Universidade Presbiteriana Mackenzie
USO DA INTERNET PARA
FREQÜÊNCIA ALIMENTAR
APLICAÇÃO
DE
UM
QUESTIONÁRIO
DE
Jorge Henrique Silva Bueno (IC) e Juliana Masami Morimoto (Orientadora)
Apoio: PIBIC Mackenzie
Resumo
O Questionário Quantitativo de Frequência Alimentar (QQFA) é um dos métodos mais utilizados em
estudos epidemiológicos para avaliação da relação entre dieta e doença. Consiste em uma lista de
alimentos fechada com a finalidade de coletar a freqüência do consumo de cada alimento. O objetivo
do estudo foi analisar o retorno e a qualidade da informação de um Questionário Quantitativo de
Frequência Alimentar (QQFA) aplicado pela internet. A amostra constitui-se de 26 adolescentes de
uma escola pública estadual de São Paulo, com idades entre 12 e 14 anos. Para analisar a qualidade
do QQFA, foram utilizados dois recordatórios de 24 horas aplicados com intervalo de 60 dias, sendo
que entre o 15º e 45º dia os indivíduos deveriam preencher o QQFA. Foram encaminhados 55 QQFA
para preenchimento impresso e 68 pela internet com adesão de 11 (20%) e 15 (22,5%) adolescentes,
respectivamente. O teste de Wilcoxon foi utilizado para análise das médias pareadas entre a ingestão
de nutrientes pelos R24h e pelo QQFA. Os resultados demonstraram ingestões maiores no QQFA do
que no outro método para a maioria dos nutrientes, com diferenças estatisticamente significativas.
Quando comparadas as médias de ingestão de nutrientes entre QQFA aplicado pela internet e o
impresso não foram observadas diferenças estatisticamente significativas, o que demonstra que o
uso da internet para aplicação do QQFA possa ser uma forma alternativa para este inquérito
alimentar, na população estudada. Recomenda-se a realização deste tipo de estudo em amostras
maiores e de outras idades para confirmação dos resultados deste estudo.
Palavras-chave: consumo alimentar, adolescente, Internet; questionário de freqüência alimentar
Abstract
Quantitative Food Frequency Questionnaire (QFFQ) is one of the methods most used in
epidemiological studies to assess the relationship between diet and disease. This instrument consists
of a closed list of foods in order to collect the intake frequency of each food. The aim of this study was
to analyze the return and quality of information from a Quantitative Food Frequency Questionnaire
(QFFQ) administered over the internet. The sample consisted of 26 adolescents aged between 12 and
14 years from a state public school in São Paulo. To analyse the quality of QFFQ, we used two 24hour recalls applied with an interval of 60 days, with between 15th and 45th days individuals should fill
the QFFQ. Were sent 55 QFFQ in print form and 68 over internet with fulfillment by 11 (20%) and 15
(22.5%) adolescents, respectively. The Wilcoxon test was used to analyze the pairwise average
nutrient intake between 24-hour recalls and the QFFQ. The results demonstrated higher intake in
QFFQ than the other method for most nutrients, with statistically significant differences. When
comparing the mean nutrient intake between QFFQ applied by internet and printed version,
differences were not statistically significant, which demonstrates that the use of Internet for application
of QFFQ could be a way around this food survey in the population. It is recommended to perform this
type of study in larger samples of other ages and to confirm the results of this study.
Key-words: food intake; adolescent, Internet, food frequency questionnaire
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VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
INTRODUÇÃO
A profissão do nutricionista está baseada na relação dos seres humanos com os alimentos e
por isso avaliar o consumo alimentar é essencial, tanto em indivíduos como em populações.
Existem métodos padronizados para isso, os quais podem ser diversos, questionando
hábitos alimentares atuais ou passados. Os métodos também variam de acordo com o
período que se deseja avaliar.
O Questionário Quantitativo de Frequência Alimentar (QQFA) é um instrumento para avaliar
o consumo alimentar retrospectivo, sendo na maioria das vezes dos últimos 12 meses. Este
método prevê a coleta da frequência de consumo dos alimentos, assim como a quantidade
consumida, a partir de uma lista fechada. Tem sido muito utilizado em estudos
epidemiológicos que avaliam a relação entre dieta e doença, principalmente em estudos do
tipo caso-controle.
