A Independência do Brasil é um dos
fatos históricos mais importantes de
nosso país, pois marca o fim do domínio
português e a conquista da autonomia
política. Muitas tentativas anteriores
ocorreram e muitas pessoas morreram na
luta por este ideal. Podemos citar o caso
mais conhecido: Tiradentes. Foi
executado pela coroa portuguesa por
defender a liberdade de nosso país,
durante o processo da Inconfidência
Mineira.
Dia do Fico
Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I
recebeu uma carta das cortes de Lisboa,
exigindo seu retorno para Portugal. Há
tempos os portugueses insistiam nesta
idéia, pois pretendiam recolonizar o
Brasil e a presença de D. Pedro impedia
este ideal. Porém, D. Pedro respondeu
negativamente aos chamados de Portugal
e proclamou : "Se é para o bem de todos
e felicidade geral da nação, diga ao povo
que fico."
O processo de independência
Após o Dia do Fico, D. Pedro tomou uma
série de medidas que desagradou a
metrópole, pois preparavam caminho para a
independência do Brasil. D. Pedro convocou
uma Assembléia Constituinte, organizou a
Marinha de Guerra, obrigou as tropas de
Portugal a voltarem para o reino. Determinou
também que nenhuma lei de Portugal seria
colocada em vigor sem o “cumpra-se”, ou seja,
sem a sua aprovação. Além disso, o futuro
imperador do Brasil, conclamava o povo a
lutar pela independência.
O príncipe fez uma rápida viagem à Minas
Gerais e a São Paulo para acalmar setores
da sociedade que estavam preocupados com
os últimos acontecimento, pois acreditavam
que tudo isto poderia ocasionar uma
desestabilização social. Durante a viagem,
D. Pedro recebeu uma nova carta de
Portugal que anulava a Assembléia
Constituinte e exigia a volta imediata dele
para a metrópole..
Estas notícias chegaram as mãos de D.
Pedro quando este estava em viagem de
Santos para São Paulo. Próximo ao
riacho do Ipiranga, levantou a espada e
gritou : " Independência ou Morte !".
Este fato ocorreu no dia 7 de setembro
de 1822 e marcou a Independência do
Brasil. No mês de dezembro de 1822, D.
Pedro foi declarado imperador do
Brasil.
Pós Independência
Os primeiros países que reconheceram a
independência do Brasil foram os Estados
Unidos e o México. Portugal exigiu do Brasil o
pagamento de 2 milhões de libras esterlinas
para reconhecer a independência de sua excolônia. Sem este dinheiro, D. Pedro recorreu
a um empréstimo da Inglaterra.
Embora tenha sido de grande valor, este
fato histórico não provocou rupturas
sociais no Brasil. O povo mais pobre se
quer acompanhou ou entendeu o
significado da independência. A
estrutura agrária continuou a mesma, a
escravidão se manteve e a distribuição
de renda continuou desigual. A elite
agrária, que deu suporte D. Pedro I, foi
a camada que mais se beneficiou.
A chegada da Família Real Portuguesa ao
Brasil foi episódio de grande importância
para que possamos iniciar as justificativas da
nossa independência. Ao pisar em solo
brasileiro, Dom João VI tratou de cumprir os
acordos firmados com a Inglaterra, que se
comprometera em defender Portugal das
tropas de Napoleão e escoltar a Corte
Portuguesa ao litoral brasileiro. Por isso,
mesmo antes de chegar à capital da colônia, o
rei português realizou a abertura dos portos
brasileiros às demais nações do mundo.
Proclamação da Independência
Dom Pedro estava voltando a São Paulo,
após uma viagem a Santos. Era 16 horas
e 30 minutos do dia 07 de setembro de
1822, quando o correio alcançou Dom
Pedro nas margens do rio Ipiranga e
entregou-lhe as cartas. Ele começou a
lê-las.
Eram uma instrução das Cortes portuguesas, uma
carta de Dom João VI, outra da princesa e um ofício
de José Bonifácio. Todos diziam a mesma coisa: que
Lisboa rebaixava o príncipe a mero delegado das
Cortes, limitando sua autoridade às províncias, onde
ela ainda era reconhecida. Além disso, exigiam seu
imediato regresso a Portugal, bem como a prisão e
processo de José Bonifácio. A princesa recomendava
prudência, mas José Bonifácio era alarmante,
comunicando-lhe que além de seiscentos soldados
lusitanos que já haviam desembarcado na Bahia,
outros 7 mil estavam em treinamento para serem
colocados em todo o Norte do Brasil. Terminava
afirmando: "Só existem dois caminhos: ou voltar para
Portugal como prisioneiro das cortes portuguesas ou
proclamar a Independência, tornando-se imperador
do Brasil".
Dom Pedro sabia que o Brasil esperava dele
uma atitude. Depois de ler, amassou e
pisoteou as cartas, montou seu cavalo e
cavalgou até as margens do Ipiranga e gritou
à guarda de honra: "Amigos, as cortes de
Lisboa nos oprimem e querem nos
escravizar... Deste dia em diante, nossas
relações estão rompidas".
Após arrancar as insígnias de cores azuis e
brancas de seu uniforme, o príncipe sacou a
espada e gritou: “Por meu sangue, por
minha honra e por Deus, farei do Brasil um
país livre", em seguida, erguendo a espada,
afirmou: "Brasileiros, de hoje em diante
nosso lema será: Independência ou Morte!".
A notícia se espalhou por todo o Brasil. O
povo cantou e dançou nas ruas. O Brasil não
era mais uma nação acorrentada.
No dia seguinte, iniciou a viagem de
retorno ao Rio de Janeiro. Na capital foi
saudado como herói.
No dia 1º de dezembro de 1822, aos 24
anos, foi coroado imperador do Brasil e
recebeu o título de Dom Pedro I.
Em 1826 estava firmada a posição do
Brasil no cenário internacional.
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Dia do Fico