.050,7 Matéria Prima Rígida 3,00 3,00 3,00 1.513,8 2.899,3 3.152,1 Matéria Prima Flexível 2,50 2,50 2,50 1.261,5 2.416,1 2.626,8 4º Trim 624,6 Total 3.146,4 3,00 1.873,9 9.439,1 2,50 1.561,6 7.865,9 1º Trim 2º Trim 3º Trim Matéria Prima Rígida 2.097,9 3.963,6 4.309,2 0,1476 0,1476 0,1476 309,7 585,0 636,0 Matéria Prima Flexível 1.554,0 2.936,0 3.192,0 0,1640 0,1640 0,1640 254,9 481,5 523,5 564,5 1.066,5 1.159,5 4º Trim 1º Trim 2º Trim 3º Trim Matéria Prima Rígida 1.513,8 2.899,3 3.152,1 0,1476 0,1476 0,1476 223,4 427,9 465,2 Matéria Prima Flexível 1.261,5 2.416,1 2.626,8 0,1640 0,1640 0,1640 206,9 396,2 430,8 430,3 824,2 896,0 4º Trim 51 Total 2.561,8 0,1476 378,1 12.932,5 1.897,6 0,1640 311,2 689,3 9.579,6 1.873,9 0,1476 276,6 1.561,6 0,1640 256,1 532,7 1.908,8 1.571,1 3.479,9 Total 9.439,1 1.393,2 7.865,9 1.290,0 2.683,2 Na elaboração do consumo e custo de matéria prima para a fabricação dos dois produtos de empresa orçada, observa-se a produção alencada por trimestres durante o ano de 2005 e o consumo de material direto de cada produto fabricado totalizando o consumo total de ambos os produtos os quais são representados pelas premissas F denominado Ficha Técnica dos Produtos, e premissa E denominada Preço de Compra de Kg de Matéria Prima, presentes no tópico 5.2 deste capítulo. QUADRO 04 - Orçamento de Mão de Obra Direta Produto Natave Volume de Produção Horas por Unidade Horas Total Taxa Horária Custo Total de MOD 1º Trim 777,0 2,50 1.942,5 0,55 1.068,4 2º Trim 1.468,0 2,50 3.670,0 0,55 2.018,5 3º Trim 1.596,0 2,50 3.990,0 0,55 2.194,5 4º Trim 948,8 2,50 2.372,0 0,55 1.304,6 Produto Tanave Volume de Produção Horas por Unidade Horas Total Taxa Horária Custo Total de MOD 1º Trim 504,6 4,50 2.270,7 0,58 1.317,0 2º Trim 966,4 4,50 4.349,0 0,58 2.522,4 3º Trim 1.050,7 4,50 4.728,2 0,58 2.742,3 4º Trim 624,6 4,50 2.810,8 0,58 1.630,3 Total 4.789,8 11.974,5 6.586,0 Total 3.146,4 14.158,6 8.212,0 O quadro no 4 representa o orçamento de Mão de Obra Direta, ou seja, pessoal diretamente envolvido com a fabricação dos produtos da empresa. Notase no quadro que o volume de produção bem como as horas gastas para a fabricação de cada produto são acrescidas pela taxa de mão de obra direta presente na premissa F correspondente a taxa de encargos incidentes sobre a mão de obra de cada produto. O total do custo de Mão de Obra Direta representa o montante despendido pela empresa distribuído em cada trimestre que no decorrer deste estudo deverá acrescer o custo total de cada produto. 52 QUADRO 05 - Orçamento de CIF - Variável Produto Natave Volume de Produção Horas Máquina por Unidade Horas Máquina Total Taxa por Hora Máquina Custo Total de CIF - Variável 1º Trim 777,0 1,50 1.165,5 0,16 186,5 2º Trim 1.468,0 1,50 2.202,0 0,16 352,3 3º Trim 1.596,0 1,50 2.394,0 0,16 383,0 4º Trim 948,8 1,50 1.423,2 0,16 227,7 Total 4.789,8 Produto Tanave Volume de Produção Horas Máquina por Unidade Horas Máquina Total Taxa por Hora Máquina Custo Total de CIF - Variável 1º Trim 504,6 