A forma de aplicação habitual dos métodos de avaliação do consumo alimentar é por meio
de entrevista e com uso do instrumento impresso em papel. Outras formas de aplicação
devem ser estudadas para facilitar a coleta de dados de consumo alimentar em populações
e uma alternativa pode ser a internet. Nos últimos anos, tem se observado a disseminação
do uso da internet para diversas finalidades e, concomitantemente, há aumento crescente
do acesso à internet pela população brasileira.
Assim, este trabalho tem por objetivo verificar a viabilidade de aplicação do QFA pela
internet, averiguando a qualidade da informação e a adesão por meio dos participantes.
REFERENCIAL TEÓRICO
A preocupação com a alimentação vem sendo um dos temas mais abordados atualmente
pela sociedade cientifica (LIMA, 2007). Por isso, diversos estudos têm sido realizados
abordando a alimentação nos diferentes estágios da vida.
Mesmo antes de o indivíduo nascer, precauções devem ser tomadas para que o mesmo
aconteça de maneira saudável. O estado nutricional é o ponto de partida, o que inclui o
consumo de alimentos. Por isso é necessário observar e acompanhar atentamente a
gestante, adequando sua alimentação para que essa possa ter o aporte adequado de todos
os nutrientes e ter uma gravidez saudável. Um exemplo da preocupação com a saúde das
gestantes é a obrigatoriedade de adição de ácido fólico e ferro em farinhas de trigo e de
milho descrita na RDC 344/02 obrigando aos fabricantes adicionarem tal elemento em seu
produto final, pois a gestante tem a necessidade destes dois minerais aumentada. A
suplementação de ácido fólico é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e
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comprovada por diversos estudos, como Santos e Pereira (2007), como principal forma de
prevenção para boa formação do tubo neural do feto durante sua gestação.
Uma revisão realizada por Scholl e Hediger (1994) mostrou riscos que a anemia traz para a
gestante. Complicações como aborto, nascimento precoce, baixo peso do recém nascido e
complicações ao nascer foram relacionadas à prevalência de anemia nessas gestantes,
riscos que poderiam ser minimizados com uma escolha alimentar adequada (JOMORI et al.,
2008).
Ao nascer, programas de incentivo ao aleitamento materno exclusivo até os seis meses,
preconizado pela OMS e o Ministério da Saúde (MS) evitam alergias alimentares e
complicações com o trato gástrico (SILVA, 2009). O Ministério da Saúde (2002) publicou
um Guia Alimentar para crianças menores de 2 anos, que relaciona os alimentos aos
nutrientes necessários nessa fase da vida e trazem benefícios quando inseridos em
momentos oportunos ou trazendo complicações se utilizados de forma inadequada. A
adequação do consumo de alimentos por crianças desde os primeiros aos de vida deve ser
planejada por nutricionistas, equilibrando o real consumo com o preconizado (MONTE;
GIUGLIAN, 2004).
Pesquisas realizadas nas últimas décadas vêm demonstrando um decréscimo na
prevalência da desnutrição entre crianças e adolescentes e aumento da obesidade,
demonstrando um período de transição nutricional, caracterizado por alterações na
alimentação, principalmente pelo aumento do consumo de gorduras e redução na ingestão
de carboidratos complexos e fibras (WHO, 1997).
Estudos desenvolvidos no Brasil com adolescentes de baixo nível socioeconômico
mostraram que a propaganda recebe lugar de destaque como fonte de informação sobre
questões nutricionais neste estágio de vida, o que pode influenciar as práticas alimentares
inadequadas nessa população, cada vez mais frequentes (TORAL et al., 2007). Vários
fatores interferem no consumo alimentar deste período da vida, tais como valores
socioeconômicos, imagem corporal, convivências sociais, situação financeira familiar,
alimentos consumidos fora de casa, aumento do consumo de alimentos semi preparados,
influência exercida pela mídia, hábitos alimentares e facilidade de preparo (GARCIA et al.,
2003). Mais tarde, durante a vida adulta, estas características adquiridas durante a
adolescência se mantêm, pois o tempo se torna cada vez mais escasso devido à
constituição de famílias e inserção no mercado de trabalho, o que os obriga a dedicar cada
dia menos tempo para saúde. Consequentemente, optam por facilidades na alimentação,
práticas inadequadas adquiridas ainda jovens e levam essas durante toda vida adulta
(TORAL et al., 2007).
