AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE FUNCIONÁRIAS DO SERVIÇO DE NUTRIÇÃO DE UM HOSPITAL FILANTRÓPICO GONÇALVES, Juliana Fermino Universidade São Francisco (USF) PIMENTEL, Gustavo Duarte Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) PEREIRA, Elaine Cristina Leite Universidade Paulista (UNIP) [email protected] MOTA, João Felipe Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Universidade São Francisco (USF) [email protected] RESUMO: Os objetivos do presente trabalho foram avaliar o consumo alimentar e o estado nutricional de funcionárias do serviço de nutrição e dietética de um hospital filantrópico de Bragança Paulista/SP. Metodologia: A amostra foi composta por 31 mulheres (42,8 ± 11,2 anos). A composição corporal foi determinada por meio da medida de circunferências, peso e estatura. Os dados nutricionais foram coletados através de questionário de freqüência alimentar (QFA). Foi aferida a pressão arterial seguindo as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Os testes utilizados para determinar diferenças nas variáveis com o estado nutricional foram ANOVA/MANOVA, seguido por Spearman para analisar as associações entre a circunferência da cintura e a QFA. Adotando como significância p<0,05. Resultados: As voluntárias mostraram-se com excesso de peso e com circunferência da cintura e do quadril aumentada. Em relação aos hábitos alimentares, foram observadas baixa ingestão de leite e derivados, cereais integrais e fibras alimentares. Conclusão: Os resultados do presente estudo sugerem a necessidade de mudança do estilo de vida neste grupo populacional, visando prevenção de doenças crônicas não transmissíveis e melhora na qualidade de vida. PALAVRAS-CHAVE: Consumo alimentar, Estado Nutricional, Sobrepeso, Hipertensão, Qualidade de vida. ABSTRACT: The aim of this study were to evaluate the dietary intake and nutritional status of employees of nutrition and dietetics service of a philanthropic hospital in Bragança Paulista/SP. Methods: The sample comprised 31 women (42,8 ± 11,2 years old). Body composition was determined through of measurement of circumference, weight and height. Dietary data were obtained through dietetic frequency questionnaire (DFQ). Blood pressure measurement was made following the recommendations of Brazilian Guidelines on Hypertension. ANOVA/MANOVA was used to determine differences in variables with the nutritional status and Spearman was used to analyse the association between waist circumference and the DFQ. Adopting as significant p<0.05. Results: The volunteers showed up overweight and waist and hip circumference increased. In relation to dietary habits were observed low intake of dairy products, whole grains and dietary fiber. Conclusions: The results of this study suggest the need for a change of lifestyle in this population, aimed at prevention of chronic diseases and improved quality of life. KEYWORDS: Food Consumption, Nutritional Status, Overweight, Hypertension, Quality of Life. Interciência & Sociedade 19 GONÇALVES, J. F.; PIMENTEL, G. D.; PEREIRA, E. C. L.; MOTA, J. F. 1. INTRODUÇÃO Em decorrência da transição nutricional e tecnológica o número de indivíduos acima do peso não para de aumentar, sendo que na população adulta brasileira os índices superam 50% (IBGE, 2010), fazendo com que haja maior preocupação com as doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão, obesidade e diabetes. Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstram que as doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por 58,5% dos óbitos e por 45,9% das morbidades em todo o globo (MONTEIRO, 2005). Outros estudos também mostram que as doenças crônicas não transmissíveis são caracterizadas por longo período de latência, com evolução da doença, que podem levar o indivíduo a incapacidades e até ao óbito (MARIATH et al., 2007). O elevado número de indivíduos obesos constitui problema de relevância para saúde pública por estar associada direta ou indiretamente com o aumento da incidência das doenças crônicas não transmissíveis e redução da expectativa