2,50 1.261,5 0,18 227,1 2º Trim 966,4 2,50 2.416,1 0,18 434,9 3º Trim 1.050,7 2,50 2.626,8 0,18 472,8 4º Trim 624,6 2,50 1.561,6 0,18 281,1 Total 3.146,4 4º Trim Total 7.184,7 1.149,6 7.865,9 1.415,9 QUADRO 06 - Orçamento de CIF - Fixo TRIMESTRE Produto Natave Produto Tanave Total Produto Natave Produto Tanave Total Produto Natave Produto Tanave Total 1º Trim 2º Trim 3º Trim Horas Máquina 1.165,5 2.202,0 2.394,0 1.261,5 2.416,1 2.626,8 2.427,0 4.618,1 5.020,8 Participação Horas Máq. (%) 48,0% 47,7% 47,7% 52,0% 52,3% 52,3% 100,0% 100,0% 100,0% CIF - Fixo 336,5 336,5 336,5 368,5 368,5 368,5 705,0 705,0 705,0 1.423,2 1.561,6 2.984,8 7.184,7 7.865,9 15.050,6 47,7% 52,3% 100,0% 47,7% 52,3% 100,0% 336,5 368,5 705,0 1.346,2 1.473,8 2.820,0 Os quadros no 5 e 6 representam o orçamento do Custo Indireto de Fabricação (CIF) Variável de acordo com as horas de máquinas necessárias para a fabricação dos produtos e CIF Fixo. A premissa acordada pela empresa está no ítem F deste capítulo sendo o total de CIF Variável e CIF Fixo parte integrante do custo de fabricação dos produtos da empresa. 53 QUADRO 07 - Orçamento do Resumo do Custo de Produção Produto Natave Mão de Obra Direta Matéria Prima CIF - Variável CIF - Fixo Total 1º Trim 1.068,4 564,5 186,5 336,5 2.155,9 2º Trim 2.018,5 1.066,5 352,3 336,5 3.773,9 3º Trim 2.194,5 1.159,5 383,0 336,5 4.073,6 4º Trim 1.304,6 689,3 227,7 336,5 2.558,2 Total 6.586,0 3.479,9 1.149,6 1.346,2 12.561,6 Produto Tanave Mão de Obra Direta Matéria Prima CIF - Variável CIF - Fixo Total 1º Trim 1.317,0 430,3 227,1 368,5 2.342,9 2º Trim 2.522,4 824,2 434,9 368,5 4.149,9 3º Trim 2.742,3 896,0 472,8 368,5 4.479,6 4º Trim 1.630,3 532,7 281,1 368,5 2.812,5 Total 8.212,0 2.683,2 1.415,9 1.473,8 13.784,9 O quadro no 7 representa o resumo dos ítens custeados de Mão de Obra Direta, Material Direto, CIF Variável e CIF Fixo de ambos os produtos. Os dados correspondentes ao quadro resumo foram extraídos dos quadros no 3,4,5 e 6. QUADRO 08 - Orçamento das Despesas Operacionais Vendas Líquidas Produto Natave Produto Tanave Total 1º Trim 2.521,0 3.082,2 5.603,2 2º Trim 5.042,0 6.164,5 11.206,5 3º Trim 5.882,4 7.191,9 13.074,2 4º Trim 3.361,3 4.109,6 7.471,0 Total 16.806,7 20.548,2 37.354,9 Participação Produto Natave Produto Tanave Total 1º Trim 45% 55% 100% 2º Trim 45% 55% 100% 3º Trim 45% 55% 100% 4º Trim 45% 55% 100% Total 45% 55% 100% Despesas Administrativas Produto Natave Produto Tanave Total 1º Trim 124,2 151,8 276,0 2º Trim 124,2 151,8 276,0 3º Trim 124,2 151,8 276,0 4º Trim 124,2 151,8 276,0 Total 496,7 607,3 1.104,0 Despesas Comerciais Produto Natave Produto Tanave Total 1º Trim 75,6 92,5 168,1 2º Trim 151,3 184,9 336,2 3º Trim 176,5 215,8 392,2 4º Trim 100,8 123,3 224,1 Total 504,2 616,4 1.120,6 O quadro no 8 retrata o orçamento das despesas operacionais frente as vendas líquidas projetadas nas premissas E e K sendo as despesas operacionais (administrativas) fixas orçadas em $ 1.104 no ano, e serão rateadas aos produtos 54 com base no