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VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
O rápido envelhecimento observado na população brasileira indica contingente de
aproximadamente 15 milhões de idosos. Estima-se que, em 20 anos, a população de idosos
possa exceder o dobro deste número, colocando o Brasil entre as cinco populações mais
idosas do mundo. Esse crescimento populacional se deve em grande parte ao aumento
considerável na expectativa de vida associada à queda da taxa de natalidade ampliando a
proporção relativa de idosos na população (VIEBIG et al., 2009).
A problemática decorrente do envelhecimento, no que diz respeito à saúde, tende a ser a
mesma que se verifica nos países desenvolvidos: aumento da prevalência de doenças
crônicas, requerendo cuidados continuados e custosos, agravada pela existência conjunta
de problemas nutricionais característicos do subdesenvolvimento, como desnutrição e
doenças infecciosas (RAMOS; VERAS; KALACHE, 1987). A substituição das causas de
morte por doenças transmissíveis, como as infecciosas e parasitárias, pelas não
transmissíveis, como hipertensão, diabetes, câncer, cardiovasculares e osteoporose, tem
ocasionado uma mudança no quadro etário brasileiro, deslocando a maior taxa de
morbidade e mortalidade dos jovens para os idosos (RIBEIRO, 1993).
Apesar de ser um processo natural, o envelhecimento submete o organismo a diversas
alterações anatômicas e funcionais, com repercussões nas condições de saúde e no estado
nutricional do idoso. Sabe-se que o processo de envelhecimento coincide com uma redução
progressiva dos tecidos ativos do organismo, perda da sua capacidade funcional e
modificação das funções metabólicas (MACHADO et al., 2006). O envelhecimento é
acompanhado por uma variedade de mudanças psicológicas, econômicas, sociais e que
também podem afetar desfavoravelmente o estado nutricional, interferindo no apetite,
consumo e absorção de nutrientes, principalmente de proteínas e micronutrientes
(MAGNONI; CASTILHO, 2003).
O estado nutricional expressa o grau no qual as necessidades fisiológicas por nutrientes
estão sendo alcançadas, para manter a composição e funções adequadas do organismo,
resultando do equilíbrio entre ingestão e necessidade de nutrientes. As alterações do estado
nutricional contribuem para o aumento da morbi-mortalidade (ACUNA; CRUZ, 2004). Avaliar
o consumo alimentar é uma das etapas da avaliação do estado nutricional de indivíduos e
populações, que para ser realizado corretamente, deve se escolher o método mais
adequado para cada situação, que fornecerá o consumo de alimentos ou nutrientes e que
posteriormente deverá ser comparado com as recomendações vigentes (FISBERG;
MARTINI; SLATER, 2005).
As Dietary Reference Intakes (DRI) estabelecem as mais recentes recomendações de
energia, macro e micro nutrientes baseados em estudos populacionais, principalmente
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norte-americanos e canadenses, realizados ao longo dos anos. Slater e colaboradores
(2004) salientam a importância de se identificar o consumo de nutrientes estabelecidos
pelas recomendações das DRIs para o desenvolvimento humano, evitando o surgimento de
doenças e aprimorando a saúde dos indivíduos. No contexto nutricional, estimar a ingestão
diária de nutrientes em indivíduos é uma tarefa essencial, pois este dado pode relatar riscos
epidemiológicos que podem ser utilizados para propor intervenções a curto, médio ou longo
prazo, em esfera populacional e individual (VOCI, 2008).
Os métodos que os nutricionistas utilizam para avaliar o consumo alimentar em
atendimentos são denominados inquéritos alimentares. São questionários ou instrumentos
que auxiliam a identificar e quantificar alimentos e suas quantidades ingeridas em
determinados períodos de tempo. O Recordatório de 24 horas é o mais utilizado,
quantificando o consumo pregresso do indivíduo no dia anterior à entrevista ou nas últimas
24 horas. Sua coleta deve ser dirigida ou orientada por nutricionista treinado para que itens
não sejam omitidos ou superestimados. Este método está sujeito a erros, como todos os
outros, principalmente em relação a falhas de memória e dificuldades na quantificação dos
alimentos (FISBERG; MARTINI; SLATER, 2005).
