SEMINÁRIO NACIONAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE PROPOSTA PARA PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA - PR Paula Regina Jardim Campos1 Sandra Aparecida de Jesus Oliveira2 Andreza Xavier de Lima3 Andrea Balke da Silva4 Valquiza Ribas Castro Vieira5 Resumo Essa proposta de Atuação Fonoaudiológica em Atenção Primária à Saúde (APS), na saúde do município de Curitiba-PR, tem por objetivo apresentar uma ideia geral sobre as possibilidades de inserção do profissional Fonoaudiólogo e sua correlação com Políticas Públicas de Saúde de âmbito Federal e Municipal, bem como sinalizar outras possibilidades de atuação em áreas que ainda carecem de regulamentação específica. As propostas apresentadas contemplam os três níveis de prevenção à saúde na Atenção Fonoaudiológica, conforme preconizado pelo SUS ao promover o acesso integral, universal e equinânime às ações e aos serviços de saúde visando à prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde. A construção dessa Proposta de Atuação Fonoaudiológica em APS surgiu das discussões e reflexões do grupo de Fonoaudiólogas servidoras da Prefeitura Municipal de Curitiba (PMC), culminando na construção coletiva, iniciada em março deste ano, de uma Carta de Serviços Fonoaudiológicos para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Dessa forma há cinco grandes áreas abordadas: Saúde Auditiva, Atenção à Saúde da Mulher e da Criança, Saúde do Idoso, Atenção Domiciliar e Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Para cada grande área de atenção à saúde foi realizada uma breve descrição da mesma, sua correlação com a Fonoaudiologia realizando um paralelo com o preconizado por portarias, leis e decretos, tanto à nível Federal, Estadual e Municipal. É importante destacar que se trata de uma proposta inicial que foi recentemente apresentada para os gestores e está em fase de negociação para sua implementação parcial ou total ao longo da gestão em vigor, considerando o pequeno quadro de profissionais disponíveis no momento (apenas 12 profissionais concursadas) e o fato de que todas prestam serviços em equipamentos da Secretaria Municipal de Educação (SME). Palavras Chaves: Fonoaudiologia em Atenção Primária ______________________________________ 1 Fonoaudióloga da Prefeitura Municipal de Curitiba, formada pela UFSM, graduada em Pedagogia Educação Infantil pela UFRGS, especialização em Fonoaudiologia Hospitalar pela PUCPR e especializanda em Gestão Pública com ênfase em Políticas Públicas pelo IFPR; 2 Fonoaudióloga da Prefeitura Municipal de Curitiba, formada pela PUCPR, especialização em Motricidade Oral – Enfoque em Disfagia e Atuação em Âmbito Hospitalar pela UTP e especializanda em Gestão Pública em Saúde pela UFPR; 3 Fonoaudióloga da Prefeitura Municipal de Curitiba, formada pela PUCPR, especialização em Linguagem pela PUCPR; 4 Fonoaudióloga da Prefeitura Municipal de Curitiba, formada pela Faculdade de Reabilitação Tuiuti, especialização em Educação Especial pela UTP e em Saúde da Família pelo IBEPEX; 5 Fonoaudióloga da Prefeitura Municipal de Curitiba, formada pela UTP, especialista em Educação Especial pela PUCPR e especializanda em Gestão Pública com ênfase em Gestão de Pessoas pelo IFPR. 1 1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS No SUS[1][2][3][4][5][6][7] o cuidado com a saúde está ordenado em níveis de atenção (básica, média e de alta complexidade), essa estruturação visa a melhor programação e planejamento das ações e serviços do sistema. Não se deve, porém, considerar um desses níveis de atenção mais relevante que outro, porque a atenção à Saúde deve ser integral.[1][2][6][8] A prioridade para todos os munícipes é ter a atenção básica operando em condições plenas e com eficácia, visto que a Atenção Básica considera o sujeito em sua singularidade e inserção sócio-cultural. Buscando produzir a atenção integral, o Fonoaudiólogo poderá desenvolver suas atividades nos campos da promoção, prevenção e proteção da saúde, bem como na redução de agravos.[1][2][3][4][10][11] Considerando as atribuições do Fonoaudiólogo na PMC[12] e a nova regulamentação de Atenção Primária a Saúde[13] na SMS segue a formulação de propostas de atuação fonoaudiológica correlacionadas às Políticas Públicas, nos níveis Federal, Estadual e Municipal, no âmbito da APS.[1][3][14] 2 - SAÚDE AUDITIVA De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) quase 10 milhões de brasileiros possuem deficiência auditiva, o que representa 5,1% da população brasileira. Deste total cerca de 2 milhões possuem deficiência auditiva severa (1,7 milhões têm grande dificuldade para ouvir e 344,2 mil são surdos) e 7,5 milhões apresentam alguma dificuldade auditiva, quanto à idade cerca de 1 milhão de deficientes auditivos são crianças e jovens até 19 anos. [15] O Censo 2010 também revelou que o maior número de deficientes auditivos, cerca de 6,7 milhões, estão em áreas urbanas. O número de deficientes auditivos no Brasil deve crescer, pois, além do aumento (quase 7,4%) da população idosa (na qual o processo de envelhecimento traz consigo o declino das capacidades auditivas), há também aquelas perdas auditivas que poderiam ser reversíveis, se constatadas antes dos 6 meses de vida. Infelizmente essas deficiências ainda são constatadas a partir dos 4 anos, idade considerada tardia pelos médicos, mesmo com a obrigatoriedade Triagem Auditiva Neonatal (TAN) em território nacional Saltini (2011) afirma que a perda auditiva compromete a recepção e inteligibilidade dos sons causadas pela diminuição da acuidade auditiva, independente do tipo 2 ou grau de perda ocorrida gera risco potencial para aquisição/desenvolvimento da linguagem/fala, funções cognitivas, aprendizagem comprometendo a inclusão social da criança.