de vida (OLIVEIRA et al., 2006). Paralelo a isto, sabe-se que os indivíduos obesos apresentam maior relação síntese/oxidação de ácidos graxos intramuscular, o que evidencia ainda mais o desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis (BERGGREN et al., 2004). Assim, é importante avaliar as reservas corporais especificamente, o acúmulo de gordura na região abdominal, que é considerado fator de risco grave para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, sendo associados também à hipertensão arterial, dislipidemias, diabetes melittus tipo 2 e aceleração do processo de aterosclerose (MARTINS & MARINHO, 2003; OLINTO et al., 2006; MARIATH, 2007). Outro fator envolvido com o desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis e relacionado com o estado nutricional é a ingestão alimentar inadequada. Segundo VALERO (2004), o método mais utilizado para avaliação do consumo alimentar é o questionário de freqüência de 20 consumo alimentar (QFCA). MONTEIRO (2000), afirma que a “dieta ocidental”, ou seja, rica em gorduras (principalmente de origem animal), açúcar e alimentos refinados, com redução de carboidratos complexos e fibras alimentares está associada concomitantemente com o aumento da obesidade. Assim sendo, o objetivo deste trabalho foi avaliar o consumo alimentar e o estado nutricional de um grupo de funcionárias do Serviço de Nutrição e Dietética de um Hospital Filantrópico do Município de Bragança Paulista/SP. 2. Metodologia O estudo foi do tipo transversal descritivo. Participaram do estudo 31 funcionárias do sexo feminino do Serviço de Nutrição e Dietética de um Hospital filantrópico de Bragança Paulista/SP. Todas as voluntárias receberam orientações sobre as avaliações a que foram submetidos e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Francisco. 2.1. Avaliação antropométrica Para avaliação do peso corporal e estatura foi realizada utilizando balança antropométrica tipo plataforma (Filizola®, Brasil, com precisão de 0,1 kg para peso e 0,1 cm para estatura). Para esta avaliação, as voluntárias foram orientadas a usar roupas leves e estar sem sapatos. Na avaliação da estatura os indivíduos foram posicionados descalços sobre a balança (superfície plana) em ângulo reto com a haste vertical, os calcanhares deveriam estar juntos, tocando a haste vertical do estadiomêtro, a cabeça deve ficar ereta, com os olhos fixos à frente (HEYWARD & STOLARCZYK, 2000). Posteriormente, foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC) de acordo com os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS/WHO, 2002), A circunferência da cintura (CC) foi mensurada com fita milimétrica de metal inextensível e inelástica, com precisão de 0,5 cm. A medida foi realizada no ponto méInterciência & Sociedade Avaliação do estado nutricional de funcionárias do serviço de nutrição de um hospital filantrópico dio entre o último arco intercostal e a crista ilíaca (HEYWARD e STOLARCZYK, 2000). Como valores de referência para CC, foram utilizados os propostos pelo Internacional Diabetes Federation (IDF) (ALBERT, 2005), sendo considerada elevada a CC maior igual que 80 cm para mulheres. Outro indicador antropométrico utilizado para classificação foi à relação cintura-quadril (RCQ). A medida de circunferência de quadril foi realizada na região de maior perímetro do quadril entre a cintura e a coxa (CUPPARI, 2005) e foram considerados como alterados relações acima de 0,85 (OMS, 2002). não ingestão de bebidas alcoólicas e café antes da aferição, sentar-se, ficar em repouso por cinco minutos, para então realizar a aferição da pressão arterial. Foram feitas duas medidas, sendo estabelecida como valor final a média entre elas. Foram consideradas anormais as medidas da pressão arterial acima de 130/85 mmHg, seguindo as normas estabelecidas pelo Terceiro Painel de Tratamento do Adulto (National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III, 2001). 