O Questionário Quantitativo de Frequência Alimentar (QQFA) é outro método de inquérito
alimentar bastante utilizado que tem por objetivo avaliar períodos mais longos de consumo,
através de uma lista de alimentos e porções pré-estabelecidos a partir de estudos e
metodologias específicas para seu desenvolvimento. Nele são listados os alimentos e
porções mais frequentes na alimentação das pessoas. É em geral uma ferramenta de
autopreenchimento, após orientação por um nutricionista. Pode ser utilizado em estudos
epidemiológicos para avaliação do consumo alimentar de populações, pois tem baixo custo
e facilidade de aplicação. Ele estima a ingestão habitual de um sujeito, sendo possível
estimar o consumo de diversos grupos de alimentos, o que auxilia no planejamento de uma
intervenção nutricional (VIEBIG, 2004).
O uso da tecnologia pode ajudar a encurtar distâncias, pois os novos jovens já nascem em
meio à informatização e estão habituados a lidar com a tecnologia habilmente, como explica
Delaunay, 2008. Galante e Colli (2008) avaliaram a acurácia na aplicação de um
questionário de frequência alimentar pela internet e concluíram que um questionário
computadorizado pode ser adequado para obter informações sobre consumo alimentar de
indivíduos, graças a rapidez e facilidade oferecidos pela internet.
A maneira como tudo se difunde pela internet é impressionantemente rápida, sendo que o
número de usuários que buscam por diversão, estudos e entretenimento cresce a cada dia,
tornando propício abordá-los em seu “habitat”.
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VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
MÉTODO
O estudo teve delineamento transversal sendo realizado entre estudantes do ensino médio
de uma escola pública localizada no município de São Paulo.
Para a coleta de dados foi utilizado o Questionário de Freqüência Alimentar (QFA)
desenvolvido por Fisberg et al. (2008) para adolescentes, dois recordatórios de 24 horas
(R24H) e um questionário de caracterização demográfica e de uso da internet. O primeiro
R24H foi aplicado no início da pesquisa e após um mês desta coleta foi aplicado o QFA.
Após intervalo de um mês da coleta do QFA foi aplicado o segundo R24h.
Foram convidados a participar alunos de quatro classes de duas escolas, sendo uma
pública e a outra particular. Os dados dos alunos da escola particular foram excluídos do
estudo pois a devolução dos questionários respondidos foi baixa. Das salas da escola
pública, após a aplicação do primeiro R24H, duas receberam o questionário de freqüência
alimentar (QFA) em papel (n=55) e o outro grupo recebeu um link do QFA para ser
preenchido através da plataforma Google Forms® (n=68). Foi solicitado que ambos os
grupos respondessem ao QFA em um prazo de um mês, sendo que após o término do
período estipulado o preenchimento do questionário online foi bloqueado e os QFAs
impressos não mais foram aceitos. Somente os indivíduos que completaram o
preenchimento do QFA participaram da coleta do segundo R24H. Além do QFA, foram
aplicadas questões para caracterização da amostra com perguntas sobre sexo, idade, se
possui internet em casa e onde usa a internet.
Para a organização dos dados e tabulação das informações coletadas foi utilizado o
programa Microsoft Excel, versão 2003.
Para a análise do consumo alimentar obtido pelo QFA, as frequências de consumo de cada
alimento foram transformadas em consumo diário através da razão entre o número de vezes
consumido pela unidade de tempo, sendo que para dia foi considerado 1, semana foi igual a
7, 30 para mês e 365 para ano. Este valor correspondeu à quantidade consumida de cada
alimento do QFA em um dia, o que foi aplicado sobre o tamanho da porção média do
alimento, resultando na quantidade em gramas do alimento consumida pelo indivíduo. Com
esta informação, foi possível calcular a ingestão de energia, macro e micronutrientes de
cada alimento do QFA com a utilização do programa Avanutri Online. O somatório da
ingestão de energia, macro e micronutrientes de todos os alimentos do QFA resultou na
ingestão diária do indivíduo a partir do QFA.
O tamanho das porções de cada alimento do QFA não foi considerada pelo
desconhecimento dos participantes em relação às medidas. Por isso, em todos os alimentos
foi considerada a porção média de consumo.
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A ingestão de macro e micro nutrientes a partir dos recordatórios de 24 horas foi calculada
por meio do programa AvaNutri Online. Foi estimada a ingestão por cada R24h e depois
calculada a média, que foi utilizada para todas as análises.