valor de vendas. As despesas variáveis (comissão sobre venda) são calculadas à base de 3% sobre a venda líquida. QUADRO 09 - Orçamento dos Impostos Sobre Vendas ICMS s/Vendas Produto Natave Produto Tanave Total 1º Trim 553,4 676,6 1.230,0 2º Trim 1.106,8 1.353,2 2.460,0 3º Trim 1.291,2 1.578,7 2.870,0 4º Trim 737,9 902,1 1.640,0 Total 3.689,3 4.510,6 8.199,9 ICMS s/Compras Matéria Prima Rígida / Flexível Total 1º Trim 250,4 250,4 2º Trim 419,9 419,9 3º Trim 426,8 426,8 4º Trim 264,7 264,7 Total 1.361,7 1.361,7 ICMS Líquido Imposto Líquido Total 1º Trim -979,6 -979,6 2º Trim -2.040,1 -2.040,1 3º Trim -2.443,1 -2.443,1 4º Trim -1.375,3 -1.375,3 Total -6.838,1 -6.838,1 O quadro no 9 demonstra o valor orçado de impostos incidentes exclusivamente sobre as vendas, utilizando para isso as premissas C e E atribuindo os impostos sobre as vendas e sobre as compras para apuração do valor a pagar de impostos sobre vendas. QUADRO 10 - Orçamento de Compra de Matéria Prima Matéria Prima Rígida (+) Estoque Final (+) Consumo (-) Estoque Inicial (=) Compra Preço de Compra Unitário Valor da Compra Total 1º Trim 915,1 3.611,7 370 4.156,8 0,18 748,2 2º Trim 994,8 6.862,9 915,1 6.942,7 0,18 1.249,7 3º Trim 591,4 7.461,3 994,8 7.057,9 0,18 1.270,4 4º Trim 532,3 4.435,6 591,4 4.376,5 0,18 787,8 Total 532,3 22.371,5 370,0 22.533,8 Matéria Prima Flexível (+) Estoque Final (+) Consumo (-) Estoque Inicial (=) Compra Preço de Compra Unitário Valor da Compra Total 1º Trim 713,6 2.815,5 315 3.214,1 0,2 642,8 2º Trim 775,8 5.352,1 713,6 5.414,3 0,2 1.082,9 3º Trim 461,2 5.818,8 775,8 5.504,1 0,2 1.100,8 4º Trim 415,1 3.459,2 461,2 3.413,0 0,2 682,6 Total 415,1 17.445,5 315,0 17.545,6 4.056,1 3.509,1 Através do quadro no 10, orça-se a compra de matéria prima rígida e flexivel, componente dos produtos fabricados pela empresa. Os totais de compra de ambos os produtos são lastreados nas premissas D e E, além do quadro no 3 e Balanço Patrimonial realizado presente no tópico 5.2. 55 QUADRO 11 - Orçamento de Fornecedores Fornecedores (+) Saldo Inicial (+) Compra (-) Pagamento Periodo Anterior (-) Pagamento Periodo (=) Saldo Final 1º Trim 124,0 1.391,0 124 1.228,8 162,29 2º Trim 162,3 2.332,5 162,3 2.060,4 272,13 3º Trim 272,1 2.371,2 272,1 2.094,6 276,65 4º Trim 276,6 1.470,4 276,6 1.298,8 171,54 Total 124,0 7.565,2 835,1 6.682,6 171,54 QUADRO 12 - Orçamento do Estoque de Matéria Prima MP Rígida - Kilos (+) Saldo Inicial (+) Compra (-) Consumo (=) Saldo Final MP Rígida - $ (+) Saldo Inicial (+) Compra (-) Consumo (=) Saldo Final 1º Trim 370,0 4.156,8 3.611,7 915,1 1º Trim 48,1 613,5 533,1 128,5 2º Trim 915,1 6.942,7 6.862,9 994,8 2º Trim 128,5 1.024,7 1.013,0 140,3 3º Trim 994,8 7.057,9 7.461,3 591,4 3º Trim 140,3 1.041,7 1.101,3 80,8 4º Trim 591,4 4.376,5 4.435,6 532,3 4º Trim 80,8 646,0 654,7 72,1 Total 370,0 22.533,8 22.371,5 532,3 Total 48,1 3.326,0 3.302,0 72,1 MP Flexível - Kilos (+) Saldo Inicial (+) Compra (-) Consumo (=) Saldo Final MP Flexível - $ (+) Saldo Inicial (+) Compra (-) Consumo (=) Saldo Final 1º Trim 315,0 3.214,1 2.815,5 713,6 1º Trim 44,1 527,1 461,7 109,5 2º Trim 713,6 5.414,3 5.352,1 775,8 2º Trim 109,5 887,9 877,7 119,7 3º Trim 775,8 5.504,1 5.818,8 461,2 3º Trim 119,7 902,7 954,3 68,1 4º Trim 461,2 3.413,0 3.459,2 415,1 4º Trim 68,1 559,7 567,3 60,5 Total 315,0 17.545,6 17.445,5 415,1 Total 44,1 2.877,5 2.861,1 60,5 56 QUADRO 13 - Orçamento do Estoque de Produto Acabado Natave - Unidades (+) Saldo Inicial (+) Produção (=) Sub Total (-) Venda Saldo Final Natave - $ (+) Saldo Inicial (+) Produção (=) Sub Total Custo Unitário (-) C.P.V. Saldo Final 1º Trim 111,0 777,0 888,0 720,0 168,0 1º Trim 232,0 2.155,9 2.387,9 2,7 1.936,1 451,8 2º Trim 168,0 1.468,0 1.636,0 1.440,0 196,0 2º Trim 451,8 3.773,9 4.225,7 2,6 3.719,4 506,3 3º Trim 196,0 1.596,0 1.792,0 1.680,0 112,0 3º Trim 506,3 4.073,6 4.579,9 2,6 4.293,6 286,2 4º Trim 112,0 948,8 1.060,8 960,0 100,8 4º Trim 286,2 2.558,2 2.844,4 2,7 2.574,1 270,3 Total 111,0 4.789,8 5.376,8 4.800,0 100,8 Total 232,0 12.561,6 12.793,6 Tanave - Unidades (+) Saldo Inicial (+) Produção (=) Sub Total (-) Venda Saldo Final Tanave - $ (+) Saldo Inicial (+) Produção (=) Sub Total Custo Unitário (-) C.P.V. Saldo Final 1º Trim 80,0 504,6 584,6 474,0 110,6 1º Trim 296,0 2.342,9 2.638,9 4,5 2.139,6 499,2 2º Trim 110,6 966,4 1.077,0 948,0 129,0 2º Trim 499,2 4.149,9 4.649,2 4,3 4.092,2 557,0 3º Trim 129,0 1.050,7 1.179,7 1.106,0 73,7 3º Trim 557,0 4.479,6 5.036,6 4,3 4.721,8 314,8 4º Trim 73,7 624,6 698,4 632,0 66,4 4º Trim 314,8 2.812,5 3.127,3 4,5 2.830,1 297,2 Total 80,0 3.146,4 12.523,3 270,3 3.160,0 66,4 Total 296,0 13.784,9 13.783,7 297,2 Os quadro no 11, 12 e 13 que representam os orçamentos de fornecedores e estoque de material direto e produto acabado, formam os saldos a serem utilizados no início de cada trimestre do ano de 2005 servindo de base para a elaboração dos custos e volumes consumidos conforme venda de produtos e de consumo de matéria prima associada a estes produtos. Os dados são lastreados na premissa Q, nos quadros no 1, 7 , 10 e no Balanço de 2004. 57 QUADRO 14 - Orçamento de Contas a Pagar Diversas Itens Inicial (+) do Periodo (-) Pagamento Final Dec´2004 1º Trim/05 2º Trim/05 3º Trim/05 4º Trim/05 Contas a Pagar 205,0 205,0 0,0 Mão de Obra Direta Inicial 0,0 795,1 (+) do Periodo 2.385,4 4.540,9 (-) Pagamento - Periodo 1.590,3 3.027,3 (-) Pagamento - Per. Anterior 0,0 795,1 Final 795,1 1.513,6 CIF - Variável 0,0 137,9 Inicial (+) do Periodo 413,6 787,2 275,7 524,8 (-) Pagamento - Periodo (-) Pagamento - Per. Anterior 0,0 137,9 Final 137,9 262,4 CIF - Fixo (- Depreciação) Inicial 0,0 145,0 435,0 435,0 (+) do Periodo 290,0 290,0 (-) Pagamento - Periodo 0,0 145,0 (-) Pagamento - Per. Anterior Final 145,0 145,0 Desp. Comerciais Inicial 0,0 56,0 (+) do Periodo 168,1 336,2 (-) Pagamento - Periodo 112,1 224,1 (-) Pagamento - Per. Anterior 0,0 56,0 Final 56,0 112,1 Despesas Administrativas Inicial 0,0 92,0 (+) do Periodo 276,0 276,0 (-) Pagamento - Periodo 184,0 184,0 