MANEJO NUTRICIONAL E
ALIMENTAR DE BEZERRAS E
NOVILHAS
GERALDO TADEU DOS SANTOS
MÉDICO VETERINÁRIO
PROFESSOR DO DEPARTAMENTO DE
ZOOTECNIA
CCA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE
MARINGÁ
1. OPERAÇÃO SOBREVIVÊNCIA
(0 A 3 dias)
 NASCIMENTO:
• Cuidados com o recém-nascidos;
• Local adequado;
• Higiene ambiental;
• 50% das perdas do 1o.ano de vida ocorrem
na 1a. Semana de vida.
ACOMPANHAMENTO DO
PARTO
LIMPEZA DA BEZERRA
MODALIDADE DE TRANSMISSÃO
DA IMUNIDADE PASSIVA
COLOSTRAL
FONTE: Levieux (1984).
QUALIDADE DE TRANSMISSÃO DA
IMUNIDADE PASSIVA COLOSTRAL
 DEPENDE
DE VÁRIOS FATORES:
• Fatores ligados à vaca - Qualidade do
colostro;
• Fatores ligados ao bezerro
– atitude de mamar
– capacidade de absorção intestinal de
imunoglobulinas.
• Fatores ligados ao criador - Modalidade de
administração do colostro
IMPORTÂNCIA DO COLOSTRO
Primeiro leite: 3 semanas anterior a 3 dias após
 Promove a transferência de imunidade passiva da
vaca para o bezerro:
• Anticorpos específicos
• Quantidade e concentração
• Tempo de fornecimento ao bezerro
• Quantia consumida
• Método de alimentação
 Aporta os nutrientes necessários

COLOSTRO
QUALIDADE

A secreção pré-parto do leite (sem remoção)
resulta na formação do colostro;

Uma vaca é capaz de produzir 15 kg de
colostro na primeira ordenha após o parto;

Colostro de qualidade:
importante que tenha > 60mg de IgG/ml.
QUALIDADE DO COLOSTRO
Raça
 Ordem de lactação
 Limpeza do úbere
 Período seco
 Ordenha pré-parto
 Relaxamento do esfíncter
 Nutrição da vaca no período seco:
• Se, Vit E, proteína
• Excesso de energia, proteína, enxofre,
micotoxinas

COMPOSIÇÃO DO COLOSTRO
Componentes
No. de ordenhas
1
2
Colostro
após
parto
11
Leite
Sólidos Totais (%)
23,9
17,9
12,5
Proteína + AC (%)
Imunoglobulinas (%)
14,0
6,0
8,4
2,4
3,2
0,1
Gordura (%)
Lactose (%)
6,7
2,7
5,4
3,9
3,2
4,9
FONTE: Wattiaux (1997)
TIPOS DE ANTICOPOS NO COLOSTRO
Tipo de
% de Igs
Anticorpos Imunoglobulinas
Função
IgG
80 a 85
Destruição de microrganismos
que estão presentes no
sangue
IgA
8 a 10
Proteção das membranas que
cobrem a superfície de vários
órgãos, como intestino, contra
infecção e bloqueio da
passagem de antígenos para o
sangue
IgM
5 a 12
A mesma função das IgG
QUALIDADE DO COLOSTRO
Proteína do soro do colostro – medida
usando refractômetro
Proteína do soro colostro Mortalidade
(%)
6mg/100ml > 6mg%
0
5-6
10
<5
30
Colostrômetro: mede a concentração
de imunoglobulinas
EFEITO DA RAÇA LEITEIRA SOBRE A
CONCENTRAÇÃO DE ANTICORPOS NO
COLOSTRO
RAÇA
AYRSHIRE P. SUIÇA HOLANDÊS JERSEY
Anticorpos (%)
8,1
8,6
Anticorpos = g 100 g de colostro fresco.
Fonte: Wattiaux (1987).
5,6
9,0
EFEITO DA ORDEM DE PARTO SOBRE A
CONCENTRAÇÃO DE ANTICORPOS NO
COLOSTRO
Ordem de parto
1
2
3
4
Anticorpos (%)
5,9
6,3
8,2
7,5
Anticorpos = g 100 g de colostro fresco.
Fonte: Wattiaux (1987).
COLOSTRO
 Excesso
de colostro --> banco de colostro !
 Estresse térmico: reduz qualidade
 Boa fonte de lactoferrina – proteína ligada
ao ferro; Limita o crescimento de certos
organismos que necessita de ferro para o
seu metabolismo, por ex. a E.coli
FATORES LIGADOS AOS
BEZERROS
 ATITUDE
DE MAMAR
• Bezerros RN mamam de 5 a 8 vezes
ao dia e podem ingerir até 5% do seu
peso vivo de uma só vez;
 CAPACIDADE
DE ABSORÇÃO
INTESTINAL DE IMUNOGLOBULINAS
• A permeabilidade intestinal as
imunoglobulinas diminui rapidamente
após o nascimento.
CUIDADOS COM A BEZERRA RECÉMNASCIDA
Higienização e local
 Limpeza dos tetos da vaca
 Limpeza dos mucos das fossas nasais--->se parto
difícil ou tendo dificuldades de respiração
 Tratamento do umbigo: Solução a base de iodo a 5%;
repetir o tratamento durante 2-3 dias
 Alimentação Colostral: primeiros 30 min; 8-10% do PV
 A bezerra deverá ser separda da mãe para facilitar o
manejo, destinando um local limpo, bem ventilado