Para a análise de dados, foi utilizado o programa SPSS (Statistical Package for Social
Sciences). Foram utilizados testes estatísticos não paramétricos devido ao tamanho da
amostra ter sido pequeno. A avaliação do retorno do QFA foi realizada pelo teste do Quiquadrado entre as proporções de devolução e não devolução por tipo de preenchimento do
QFA, internet e impresso. Os valores médios de ingestão de energia e nutrientes a partir do
QFA e dos R24h foram comparados através do teste de Wilcoxon para amostras pareadas.
A análise das médias de ingestão de nutrientes segundo forma de aplicação do QFA foi
realizada por meio do teste de Mann-Whitney que avalia a diferença entre duas médias de
amostras independentes. Todos os testes estatísticos consideraram nível de significância de
5%.
O estudo foi realizado somente com os indivíduos que aceitarem participar voluntariamente
e apresentaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) assinado pelos pais.
Todos os possíveis sujeitos da pesquisa receberam uma breve explicação sobre o
procedimento a ser realizado e então puderam decidir pela participação ou não nesta,
respeitando as diretrizes da legislação sobre ética em pesquisa com seres humanos. Este
projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Presbiteriana Mackenzie.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram visitadas oito salas, sendo quatro da escola pública e quatro da escola particular.
Contudo, como a adesão dos alunos da escola particular foi baixa, os mesmos foram
excluídos da pesquisa.
Inicialmente, 128 indivíduos aceitaram participar da pesquisa, preenchendo o TCLE e o
primeiro R24H. Em seguida, estes indivíduos receberam o QFA para preenchimento com o
prazo de devolução de um mês, sendo que 68 deveriam responder pela internet e 55
preencher o QFA em papel. Somente 26 indivíduos responderam o QFA dentro do tempo
previsto, habilitando-os para o preenchimento do segundo R24h. Aqueles que não
devolveram o QFA respondido foram excluídos da amostra estudada.
Em relação à avaliação do retorno do QFA preenchido, observou-se que houve devolução
por 15 indivíduos (22,05%) dos 68 QFAs distribuídos para preenchimento pela internet. Já
entre os QFAs impressos, houve devolução por 11 indivíduos (20%) do total de 55 QFAs
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VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
distribuídos. A análise das diferenças de proporções demonstrou não haver diferenças
estatisticamente significativas (Tabela 1).
Tabela 1 – Distribuição em número e porcentagem de questionários de freqüência alimentar
distribuídos segundo forma de preenchimento e retorno ao pesquisador. São Paulo, 2010.
Questionário de Frequência Alimentar
Impresso*
Internet*
Total
n
%
n
%
n
%
Questionários Não Preenchidos
44
77,95
53
80,00
97
78,86
Questionários Preenchidos
11
22,05
15
20,00
26
21,14
Total
55
100
68
100
123
100
*Teste do Qui-Quadrado – Valor p = 0,781
Retorno dos Questionários
A amostra final foi composta por 6 meninas e 5 meninos no grupo que respondeu ao QFA
impresso (n=11). O grupo que respondeu ao QFA pela internet teve 9 meninas e 6 meninos
(n=15). Os resultados não foram estratificados segundo o sexo devido ao reduzido tamanho
da amostra.
Os resultados do presente estudo sobre retorno dos questionários foram piores do que dois
estudos semelhantes sobre aplicação de questionário de freqüência alimentar pela internet
em adolescentes realizados por Matthys et al. (2007) e Vereecken et al. (2010), nos quais
foram encontrados adesões de 47% e 87%, respectivamente. Contudo, o estudo de
Vereecken et al. (2010) teve alta adesão ao estudo que pode ser explicada pelo
oferecimento de benefícios aos participantes.
Sabendo que a adesão dos participantes poderia ser influenciada pela dificuldade de acesso
a internet, já que o público do estudo foi uma amostra de baixa renda, foi feita a avaliação
da amostra estudada em relação a sua facilidade de contato com a internet. Entre os
adolescentes que preencheram o QFA via internet, 47% (n=7) relataram ter internet banda
larga em casa e o restante, 53% (n=8), acessavam de lan house ou da própria escola. Este
resultado demonstra que não houve dificuldade de acesso a internet pela amostra estudada.
Desta forma no público desse estudo não foi decisiva a variável em questão, pois o retorno
dos questionários foi igual independente do local onde utiliza internet.
A Tabela 2 apresenta a análise das diferenças entre a amostra que respondeu ao QFA
impresso e a que respondeu o QFA pela internet. Observa-se que não houve diferenças
estatisticamente significativas em nenhuma das características analisadas.
