“Simpósio Nacional sobre Reflorestamento Ambiental” AEFES / CEDAGRO André Guimarães Diretor Executivo Instituto BioAtlântica Vitória, 22-23 de novembro de 2007 Uma parceria para a conservação O que é o IBio? • • • • • Organização conservacionista, privada, sem fins lucrativos Sede no Rio de Janeiro Atividades tiveram início em Julho de 2002 Desafio: combinar sólido conhecimento científico de grupos ambientalistas com os ativos e a experiência do setor privado – “uma ponte entre dois mundos” Resultado de uma parceria entre: Entidades Associadas: • Grupo Plantar AS • CEMIG – Centrais Eletricas de MG BIOMAS BRASILEIROS O PROBLEMA: PERDA ACELERADA DA COBERTURA VEGETAL Domínio e remanescentes da Mata Atlântica – foco do trabalho do IBio • 70% da população • 80% do PIB • Só ~7-8% de remanescentes • Área original: 1,3 milhão de km2 • Área remanescente: ~ 95 mil km2 • 2º Bioma mais ameaçado do mundo 1945 1960 Redução da cobertura florestal no sul da Bahia (1945-1990) 1973 1990 Fonte: José Rezende Mendonça - CEPLAC Redução da cobertura florestal em São Paulo (1500-1973) O DESAFIO: RECOMPOR A COBERTURA FLORESTAL COM VIABILIDADE ECONÔMICA Alguns dados sobre o uso do solo na Mata Atlântica • Área total = 130 milhões de hectares (3 X MG) • Florestas plantadas = 5,0 milhões de hectares • Pastagem e agricultura = 30 - 40 milhões de hectares1 • Áreas degradadas (sem função econômica ou ecológica) = 20 - 30 milhões de hectares1 • Área que obrigatoriamente deveria ser florestada com nativas = 10 – 15 milhões de hectares1 1- Estimativas baseadas em extrapolação dos dados da bacia do Rio Doce. IBio, 2007. O paradoxo florestal brasileiro • 75% da emissões de C do Brasil (~800 milhões de ton C) = conversão de 2 a 3 milhões de hectares por ano • 93% da Mata Atlântica (120 milhões de hectares) estão desmatados ou degradados - baixa renda e alto impacto ambiental ENTRETANTO: Se o Brasil incentivar a restauração florestal e os plantios comerciais de florestas na Mata Atlântica, com pequeno percentual da área já desmatada, pode-se: 1- Mitigar significativamente as emissões do país 2- Ampliar a base florestal 3- Melhorar a renda no campo 4- Conservar a biodiversidade, os recursos hídricos e os solos A OPORTUNIDADE: CRIAR INCENTIVOS PARA O PLANTIO DE FLORESTAS Alguns números – restauração florestal na Mata Atlântica • Custo estimado de restauração florestal: US$1.000,00 a US $ 3.000,00 • Estimativa de seqüestro de carbono: 3,0 tC/ha/ano • Em 30 anos: aproximadamente 90 tC/ha • Ao preço estimado de US$7,00 t/CO2 (US$ 25,60 /tC) = US$1.842,90/ha (VPL, descontado a 3% a.a) • Se 10% da Mata Atlântica (15 milhões de ha) for revegetada com nativas, o potencial de seqüestro de carbono é de 1,26 bilhões de t-C em 30 anos = US$ 27,6 bilhões Uma oportunidade concreta para florestas: Bacia do Rio Doce Bacia do Rio Doce: Deficit de Matas Ciliares Redução da vazão média do Rio Doce 1939-2001 19o20’S;42o22’W Fonte: Barbosa et al, 2004 Bacia do Rio Doce em números • 8,3 milhões de hectares de área total • 18% do PIB de MG e 12% do PIB do ES • 3% da área total com florestas plantadas • Logística ímpar (ferrovia, portos no ES, etc) • 1,65 milhões de hectares disponíveis para plantios florestais comerciais • 1,1 milhões de hectares de déficit de florestas naturais A OPORTUNIDADE FLORESTAL NA BACIA DO RIO DOCE Grandes investidores florestais (Mosaicos florestais) Eucalipto Matas nativas Propriedade padrão no Rio Doce hoje: Reserva Legal 5-6% Área de Preservação Permanente deficitária Curso dágua contaminado Pastagem degradada de baixa produtividade Solos expostos e improdutivos Agricultura de baixa produtividade Infra-estrutura FONTE: Adaptado de APREMAVI Propriedade modelo no Rio Doce no futuro Reserva Legal 20% PRODUÇÃO Área de Preservação Permanente Agrosilvicultura Reflorestamento Agrofloresta Agricultura Piscicultura Infra-estrutura Ecoturismo,Apicultura FONTE: APREMAVI Propriedade modelo no Rio Doce no futuro Reserva Legal 20% FINANCIAMENTO Carbono e Água Crédito Rural Crédito Rural e Carbono Crédito Rural e Carbono Crédito Rural Crédito Rural Capital próprio Carbono e Água FONTE: APREMAVI Em síntese: viabilizando o potencial florestal brasileiro INTEGRAR { • Crédito Rural • Fundos / compradores de C • Estratégias de pagto pelo uso da água INTEGRAR { • Assistência técnica rural • Pesquisa florestal e agrícola • Licenciamento INTEGRAR { • Mobilização e articulação institucional • Planejamento Obrigado André Guimarães www.bioatlantica.org.br