2.2. Avaliação do consumo alimentar 2.4. Análise Estatística O consumo alimentar foi avaliado por meio da aplicação de Questionário de Freqüência Alimentar (QFA). Tal questionário já foi aplicado e validado para população adulta, apresentando similaridades com a população deste estudo (RIBEIRO et al., 2006). Após a aplicação da QFA, alguns alimentos foram agrupados em variáveis representativas de uma dieta de boa ou má qualidade. Além disso, este agrupamento facilitou a análise dos dados, já que os 56 itens alimentares contidos no QFA ficaram divididos em 14 grupos a serem analisados: 1) QFA Leite/derivados integrais; 2) QFA/ Leite/derivados desnatados; 3) QFA Ovos; 4) QFA Carnes; 5) QFA Peixes; 6) QFA Embutidos e enlatados; 7) QFA Óleos vegetais; 8) QFA Gordura animal; 9) QFA Petiscos (pizzas, salgadinhos de pacote, lanches); 10) QFA Cereais integrais (fibras e cereais); 11) QFA Cereais não integrais (pão branco, cereais refinados, tubérculos e raízes); 12) QFA Vegetais e leguminosas; 13) QFA Frutas e sucos naturais e 14) QFA Doces em geral (bolos, sorvetes, chocolates), onde QFA refere-se à freqüência do consumo em número de vezes por semana. Foram empregadas provas estatísticas para análise quanto à simetria. As características gerais dos participantes foram expressas em valores médios e desvios-padrão, mediana e P25-P75. Foi realizada estatística descritiva básica para o cálculo de prevalências. ANOVA/MANOVA foi usado para diferenciação dos grupos, divididos de acordo com estado nutricional e correlações de Spearman, com o intervalo de confiança de 95%, para verificar as associações entre a CC e freqüência de consumo alimentar. Valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente diferentes. Todas as análises foram realizadas utilizando o software STATISTICA® for Windows (version 5.1, Statsoft, Tulsa, USA). 2.3. Avaliação da pressão arterial A pressão arterial foi aferida com esfignomanômetro digital da marca BD® por avaliador treinado, seguindo as normas estabelecidas pela IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (2002). As voluntárias foram orientadas a 3. Resultados Foram avaliadas 31 funcionárias, com idade média de 43 anos. Quanto ao estado nutricional foi verificado que 75% das participantes apresentavam excesso de peso, ou seja, 23% sobrepesos e 52% obesas. A prevalência de adiposidade abdominal foi observada na maioria das funcionárias avaliadas. De acordo com a CC, 77% das funcionárias apresentavam circunferência alterada. A prevalência de hipertensão arterial na amostra estudada foi de 30%. Das funcionárias que apresentaram hipertensão, 9% foram classificadas como eutróficas, 27% sobrepeso e 63% obesidade. Quando associada à CC alterada, 90% Interciência & Sociedade 21 GONÇALVES, J. F.; PIMENTEL, G. D.; PEREIRA, E. C. L.; MOTA, J. F. apresentavam hipertensão. Quando associada às mulheres sobrepeso ou obesas, 91% apresentaram hipertensão. As características gerais da amostra podem ser ob- servadas na Tabela 1. Tabela 1. Caracterização geral da amostra (n=31) *IMC: Índice de Massa Corporal; QFA: Freqüência do consumo em vezes por semana. Após a divisão de acordo com o IMC foi verificado que o grupo classificado como obesas tendeu a relatar menor consumo de leite e derivados integrais (p=0,06), ovos (p=0,07) e gordura animal (p=0,02), além de tender a relatar maior consumo de cereais integrais (p=0,06) e vegetais e leguminosas (p=0,06) (Tabela 2). Tabela 2. Comparação das variáveis alimentares em relação ao Índice de Massa Corporal, dados apresentados em média e desvio-padrão (mediana com semi-amplitude interquartílica), (n=31) 22 Interciência & Sociedade Avaliação do estado nutricional de funcionárias do serviço de nutrição de um hospital filantrópico Tabela 2. Continuação QFA: Freqüência do consumo em vezes por semana. QFA: Questionário de Freqüência Alimentar (vezes por semana). †ANOVA, p<0,05. Na Tabela 3 foram apresentadas as correlações entre a CC e a freqüência de consumo alimentar. Houve correlação negativa entre a CC e QFA gordura animal (r=-0,38, p=0,03) e positiva com QFA vegetais e leguminosas (r=0,38, p=0,03). Tabela 3. Correlações entre a circunferência da cintura e a freqüência de consumo alimentar (n=31). QFA: Questionário de Freqüência Alimentar (vezes por semana); †: correlação linear de Spearman; ns: não significativo. 