Lodos Ativados com Aeração Prolongada O Saneamento Básico no RGS Saneamento Básico Histórico 1500- 1900 O Saneamento Básico era muito precário ! ÁGUA: Abastecimento por carroças de tração animal, com pipas que vendiam nos domicílios água de rios, arroios e poços sem nenhum tratamento; ESGOTO: Sistemas individuais de despejos em ruas e eventualmente o tratamento primário seguido de infiltração no terreno (fossa e poços de infiltração) O Aguadeiro 1500- 1900 Conseqüências 1. Surtos periódicos de doenças transmissíveis (tuberculoses, febre espanhola, etc) infecciosas e e pestes, gripe 2. Surtos periódicos de doenças de veiculação hídrica (tifo, cólera, hepatite, etc) 3. Altíssimas taxas de mortalidade mortalidade infantil 4. Altíssima proliferação de vetores doenças ( ratos, insetos, etc) entre adultos e transmissores de 1900-1960 Empresas Estrangeiras (Européias) Prefeituras Municipais 1960: O Saneamento Básico era atendido exclusivamente pelos municípios com apoio dos Estados. As cidades brasileiras tinham cerca de 50% dos seus habitantes com água tratada; 1965: Para mudar este quadro, o RGS (Gov. Ildo Meneghetti) idealizou uma companhia estadual de economia mista para que, utilizando o subsídio cruzado, conseguisse elevar os baixos índices de atendimento com água tratada para as populações urbanas. criada em 1965, com 112 municípios com água e 18 pequenos sistemas com esgotamento sanitário A CORSAN foi 1970/1980 1970: O Governo Federal, inspirado no modelo do RS, instituiu o PLANASA - Plano Nacional de Saneamento, visando elevar nos demais estados e os seus municípios os baixo índices de atendimento com água tratada. 1970: A idéia do PLANASA era de financiar somente Companhias Estaduais de Saneamento, através do seu agente financiador, o BNH. Dessa forma incentivava os estados a criarem as suas próprias CESB, que era um modelo que estava dando certo; 1970/1980: A partir deste modelo, criaram-se as 24 CESB em cada estado da federação; 1970/1985 Com o modelo PLANASA, a criação das CESB em cada estado e com o agente financeiro, o BNH, em apenas 15 anos o país passou de 50% para 97% das suas populações urbanas atendidas com água potável. Foram erradicadas ou atenuadas diversas doenças de veiculação hídrica no Brasil; 1985: Extinção do BNH e do PLANASA. O Saneamento passou a ter como agente financeiro a CEF- Caixa Econômica Federal; 1970/1985 1970: Brasil com 80.000.000 habitantes e apenas 50% das populações urbanas com Água Tratada domiciliar 1985: Brasil 120.000.000 (50% a mais) de habitantes e com a Universalização do abastecimento com água tratada nas cidades, > 95% das populações urbanas CONCLUSÕES 1. Em apenas 15 anos as CESB e PM, com serviços públicos de Saneamento Universalizaram o abastecimento no Brasil; 2. (80.000.000/2) + (40.000.000)= 80.000.000, novos habitantes receberam água tratada em seus domicílios; 3. Todo este “milagre” foi protagonizado pelo Saneamento Público: CESB (24 estados) e Prefeituras- serviços municipais (EX: DMAE); 1895/2007 Período de baixo nível de financiamento e de investimento dos sucessivos governos federais no setor do saneamento; Os recursos recolhidos ao governo federal na forma de impostos e serviço da dívida era maior do que retornava ao setor na forma de financiamentos (Investimentos < R$ 1 Bilhão/ano); Em 05/01/2007, foi promulgada a Lei do Saneamento, que combinada com a Lei dos Consórcios (2005) e com a Lei da Licitações(1993), passaram a regrar o regime de prestação do serviço e concessões públicas (Marco Regulatório do Saneamento); 2007/2010 Advento do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, onde reaparecem os recursos financiados para o saneamento, crescendo de aproximados R$ 1 bilhão para R$ 