0,0 92,0 (-) Pagamento - Per. Anterior Final 92,0 92,0 Resumo Inicial 205,0 1.226,0 (+) do Periodo 3.678,0 6.375,3 (-) Pagamento - Periodo 2.452,0 4.250,2 (-) Pagamento - Per. Anterior 205,0 1.226,0 Final 1.226,0 2.125,1 1.513,6 4.936,8 3.291,2 1.513,6 1.645,6 1.645,6 2.934,9 1.956,6 1.645,6 978,3 262,4 855,9 570,6 262,4 285,3 285,3 508,8 339,2 285,3 169,6 145,0 435,0 290,0 145,0 145,0 145,0 435,0 290,0 145,0 145,0 112,1 392,2 261,5 112,1 130,7 130,7 224,1 149,4 130,7 74,7 92,0 276,0 184,0 92,0 92,0 92,0 276,0 184,0 92,0 92,0 2.125,1 6.895,9 4.597,3 2.125,1 2.298,6 2.298,6 4.378,8 2.919,2 2.298,6 1.459,6 O quadro no 14 representa o resumo de contas a pagar diversas nos quatro trimestres de 2005 com base no balanço inicial de 2004 conforme premissa Q e quadros no 7 e 8. 58 QUADRO 15 - Orçamentos Diversos Aplicação Financeira / 2005 Aplicação Financeira Anterior Sobra de Caixa do Periodo Juros Periodo Anterior Aplicação Financeira Atual 1º Trim 0,0 104,7 0,0 104,7 2º Trim 104,7 631,2 9,4 745,4 3º Trim 745,4 651,9 67,1 1.464,3 4º Trim 1.464,3 -1.342,2 131,8 253,9 Imposto de Renda a Pagar Saldo Anterior Provisão do Periodo Pagamento do Periodo Saldo Atual 1º Trim 280,0 290,3 473,5 96,8 2º Trim 96,8 806,7 634,6 268,9 3º Trim 268,9 986,9 926,8 329,0 4º Trim 329,0 453,6 631,4 151,2 Empréstimo LP e Desp. Finan Saldo Inicial Juros do Período Saldo Final 1º Trim 590,0 64,9 654,9 2º Trim 654,9 72,0 726,9 3º Trim 726,9 80,0 806,9 4º Trim 806,9 88,8 895,7 Emprést. CP/04 e Desp. Finan Saldo Inicial Juros do Período Pagamento Saldo Final 1º Trim 507,0 55,8 281,4 281,4 2º Trim 281,4 31,0 312,3 0,0 3º Trim 0,0 0,0 0,0 0,0 4º Trim 0,0 0,0 0,0 0,0 Emprést. CP/05 e Desp. Finan Saldo Inicial Tomada de Recursos Juros do Período Saldo Final 1º Trim 0,0 0,0 0,0 0,0 2º Trim 0,0 800,0 0,0 800,0 3º Trim 800,0 0,0 88,0 888,0 4º Trim 888,0 0,0 97,7 985,7 Saldo Emprést. E Desp. Finan Saldo Final Empréstimo CP Saldo Final Empréstimo LP Despesa Financeira 1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim O quadro no 15 demonstra os orçamentos baseados nas premissas M1, L, N e J, correspondentes as regras acordadas e orçadas em 2005 nas contas de aplicação financeira/2005, Impostos sobre lucro líquido, Empréstimos de Curto Prazo, Longo Prazo e Despesas Financeiras para compor o balanço patrimonial orçado por trimestre em 2005. 59 QUADRO 16 - Orçamento do Fluxo de Caixa ENTRADAS Vendas Aplicação Financeira / 2004 Emprést. Bancário / Previsto Emprést. Bancário - Fluxo Aplic. Financeira - Fluxo Total das Entradas 1º Trim/05 2º Trim/05 3º Trim/05 4º Trim/05 6.358,46 12.413,68 15.526,59 10.363,72 40,00 800,00 10.363,72 45.502,46 SAÍDAS Fornecedores Mão de Obra Direta Despesas Operac. Fixas Despesas Operac. Variáveis Contas a Pagar Impostos Sobre Vendas Imposto de Renda CIF - Variável CIF - Fixo Investimentos Dividendos Emprést. Bancário - 2004 Sub-Total Emprést. Bancário - Fluxo Total das Saídas 1º Trim/05 2º Trim/05 3º Trim/05 4º Trim/05 1.352,75 2.222,70 2.366,73 1.575,48 