4. Discussão Com base nos dados antropométricos obtidos, podemos observar alta prevalência de sobrepeso e obesidade (75%) no grupo estudado, refletindo o quadro da transição nutricional. Estudos mostram que a prevalência de sobrepeso e obesidade é cada vez mais preocupante. GIGANTE et al. (1997) constataram, em seu estudo que 21% da população estudada apresentaram obesidade, 40% com sobrepeso e que a prevalência da obesidade mostrou-se mais elevada em mulheres. Já em relação à CC, 77% das mulheres apresentaram esse indicador elevado. Segundo OLINTO et al. (2006), o aumento da obesidade abdominal associado à idade nas mulheres têm sido apontados em vários estudos com a população brasileira. Outro indicador antropométrico que apresentou alta prevalência de alteração foi Interciência & Sociedade 23 GONÇALVES, J. F.; PIMENTEL, G. D.; PEREIRA, E. C. L.; MOTA, J. F. a relação cintura-quadril (58%). A pressão arterial mostrou-se normal na maioria da população estudada (70%). A hipertensão foi observada em 30% da população estudada estando associada somente aos altos valores de CC e IMC, apresentando índices de 90% e 91%, respectivamente. Em estudo realizado por SARNO & MONTEIRO (2007), com homens e mulheres, foi verificada associação positiva entre pressão arterial, CC e IMC. GUS et al. (1998) verificaram que as medidas de CC e RCQ estiveram associadas à hipertensão arterial. A OMS afirma que a associação entre hipertensão e obesidade é bem estudada e documentada. Estudos mostram que as pressões sistólica e diastólica aumentam com a elevação do IMC e que os indivíduos obesos apresentam maior risco de desenvolver a hipertensão quando comparado aos indivíduos magros (STAMLER et al., 1980; STAMLER et al., 1978). A duração da obesidade aumenta o risco de desenvolver a hipertensão, especialmente em mulheres, e a conseqüente perda de peso leva a redução da pressão sangüínea (OMS/WHO, 2003). CARNEIRO et al. (2003), em estudo com predominância de mulheres (432 mulheres e 67 homens), verificou que a maior prevalência de hipertensão arterial estava entre os indivíduos com elevado IMC. Assim, os autores sugeriram que a obesidade apresentou impacto muito mais evidente sobre a hipertensão arterial quando comparado a outros fatores de risco para doenças cardiovasculares, como dislipidemia e intolerância à glicose. Sabe-se que as doenças crônicas também levam a inabilidade física, proporcionando maior absenteísmo, prejuízo na qualidade do serviço prestado e maiores gastos para empresa. Em estudo longitudinal, os pacientes identificados como moderadamente hipertensos foram acompanhados por 10 anos, sendo estabelecida mudança dietética positiva associada à interrupção do tabagismo e aumento da atividade física. Os resultados foram redução do peso corporal e da pressão arterial (STAMLER et al., 1980). Os resultados obtidos pelo QFA no presente estudo podem ter sido subestima- 24 dos, devido à população estudada trabalhar em um Serviço de Nutrição e Dietética e ter noções de como deve ser uma alimentação saudável. Segundo SCAGLIUSI & JUNIOR (2003), subestimações podem ocorrer, se os indivíduos apresentarem maior consciência sobre alimentação. Segundo DRUMMOND et al. (1998), muitos estudos que utilizam diferentes técnicas de inquéritos apresentaram subestimação nos relatos de consumo, tanto em homens como em mulheres, porém essa subestimação é encontrada principalmente em indivíduos obesos e do sexo feminino em sua maioria. No presente estudo, a população é somente do sexo feminino e a subestimação dos dados fica bem descrita quando analisada as correlações estatísticas. Além disso, a CC apresentou correlação negativa com o consumo de alimentos ricos em gordura animal e positiva com o consumo de alimentos como vegetais e leguminosas. Segundo SCAGLIUSI & JUNIOR (2003), a dificuldade em se mensurar o consumo alimentar de forma acurada é uma das limitações para a detecção de associações entre a ingestão alimentar e o risco de desenvolvimento de