AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE MATURIDADE DAS PRÁTICAS DE GC NAS EMPRESAS DA REGIÃO SUL Beatriz Benezra Coordenadora do Comitê de Práticas de GC da SBGC-RS [email protected] AGENDA • • • • • • • • • • • A SBGC-RS BSC DA SBGC-RS OBJETIVO DO TRABALHO ABORDAGEM MODELO DE MATURIDADE CMMI ETAPAS DO PROCESSO DE GESTÃO DO CONHECIMENTO QUESTIONÁRIO/ANÁLISE ESTATÍSTICA RESULTADOS SITUAÇÃO ATUAL E PRÓXIMOS PASSOS REFERÊNCIAS Realizações 2007/2008 A SBGC-RS foi criada oficialmente em 07/05/2007, tendo por base de atuação as instalações do TECNOPUC, mantendo convênio com a PUCRS para parceria em projetos de gestão do conhecimento. Neste ano definimos nossa filosofia institucional (visão de futuro, missão, valores e princípios) e criamos um conceito-ensaio de gestão do conhecimento que até hoje norteia todas as nossas ações e pesquisas na área. Em 2008 realizamos o I KM RS 2008, que despertou o interesse da comunidade para o assunto, tratando do tema Gestão do Conhecimento como Estratégia Competitiva. Realizamos também o II KM RS 2008, tratando do tema Estratégia e Aprendizado. Em 2009 promovemos 20 eventos de capacitação e realizamos o KM RS 2009, que teve como tema Gestão do Conhecimento e Inteligência Competitiva. Realizamos também, como parte do Projeto ABC, pesquisa Realizações 2009 inédita sobre práticas de gestão do conhecimento no varejo gaúcho, e realizamos o KM do Varejo, que teve por tema Realidade e Perspectivas do Varejo na Era do Conhecimento. Foram firmados convênios de cooperação com: PGQP - Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade Unisinos - Universidade do Vale do Rio dos Sinos Ulbra - Universidade Luterana do Brasil Univates - Universidade do Vale do Taquari IBCO - Instituto Brasileiro dos Consultores de Organização FCDL-RS - Federação das CDL’s do RS FTEC - Faculdade de Tecnologia Editora Artmed/Bookman INTERIORIZAÇÃO Serra Gaúcha Emir Redaelli Santa Maria Andrewes Koltermann Lajeado Ana Giovanoni Pelotas Luiz Belarmino Vale do Sinos Magda Cenci Canoas Anderson Cabral Porto Alegre Diretoria Estadual • 145 associados pessoas físicas • 6 núcleos regionais instalados INDICADORES DE DESEMPENHO • 8 comitês temáticos em atividade • 8 convênios institucionais firmados • 20 cursos de capacitação em GC • 25 palestras sobre temas de GC à comunidade • 1.200 pessoas capacitadas • 3 KM RS • 1 KM do Varejo (ABC) • Autossustentação • KM SUL • KM RS Principais Atividades • KM DO VAREJO • Comitê Científico com os associados doutores • Café do Conhecimento, trimestral, Filosofia • Fórum do Conhecimento, mensal • Fórum do Conhecimento da FACE - Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia da PUCRS • Biblioteca virtual • Glossário de Gestão do Conhecimento • Cursos mensais divulgados no portal • Comitê de Eventos • Comitê de Inteligência Competitiva Principais Atividades • Comitê de BSC - Balanced Scorecard • Comitê de GC na Esfera Pública • Comitê de CRM - Customer Relationship Management • Comitê de Práticas de Gestão do Conhecimento com pesquisa inédita sobre nível de maturidade das práticas de GC nas empresas gaúchas • Comitê de Sustentabilidade • Comitê de Gestão do Conhecimento em Recursos Humanos • Curso de pós-graduação em Gestão do Conhecimento Organizacional com a PUCRS Principais Atividades • Processo de certificação pela ISO-9001:2008 • Projeto ABC: Comércio Varejista, com pesquisa inédita sobre práticas de GC no varejo • Projeto Metodologia de Pesquisa: O estado da arte na prática, em parceria com a editora Artmed/Bookman • KM Brasil 2010, de 14 a 16/06/2010, na PUCRS, em Porto Alegre, com o tema Gestão do Conhecimento como Estratégia de Sustentabilidade na Nova