CONCENTRAÇÃO DE ANTICORPOS NO SANGUE EM
FUNÇÃO DA INGESTÃO DE COLOSTRO APÓS O
NASCIMENTO
Ingestão de colostro
Tempo após o nascimento
(horas)
% de anticorpos
absorvidos
6
66
12
47
24
11
36
7
48
6
Fonte: Journal Dairy Science, 60, 1767.
EFEITO DO TEMPO APÓS O NASCIMENTO
NA EFICIÊNCIA DE ABSORÇÃO DE IgG1 NO
PLASMA
Fonte: Levieux (1984).
COLOSTRO INGERIDO NAS 12 H APÓS
O NASCIMENTO SOBRE A TAXA DE
MORTALIDADE DE BEZERRAS
INGESTÃO (KG)
MORTALIDADE* (%)
2 a 4
15,3
5 a 8
9,9
8 a 10
6,5
*Mortalidade média entre 1a. E 6a. Semana de vida
Fonte: Wattiaux (1997).
FATORES LIGADOS AO
CRIADOR
 MODALIDADE
DE ADMINISTRAÇÃO
DO COLOSTRO:
• Permanência do bezerro recém-nascido com
a mãe nas primeiras 36 - 48h de vida;
• Separação após o nascimento e
fornecimento do colostro no balde;
• Tempo e quantidade de colostro consumido
pelo bezerro.
EFEITO DA INGESTÃO DE BACTÉRIAS
ANTES DA INGESTÃO DO COLOSTRO PELO
BEZERRO RECÉM-NASCIDO
Sol. Salina + E. coli
Colostro + E. coli
Colostro + 1 h após
Ingestão de sol.
Salina + E. coli
Fonte: CORLEY et al. (1977).
Nódulos
linfáticos
mesentéricos
(no./g de
tecido)
Sangue
(no./ml)
Diarréia
2.600
2.600
+
119
0
-
0
0
-
ADMINISTRAÇÃO DE COLOSTRO AS
BEZERRAS
GOTEIRA ESOFÁGICA
HIPOGLOBULINEMIA
 Inadequada
quantidade de colostro
ingerida
 Baixa concentração de Igs no colostro
 Administração de colostro muito tarde
 Perda precoce da capacidade de absorção
• A: anticorpos
• B: bactéria
• C: Fechamento
1) Porque o colostro deve ser dado logo
após o nascimento?
2) Bezerros estão suficientemente
imunizados?
Fornecer no mínimo 2 a 3 litros de colostro na
primeira refeição e novamente 12h após se o
bezerro não permanecer com a mãe.
Lembrar que a regra é fornecer 8,5 kg de
colostro
FORNECIMENTO DE COLOSTRO: PELA SONDA
ESOFAGEANA
• Esophageal tube feeder
ESTIMATIVA DE INGESTÃO DE COLOSTRO
NECESSÁRIA PARA UM BEZERRO DE 40 Kg ALCANÇAR
CONCENTRAÇÃO SANGÜÍNEA MÍNIMA DE IgG A 24 h
DE IDADE

Bezerra PV
Volume sangue (10% do PV)

