Disciplina de Pneumologia - HC-FMUSP Caso Clínico Pedro Rodrigues Genta Identificação • Masculino, 69 anos, descendente de Japonês, casado, militar aposentado, natural e procedente de São Paulo Queixa Principal • Ronco noturno, apnéias presenciadas pela esposa e sonolência diurna História da Doença Atual • Encaminhado pela Cardiologia devido à queixa de sonolência diurna (ESE 18), ronco noturno e apnéias presenciadas – Hipertensão Arterial Sistêmica – Diabete Mellitus – Miocardiopatia Isquêmica • Submetido à Polissonografia Polissonografia IAH: 76 eventos/h • Paciente de 69 anos, natural do Japão, masculino, IMC 26Kg/m2,portador de apnéia obstrutiva do sono com IAH de 76 eventos por hora, sonolência excessiva e obstrução nasal. Qual a melhor conduta: – – – – – Dispositivo de avanço mandibular Uvulopalatofaringoplastia CPAP Cirurgia nasal Perda de peso Evolução • Paciente submetido à nova Polissonografia com titulação de CPAP (máscara oronasal) Polissonografia para Titulação de CPAP HIPNOGRAMA NOTURNO IAH: 40 eventos/h Evolução • Paciente inicou tratamento com CPAP – máscara oronasal – 11 cmH20 • Após 30 dias – persistência da sonolência diurna – queixa de lesão cutânea nasal • Qual a prevalência de sonolência excessiva diurna após tratamento da apneia obstrutiva do sono com CPAP, excluídas outras causas de sonolência excessiva e com adesão ao CPAP adequada: – – – – 40% 24% 12% 6% • Paciente portador de apneia obstrutiva do sono grave e sonolência excessiva diurna. Em uso de CPAP há 30 dias mas sem melhora da sonolência. Qual a melhor conduta: – – – – – Moldafinila Metilfenidato Avaliar adesão ao CPAP e tempo total de sono Repetir titulação Investigar narcolepsia, depressão maior, hipotireoidismo, síndrome de pernas inquietas Diagnóstico Diferencial e Conduta • Adesão e tempo total de sono • Comorbidades (narcolepsia, depressão, hipotireoidismo, pernas inquietas) • Vazamento / Máscara? • Qual a melhor interface para CPAP: – Almofada nasal – Prong nasal – Mascara oronasal – Máscara nasal • Esposa de paciente usando CPAP nasal, referindo que paciente tem aberto a boca durante a noite. Qual a melhor conduta: – – – – Trocar a máscara para oronasal Investigar e tratar obstrução nasal Instituir suporte de mento nda Evolução • Realizado nova PSG com titulação de CPAP utilizando máscara nasal e máscara oronasal • Sonoendoscopia com uso consecutivo de ambas as máscaras TITULAÇÃO COM CPAP E SONOENDOSCOPIA TITULAÇÃO COM CPAP E SONOENDOSCOPIA Discussão CPAP Discussão • Máscara nasal vs máscara oronasal no tratamento da AOS: poucas evidências na literatura. • 24 pacientes com AOS (IAH > 15eventos/h) • Estudo controlado, randomizado, cross-over, titulação com CPAP em 2 noites consecutivas (máscara nasal e oronasal) Conclusões Escolher interface Preferir máscara nasal Retorno do paciente precocemente Investigar causas de sonolência residual CPAP com máscara oronasal pode deslocar a língua e o palato mole posteriormente Conclusões • A utilização de CPAP com máscara oronasal pode piorar a resistência das vias aéreas superiores em alguns pacientes. • Sempre que possível, preferir a máscara nasal como interface no tratamento da AOS com CPAP.