[8] Considerando essas questões e sabendo da magnitude social da Deficiência Auditiva na população brasileira e suas consequências, bem como da possibilidade de êxito na intervenção na história natural da deficiência auditiva por meio de ações de promoção e de prevenção em todos os níveis de atenção à saúde, foi elaborada a Portaria 2073/2004 que institui a Política Nacional de Atenção à saúde auditiva, [16] com o intuito de desenvolver estratégias de promoçao da qualidade de vida, educação, proteção e recuperação da saúde e prevenção de danos, protegendo e desenvolvendo a autonomia e a equidade de indivíduos e coletividades.[1][2][3][4][5][6][7] A intervenção nas deficiências auditivas deve ocorrer por intermédio de equipe multiprofissional e interdisciplinar[17][4], utilizando de métodos e técnicas terapêuticas específicas, na qual é essencial a inserção do Fonoaudiólogo na execução desses procedimentos.[18][19] 2.1 Propostas de atuação no âmbito da saúde auditiva 2.1.1 Triagem Auditiva Neonatal - Lei Federal 12.303/2010[20] e Portaria GM 2.073/2004[16] O exame de Emissões Otoacústicas Evocadas[21] ainda Teste da Orelhinha[20], como ficou popularmente conhecida a triagem auditiva, é realizada nas maternidades antes da alta, mas casos alterados devem ser encaminhados aos centros de referência em audiologia para avaliação completa e acompanhamento. Atualmente os casos alterados e/ou que necessitam de retestagem são encaminhados para a Unidade de Saúde (US) de referência que os insere em lista de espera para avaliação otorrinolaringológica. Pela ausência de um profissional Fonoaudiólogo responsável pelo acompanhamento do caso e que atue junto aos casos que necessitam investigação e acompanhamentos das crianças diagnosticadas com perdas auditivas [18][19] , há prejuízo do fluxo adequado dos encaminhamentos.[11][6] A atuação do Fonoaudiólogo teria por objetivo monitorar e garantir esse fluxo além de atuar na promoção do desenvolvimento adequado da criança e orientações à família e cuidadores. 2.1.2 Programa Saúde na Escola - Decreto nº 6.286/2007[22] e Portaria GM 2.073/2004[16] Esta é uma proposta de ação interministerial, entre os Ministérios da Educação da Saúde, com a finalidade de contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde. Problemas identificados precocemente e crianças tratadas adequadamente terão mais sucesso 3 no processo de aprendizagem. O Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa)[23] aponta que estudos mostram que aproximadamente 80% das crianças que manifestam algum tipo de alteração de fala/linguagem, na primeira infância, apresentarão no futuro, comprometimento no seu desenvolvimento, seja cognitivo, de aprendizagem, emocional ou psíquico. Sendo assim, é importante acompanhar atentamente cada fase do desenvolvimento da criança desde o nascimento até a idade escolar. Qualquer suspeita de alteração em uma das fases deve ser averiguada e, se necessária, tratada o quanto antes, para que possíveis alterações sejam minimizadas ou até mesmo prevenidas. Cabe destacar que é preciso garantir inserção na rede de Saúde Auditiva e que esse trabalho deveria ser realizado pelo profissional inserido na rede de saúde para garantir o fluxo e a eficiência/eficácia das ações necessárias, realizando o matriciamento[24][25][6][10] e assessoramento[11][6] junto à equipe da SMS. Oliveira (2008)[26] defende que o matriciamento auxilia as equipes a pensar sua atuação, conhecer sua rede e ampliar seus conhecimentos e possibilidades de ação, já que permite o compartilhamento de saberes no encontro de diversos profissionais. Destacando-se que o fonoaudiólogo é o responsável pela execução da avaliação auditiva (prevista no parágrafo 4º do referido decreto) [22] e pode auxiliar em atividades de educação permanente em saúde abordando temas de sua competência. O Programa Saúde na Escola (PSE)[4] foi instituído no âmbito dos Ministérios da Educação e da Saúde pelo Decreto nº 6.286 de 5/12/2007[22] para consolidar a Política Nacional de Promoção da Saúde através de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde desenvolvidas pelas Equipes de Saúde da Família (ESF)[14][27] articuladas com a educação pública. Deve-se considerar que o CFFa sugere que a atuação fonoaudiológica na área educacional deve voltar-se para a promoção de saúde.[16] 2.1.3 Avaliação auditiva em escolares - Lei Municipal 11393/2005[28] e Portaria GM 2.073/2004[16] A avaliação em escolares é uma meta do PSE. Em Curitiba a lei municipal 11393/2005 tornou obrigatória a realização – nos postos de saúde, creches e unidades escolares do Município de Curitiba – de testes audiológicos periódicos, tendo como objetivos a identificação de perdas auditivas para todas as crianças em berçários, creches, escolas e centros municipais.[28] Entretanto esta lei não é cumprida, se quer foi implementada em nosso município. Para que a eficácia e eficiência[29][30] dessa legislação sejam garantidas, faz-se necessário uma planejamento estratégico[31][10], a partir de um projeto específico que garanta a destinação de uma ou mais fonoaudiólogas (conforme a forma de implementação a ser 4 discutida) para realização desses testes e garantir sua articulação com os Fonoaudiólogos já inseridos na rede de APS de modo a garantir o fluxo dos encaminhamentos[11][32][33] a serem realizados em caso de alteração e/ou necessidade de monitoramento dos casos. 