Concentração sangüínea mínima
10 g / litro

Eficiência aparente de absorção
35%



Ingestão necessária de IgG
(4 x 10/0,35)
Concentração colostral
Alimentação
colostral necessária
40 kg
4 litros
114 g
50 g / litro
2,3 litros
PERÍODO DE TRANSFORMAÇÃO DO
SISTEMA DIGESTIVO
 DESENVOLVIMENTO
PÓS-NATAL DO
ESTÔMAGO DO BEZERRO
• Papilas do rúmen = ± 3 mm nos pré-ruminantes para 8 mm
nos animais já ruminantes;
• Papel dos AGVs no desenvolvimento das papilas = butirato,
propionato e acetado;
DESENVOLVIMENTO DO RÚMEN

Condições ao nascimento:
• monogástrico
• Goteira esofágica
• Papilas ruminais pouco desenvolvidas
• Intestino muito permeavel as imunoglobulinas
intactas
• Habilidade para digerir os nutrientes nas
primeiras 2-3 semanas
• Ruminação: cedo como 28 d; 5 h/d após 6 semanas
de vida
DESENVOLVIMENTO PÓS-NATAL DO
ESTÔMAGO DO BEZERRO
Partição do
estômago
Idade da bezerra em semanas
0
8
34-48
RetículoRúmen (%)
Omaso (%)
38
60
64
13
13
25
Abomaso (%)
49
27
11
38%
64%
49%
11%
PERÍODO DE TRANSFORMAÇÃO DO
SISTEMA DIGESTIVO
OBJETIVOS
DE CRESCIMENTO
Do nascimento até 91 dias de vida
•Log W = log B + Kt (ROY, 1972);
–W = peso do bezerro (kg) num tempo
t;
–B = peso ao nascer (kg);
–taxa de crescimento,
–t = idade do bezerro (dias).
TAXAS DE CRESCIMENTO DOS
BEZERROS DURANTE OS PRIMEIROS
91 DIAS DE VIDA (ROY, 1972)
GANHO DE PESO (%/dia)
Taxa de 0,8%
PV ao
PV aos 91
nascer (kg)
dias
25
30
35
40
45
55
67
78
89
100
GMD
(kg/dia)
0,33
0,40
0,47
0,54
0,60
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO
 Digestão
gástrica e intestinal
• Secreção pancreática é baixa ao nascer
• Poucas células parietais: necessitam Hi p/ pH
abomaso ao nascer – pH de: 6,0----> 3,0
• Aumenta 10X imediatamente após as 1as. ingestões.
 Atividade
enzimática na saliva
• Hidrólise da gordura da dieta : ação da estearase
pre-gástrica dos triglicerídeos da gordura do leite
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO:
LEITE
 Digestão
do leite
• Soro
<6h no duodeno
– lactose
– proteína----> IgG
– Minerais (exceto Ca, P, e outras)
• Coalho
–
–
–
–
proteína-->caseina
Lipídeos
Minerais (Ca, P e outras)
Vitaminas liposolúveis
12-18 h
pH 6,5
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO:
proteína
 Renina
(quimosina)--->caseína: pH 6,5
 Pepsinogênio---> pepsina-->pH 5,2 -->
proteína----> aminoácidos e peptídeos
 Células Parietais secretam HCL (pH)
 É preciso que a bezerra tenha 7 dias de
vida para a pepsina ter atividade máxima
FISIOLOGIA DA DIGESTÃO
 Enzimas
intestinais
• Soro--->duodeno
• lactose----->lactase----->glicose + galactose
• enzimas em baixa concentração nas primeiras
3-4 Semanas:
– amilase
– maltase
– isomaltase
• proteases do pâncreas após 7-10 dias
• Não existe secreção de sucrase ou fructase nos
intestinos dos bovinos.
SISTEMAS DE ALEITAMENTO DE
BEZERROS

ALEITAMENTO NATURAL
• Bezerros soltos com as mães, ordenha realizada
uma vez ao dia pela manhã;
• Bezerros com as mães somente nas ordenhas ordenha realizada duas vezes ao dia.
BEZERRA COM A
VACA
> Absorção de IgG ???
 injúrias ao úbere
 Mastitis
 Quantia de colostro produzido ?
 Quantia de colostro ingerido ?
• 42% falham em mamar nas 24h; 54% dentro
de 6 h; 10-25% do total falham em mamar !!