1.590,25 3.822,39 4.804,85 3.602,19 184,00 276,00 276,00 276,00 112,06 280,16 373,55 280,16 205,00 762,06 1.686,60 2.308,79 1.731,25 473,55 634,60 926,85 631,36 275,70 662,66 832,98 624,48 290,00 435,00 435,00 435,00 300,00 750,00 2.250,00 2.550,00 2.250,00 281,39 312,34 6.276,76 12.582,45 14.874,74 11.705,92 Total 7.517,66 13.819,68 1.012,00 1.045,94 205,00 6.488,69 2.666,35 2.395,82 1.595,00 300,00 7.800,00 593,72 45.439,86 RESUMO Mov. Líq. (E-S) Antes EB Flx Saldo Inicial de Caixa Saldo Final de Caixa Superavit (Deficit) de Caixa 6.398,46 13.213,68 15.526,59 6.276,76 12.582,45 14.874,74 11.705,92 1º Trim 121,70 93,00 110,00 104,70 2º Trim 631,23 110,00 110,00 631,23 3º Trim 651,86 110,00 110,00 651,86 4º Trim (1.342,20) 110,00 110,00 (1.342,20) Total 44.662,46 40,00 800,00 45.439,86 Total 62,59 93,00 110,00 45,59 Para a devida elaboração orçamentária, é imprescindível a observância do fluxo de caixa da organização. Neste quadro observa-se as previsões de entradas e saídas de caixa lastreada nos quadros no 2, 9,11 e 15 e também nas premissas M, J, H, I e P e Balanço Patrimonial de 2004 para base inicial dos lançamentos. O quadro resumo demonstra o saldo de caixa líquido dos períodos proporcionando um controle financeiro eficiente que será base para investimentos durante o ano de 2005. 60 QUADRO 17 - Orçamento da Demonstração de Resultado Produto Natave 1º Trim/05 2º Trim/05 3º Trim/05 4º Trim/05 Venda Bruta 3.074,4 6.148,8 7.173,6 4.099,2 Impostos s/Venda 553,4 1.106,8 1.291,2 737,9 Venda Líquida 2.521,0 5.042,0 5.882,4 3.361,3 Custo dos Produtos Vendidos 1.936,1 3.719,4 4.293,6 2.574,1 Lucro Bruto 584,9 1.322,6 1.588,7 787,2 Despesa Administrativa 124,2 124,2 124,2 124,2 Despesa Comercial 75,6 151,3 176,5 100,8 Lucro Operacional 385,1 1.047,2 1.288,1 562,2 Total 20.496,0 3.689,3 16.806,7 12.523,3 4.283,4 496,7 504,2 3.282,5 1º Trim/05 2º Trim/05 3º Trim/05 4º Trim/05 Produto Tanave Venda Bruta 3.758,8 7.517,6 8.770,6 5.011,8 Impostos s/Venda 676,6 1.353,2 1.578,7 902,1 Venda Líquida 3.082,2 6.164,5 7.191,9 4.109,6 Custo dos Produtos Vendidos 2.139,6 4.092,2 4.721,8 2.830,1 942,6 2.072,3 2.470,0 1.279,5 Lucro Bruto Despesa Administrativa 151,8 151,8 151,8 151,8 Despesa Comercial 92,5 184,9 215,8 123,3 Lucro Operacional 698,3 1.735,5 2.102,5 1.004,4 Total 25.058,8 4.510,6 20.548,2 13.783,7 6.764,5 607,3 616,4 5.540,7 1º Trim/05 2º Trim/05 3º Trim/05 4º Trim/05 Total Empresa Venda Bruta 6.833,2 13.666,4 15.944,2 9.111,0 Impostos s/Venda 1.230,0 2.460,0 2.870,0 1.640,0 5.603,2 11.206,5 13.074,2 7.471,0 Venda Líquida Custo dos Produtos Vendidos 4.075,7 7.811,6 9.015,5 5.404,3 Lucro Bruto 1.527,5 3.394,9 4.058,8 2.066,7 Despesa Administrativa 276,0 276,0 276,0 276,0 Despesa Comercial 168,1 336,2 392,2 224,1 Lucro Operacional 1.083,4 2.782,7 3.390,5 1.566,6 Despesa Financeira 120,7 103,0 168,0 186,4 Receita Financeira 5,0 9,4 67,1 131,8 Lucro Antes do Imp. Renda 967,7 2.689,1 3.289,7 1.511,9 Imposto de Renda 290,3 806,7 986,9 453,6 Lucro Líquido 677,4 