3 – ATENÇÃO À SAÚDE MATERNO INFANTIL A Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC)[34] tem por objetivo promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. Como estratégia isolada, o aleitamento materno é a que possui maior impacto na mortalidade na infância, de acordo com a área técnica de Saúde da Criança e Aleitamento materno – Departamento de Ações Programáticas Secretaria de Atenção à Saúde (Ministério da Saúde – 2010). O Aleitamento Materno tem repercussão direta ou indireta na vida futura do indivíduo intervindo na redução de doenças crônicas (tais como a diabetes, hipertensão e obesidade), bem como reduz o risco de desenvolvimento do câncer de mama, ovários e diabetes tipo II na mulher que amamenta. Outros ganhos do Aleitamento Materno são a promoção da saúde física e mental da criança e da mãe, por meio do estreitamento do vínculo afetivo entre eles. Nesse sentido o Aleitamento Materno é de suma importância para o desenvolvimento da linguagem e da fala, que é objeto de ação do Fonoaudiólogo, por estar intimamente ligada ao vínculo afetivo mãe-bebê.[35] Em 1992 o Ministério da Saúde incorpora a IHAC[34] como ação prioritária, sendo desde então apoiado pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, capacitando profissionais de saúde, avaliando ações e estimulando a rede hospitalar ao credenciamento, de acordo com o Ministério da Saúde há 336 Hospitais Amigos da Criança no Brasil. Seus principais objetivos são melhorar os índices de aleitamento materno exclusivo e continuado e reduzir a morbimortalidade materna e infantil. Para isso foram estabelecidos os dez passos para o sucesso do Aleitamento Materno. Considerando que muitas vezes o fracasso do aleitamento materno está vinculado à dificuldade de sucção da criança e, nesses casos, mesmo com toda a motivação e preparo da mãe para o aleitamento, o fracasso da manutenção do aleitamento materno fica comprometido, sendo necessário apoio de profissional habilitado, no caso o Fonoaudiólogo, para avaliação da motricidade oral, sucção e deglutição para através de terapia breve auxiliar no sucesso do aleitamento.[36][18][19] A língua presa é um defeito no frênulo, quando uma pequena porção de pele embaixo da língua que deveria ter desaparecido durante a gestação prende a sua ponta. A saber, frênulo, que é uma pequena prega de membrana mucosa, conecta a língua ao assoalho 5 da boca, possibilita ou interfere na livre movimentação da língua dos bebês, causando o desmame precoce, baixo ganho de peso, e, desta forma, comprometendo o desenvolvimento dos bebês.[37] O teste da lingüinha é uma técnica pioneira, desenvolvida no Brasil pela Fonoaudióloga Roberta Martinelli[38] , para diagnóstico das alterações do frênulo lingual em bebês, popularmente conhecida como língua presa. Seu objetivo é diagnosticar e tratar precocemente as limitações dos movimentos da língua causadas pela língua presa que podem comprometer as funções exercidas pela língua: sugar, engolir, mastigar e falar. Segundo estudo recente desenvolvido na Universidade de São Paulo, a incidência de alterações de frênulo lingual em bebês no Brasil é de 22,54%. O Fonoaudiólogo é o profissional habilitado para realizar a avaliação estrutural da língua e seu desempenho funcional durante o aleitamento materno[37][19] Atualmente existem em vários estados brasileiros, inclusive no Paraná, projetos de leis que buscam tornar obrigatória a realização do Teste da Lingüinha em todas as maternidades do país. Esse tipo de abordagem também está em consonância com o preconizado pela Rede Cegonha[39] que dentre seus componentes prevê a garantia da atenção à saúde da criança de 0 a 24 meses com qualidade e resolutividade, por meio da promoção do aleitamento materno, acompanhamento da criança na atenção básica e garantia de atendimento especializado para casos de maior risco, entre outras ações.[40] Na PMC há um Programa chamado Mama Nene que, em parceria com a SMS, prevê a manutenção do aleitamento materno para as crianças inseridas nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs)[11] que inclusive foi premiado pelo Prêmio Bibi Voguel, em 2010. 3.1 Proposta de atuação em puericultura A inserção do profissional Fonoaudiólogo abrangerá o acompanhamento à puericultura, envolvendo ações de incentivo e orientações ao aleitamento materno, transição alimentar do lactente, orientação e acompanhamento à estimulação de linguagem, sucção, mastigação, deglutição e sinais de alerta de perda auditiva na infância, bem como monitoramento e investigação auditiva e atraso no desenvolvimento global. [41] A importância do Fonoaudiólogo na promoção do aleitamento materno já foi abordada anteriormente, cabendo aqui destacar sua importância no acompanhamento das crianças em Puericultura (0-2 anos) para identificação de sinais de alerta para alterações tanto globais de desenvolvimento quanto específicas de audição e/ou linguagem, assim como apoio no processo de transição 6 alimentar na introdução da alimentação sólida (trabalho realizado em conjunto com o Nutricionista e Pediatra). A atuação do Fonoaudiólogo, na puericultura, garantiria uma prevenção no nível mais primário de atenção à saúde da criança, visto que iniciaria sua intervenção da forma mais precoce possível. [1][3][4][6][7] O Programa Mama Nene deve ser inserido na Rede de Atenção Primária, entre as ações da Puericultura realizada pela US mais próxima ao CMEI, na forma de matriciamento do Fonoaudiólogo de referência.