Ordem Econômica Mundial OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO BSC Instituir Prêmio GCRS Aumentar a receita Assegurar a Gestão do Conhecimento aplicada em organizações Manter fluxo de caixa positivo Obter patrocínios Aumentar as parcerias Desenvolver núcleos regionais Aumentar o número de associados Manter o Projeto do ABC Satisfazer e fidelizar os clientes e partes interessadas (Comitê de CRM) Criar P&D para novos produtos e serviços de Gestão do Conhecimento Qualificar KM RS, cursos e palestras (Comitê Científico) Ampliar a gestão e divulgação da marca Estruturar processo de benchmarking Implementar Gestão de Processos Obter certificação ISO-9001:2008 Manter e ampliar estrutura de comitês temáticos Criar e manter equipe mínima e qualificada Ter pessoal para vender os produtos, captar associados e buscar patrocínios Manter o comprometimento da diretoria OBJETIVO DO TRABALHO Identificar o estágio da execução de práticas de gestão de conhecimento nas organizações da região sul. ABORDAGEM Considera as práticas de gestão do conhecimento como parte dos processos organizacionais, com vistas a: • Identificar práticas de GC mesmo não acontecendo dentro de um contexto organizacional voltado à Gestão do Conhecimento. • Avaliar o grau de institucionalização destas práticas. • Prover as bases para um processo efetivo de institucionalização das práticas de GC baseado no princípio da melhoria contínua. MODELO DE MATURIDADE Referencial para o desenvolvimento dos processos organizacionais, baseado em uma coleção estruturada de elementos que descrevem características de um processo efetivo. UM MODELO DE MATURIDADE OFERECE • Mecanismo de avaliação, em termos da execução dos seus processos. • Ferramenta para avaliar o grau de institucionalização dos processos. • Base para ações de melhoria contínua dos processos. • Benchmarking para comparação entre diferentes organizações. CMMI CMMI / NIVEIS DE MATURIDADE Nível 0: INEXISTENTE • A execução do processo não é identificada. Nível 1: INICIAL • Não existe um padrão organizacional para a execução das atividades. • Não existem estruturas organizacionais de suporte. Nível 2: GERENCIADO • As práticas são executadas apenas em algumas áreas da organização. • Os processos, montados a partir de práticas existentes, são planejados, executados, repetidos. • A organização provê recursos para execução dos processos. CMMI / NIVEIS DE MATURIDADE Nível 3: DEFINIDO • As práticas estão disseminadas pela organização. • Já existem processos padronizados, documentados e divulgados. • Existe uma integração com os outros processos organizacionais. • Existem métricas em nível organizacional. Nível 4: GERENCIADO QUALITATIVAMENTE • A execução das atividades está alinhada com a estratégia organizacional. • Existe um gerenciamento efetivo a partir de métricas. • Existe benchmarking para implantação de melhorias. Nível 5: OTIMIZADO • Existe um plano sistemático de melhoria continua dos processos. • Existem metas de desempenho alinhadas com a estratégia da organização. CMMI ESTRUTURA DO MODELO NÍVEIS DE MATURIDADE CONTÊM ÁREAS-CHAVE ALCANÇAM METAS CARACTERÌSTICAS COMUNS IMPLEMENTAM INSTITUCIONALIZAÇÃO CONTÊM PRÁTICAS GENÉRICAS DESCREVEM ATIVIDADES CMMI ETAPAS DO PROCESSO DE GESTÃO DO CONHECIMENTO “Gestão do Conhecimento é o processo sistemático, integrado e transdisciplinar que permeia a organização, compreendendo criação, identificação, seleção, organização, compartilhamento, disseminação, utilização e proteção de conhecimentos estratégicos, gerando valor para as partes interessadas”. Conceito-ensaio de Gestão do Conhecimento da SBGC-RS (2007) Criação Compartilhamento Utilização Seleção