4,5 bilhões/ano, porém meta do governo Federal é R$ 9 bi/ano a O novo momento direciona para a necessidade de alavancar os baixos índices nacionais de atendimento com esgotamento sanitária. As novas concessões indicam a necessidade de universalização dos serviço em 25 anos, a partir de índices presentes inferiores a 20%; (Somente a partir de agora é que as concessão são de água e esgoto) Rio Grande do Sul CORSAN (65%) Dados institucionais da CORSAN mais de 7.500.000 de usuários; (RS=11 milhões hab.) mais de 2/3 da população gaúcha; mais de 2.246.000 economias de água; mais de 233.000 economias de esgoto; em torno de 5.000 empregos diretos; Arrecadação média mensal = R$ 115.000.000,00 Arrecadação anual = R$ 1.400.000.000,00 Investimento anual = R$ 200.000.000,00 (Rec. Próprios) 348 localidades atendidas (324 municípios de 497 no RS). MUNICÍPIOS ATENDIDOS - ÁGUA 324 municípios 46 localidades (O RS tem 497 municípios) Vários municípios em processo de encampação Atendimento: 98% da zona urbana Saneamento no RS 1........Total de 497 Município no RS 2........324 são atendidos pela CORSAN ( 65%) 3........173 municípios com serviços próprios ( 35 %) 4.........Nenhum serviço privado no RS ( 0%) 5.........Principais serviços municipais: 5.1- DMAE...............Porto Alegre 5.2-SAMAE..............Caxias do Sul 5.3-COMUSA...........Novo Hamburgo 5.4-SEMAE..............São Leopoldo 5.4-SANEPE............Pelotas 5.5-DAEB................Bagé 5.6-DAE..................Santana do Livramento Lagoa de Estabilização Lodos Ativados com Aeração Prolongada Esgotamento Sanitário MUNICÍPIOS ATENDIDOS- ESGOTO COM TRATAMENTO DE TRATAMENTO DE ESGOTO COBERTURA DE ESGOTO: CORSAN = 12,95% Estado/RS = 6,00% Brasil = 34,00% Porto Alegre = 27% Fonte: Agência Nacional de Água MODELOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS SISTEMA LEGAL BRASILEIRO direta Centralizada indireta Direta autarquia Descentralizada (outorga) Prestação de Serviço de Saneamento empresa pública soc. econ. mista fundação Indireta (delegação) licitação contrato de concessão consórcio público Gestão associada convênio de cooperação contrato de programa CONTRATO DE PROGRAMA De 210 contratos vencidos já foram renovados 190 Região Metropolitana: Canoas, Esteio, Sapucaia, Alvorada, Viamão, Gravataí, Guaíba, Campo Bom, Sapiranga, Região da Serra: Canela, Gramado, Bento Gonçalves, Farroupilha, Nova Petrópolis, Dois Irmãos; Região do Litoral Norte: Torres, Capão da Canoa, Xangrilá, Tramandaí, Cidreira, Pinhal, Terra de Areia, Osório; CONTRATO DE PROGRAMA De 210 contratos vencidos já foram renovados 190 Região do Planalto Médio: Passo Fundo, Vacaria, Lagoa Vermelha, Soledade, Sarandí, Carazinho (em andamento) Região das Missões: Santa Rosa, Santo Ângelo, Cruz Alta, Palmeira das Missões, Santiago, Região da Fronteira Oeste: Alegrete, Rosário do Sul, São Francisco de Assis, Itaquí, Quarai, 60% do faturamento renovado /25 anos CONTRATO DE PROGRAMA Grandes cidades a renovar: Cachoeirinha Rio Grande (2013) e Santa Maria (2016) Problemas para renovação: Uruguaiana, São Borja, São Gabriel, São Luiz Gonzaga, Erechim, Santa Cruz do Sul e Estrela CORSAN Investimentos PAC POLÍTICA DE INVESTIMENTOS 2008/2010 Fonte de recursos PAC OGU + CONTRAPARTIDA FINANCIAMENTOS captados pela CORSAN ou pelos municípios BNDES/CEF/BANRISUL RECURSOS PRÓPRIOS CORSAN RECURSOS PRÓPRIOS CORSAN ANO ANO ANO ANO 2007 2008 2009 2010 TOTAL: R$107.000.000,00 R$135.000.000,00 R$150.000.000,00 R$181.000.000,00 R$573.000.000,00 RESUMO DOS INVESTIMENTOS DA CORSAN RECURSOS R$ Financ. R$ CORSAN TOTAL R$ CEF 98.070.334 12.496.703 110.567.038 237.635.375 40.465.042 278.100.417 6.100.572 1.626.080 7.726.652 BNDES 190.556.525 29.663.658 220.220.184 CEF 2009 155.269.454 17.322.160 172.591.615 PRÓPRIOS - 554.791.337 554.791.337 TOTAL R$ 687.632.262 656.364.983 1.343.997.245 OGU OBRAS OGU PROJETOS RECURSOS DESTINADOS À CORSAN PRIMEIRA FASE DO PAC 2(JUL/10) 1. ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO (OGU) - SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO - R$ 345 MILHÕES - SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA - R$ 30 MILHÕES 2. RECURSOS COM FINANCIAMENTO - SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO - R$ 317 MILHÕES - SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA - R$ 28 MILHÕES TOTAL - R$ 720 MILHÕES Desoneração do Saneamento As companhias Estaduais de Saneamento recolhem por ano para o Gov. Federal, cerca de R$ 2 bilhões em impostos! (Jornal Valor Econômico, edição de 10, 11 e 12/dezembro/10, Especial Saneamento Ambiental) Somente a Corsan, paga por anos cerca de R$ 120 milhões de impostos, o que poderia ampliar os investimentos em esgoto sanitário (R$ 200 + R$ 120 = R$ 320.000.000/ano) Rio Grande do Sul Razões para o baixo Índice de Esgotamento Sanitário 1º Sistema Estadual - CORSAN CORSAN (65%) 1. 1965 a 1985: Criada com 112 cidades e hoje com 324, e com a prioridade de abastecimento de água; 2. 1970 a 1985: Recursos do PLANASA (BNH) direcionados ao abastecimento e não ao esgotamento sanitário 3. 1985 a 2007: Baixíssimo nível de recursos financiados para Saneamento em todo o Brasil; 4. 2007 a 2010: Investimento de mais de R$ 2 bilhões em financiamentos do PAC, prioritariamente em esgoto sanitário; CORSAN (65%) 5. 1965 a 2010: 95 % dos contratos de concessão eram somente de água, sem concessão de esgoto; 6. 2007 a 2010: Somente os novos contratos de programa e de acordo com a lei do saneamento é que ocorreu a preocupação com o atendimento com coleta e tratamento de esgoto; 7. 1965 a 2010: A Corsan sempre foi a única Empresa Estadual de Saneamento do Brasil que nunca trabalhou com a Concessão da Capital do seu estado e ainda com outras 6 das maiores cidades de RS. (Só porto Alegre tem 29% das economias da Corsan) Sistemas Municipais: 35 % Prefeituras (35%) 1. 1970 a 1985: Não tinham acesso a recursos do PLANASA; 2. 1985 a 2010: Os sistemas mais organizados passaram a utilizar recursos financiados, porem predominou a falta de estrutura técnica e falta de capacidade de endividamento 3. 2010: Porto Alegre tem 27 % dos seus esgotos tratados e deverá passar para 77% com o PISA 4. 2010: Caxias do Sul, Novo Hamburgo, e São Leopoldo estão investindo em esgotamento sanitário, porém todas estas juntamente com Bagé, Pelotas e Livramento, apresentam igualmente uma baixo nível de esgotamento sanitário (cerca de até 20%) Rio Grande do Sul Caminhos a Seguir ! Alta Floresta 9 Águas de Alta Floresta Agrimat/Antonio Otavio Peixoto Nascimento Engenharia 41.798 Arenápolis 10 10.169 Barra do Garças 11 Cáceres 12 Campo Verde 13 Águas de Campo Verde Brasil Central Engenharia Ltda 25.533 Canarana 14 19.329 56.853 Novacon Montgomery Engenharia 90.391 Carlinda 1 Águas de Carlinda Perenge Engenharia 6.050 Cláudia 2 Águas de Claudia Perenge Engenharia 8.228 Cólider Comodoro Colider Água e 15 Saneamento 3 Águas de Comodoro Águas de Guarantã Guarantã do Norte 4 Ltda. Agrimat/Antonio Otavio Peixoto 24.591 Agrimat/Antonio Otavio Peixoto 11.322 Perenge Engenharia 23.042 Itaúba 16 Águas de Itaúba S/A Jangada 17 Jangada Juara 18 de Juara S/A Pereira Campanha 36.168 Juscimera 19 Nascimento Engenharia 12.887 Lambari d'Oste 20 Ertel Engenharia Saneamento B. de Concessionária Águas 6.491 Brasil Central Engenharia Ltda 3.539 3.535 Marcelândia Matupá Nobres Nortelândia Nova Xavantina Primavera do Leste 21 Águas de Marcelândia 5 Águas de Matupá Brasil Central Engenharia Ltda 18.634 Perenge