1.882,4 2.302,8 1.058,4 Total 45.554,8 8.199,9 37.354,9 26.307,0 11.047,9 1.104,0 1.120,6 8.823,3 578,1 213,3 8.458,5 2.537,5 5.920,9 O demonstrativo de resultados, através da síntese de quadros anteriores, irá proporcionar ao gestor a efetiva coordenação dos resultados projetados, consolidando as vendas brutas e deduções com os gastos operacionais e não operacionais da empresa determinando o lucro antes dos impostos sobre o resultado e concluindo no lucro líquido da organização. A premissa que determina o grau de investimentos em aplicação financeira demonstrada pelas receitas financeiras no quadro acima está referenciada no ítem M e o imposto de renda está referenciado na premissa L, sendo utilizado os quadros no 2, 9, 13, 8, 15 e Balanço de 2004 respectivamente para a elaboração orçamentária do demonstrativo. 61 QUADRO 18 - Orçamento do Balanço Patrimonial ATIVO Caixa Bancos c/Movimento Aplic. Financ. Clientes Estoques Total do Circulante Investimentos Controladas Máquinas e Equiptos. Veículos Depreciação Acumulada Total do Permanente Total do Ativo Dec / 04 1º Trim/05 2º Trim/05 3º Trim/05 4º Trim/05 13,0 10,0 10,0 10,0 10,0 80,0 100,0 100,0 100,0 100,0 35,0 104,7 745,4 1.464,3 253,9 778,0 1.252,8 2.505,5 2.923,1 1.670,3 620,0 1.189,0 1.323,2 749,9 700,0 1.526,0 2.656,5 4.684,1 5.247,3 2.734,2 1.080,0 1.080,0 1.080,0 1.080,0 1.080,0 10.819,0 12.019,0 12.019,0 12.019,0 12.019,0 650,0 650,0 650,0 650,0 650,0 -5.205,0 -5.475,0 -5.745,0 -6.015,0 -6.285,0 7.344,0 8.274,0 8.004,0 7.734,0 7.464,0 8.870,0 10.930,5 12.688,1 12.981,3 10.198,2 PASSIVO Fornecedores Empréstimo Bancário Imposto de Renda Impostos s/ Vendas Títulos a Pagar Contas a Pagar Total do Circulante Títulos a Pagar Empréstimo Bancário Total do Exigível a L. Prazo Capital Social Lucro Acumulado Dividendos Total do Patrimônio Líquido Total do Passivo + Patr. Liq Dec / 04 1º Trim/05 2º Trim/05 3º Trim/05 4º Trim/05 124,0 162,3 272,1 276,6 171,5 507,0 281,4 800,0 888,0 985,7 280,0 96,8 268,9 329,0 151,2 109,0 326,5 680,0 814,4 458,4 205,0 600,0 900,0 1.200,0 900,0 0 1.226,0 2.125,1 2.298,6 1.459,6 1.225,0 2.693,0 5.046,2 5.806,6 4.126,5 590,0 600,0 300,0 0,0 0,0 654,9 726,9 806,9 895,7 590,0 1.254,9 1.026,9 806,9 895,7 4.540,0 4.540,0 4.540,0 4.540,0 4.540,0 2.515,0 3.192,4 5.074,8 7.377,6 8.435,9 0,0 -750,0 -3.000,0 -5.550,0 -7.800,0 7.055,0 6.982,4 6.614,8 6.367,6 5.175,9 8.870,0 10.930,3 12.687,9 12.981,1 10.198,1 Compõe-se neste instante, o balanço patrimonial projetado ano base 2005, sendo o referencial do balanço de 2004 compostos na primeira coluna e os trimestres de 2005, projetados conforme premissas acordadas no tópico 5.2 deste capítulo. Observa-se no quadro no 18, que a empresa está literalmente sob o controle orçamentário ao passo da determinação das variáveis endógenas devidamente cumpridas. As variáveis exógenas hipoteticamente atribuídas em nível macroeconômico também foram levadas em consideração na elaboração das premissas, sendo este fato de suma importância para a correta elaboração do plano orçamentário. Por fim, nota-se a evolução das contas de resultados da empresa sugerindo uma condução apropriada para o ramos de atuação da indústria modelo em consonância com a tendência de mercado aqui proposta. 