Proteção Identificação Disseminação Organização PRÁTICAS DE GC COMPOSTAS ATIVIDADE ATIVIDADE ... ATIVIDADE DISSEMINAÇÃO CRIAÇÂO CRIAÇÃO COMPARTILHAMENTO UTILIZAÇÃO A T I A V TI A I D T V A II ETAPAS CRIAÇÃO/ A D T V IDENTIFICÃO D E A I NÍVEIS A S T V D D NIVEL 1 I A EI PRÁTICAS INICIAL PRÁTICAS GENÉRICASD V S GENÉRICAS A EI D D S NIVEL 2 A E GERENCIADO D PRÁTICAS S E GENÉRICAS S NIVEL 3 PRÁTICAS DEFINIDO GENÉRICAS NIVEL 4 PRÁTICAS GER. QUALIT GENÉRICAS NIVEL 5 OTIMIZADO PRÁTICAS GENÉRICAS A T I V I D COMPART./ A DISSEMIN. D E S QUESTIONÁRIO ELABORADO UTILIZÇÃO SELEÇÃO PROTEÇÃO ORGANIZAÇÃO QUESTIONÁRIO / FORMATAÇÃO 6 GRUPOS DE QUESTÕES: CADA GRUPO CORRESPONDE A UMA ETAPA DO CICLO DO CONHECIMENTO. • AVALIAM SEQUENCIALMENTE, EM FORMA ASCENDENTE,TODOS OS NÍVEIS DE MATURIDADE. • UMA RESPOSTA DE NÃO CONCORDÂNCIA IMPLICA A PASSAGEM PARA O PRÓXIMO GRUPO. RELAÇÃO DE PRÁTICAS DE GC: • SOMENTE É RESPONDIDO SE EM ALGUM DOS PRIMEIROS 6 GRUPOS FOI IDENTIFICADA A EXECUÇÃO DE PRÁTICAS DO NÍVEL 2. ANÁLISE ESTATÍSTICA • • • • • • As variáveis foram descritas por meio de freqüências absolutas e relativas. Para avaliar a associação entre as variáveis usou-se o teste qui-quadrado de Pearson. Na avaliação das práticas, os itens de muita e plenamente utilização foram agrupados para a determinação da variável dicotômica “utiliza” ou “não utiliza” as práticas. Na comparação entre as práticas, o teste de Cochran foi aplicado. Após, foi utilizado o teste qui-quadrado de McNemar para localizar as práticas mais e menos utilizadas. Para avaliar a consistência interna das questões, foi aplicado o Alfa de Cronbach e para avaliar a validade dos grupos de questões, foi aplicada uma análise fatorial. Pesquisa aplicada nas 500 maiores empresas da região Sul (RS, SC, PR) baseada no ranking “Grandes & Líderes” da revista Amanhã (população). Amostra de 95 empresas (Privadas 84% - Publicas 16%). PRÁTICAS DE CRIAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO Criar novos conhecimentos e/ou identificar conhecimentos já existentes. 42.2 25.3 14.5 7.2 7.2 3.6 N/A NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3 NÍVEL 4 NÍVEL 5 PRÁTICAS DE COMPARTILHAMENTO E DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO Transferir e divulgar o conhecimento para posteriormente ter uma nova utilização. 47.0 19.3 15.7 10.8 6.0 1.2 N/A NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3 NÍVEL 4 NÍVEL 5 PRÁTICAS DE UTLIZAÇÃO DO CONHECIMENTO Transformar o conhecimento adquirido em algo criativo e relevante para a organização. 47.0 19.3 15.7 10.8 6.0 1.2 N/A NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3 NÍVEL 4 NÍVEL 5 PRÁTICAS DE SELEÇÃO DO CONHECIMENTO Seleção do conhecimento detido na organização, conhecer as suas deficiências e lacunas. 56.6 21.7 16.9 4.8 0.0 N/A NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3 0.0 NÍVEL 4 NÍVEL 5 PRÁTICAS DE PROTEÇÃO DO CONHECIMENTO Proteger o sigilo (aquilo que não pode ser distribuído para o domínio público) e proteger a inovação (descoberta que precisa ser protegida antes de divulgada). 56.6 21.7 16.9 4.8 0.0 N/A NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3 0.0 NÍVEL 4 NÍVEL 5 PRÁTICAS DE ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO Estabelecer critérios conhecidos por todos os trabalhadores que permitam o fácil localização de um conhecimento quando este se fizer necessário. 61.4 20.5 8.4 7.2 2.4 N/A NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3 0.0 NÍVEL 4 NÍVEL 5 ORGANIZAÇÕES QUE NÃO APLICAM PRÁTICAS DE GC As práticas não são identificadas na organização. 61.4 56.6 53.0 47.0 42.2 48.2 ORGANIZAÇÕES COM PROCESSOS DE GC NO NÍVEL 1 - INICIAL Não existe um padrão organizacional para a execução das práticas. 