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Tabela 2 – Distribuição dos adolescentes segundo forma de preenchimento do questionário
de freqüência alimentar (QFA) e variáveis demográficas e de acesso a internet. São Paulo,
2010.
QFA
Variáveis
Impresso
n
%
Internet
n
%
Total
n
%
7
3
70
30
9
6
60
40
16
9
64
36
0,610
Acesso a Internet
Banda Larga
5
Escola
2
Lan House
3
Total
10
*teste do Qui-quadrado
50
20
30
100
5
5
5
15
33
33
34
100
10
7
8
25
40
28
32
100
0,664
Sexo
Feminino
Masculino
Valor p*
A semelhança demonstrada na Tabela 2 entre as amostras que responderam aos QFAs
impresso e pela internet permite que outras análises de avaliação do uso da internet para o
preenchimento do QFA sejam realizadas sem a preocupação de que características
relacionadas a distribuição de sexos ou o acesso à internet influenciem os resultados.
A Tabela 3 apresenta as médias de ingestão de energia e nutrientes a partir do QFA
impresso e dos R24h deste grupo, além do valor p do teste de Wilcoxon que avaliou a
diferença pareada entre médias as médias apresentadas.
Tabela 3 – Média e desvio padrão (DP) da ingestão de nutrientes e comparação entre QFA
impresso e R24h correspondentes. São Paulo, 2010.
QFA
Nutriente
Proteínas (g)
Carboidratos (g)
Lipidios (g)
Vitamina A (mcg)
Vitamina D (mcg)
Vitamina B1 mg)
Vitamina B2 (mg)
Vitamina B6 (mg)
Vitamina B12 (mcg)
Vitamina C (mg)
Vitamina E (mg)
Folato (mcg)
Cálcio (mg)
Fósforo (mg)
Magnésio (mg)
Ferro (mg)
Zinco (mg)
Cobre (mg)
Selênio (mcg)
Manganês (mg)
Potássio (mg)
Sódio (mg)
*teste de Wilcoxon
Média
127,7
509,3
104,2
1124,2
2,0
2,1
1,6
1,4
1,1
303,9
19,1
258,0
920,3
1061,7
222,8
18,7
13,6
1,1
58,5
2,2
2449,1
3193,5
DP
96,5
218,0
73,0
773,1
1,5
0,9
1,0
0,9
0,8
237,3
12,7
187,9
505,6
526,6
90,0
8,5
12,6
0,4
29,0
0,5
1347,5
2011,4
Recordatórios de 24h
Média
DP
77,3
41,4
318,0
168,4
64,3
47,3
249,2
188,6
1,2
1,2
1,2
0,4
1,2
0,6
0,8
0,4
1,0
0,8
27,9
37,4
7,6
3,6
43,6
28,9
434,4
243,9
709,9
198,8
140,8
33,6
12,7
4,4
5,9
2,8
0,6
0,2
32,3
11,1
1,5
0,6
1145,6
279,6
2204,1
1117,2
Valor p*
0,0284
0,0051
0,0090
0,0051
0,0745
0,0093
0,1688
0,0469
0,7989
0,0051
0,0069
0,0051
0,0051
0,0284
0,0284
0,0367
0,0051
0,0166
0,0166
0,0469
0,0125
0,1688
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VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
Para a avaliação da qualidade da informação obtida pelo QFA, a ingestão de energia e
nutrientes a partir do QFA foi comparada à ingestão a partir dos recordatórios de 24 horas
que pode ser considerado um método de referência entre os métodos de inquéritos
alimentares (Tabela 3). O consumo observado de nutrientes a partir do QFA impresso foi em
geral maior que no R24H, com diferenças estatisticamente significativas para a maioria dos
nutrientes.
A mesma análise de comparação das médias de ingestão de energia e nutrientes foi
realizada entre os QFAs preenchidos pela internet e os R24h correspondentes (Tabela 4).
Tabela 4 - Média e desvio padrão (DP) da ingestão de nutrientes e comparação entre QFA
aplicado pela internet e R24h correspondentes. São Paulo, 2010.