[42][43][10][24][25][26][6][41] 4 – SAÚDE DO IDOSO Saltini (2011)[8], afirma que a atenção fonoaudiológica desempenha um importante papel para a população idosa, pois atua diretamente na prevenção de agravos, promoção de saúde e reabilitação dos aspectos de deglutição, linguagem, voz e audição/equilíbrio. A ausência de dentes no idoso, está diretamente relacionada a disfunção na fala, mastigação e deglutição. A dificuldade de mastigação pela falta de dentes e, consequentemente, a dificuldade em engolir afasta o idoso de diversas situações sociais e podem ocasionar problemas como desnutrição, desidratação e problemas respiratórios.[44] Igualmente preocupante é a presbivertigem[45] – diminuição do equilíbrio, tontura no idoso –, que pode levar a queda com graves consequências. Outras dificuldades como a presbifonia[46][47] – alteração vocal decorrente do envelhecimento –, presbiacusia[21][47] – perda auditiva pela senilidade – alterações na capacidade de falar, escrever e ler, afeta a qualidade da comunicação do idoso podendo levar ao isolamento social. O envelhecimento é um processo natural, faz parte do ciclo da vida não deve, portanto, ser interpretado com sendo um período da vida “naturalmente” predisposto à fragilidade, tal como costuma ser senso comum na sociedade.[8] [47] Assim sendo, a atuação fonoaudiológica colabora para um envelhecimento saudável, na medida em que procura diminuir as limitações causadas pelo processo do envelhecimento e promovendo a manutenção da qualidade de vida da população idosa.[48][44][47] 4.1 Proposta de atuação na saúde do idoso - Portaria 2.528/2006[49] O fonoaudiólogo poderá realizar avaliação e atendimento nas áreas da audição/equilíbrio, linguagem, comunicação, mastigação e deglutição[18][19], tanto na US, quanto no atendimento domiciliar se necessário. Sua atuação abrange tanto o atendimento ao usuário, quanto a orientação de familiares e cuidadores, sobre diversos aspectos, 7 principalmente em situações relacionadas ao distúrbio de deglutição/disfagia[50][51][8]. Nesse sentido a intervenção consiste na prescrição da consistência alimentar, posiciomento e/ou manobras que possam favorecer a deglutição segura,[51][52][53][54] garantindo assim, melhor qualidade de vida e reintegração do idoso no seu ambiente familiar e social.[8][47][48] De acordo com Santini (2001)[50] Disfagia é um distúrbio de deglutição, com sinais e sintomas específicos caracterizada por alterações em qualquer fase ou entre as fases da dinâmica de deglutição, de origem congênita ou adquirida, podendo gerar prejuízo pulmonar, nutricional e social.[55][2][52] 5 - SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR (SAD) A Atenção Domiciliar instituída pela Portaria nº 2.029/2011[56], caracteriza-se pelo desenvolvimento em domicílio, de ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação. Seus objetivos são: a redução da demanda por atendimento hospitalar, redução do período de internação, a humanização do cuidado e a ampliação da autonomia dos usuários, ou seja, torna-se um importante ponto na produção de cuidados efetivos através de práticas em espaços não convencionais (o domicílio) o que possibilita um olhar diferenciado sobre as necessidades dos sujeitos e visa à mudança do modelo assistencial[42][4][6][10], com o cuidado continuado, responsabilizando-se por determinada população. As Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD)[56][57] são compostas por médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e fisioterapeuta ou assistente social, enquanto que as Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAP) devem ser constituídas por no mínimo três profissionais de nível superior selecionados entre as diversas categorias, dentre elas o Fonoaudiólogo. O fonoaudiólogo no SAD[7] contribuirá, por exemplo, com a redução de custos, com a internação de pacientes, proporcionando um melhor direcionamento da aplicação de recursos públicos.[29][30] Outro aspecto que deve ser considerado é a presença do Fonoaudiólogo inserido na rede atenção primária para garantir que suas ações e encaminhamentos estejam efetivamente contemplados no fluxo e protocolo de procedimentos[11]. 5.1 Proposta de atuação no Serviço de Atenção Domiciliar 5.1.1 Melhor em Casa - Portaria GM 2527/ 2011[58] e Portaria 1533/2012[59] 8 O atendimento visa: promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, abrangendo os âmbitos de avaliação e atendimento nas áreas da linguagem, comunicação e deglutição. Este trabalho pode atender usuários de todas as faixas etárias, mas principalmente os com seqüelas neurológicas graves como: Acidente Vascular Cerebral (AVC), Trauma Crânio Encefálico (TCE) e Paralisia Cerebral (PC). Podendo este apresentar ou não seqüelas relacionadas a dificuldades na linguagem e na deglutição.[54][52][8] Por exemplo, a disfagia é um diagnóstico presente na maioria desses casos. Assim, compete ao Fonoaudiólogo a prevenção, avaliação, diagnóstico, habilitação/reabilitação funcional da deglutição e gerenciamento dos distúrbios de deglutição, no âmbito das unidades de baixa, média e alta complexidade, hospitais (ambulatórios, enfermarias, berçários e UTIs neonatal, pediátrica e adulta), centros de reabilitação, domicílios, postos de saúde e clínicas.