62 Para a elaboração do quadro no 18 foram utilizadas as premissas P, H, G e A respectivamente e também os quadros no 15, 2, 12, 13, 11, 9, 17 e 14 além dos dados do balanço patrimonial de 2004. 63 CONCLUSÃO Este trabalho teve como objetivo a determinação estratégica para os gestores de negócios com a fundamentação de provê-los de condição efetiva de gerência de suas empresas. Imaginem hoje uma operação que envolva algum tipo de investimento, a que título for, e com a premissa de retorno deste capital, sem contudo, prover de controles econômico-financeiro é sem dúvida uma aventura muito perigosa. Esta conduta é frequentemente comprovada através de níveis elevados de insolvência de pequenas, médias e grandes empresas, pois o controle não é uma obrigação de grandes corporações, mas sim uma questão cultural e preliminar da ação de investir. Pergunta-se neste momento: Para que fazer controle orçamentário? Essa pergunta pode ser feita em várias situações e a prática revela que sem o controle o planejamento não se efetiva. Não é possível à organização ter a percepção de quão distante ela se apresenta do desempenho planejado. A credibilidade dos processos também se configura como uma ação preliminar, pois credibilidade é algo que se conquista. No processo de planejamento e controle não é diferente: praticando, aprimorando e ajustando, paulatinamente a credibilidade do Processo de Planejamento vai sendo constituída e revelada. Cada organização tem seu próprio modelo de planejamento e controle. Muitas coisas podem ser aprendidas e transplantadas de uma organização para outra. Contudo, esse é um tipo de processo gerencial que exige um alto nível de customização para cada organização, dadas as características próprias de cada ambiente cultural. 64 Observa-se nos processos de implantação que por mais óbvio que pareça, mais de 50% dos casos de crises nas empresas no processo de planejamento ocorrem por causa da não observância dos princípios de planejamento citados e detalhados nos primeiros capítulos deste estudo, onde “O ótimo é inimigo do bom”, ou seja, nos modelos de planejamento e controle se traduz em paulatina insistência em aperfeiçoar. Não é possível preparar-se e esperar que a organização tenha um modelo perfeito para então implementa-lo. O aperfeiçoamento só ocorre com tentativa e erro. Deixar para implantar o processo depois de cuidados mínimos consiste em cautela apropriada. Aguardar o sistema ótimo só serve para postergar o aprendizado. 65 BIBLIOGRAFIA • MOREIRA, JOSÉ. Orçamento Empresarial, São Paulo: Editora Atlas, 2002 • FREZATTI, FÁBIO. Orçamento Empresarial: Planejamento e Controle Gerencial, São Paulo, 2000 • SOUZA, MARCOS ANTONIO. Orçamento Empresarial, São Paulo: Sindicato dos Economistas de São Paulo, 2004. 66