Engenharia 12.470 Empresa de Encomind Engenharia Saneamento de Nobres Águas de Nortelândia 22 Brasil Central Engenharia Ltda S/A 6 23 Setae 7 Águas de Primavera 12.600 5.160 José Vidal de Oliveira 17.332 Brasil Central Engenharia Ltda 41.123 Pedra Preta 24 Águas de Pedra Preta S/A Brasil Central Engenharia Ltda 15.375 Peixoto de Azevedo 25 Águas de Peixoto S/A Brasil Central Engenharia Ltda 17.978 Poconé 26 Águas de Poconé Ltda. Brasil Central Engenharia Ltda 22.272 Pontes e Lacerda 27 Santa Carmen 28 Águas de Santa Carmen Brasil Central Engenharia Ltda Águas de Pontes e Lacerda S/A Agrimat/Antonio Otavio Peixoto São José do Rio Claro 29 Águas de São José Ltda Brasil Central Engenharia Ltda São Pedro da Cipa Sorriso 30 31.424 4.414 13.535 3.641 8 Águas de Sorriso Perenge Engenharia/Filadelfo dos Reis Águas de União do Sul Brasil Central Engenharia Ltda S/A União do Sul 31 Vera 32 Águas de Vera Ltda. Brasil Central Engenharia Ltda Mato Grosso= 32 Municípios 32 Concessões 48.660 5.834 11.499 661.877 Concessões Privadas no Brasil 1. Santa Catarina= 1 2. Paraná = 1 3. São Paulo = 32 4. Rio de Janeiro = 16 5. Minas Gerais = 1 6. Mato grosso Sul= 1 7. Mato Grosso = 32 8. Espírito Santo = 1 9. Bahia = 1 10.Pará = 6 11.Tocantins =124 12.Amazonas = 1 BRASIL 5.600 Municípios Concessões Privadas 217 Cidades (3,87 %) Sem o Tocantins (gestão mista-Saneatins/ENSA) 93 cidades (1, 66% ) Conclusão: 1. Os grandes grupos (Odebrecht, Vega, Solvi, Galvão CAB Ambiental, Suez, Lyonesse, etc...), nunca se interessaram pelo saneamento no Brasil, quando o nível de investimento anual era menor do R$ 1 bilhão, e agora quando chega a R$ 4,5 com os recursos do PAC, fica interessante; 2. Estes grupos respondem por 1,66 % do setor e percorrem o Brasil, apresentando-se como os grandes consultores do Saneamento; 3. No Brasil o mercado está dividido desta forma: Companhias Estaduais de Saneamento = cerca de 71 % Serviços públicos municipais = cerca de 25 % Serviços Privados de Saneamento = cerca de 4% CORSAN e o RS No programa do Governo Tarso (Registrado no TRE) 1. Água como um bem comum e um direito humano universal, sob o controle público, tendo o Estado com papel de regulador, fiscalizador, indutor e investidor; 2. Universalização do abastecimento e do esgotamento sanitário de acordo com o Plano Estadual de Saneamento estabelecendo as metas de curto, médio e longo prazo; 3. Habilitar o estado e os Municípios para captarem os recursos do PAC I e II; 4. Apoiar os municípios na elaboração dos seus Planos Regionais e Municipais de Saneamento 5. Implantar o “Programa Água Para Todos” em parceria com o governo federal, implementar políticas de universalização do abastecimento com ações nas áreas afetadas pela estiagem; 6. programas de Irrigação para agricultura e água potável para a população rural e urbana; 7. A CORSAN como empresa pública de controle estatal , fortalecendo e ampliando seus investimentos, com gestão profissionalizada, democrática e participativa 8. Qualificar a negociação com os municípios, visando a manutenção e ampliação da Corsan como prestadora de serviços; 9. Adequar a estrutura da Corsan às necessidades de REGIONALIZAÇÂO e atendimento aos contratos de programas já firmados; 10.Promover a modernização da infraestrutura da CORSAN e das suas redes de distribuição; 11.Promover a educação ambiental para o uso sustentável dos recursos hídricos 12. Criar o fundo Estadual de Abastecimento e Saneamento para investimentos no setor; 13. criar instrumentos de controle público e participação da sociedade e dos usuários na avaliação das políticas e dos serviços prestados. CORSAN Necessita Reestruturação Regionalização Profissionalização Blindagem Governamental Investimentos em Esgoto