EFEITOS DE AMAMENTAÇÕES SOBRE
BEZERROS HOLANDÊS-ZEBÚ (1/2
SANGUE)
Variáveis
Do nascimento aos
60 dias
Leite ordenhado
(kg/dia)
Consumo bezerros
(kg/dia)
Ganho de PV (kg/dia)
De 60 a 110 dias
(pós-desaleitamento)
Leite ordenhado
(kg/dia)
Ganho de PV (kg/dia)
Freqüência de amamentação
1 vez ao dia, à tarde
(vacas ordenhadas só
pela manhã)
2 vezes ao dia (mamadas
após as ordenhas)
5,3
5,2
6,6
0,760
6,5
0,690
9,2
0,790
10,0
0,750
RESULTADOS OBTIDOS EM DUAS OU
UMA MAMADA POR DIA,
PÓS-ORDENHAS
Itens
Freqüência de amamentação
2 mamadas x 30
min.
1 mamada x 30
min.
Número de vacas
18
18
Leite ordenhado (kg/dia,
em 70 dias)
Consumo bezerros
(kg/dia, em 70 dias)
Leite total (ordenha +
bezerro, 70 dias,
Kg/dia)
Ganho de PV bezerros
(kg/dia)
4,5
7,2
8,1
5,4
12,6
12,6
0,940
0,700
SISTEMAS DE ALEITAMENTO
DE BEZERROS

ALEITAMENTO ARTIFICIAL
• Leite ou sucedâneos;
• Vantagens:
– Permite que se faça controle leiteiro da vacas;
– Possibilita controle quantitativo da ingestão do
leite pelo bezerro;
– Permite um melhor manejo da ordenha;
– Possibilita a substituição total ou parcial do
leite integral por seus sucedâneos;
SISTEMAS DE ALEITAMENTO
DE BEZERROS

ALEITAMENTO ARTIFICIAL
• Vantagens- Segundo NEIVA (1998):
– Permite a ordenha com ausência do bezerro;
– Possibilita ordenha higiênica;
– Permite estabelecer um plano de criação, segundo
objetivos de produção;
– Facilita estabelecer e aplicar com grande controle o
plano profilático;
– Possibilita ter o controle econômico da criação.
SISTEMAS DE ALEITAMENTO
DE BEZERROS
 ALEITAMENTO
ARTIFICIAL
• Desvantagens:
– Emprego de mão-de-obra selecionada;
– Custo operacional elevado;
– Maior exigência no controle de qualidade e
higienização dos materiais empregados na sua
condução.
CRIAÇÃO DE BEZERRAS COM
ALEITAMENTO ARTIFICIAL E
DESMAME AOS 60 DIAS
Idade (dias)
Concentrado
(kg)
0 – 3
Leite integral
Manhã + Tarde
(kg)
Colostro
4 – 30
2,5 + 2,5
À vontade
31 - 45
2,0 + 2,0
À vontade
45 - 60
2,5 (à tarde)
Máx. 2,5
-
Fornecer feno ou não antes do desmame ???
BEZERREIRO INDIVIDUAL
OBJETIVOS DA CRIAÇAO DE
BEZERRAS
1o. Parto: 30 meses de vida vs. 24
meses:

Peso vivo em torno de 80 a 85% do peso corporal
adulto de:
• Raça Holandesa/Pardo Suíça = 480 a 520 kg sendo a cobertura realizada com 340 a 360 kg;
• Raça Ayrshire = 430 kg - cobert. 280 - 300 kg;
• Raça Jérsei e Guernsey = 340 kg - cobert. 260
- 280 kg.
DESENVOLVIMENTO PÓS-NATAL DO
ESTÔMAGO DO BEZERRO
12 Semanas
4 Semanas
POPULAÇÃO MICROBIANA
Lactobacilos, E. Coli, Clostridio
 Celulolíticos 1 a 3 semanas
 Produção de Lactato nas 1as. 3 semanas estarão
elevadas = fermentação
 Meio alcalino vs. meio ácido
 Meio neutro para a população de microbial no
rúmem.