doenças. O autor ainda afirma que isso acontece devido aos métodos para avaliação da ingestão alimentar dependerem do relato individual. Vários indicadores para a subestimação já foram estudados, porém a obesidade é o que melhor se relaciona com a subestimação alimentar (Taren et al., 1999). SCAGLIUSI & JUNIOR (2003) afirmam que o gênero com tendência à subestimação é em sua maioria do sexo feminino. Ainda existem poucos estudos nacionais disponíveis sobre a avaliação do consumo alimentar da população brasileira (MARCHIONI et al., 2003), o que dificulta a comparação entre os dados deste estudo. Sabemos que o alto consumo de alimentos ricos em gordura animal, doces em geral e baixo consumo de cereais integrais, contribuem para o excesso de peso e de seus indicadores antropométricos como o IMC, a CC e a RCQ. (MONTEIRO, 2000). Conclui-se que o excesso de peso tem alta prevalência no grupo estudado, superando o número de eutróficas. Fator Interciência & Sociedade Avaliação do estado nutricional de funcionárias do serviço de nutrição de um hospital filantrópico preocupante, pois 91% das hipertensas apresentavam IMC acima de 25kg/m2. Ao considerar que estas funcionárias trabalham em estabelecimento de nutrição e dietética, foi observado que os resultados obtidos com os dados do QFA foram subestimados, pois não apresentaram valores de significância entre alimentos envolvidos potencialmente com o aumento do sobrepeso e obesidade. Ao contrário, os indivíduos obesos apresentaram maior consumo de vegetais, leguminosas, cereais integrais e, menor consumo de gordura animal. Acredita-se que isso tenha ocorrido devido às funcionárias trabalharem em um serviço de nutrição e dietética e terem as mínimas noções de como deve ser uma alimentação saudável. Assim sendo, incentivos à mudança do estilo de vida devem ser implementados com o intuito de melhora na qualidade de vida, podendo repercutir em melhor desempenho no trabalho. Sugerimos que esta área de pesquisa seja explorada para se determinar o perfil de saúde de funcionários e traçar estratégias de promoção à saúde no próprio ambiente de trabalho. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBERT, K. G. M. M.; ZIMMET, P.; SHAW, J. The metabolic syndrome-a new worldwide definition. Lancet, 366, p. 1059-1062, 2005. BERGGREN, J. R.; et al. Weight loss and exercise: implications lipid metabolism and insulin action. Med Sci Sports Exerc; 36: 1191-5, 2004 CARNEIRO, G.; et al. Influência da distribuição da gordura corporal sobre a prevalência de hipertensão arterial e outros fatores de risco cardiovascular em indivíduos obesos. Rev Assoc Med Bras, v.49, n.3, p. 306-31, 2003. CUPPARI, L. Nutrição clínica no adulto. 2. ed. Ver. Amp. Manole, Barueri, 2005. DRUMMOND, S. E.; et al. Evidence hat eating frequency is inversely related to body weight status in male, but not female, non-obese adults reporting valid dietary intakes. Int J Obes v.22, p.105112, 1998. 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Juliana Fermino Gonçalves, Nutricionista graduada pela Universidade São Francisco (USF), Bragança Paulista/ SP (2007). Gustavo Duarte Pimentel, Nutricionista pela UNIMEP (2006), especialista em Cuidados Nutricionais do Paciente e do Desportista pela UNESP. Mestrando em Fisiologia da Nutrição da UNIFESP/SP. Elaine Cristina Leite Pereira, Fisioterapeuta pela UFSCar (1997). Doutora em Anatomia pela UNICAMP (2005). Professor titular da Universidade Paulista-Jundiaí/SP. Coordenadora da Especialização em Fisioterapia Esportiva (CEFAI-IBRAMED)-Amparo/SP, Coordenadora Pedagógica do Instituto de Nutrição e Ciências da Saúde (INECS)-Campinas/SP. João Felipe Mota, Nutricionista pela PUC-Campinas (2002), Especialista em Bioquímica Nutricional e Dietética (UNESP) e em Cuidados Nutricionais ao Paciente Desportista (UNESP), Mestre em Patologia (UNESP). Doutorando em Fisiologia da Nutrição (UNIFESP/EPM). Coordenador do Curso de Nutrição da Universidade São Francisco (USF)-Bragança Paulista, Diretor do Instituto de Nutrição e Ciências da Saúde (INECS)-Campinas/SP. 26 Interciência & Sociedade