16.9 15.7 14.5 13.3 13.3 8.4 ORGANIZAÇÕES COM PROCESSOS DE GC NO NÍVEL 2 - GERENCIADO As práticas são planejadas e executadas em algumas áreas da organização com recursos especialmente alocados para esta finalidade. 10.8 8.4 7.2 7.2 6.0 4.8 ORGANIZAÇÕES COM PROCESSOS DE GC NO NÍVEL 3 - DEFINIDO As práticas estão disseminadas e integradas na organização. Os processos estão definidos e documentados. 10.8 7.2 4.8 2.4 1.2 0.0 ORGANIZAÇÕES COM PROCESSOS DE GC NO NÍVEL 4 – GERENCIADO QUALITATIVAMENTE Existe um gerenciamento efetivo a partir de métricas alinhadas com a estratégia da organização. 3.6 1.2 1.2 0.0 0.0 0.0 ORGANIZAÇÕES COM PROCESSOS DE GC NO NÍVEL 5 - OTIMIZADO As metas de desempenho são traçadas pela estratégia da organização. 25.3 22.9 19.3 21.7 22.9 20.5 USO DAS PRÁTICAS DE GC Educação Corporativa 50 (60,2%) Benchmarking Interno e Externo 49 (59,0%) Melhores Práticas (Best Practices) 45 (54,2%) Fóruns (presenciais e virtuais)/Listas de Discussão 43 (51,8%) Comunidades de Prática/Comunidades de Conhecimento 41 (49,4%) Gestão por Competências 41 (49,4%) Ferramentas de Colaboração: Portais, Intranets e Extranets 41 (49,4%) Universidade Corporativa Mais utilizadas 39 (47,0%) Coaching 34 (41,0%) Sistemas de Workflow 32 (38,6%) Gestão Eletrônica de Documentos (GED) 31 (37,3%) Memória Org./Lições Aprend./Banco Conhecimentos 30 (36,1%) Sistemas de Inteligência Org./Empresarial/Intel. … 25 (30,1%) Gestão de Conteúdo 22 (26,5%) Gestão do Capital Intelectual/Gestão dos Ativos Intangíveis 22 (26,5%) Mapeamento ou Auditoria do Conhecimento 22 (26,5%) Narrativas 20 (24,1%) Mentoring 20 (24,1%) Banco de Competências Organizacionais Menos utilizadas 15 (18,1%) Banco de Competências Individuais 12 (14,5%) 0 10 20 30 40 50 Nº de indivíduos que utilizam muito ou plenamente as práticas 60 70 STATUS ATUAL / PRÓXIMOS PASSOS STATUS ATUAL: • PESQUISA APLICADA NAS 500 MAIORES EMPRESAS DA REGIÃO SUL (RS, SC, PR) BASEADA NO RANKING “GRANDES E LÍDERES” DA REVISTA AMANHÃ (POPULAÇÃO). • AMOSTRA DE 83 EMPRESAS (PRIVADAS 84% - PUBLICAS 16%). • EM FASE DE ELABORAÇÃO ESTÁ UM BANCO DE DADOS PARA BENCHMARKING. • • PRODUTOS EM DESENVOLVIMENTO. QUESTIONÁRIO REVISADO (DISPONÍVEL NA BV DA SBGC-RS). PRÓXIMOS PASSOS: • EXPANDIR A APLICAÇÃO PARA TODO O PAÍS. • PLANO DE AÇÃO PARA DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS/SERVIÇOS LIGADOS À GC USANDO COMO REFERÊNCIA OS NÍVEIS DE MATURIDADE. • PLANO DE AÇÃO PARA LEVAR A GC ÀS EMPRESAS DA REGIÃO SUL. REFERÊNCIAS • BATISTA, F.F.; QUANDT, C.O.; PACHECO, F.F.; TERRA, J.C.C. Gestão do conhecimento na administração pública (2005). Disponível em <www.ipea.gov.br/pub/td/2005/td_1095.pdf>. Acessado em: 10/08/2009. • CHRISSIS, M.B.; KONRAD, M.; SHRUM, S. CMMI: Guidelines for process integration product improvement. Indianapolis: Addison-Wesley Professional, 2006. • ALVARENGA NETO, R.C.D. Gestão do conhecimento em organizações: proposta de mapeamento conceitual integrativo. São Paulo: Saraiva, 2008. • FERREIRA, L.A.; BAX, M.P. A importância da gestão do conhecimento para o marketing de relacionamento. 6º Simpósio Internacional de Gestão do Conhecimento (ISKM). Curitiba, agosto/2003. Disponível em <http://www.bax.com.br/research/publications>. Acessado em: 10/08/2009. • HAIR Jr., J.F.; BABIN, B.; MONEY, A.H.; SAMOUEL, P. Fundamentos de métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman, 2005. • SBGC - SOCIEDADE BRASILEIRA DE GESTÃO DO CONHECIMENTO. Conceitoensaio de gestão do conhecimento (2007). Disponível em <http://cmapspublic3.ihmc.us/servlet/SBReadResourceServlet?rid=1244917135218_ 234089403_9243&partName=htmltext>. Acessado em: 10/08/2009.