GUIA DE CRESCIMENTO DE NOVILHAS
HOLANDESA E P. SUÍÇA
IDADE (mês)
PV (kg)
Altura (cm) Ganho peso
(kg/dia)
0
38 - 44
70 - 78
-
2
81 - 95
85 - 89
0,60
8
211 - 245
107 - 113
0,70
12
299 - 345
118 - 123
0,70
16
382 – 438
125 - 130
0,79
CARACTERÍSTICAS A SEREM
OBSERVADAS EM RAÇÕES PARA
BEZERROS
Características
Ração conc. inicial até
3 – 4 meses
Ração conc. Após
3 – 4 meses
NDT (%)
70 – 80
65 – 70
Proteína Bruta (%)
18 – 20
16 – 18
Grosseira ou peletizada
Textura
Quantidade (kg)
Até 2
Grosseira ou
peletizada
Até 3
Sal Mineral (%)
1
1
Suplemento: Ca e P (%)
1
1
Supl. Vitamínico (ADE)
Necessário
Dispensável
Feno de boa Qlide
Feno de boa Qlide
Compl. Volumoso
Concentrado
ALIMENTAÇÃO DAS BEZERRAS
Concentrado Inicial
 Palatável;
 Desaconselhável
a forma de pó;
 Desaconselhável a moagem fina;
 Textura grosseira.
ALIMENTAÇÃO DA BEZERRA




Se uma bezerra de 80 kg pode ingerir 1 kg de
MS/dia e ganhar 600 g/dia, a dieta deverá aportar
4,83 Mcal de E.M. o equivalente a 1,49 Ecrec/to;
A maioria dos concentrados iniciais não contém mais
que 3,1 Mcal de EM/kg (~80%NDT), por ex: grãos
laminados aveia = 2,78; triticale = 1,94;
Um feno de boa qualidade contém < 2,0 Mcal EM/
kg, por ex. Alfafa = 1,96; Feno de Tifton-85 c/ 3
a 4 sem. de cresc/to = 1,86;
Feno dilui a energia e proteína necessárias para a
bezerra, daí alguns pesquisadores recomendarem o
uso do feno só após o desmame. FENO com
excelente qualidade = 18% PB e não > 42% de FDN
DESMAME
Métodos de desmame;
 Duração do aleitamento;
 Manter as bezerras na ração inicial por
alguns dias antes da mudaça;
 Fornecer feno de excelente qualidade;
 2 semanas antes do desmame juntar
pequenos grupos de 4-8 animais por porte
similar;
 Se possível o grupo de bezerras devem estar
dentro de intervalo de 45 kg.

ALIMENTAÇÃO DA BEZERRA
Na Hipótese de só fornecer feno após o desmame
Idade (m)
Desmame
Desmame a
2 meses
3
6
9
12
PV IMS (kg/d)
(kg) (IMS/PV)
Razão
Forrag : Conc.
59
0,45-0,9 (0,68)
0 : 100
73
1,8-2,7 (1,4)
25 : 75
100
2,7-3,2 (1,45)
50 : 50
182
4,5-5,0 (1,25)
67 : 33
250
6,4-7,3 (1,32)
75 : 25
440
7,3-8,2 (1,13)
75: 25
ALIMENTAÇÃO DA BEZERRA
Continuação
Idade (m)
15
18
21
24
PV IMS (kg/d)
(kg) (IMS/PV)
Razão
Forrag : Conc.
397
8-9 (1,0)
100 : 0
472
9-10 (0,95)
100 : 0
545
8-10 (0,82)
100 : 0
600
8-10 (0,77)
80: 20
Assumindo que o feno é de alta qualidade
MENSURAÇÕES DA TAXA DE
CRESCIMENTO DAS NOVILHAS
http://www-das.cas.psu.edu/dcn/calfmgt/growth/docs/index.htm
see handout and growth rate measurements
MENSURAÇÕES DA TAXA DE
CRESCIMENTO DAS NOVILHAS
See page 5
PERÍODO DE CRESCIMENTO DO
DESMAME À PUBERDADE
Criar as novilhas após o desmame em lote de
8 a 12 animais, procurar manter lote
uniforme;
 Ao nascimento, a glândula mamária consiste
de um restrito sistema de ductos;
 A grande parte do crescimento da GM do
nascimento à puberdade é um aumento de
ductos, tecido conjuntivo e adiposo;
 Com a puberdade inicia-se o crescimento dos
alvéolos.