[60][61][19] Atualmente a PMC possui o Programa de Atenção Nutricional às Pessoas com Necessidades Especiais de Alimentação que é responsável pelas dietas especiais dos pacientes em uso de via alternativa de alimentação, seja de forma exclusiva ou complementar. Segundo Stanich (2001)[55] é indicada a via alternativa de alimentação à pacientes em que a alimentação via oral não for capaz de suprir as necessidades nutricionais e orgânicas ou quando a via oral é contraindicada devido ao grau de severidade da disfagia, o que predispõe o paciente a riscos de pneumonias aspirativas.[52] Esses pacientes possuem diagnóstico de Disfagia [8][50] compatível com quadros de paralisia cerebral, sequelas de AVC, que abrangem desde crianças até idosos. Nesse sentido a ausência do Fonoaudiólogo neste Programa interfere inclusive nos atuais objetivos do mesmo, visto que a adequação do estado nutricional do paciente está interligada à melhoria da deglutição e conseqüente aceitação da dieta ofertada. O Suporte Nutricional dos pacientes deve ser realizado através de parceria da avaliação Nutricional e Fonoaudiológica no sentido de definição de dieta, consistências, posicionamento, utilização de exercícios e manobras facilitadoras da deglutição, quantidade aceita e possibilidades de vias alternativas e/ou mistas de alimentação. O Fonoaudiólogo pode contribuir de forma significativa [54][60][19] na elaboração de receitas artesanais por meio da definição de consistências o volume ofertado adequado para cada caso,[55] definindo essas questões em conjunto com a Nutricionista de modo a melhorar ainda mais os protocolos e materiais educativos na área. Infelizmente essa parceria entre a Nutrição e a Fonoaudiologia não está disponível nos atuais modelos de atuação fonoaudiológica dentro da SMS. 9 6 – REDE DE ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE Conforme a Decreto Federal 7508/2011[3] a integralidade [1][6][8][9] da assistência à saúde se inicia e se completa na Rede de Atenção à Saúde. A Rede de Atenção Básica à Saúde[11][32] busca garantir a integralidade do cuidado e fundamenta-se na compreensão da APS[4][6][12][41][42][43] como primeiro nível de atenção, enfatizando a função resolutiva dos cuidados primários sobre os problemas mais comuns de saúde e a partir do qual se realiza e coordena o cuidado em todos os pontos de atenção. Sendo estes entendidos como espaços onde se ofertam determinados serviços de saúde, por meio de uma produção singular e que os primeiros serviços devem necessariamente estar mais perto da população e considerando-se o Decreto 560/2013[13], que inclui o Fonoaudiólogo na equipe de NASF, dentro da SMS/PMC. Devemos considerar que a promoção de saúde trabalha com a ideia de responsabilidade múltipla pelos problemas e pelas soluções.[6][24][25][26][10][42][41] 6.1 Proposta de atuação na Atenção Básica à Saúde 6.1.1 Núcleo de Atenção à Saúde da Família (NASF) – Portaria GM 154/2008[27], Decreto Federal 7508/2011[3] Portaria nº 2.488/2011[14] e Decreto Municipal 560/2013[13] Todas as ações citadas anteriormente podem se concretizar com a inserção de Fonoaudiólogos, exclusivos, nestes serviços para desempenhar estas funções, tendo por objetivo realizar o apoio matricial junto à equipe multiprofissional de trabalho[43][6][10][24][25][26][41][42], auxiliando as equipes de Estratégia de Saúde da Família, por meio das seguintes atividades[62][10][31]: Levantar indicadores de alterações fonoaudiológicas, com objetivo de traçar perfil epidemiológico regionalizado e, posteriormente, que estes dados subsidiem as definições das políticas de saúde mais adequadas àquela população[8][10][42]; Elaborar protocolos Participar e construção de fluxos;[11][33] de equipe multiprofissional na clínica ampliada e equipe de referência com vistas a auxiliar na elaboração dos projetos terapêuticos singular;[6][10][42][24][25][17][43] Colaborar na elaboração das ações de Educação em Saúde; Acolher demandas provenientes das APS e/ou Serviço de Referência de usuários que requeiram cuidados de reabilitação, realizando orientações e acompanhamento, de acordo com a necessidade dos mesmos e realizando a contra-referência; 10 Elaborar projetos terapêuticos individuais, por meio de discussões periódicas que permitam a apropriação coletiva pelas equipes de APS do acompanhamento dos usuários, realizando ações multiprofissionais e transdisciplinares desenvolvendo a responsabilidade compartilhada; Auxiliar no desenvolvimento de projetos para a melhoria da qualidade de vida dos usuários; Trabalhar nas áreas de audição, comunicação, linguagem oral e escrita, motricidade orofacial (respiração, sucção, mastigação e deglutição);[18][19] Realizar exames específicos da área de atuação. [18][19] A inserção do Fonoaudiólogo na APS objetiva contemplar os três níveis de Atenção à Saúde, conforme preconizado pelo SUS, o que significa promover a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde nas diferentes fases da vida. A adoção dessas concepções de saúde traz à cena a necessidade tanto de uma visão holística de homem como de um sistema integrado, superando a visão curativa, biológica e reducionista do indivíduo. [42][11][2][4][6] 7 – APRESENTAÇÃO FONOAUDIOLOGIA SAÚDE AUDITIVA Programa DA CARTA DE SERVIÇOS EM Ação Recursos Materiais e Humanos Descrição 1. Triagem Auditiva Neonatal Teste da Orelhinha Portaria GM 2073/2004* 2. Programa Saúde na Escola Decreto nº 