Nutriente
Proteínas (g)
Carboidratos (g)
Lipidios (g)
Vitamina A (re)
Vitamina D (mcg)
Vitamina B1 mg)
Vitamina B2 (mg)
Vitamina B6 (mg)
Vitamina B12 (mcg)
Vitamina C (mg)
Vitamina E (mg)
Folato (mcg)
Cálcio (mg)
Fósforo (mg)
Magnésio (mg)
Ferro (mg)
Zinco (mg)
Cobre (mg)
Selênio (mcg)
Manganês (mg)
Potássio (mg)
Sódio (mg)
*teste de Wilcoxon
Média
150,1
634,4
129,2
975,3
2,2
2,5
2,1
1,7
1,8
463,3
20,6
358,2
1032,2
1479,9
268,8
22,3
16,4
1,3
74,7
2,4
3107,8
3990,3
QFA
DP
97,2
417,8
101,9
906,5
2,5
1,9
2,0
1,6
2,8
414,8
22,0
393,1
684,2
923,0
192,2
13,8
10,2
0,8
78,3
1,2
2632,9
2974,9
Recordatórios de 24h
Média
DP
64,6
22,3
256,4
69,1
67,8
33,9
195,9
125,8
0,6
0,3
1,2
0,7
0,7
0,4
0,6
0,3
1,0
1,3
22,3
21,9
8,6
4,0
40,8
20,7
288,5
84,6
679,8
203,2
142,2
47,7
10,7
3,2
6,8
3,8
0,7
0,2
31,7
17,3
1,6
0,4
1172,9
410,2
1998,1
427,7
Valor p*
0,0012
0,0007
0,0007
0,3942
0,0054
0,0331
0,0146
0,0125
0,5321
0,0007
0,0409
0,0010
0,0007
0,0018
0,0231
0,0031
0,0038
0,0090
0,0409
0,0199
0,0125
0,0045
Os resultados para o QFA aplicado pela internet foram muito semelhantes aos do QFA
impresso, pois observaram-se apenas dois nutrientes sem diferença estatisticamente
significativa entre as médias de ingestão avaliadas. A ingestão dos outros nutrientes foram
sempre maiores através do QFA do que do R24h, como já esperado e citado largamente
pela literatura. Essa variabilidade é esperada conforme descrita em outros estudos
realizados com essas ferramentas (JOHANSSON, 2002; CADE, 2002; ZANOLLA, 2009).
Em um estudo semelhante, Vereecken et al. (2010), ao aplicar um QQFA via internet e
utilizar R24h para correlação de médias no consumo de nutrientes, observaram super
estimação da maioria dos nutrientes analisados, resultado esperado, pois o QQFA baseia-se
10
Universidade Presbiteriana Mackenzie
em grupos de alimentos e não se tem uma descrição exata da porção consumida, como
ocorre no R24h. Os autores desse estudo descrevem ainda a necessidade de acompanhar
adolescentes e crianças por períodos maiores para tornar a coleta dos dados mais
homogênea, pois sua ingestão de alimentos mostrou-se variada nos dias analisados.
O estudo de Matthys et al. (2007) mostrou que por avaliar grandes períodos de consumo, os
QQFAs indicam tendências de apresentar consumo elevado em alimentos ingeridos
próximos a data do preenchimento e esquecimento de outros consumidos em outras
épocas.
Como os resultados da avaliação da qualidade da ingestão de nutrientes coletada pelos
QFAs foram semelhantes nas duas formas de aplicação, impresso e pela internet, a
utilização do QQFA por meio da internet tornou-se uma opção válida no público estudado,
considerando a qualidade dos dados semelhante à forma de aplicação tradicional (em
papel).
Slater (2003) relembra a importância de validar novos métodos de avaliação nutricional,
tendo em mente quais itens deseja-se avaliar. Deve-se ter ciência de que cada método é
preparado para uma determinada análise e um objetivo específico. Sendo assim, a escolha
adequada do método de avaliação do consumo alimentar é crucial para que a ferramenta
funcione de maneira esperada. Na mesma direção, Matthys et al. (2007) repassam que o
QQFA não é um método confiável para estimar nutrientes por superestimá-los. Por isso é
importante salientar a avaliação da ingestão de nutrientes a partir do QFA foi realizada
apenas para atender ao objetivo de comparação com a ingestão dos recordatórios de 24
horas. Para mensurar a ingestão de energia e nutrientes, métodos como o recordatório de
24 horas ou o registro alimentar são mais adequados para esse objetivo (FISBERG;
MARTINI; SLATER, 2005).
