O DESAFIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA AMAZONIA COM O ENVOLVIMENTO DAS POPULAÇÕES TRADICIONAIS Centro de Estudos Latino-Americanos Universidade de Chicago 05/NOV/2009 A instalação de um modelo de desenvolvimento predatório na Amazônia, com alta emissão de carbono e grande degradação ambiental, não se deu pela ação espontânea da sociedade e do mercado, mas contou com a orientação do Estado e de políticas públicas Por exemplo, os incentivos fiscais e assentamentos Terra sem homens para homens sem terra Os setores mais atingidos da sociedade reagiram com denúncias e resistência A resistência em pouco tempo tornou-se um movimento propositivo As denúncias ajudaram a criar uma rede de aliados dentro e fora do Brasil O que era problema passou a ser causa na construção da nova proposta Definiram-se novos conceitos e um novo modelo de desenvolvimento Um modelo de desenvolvimento com o Envolvimento das populações locais a Valorização da cultura local uma Economia florestal sustentável No caso do ACRE, foi determinante para o surgimento de um modelo de gestão e governança que passa a ser referência na Amazônia Apesar de imensos sacrifícios, o movimento obteve vitórias significativas e gerou mudanças de paradigma nas políticas públicas para a Amazônia e na sociedade Governos regionais e federal estão incorporando conceitos de sustentabilidade A legislação ambiental vem sendo aperfeiçoada e disputada Limitações e restrições ao uso da terra com ações de comando e controle Os Programas de desenvolvimento diminuíram a ênfase na ocupação da terra e passaram a considerar o uso dos recursos naturais Mudança na opinião pública, na sociedade e na agenda do Brasil e do Mundo Os resultados já são perceptíveis Menos resultados negativos Desmatamento Emissões de CO2 Problemas Sociais Mais resultados positivos Unidades de Conservação Leis e Instituições mais sólidas Economia florestal crescendo Hoje, Estado, movimentos socioambientais e rede de aliados tem NOVOS DESAFIOS ESTADO Implementação das Unidades de Conservação 126,9 milhões de hectares de Unidades de Conservação foram criadas nos últimos 20 anos Regularização fundiária, a MP458/2009 Código Florestal Brasileiro – Lei 4.771/1965 MOVIMENTOS SOCIOAMBIENTAIS Participação ativa no processo de regularização fundiária, ou seja, na implementação da MP 458/2009 Envolvimento do movimento social na construção de uma economia sustentável de base florestal Tornar as Unidades de Conservação, como as Reservas Extrativistas, uma referência de êxito pro Brasil e pro mundo, do ponto de vista econômico, social e ambiental Econômico – economia de baixo carbono e competitiva sob a lógica do mercado Ambiental – desmatamento zero, emissão zero, crédito de carbono Social – mudanças radicais nos indicadores sociais (IDH/IDF) REDE DE ALIADOS É necessário REPACTUAR a aliança construída ao longo dos últimos anos, onde precisamos de uma importante mudança nos movimentos sociais e na rede de aliados que envolve Instituições, ONGs, pesquisadores, cientistas, .... Precisamos consumir menos tempo em resistência e denúncia e priorizar a economia de baixo carbono, com mais pesquisas para o uso da biodiversidade e a melhoria dos indicadores sociais É necessário pensar a implantação de infra-estrutura na Amazônia com base em novos paradigmas É possível e urgente obter um avanço extraordinário na ciência, a partir da Amazônia, com o envolvimento das populações tradicionais, ou seja, dos povos da floresta, capaz de fornecer parâmetros para um novo momento da civilização humana