6.286/2007* Portaria GM 2073/2004* 3. Avaliação auditiva em escolares Lei 11393/2005* Portaria GM 2073/2004* Aparelho de Realizadas nas maternidades. Casos alterados devem ser encaminhados otoemissão acústica aos centros de referência em audiologia Otoscópio Protocolos de para avaliação e acompanhamento Sendo matriciado por profissional inserido procedimentos na rede de saúde para garantir fluxo e Fonoaudiólogo acompanhamento dos casos que necessitem investigação. Ação interministerial (ME e MS) com Audiômetro finalidade de contribuir para a formação Imitanciômetro integral dos estudantes da rede pública de Cabine acústica educação básica por meio de ações de Otoscópio Protocolo de prevenção, promoção e atenção à saúde. Art. 4º § VI - avaliação auditiva; procedimentos § XIV - educação permanente em Fonoaudiólogo saúde; Garantir inserção na rede de saúde auditiva Fica obrigatória nos postos de saúde, Audiômetro creches e unidades escolares do Município Imitanciômetro de Curitiba, a realização de testes Cabine acústica audiológicos periódicos, tendo como Otoscópio Protocolo de objetivos a identificação de perdas auditivas para todas as crianças em berçários, Procedimentos creches, escolas e centros municipais. Fonoaudiólogo Garantir inserção na rede de saúde auditiva 11 SAÚDE DO IDOSO SAÚDE MATERNO INFANTIL 4. Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) Portaria GM 756/ 2004* 5. Rede Cegonha Portaria GM 1459/ 2011* 6. Atenção à Saúde do Idoso Portaria 2.528/2006* REDE DE ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR 7. Melhor em casa Portaria 2029/ 2011* Portaria GM 2527/ 2011* Portaria 1533/2012* 8. NASF Portaria GM 154/2008* Portaria 2.488/2011* Decreto 560/2013** * Legislação Federal Acompanhamento à puericultura, Otoscópio envolvendo ações de incentivo e Estetoscópio Protocolo de orientações ao aleitamento materno, transição alimentar, orientação à Procedimentos estimulação de linguagem e sinais de alerta Material didático de perda auditiva na infância, atraso no Fonoaudiólogo desenvolvimento global, bem como monitoramento e investigação auditiva. Avaliação e atendimento nas áreas da Otoscópio audição, linguagem, comunicação, Estetoscópio deglutição. Linha de cuidados aos doentes Protocolo de com AVC. Procedimentos Profissional inserido na rede de atenção Fonoaudiólogo primária para garantir os avaliações e atendimentos complementares O atendimento visa: promoção à saúde, Fonoaudiólogo prevenção e tratamento de doenças e Otoscópio reabilitação prestadas em domicílio, Estetoscópio Protocolo de abrangendo os âmbitos de avaliação e atendimento nas áreas da linguagem, Procedimentos comunicação, deglutição. *Profissional inserido na rede de atenção primária para garantir os avaliações e atendimentos complementares A inserção do profissional na atenção Otoscópio primaria à saúde objetiva contemplar os três Estetoscópio níveis de atenção à saúde na atenção Fonoaudiólogo Protocolo de fonoaudiológica, conforme preconizado pelo SUS significa promover a prevenção, Procedimentos promoção, proteção e recuperação da saúde nas diferentes fases da vida. ** Legislação Municipal 8 – CONSIDERAÇÕES FINAIS A elaboração desta proposta de atuação fonoaudiológica teve por objetivo apresentar possibilidades que subsidiem a inserção do profissional Fonoaudiólogo na Atenção Primária à Saúde, bem como sua articulação direta com as Políticas Públicas de Saúde de âmbitos Federal, Estadual e Municipal, além identificar outras possibilidades de atuação em áreas que ainda não foram contempladas com regulamentação específica, sendo apresentadas propostas que consideraram os três níveis de atenção à saúde (prevenção, tratamento e reabilitação). 12 As diretrizes do SUS[1] apontam para a importância de uma atenção universal, equânime e integral à saúde, organizada por meio da descentralização, regionalização e hierarquização dos serviços, de forma que sejam acessíveis a todos os cidadãos, resolutivos e contem com a participação social. Atualmente a PMC possui doze Fonoaudiólogos concursados lotados nos Distritos Sanitários da SMS, mas desempenhando suas atividades laborais em equipamentos gerenciados pela SME, como os Centros de Atendimento Especializado (CMAEs) e Ambulatórios de Reabilitação Mental/Autismos das Escolas Municipais de Educação Especial (EMEEs).[63] O atual modelo de atuação fonoaudiológica não condiz com as diretrizes de universalidade, integralidade e eqüidade preconizados pelo SUS.[1][8] Em outras cidades, como por exemplo. São Paulo desde década de 90 a Fonoaudiologia já estava inserida em UBS. Conforme relato de Simão & Chun (1995)[64] há dificuldades para inserção do Fonoaudiólogo em UBS e apresentam sua percepção de que a atuação clínica tradicional não era compatível com o sistema público de saúde, sendo necessário ir além da atuação curativa considerando que as “ações deveriam estar voltadas para a coletividade segundo suas necessidades específicas, mas de forma também e, principalmente preventiva. [...] o mero atendimento terapêutico individual e mesmo grupal apenas criava uma falsa ilusão de resolução dessa demanda.” (pg. 416)[64] Acreditamos que a Fonoaudiologia não está restrita a um segmento populacional[65] sendo uma área da saúde que se aplica a todos os ciclos da vida, da vida neonatal à senilidade e que atualmente há subaproveitamento do potencial de trabalho[66] desta categoria profissional. Nesse sentido e com o intuito de adequar essa questão, foi elaborada esta proposta para apontar e comprovar a necessidade de mudanças nos processos de trabalhos dentro da SMS, com ampliação das áreas de atuação do Fonoaudiólogo, elaboração de novos protocolos de atuação e mapeamento epidemiológico [8][10][42] das áreas que apresentam demanda fonoaudiológica reprimida.