PERÍODO DE CRESCIMENTO DURANTE
E APÓS À PUBERDADE
Período crítico situa-se entre 8 a 12 meses
O tecido secretor da GM é 3,5 vezes mais
rápido que o resto do corpo, do 3 aos 9
meses;
 Até 8o. mês a novilha não tem tendência a
acumular gordura na carcaça, inclusive na
GM;
 Na puberdade planejar ganhos da ordem de
700 g para as raças de grande porte e 500
a 550 g as raças de pequeno porte;
 Condição corporal entre 2,4 a 2,8.

COMPOSIÇÃO DA CARCAÇA DE
BEZERRAS E NOVILHAS EM FUNÇÃO
DO REGIME ALIMENTAR
EFEITO DO REGIME ALIMENTAR E DO
FOTOPERÍODO SOBRE O DESENVOLVIMENTO DA
GLÂNDULA MAMÁRIA NAS NOVILHAS EM
CRESCIMENTO
Nível normal -- GMD
(Kg/dia) 0,65 - 0,78
1,95
1,9
Nível elevado - GMD
(Kgdia) > 1,0
1,85
1,8
ADN m/g)
1,75
1,7
1,65
8L : 16N
16L : 8N
Fonte: Petitclerc et al. (1984).
8L : 16N
16L : 8N
INFLUÊNCIA DO GANHO DE PESO NA
PUBERDADE SOBRE A 1a. LACTAÇÃO
Experimento
Ganho diário na
puberdade (G)
Kg de Leite Redução
em 305 d
(%)
1
590
680
4.900
4.800
2,1
2
690
890
4.900
3.900
20,4
3
640
820
5.700
4.600
19,3
4
760
1.060
4.200
4.000
4,8
ESCORE DA CONDIÇÃO CORPORAL (ECC)
DAS NOVILHAS EM DIFERENTES IDADES
Idade
6
9
12
15
2,8
2,9
(meses)
ECC
2,3 2,4
Fonte: Hoffman (1995).
PASTAGEM
UM BOM RESULTADO EM PASTAGENS
REQUER:
 um bom programa de alimentação;
 rotina de avaliação de crescimento;
 frequente avaliação da qualidade do pasto;
 promover a suplementação, toda vez que o
crescimento do pasto não for o melhor;
 novilhas de 10 a 12 meses de idade são
capazes de ganhar acima de 0,900 kg /dia
em pasto de qualidade e manejada
convenientemente.
IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DE
VERMÍFUGO SOBRE O GANHO PV DE
NOVILHAS NO VERÃO
Tratamentos
Ganho de Peso
Vivo (Kg/dia)
1. Uso de um só
piquete todo verão
Média do verão
Média do meio ao
fim do verão
1.1 Sem aplicação
1.2 Com duas
aplicações
2. Na metade do
verão mudança de
piquete
0,31
0,42
Média do Verão
0,25
0,32
Média do meio ao
fim do verão
1.1 Sem aplicação
0,63
0,64
1.2 Com duas
aplicações
0,75
0,83
COMPARAÇÃO DE TRÊS SISTEMAS DE
CRIAÇÃO DE NOVILHAS
Características dos
Sistemas
Cobertura (meses)
Parto aos Parto aos
36 meses 30 meses
Parto aos
24 meses
27
21
15
Situação da lactação aos 3 anos
Início
6 meses
Encerrada
Receita com leite (R$ 0,40 litro)
0
1.440,00
2.400,00
Consumo Ração Concentrada (kg)
0
1.200
2.000
Custo da Ração (R$ 0,34 kg)
0
408,00
680,00
Balanço (em Reais)
0
1.032,00
1.720,00
Fonte: Adaptado de Santos & Damasceno (1999).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O sucesso do rebanho depende do melhoramento
genético proporcionado pela substituição das
vacas velhas e menos produtivas por novilhas;
Deve-se garantir as bezerras e as novilhas um
desenvolvimento satisfatório, sem ganhos de peso
exagerados, para que estas iniciem precocemente
a vida produtiva;
Para alcançar estes objetivos, deve-se lançar
mãos das tecnologias existentes, mas que não
vem sendo adotadas por grande parte dos
produtores.
Download

Estudo e Utilização da Silagem do Bagaço de Laranja