Zanolla (2009) descreveu a importância de não se utilizar períodos muitos curtos para
aplicação de métodos de avaliação do consumo alimentar já que os participantes poderiam
lembrar-se das respostas, ou mesmo muito longos, pois o padrão alimentar poderia ser
alterado e a correlação se mostraria negativa. O período de aplicação no presente estudo
pode ser considerado médio, pois um mês após o primeiro R24h foi aplicado o QFA e após
um mês novamente o segundo R24h.
A Tabela 4 analisa as médias de ingestão de nutrientes segundo tipo de preenchimento do
QFA, impresso e pela internet.
11
VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
Tabela 4 – Média e desvio padrão (DP) da ingestão de nutrientes e comparação entre QFA
aplicado pela internet e QFA impresso. São Paulo, 2010.
Nutriente
Proteínas (g)
Carboidratos (g)
Lipidios (g)
Vitamina A (re)
Vitamina D (mcg)
Vitamina B1 mg)
Vitamina B2 (mg)
Vitamina B12 (mcg)
Vitamina C (mg)
Vitamina E (mg)
Folato (mcg)
Cálcio (mg)
Fósforo (mg)
Magnésio (mg)
Ferro (mg)
Zinco (mg)
Cobre (mg)
Selênio (mcg)
Potássio (mg)
Sódio (mg)
*teste de Mann-Whitney
QFA
Impresso
Média
DP
127,7
96,5
509,3
218,0
104,2
73,0
1124,2
773,1
2,1
1,5
2,1
0,9
1,6
1,0
1,1
0,8
303,9
237,3
19,1
12,7
258,0
187,9
920,3
505,6
1061,7
526,6
222,8
90,0
18,7
8,5
13,6
12,6
1,1
0,4
58,5
29,0
2449,1
1347,5
3193,5
2011,4
Internet
Média
DP
150,1
97,2
634,4
417,8
129,2
101,9
975,3
906,5
2,2
2,5
2,5
1,9
2,1
2,0
1,8
2,8
463,3
414,8
20,6
22,0
358,2
393,1
1032,2
684,2
1479,9
923,0
268,8
192,2
22,3
13,8
16,4
10,2
1,3
0,8
74,7
78,3
3107,8
2632,9
3990,3
2974,9
Valor p*
0,4373
0,7184
0,6372
0,4708
0,4054
0,7815
0,9557
0,6570
0,5417
0,3457
0,9558
0,6978
0,2673
0,7603
0,6572
0,2223
0,9558
0,6572
0,7393
0,8244
Não foi observada diferença estatisticamente significativa entre as formas de preenchimento
do QFA. Este resultado demonstra a possibilidade de aplicação do QFA pela internet,
principalmente em indivíduos que tenham facilidade de acesso a computadores e internet. O
uso desta nova forma de aplicação de questionário facilitaria a coleta de dados em
pesquisas de consumo alimentar, economizando tempo de entrevistas e reduzindo o uso de
papel. Também poderia ser uma opção de obtenção de informação sobre a dieta habitual
em pacientes de consultórios de nutrição, reduzindo o tempo de consultas ou ainda
otimizando o tempo para a realização de outras avaliações. Galante e Colli (2008) já tinham
observado em estudo sobre a aplicação de questionário de freqüência alimentar pela
internet que a rapidez e facilidade de aplicação seriam as principais vantagens relacionadas
a esta nova forma de administração de questionários.
Uma das limitações deste estudo foi o tamanho da amostra que foi pequeno em relação ao
planejado. O número reduzido de indivíduos que responderam a todas as etapas da
pesquisa pode influenciar os resultados do estudo, demonstrando a necessidade de mais
pesquisas em amostras maiores e em outras faixas etárias para que se obtenha resultados
mais consistentes.
12
Universidade Presbiteriana Mackenzie
CONCLUSÃO
A adesão dos participantes ao estudo não diferiu segundo forma de preenchimento do QFA,
ou seja, a proporção de questionários respondidos em relação ao total entregue foi o mesmo
por tipo de aplicação.
A qualidade das informações obtidas foi semelhante entre os dois métodos de aplicação do
QFA (internet e impresso) e não houve diferença estatisticamente significativa entre as
médias de ingestão de nutrientes pelo QFA impresso em relação ao aplicado pela internet.
Pode se concluir que o QFA aplicado pela internet pode ser uma forma alternativa de
aplicação, principalmente em indivíduos e grupos com familiaridade com a internet.
Recomenda-se a realização deste tipo de estudo em amostras maiores e de outras idades
para confirmação dos resultados deste estudo.
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Jorge Henrique Silva Bueno