[8][64][65] Esta proposta não está pronta e nem fechada, trata-se de um projeto inicial de atuação que pode se mostrar muito promissora, como alerta Penteado (2002) faz-se necessário um redimensionamento das práticas de saúde com destaque para as ações de promoção e prevenção a saúde 67][1] visando proporcionar melhor qualidade de vida ao cidadão. [30][31][43] e melhor aproveitamento do recurso humano (Fonoaudiólogos) disponíveis na rede, otimização do trabalho desenvolvido, fluxo efetivo por meio da inserção do Fonoaudiólogo nas Redes de Atenção Primária e de Serviços Especializados. Em outras palavras essa proposta apresenta um panorama das potencialidades de atuação do Fonoaudiólogo nas redes de atenção primária 13 e sua efetivação está diretamente ligada à abertura da gestão para, de forma democrática e participativa [61][29][30][31][66] repensar a ação fonoaudiológica do município de Curitiba. Sugere-se que esse processo inicie-se com criação de grupos de trabalho e de estudos para a construção conjunta (gestor e profissionais) de um novo modelo de Atenção Fonoaudiologia para a população. Desta forma também será contemplado o planejamento [66][31][33][62] do período de transição, garantindo uma ampla discussão desse processo. O primeiro passo foi dado, em prol de um bem maior que é o bem estar do usuário do SUS e de toda a Sociedade. REFERÊNCIAS [1] BRASIL, 1990 Lei Federal nº 8.080 – Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. [2] BRASIL, 2009 Ministério da Saúde. O SUS de A a Z: garantindo saúde nos municípios. 3. ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009. [3] BRASIL, 2011 Decreto Federal nº 7.508 – Regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências. [4] BEFI, D. Fonoaudiologia na atenção primária a saúde. 1 ed. São Paulo: Editora Lovise, 1997. [5] GOMES, E. M. G. P; REMENCIUS, N. R. Fonoaudiologia na Unidade Básica de Saúde. LAGROTTA, M. G. M ; CÉSAR, C. P. H. A. R. A Fonoaudiologia nas Instituições São Paulo: Lovise, 1997. (pg. 183-186) [6] CAMPOS, G. W. S.; GUERRERO, A. V. P. (org.). Manual de práticas de atenção básica: saúde ampliada e compartilhada. São Paulo: Hucitec; 2008. [7] CREFONO 4. Cartilha: Contribuições da Fonoaudiologia para Avanço do SUS. Gestão 2010-20013. [8] SALTINI, C. B. A. A Fonoaudiologia e a Assistência À Saúde na Prefeitura Municipal de Saúde. 38f. Projeto técnico – Especialização em Gestão Pública, Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2011. [9] CARVALHO, A. I.; BARBOSA,P. R., Políticas de saúde: fundamentos e diretrizes do SUS. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2010. [10] COELHO, I. B. Formas de pensar e organizar o sistema de saúde: os modelos assistenciais em saúde. In: CAMPOS, G. W. S.; GUERRERO, A. V. P. (org.). Manual de práticas de atenção básica: saúde ampliada e compartilhada. São Paulo: Hucitec; 2008. (pg. 96-131) [11] MENDES, E. V. As redes de atenção à saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. [12] CURITIBA, 2011 Decreto Municipal nº 1506 - Altera o Decreto Municipal nº 1.119 de 30 de novembro de 2004 na parte referente às atribuições, competência, técnica de ingresso, requisitos e demais características inerentes aos cargos de Assistente Social, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo e Odontólogo, da Administração Direta e Indireta do Município de Curitiba. [13] CURITIBA, 2013 Decreto Municipal nº 560 – Dispõe sobre a regulamentação da 14 Atenção Primária à Saúde (APS) na Secretaria Municipal de Saúde que inclui o Fonoaudiólogo na composição das equipes. Publicado no Diário Oficial de Curitiba. [14] BRASIL, 2011 Portaria Federal nº 2.488 – Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). [15] BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2010 – Características Gerais da População, Religião e Pessoas com Deficiência. Disponível em: <http://dab.saude.gov.br/melhor_em_casa_caderno_ad.php>. Acesso em: 03/05/2013. [16] BRASIL, 2004 Portaria MS/GM nº 2.073 – Institui a Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva. [17] TOMÉ, M. C. (org.) Dialogando com o Coletivo: Dimensões da Saúde em Fonoaudiologia São Paulo: Santos Editora, 2009. [18] BRASIL, 1981 Lei Federal nº 6.965 – Dispõe sobre a regulamentação da Profissão de Fonoaudiólogo, e determina outras providências. [19] REZENDE, M. T. M. C. de et al. Exercício Profissional do Fonoaudiólogo. Conselho Federal de Fonoaudiologia. 7º Colegiado. Gestão 2001/2004. Brasília – DF, 2002. [20] BRASIL, 2010 Lei Federal nº 12.303 – Dispõe sobre a obrigatoriedade de realização do exame denominado Emissões Otoacústicas Evocadas. [21] KATZ, J. Tratado de audiologia clínica. 4. ed. São Paulo: Manole, 1999. [22] BRASIL, 2007 Decreto Federal nº 6.286 – Institui o Programa Saúde na Escola - PSE, e dá outras providências. [23] CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA. Fonoaudiologia e Educação (folder). Disponível em: <http://www.fonoaudiologia.org.br/publicacoes/pubmanual7.pdf >. Acesso em 07/05/2013. [24] CAMPOS, G. W. S. Apoio matricial e equipe de referencia: uma metodologia para gestão do trabalho interdisciplinar em saúde. Ciência & saúde Coletiva, 1999, 4: 393-403. [25] CAMPOS, G. W. S.; DOMITTI, A. C. Equipes de referência e apoio especializado matricial um ensaio sobre a re organização do trabalho em saúde. Ciência & saúde Coletiva, 2007, 4: 399-407. [26] OLIVEIRA, G. N. Apoio matricial como tecnologia de gestão e articulação em rede. In: CAMPOS, G. W. S.; GUERRERO, A. V. P. (org.). Manual de práticas de atenção básica: saúde ampliada e compartilhada. São Paulo: Hucitec; 2008. (pg. 237 – 282) [27] BRASIL, 2008 Portaria MS/GM nº 154 - Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF. [28] CURITIBA, 2005 Lei nº 11.393 – Dispõe sobre a obrigatoriedade de realização de testes audiológicos periódicos nos postos de saúde, creches e unidades escolares do município e dá outras providências. [29] RUA, M. G. Políticas Públicas. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2009. [30] SCHENINI, P.C Políticas Públicas Curitiba: IFPR, 2012. [31] GUINDANI, R. A.; BARTKIW, P. I. N. Planejamento Estratégico Público Curitiba: IFPR, 2012. [32] TASCA, R. A atenção à saúde coordenada pela APS: construindo as redes de atenção no SUS contribuições para o debate. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. [33] KUSCHNIR, R. C.; CHORNY, A. H.; LIMA, A. M. L. Gestão dos sistemas e serviços de saúde. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC; [Brasília]: CAPES : UAB, 2010. 15 [34] BRASIL. Ministério da Saúde. IHAC Portal da Saúde. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=24229. Acesso em: 30/04/2013. [35] BRASIL. Ministério da Saúde. Iniciativa Hospital amigo da Criança Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/relatorioihacatualizado.pdf>. Acesso em: 05/05/2013. [36] ZANINI, C.; FRANÇA, M. C. T. Algumas considerações sobre o leite humano e aleitamento materno. In.:JACOBI, J. S.; LEVY, D. A.; SILVA, L. M. C. Disfagia – Avaliação e Tratamento. Rio de Janeiro, Revinter, 2003.(p.83-99) [37] BRITO, S. B. et al. Frênulo lingual: classificação e conduta segundo a ótica fonoaudiológica, odontológica e otorrinolaringológica. Rev. CEFAC, São Paulo, v.10, n.3, 343-351, jul-set, 2008. [38] MARTINELI, R. L. C. et al. Protocolo de avaliação do Frênulo da língua em bebês. Rev. CEFAC. 2012 Jan-Fev; 14(1):138-145. [39] BRASIL, 2011 Portaria Federal nº 1.459 – Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - a Rede Cegonha. [40] BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da Saúde. Rede Cegonha. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/saude/gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=37082>. Acesso em 28/04/2013. [41] STARFIEL, B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: UNESCO, Ministério da Saúde, 2002. [42] MASSUDA, A. Práticas de Saúde Coletiva na Atenção Primaria em saúde. In: CAMPOS, G. W. S; GUERRERO, A. V. P. (org.). Manual de práticas de atenção básica: saúde ampliada e compartilhada. São Paulo: Hucitec; 2008 (pg. 179 – 205). [43] CAVALHEIRO, T. P. Fonoaudiologia e saúde da família. Editorial 2 Rev. CEFAC vol.11 nº.2 São Paulo Abr/Jun, 2009 (p.179368). [45] GROHER, M. E. Distúrbios de Deglutição em Idoso. In.: FURKIM, A. M.; SANTINI, C. S. (org.) Disfagias Orofaríngeas. 2. ed. São Paulo: Pró-Fono, 2001 (p.97-108). [45] GANANÇA, M. M; CAOVILLA, H. H. Desequilíbrio e Reequilíbrio. In: GANANÇA, M. M. Vertigem tem cura? São Paulo: Lemos Editorial, 1998 (p. 13-19) [46] BEHLAU, M. 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M.; SANTINI, C. S. (org.) Disfagias Orofaríngeas. 2. ed. São Paulo: PróFono, 2001. [53] MACEDO FILHO, E.D.; GOMES, G.F; FURKIM, A.M Manual de cuidados do paciente com disfagia. São Paulo: Lovise, 2000. 16 [54] CHIAPETTA, A. L. M. L; ODA, A. L. Disfagia Orofaríngea Neurogênica. In.: LEVY, J. A.; OLIVEIRA, A. S. B. Reabilitação em Doenças Neurológicas – guia terapêutico prático. São Paulo: Atheneu, 2003 (p. 81-111). [55] STANICH, P. Nutrição em Disfagia. In: FURKIM, A. M.; SANTINI, C. S. (org) Disfagias Orofaríngeas. 2. ed. São Paulo: Pró-Fono, 2001 (p. 127-137) [56] BRASIL, 2011 Portaria Federal nº 2.029 – Institui a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). [57] BRASIL. Ministério da Saúde. Melhor em casa. Caderno de atenção domiciliar 1. Disponível em: <http://dab.saude.gov.br/melhor_em_casa_caderno_ad.php>. Acesso em: 30/04/2013. [58] BRASIL, 2011 Portaria Federal nº 2.527 – Dispõe e redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). [59] BRASIL, 2012 Portaria Federal nº 1.533 – Altera e acresce dispositivos à Portaria nº 2.527/GM/MS, de 27 de outubro de 2011, que redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). [60] BRASIL, 2008 CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA. Resolução CFFa Nº 356 – Dispõe sobre a competência técnica e legal do fonoaudiólogo para atuar nas disfagias orofaríngeas. [61] BRASIL, 2010 CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA. Resolução CFFa nº 383 – Dispõe sobre as atribuições e competências relativas à especialidade em Disfagia pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia, e dá outras providências. [62] DAGNINO, R. P. Planejamento estratégico governamental. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2009. [63] CURITIBA. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal da Saúde. Relatório Anual de Gestão – SMS – Curitiba – 2012. Curitiba - PR. [64] NICOLOTTI. C. A.; ROSS, M. A. D; Fonoaudiologia e Sistema Único de Saúde. In.: TOMÉ, M. C. (org.) 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