A CONTROLADORIA NO PROCESSO DE GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES Juliana Costa Santos Prof. Me.Sérgio Henrique da Conceição (Orientador) RESUMO O presente artigo tem como tema “A controladoria no processo de gestão das organizações” pretende-se demonstrar a importância da controladoria no processo de gestão. Diante desde fato, utilizar os conhecimentos da controladoria seria uma ferramenta favorável para solucionar problemas posteriores, uma vez que através deste, trabalham-se os dados e informações fornecidos pela contabilidade, na intenção de expor aos gestores os pontos delicados que devem ser trabalhados para que não haja dificuldades futuras. Além disso, almeja-se com os objetivos específicos, elucidar a importância da controladoria, identificar o papel do Controller; assim como, demonstrar a missão da controladoria e as ferramentas operacionais no processo de tomada de decisão das organizações. Utilizou-se como metodologia, a pesquisa bibliográfica em livros, revistas especializadas e sites relacionados ao tema. Percebeu-se com esse estudo a importância da controladoria dentro do processo de gestão das organizações, sua execução torna-se imprescindível, para a tomada de decisão, agindo de forma proativa em relação às necessidades do processo decisório, evitando assim determinadas surpresas indesejáveis. Palavra – Chave: Controladoria. Gestão. Tomada de Decisão. ABSTRACT This article has as its theme "The process of controlling the management of organizations' aims to demonstrate the importance of controlling the management process. Faced fact since, using knowledge of the comptroller would be a favorable tool for troubleshooting later, once through this, working up the data and information provided by the accounting, the intention of exposing managers to the fine points that must be worked for no future difficulties. Furthermore, it is intended with specific goals, to elucidate the importance of controlling, to identify the role of the Controller, as well as the mission of desmonstrar controllership and operational tools in the process of decision making in organizations. It was used as a methodology, research on books, magazines and websites related to the topic. Realized with this study the importance of controlling the management process within organizations, their implementation becomes essential for decision-making, acting pro-actively to the needs of the decision process, thus avoiding certain undesirable surprises. KEY WORDS: Control. Management. Decision Making. 122 INTRODUÇÃO A informação é hoje considerada o principal insumo e, em muitos casos, o principal produto das organizações. Quando bem gerenciada, ela se transforma em soluções estratégicas. É o fator de crescimento de lucros, de reduções operacionais, de otimização do processo decisório, de solução de problemas e de eliminação de barreiras de comunicação. Com o aumento da complexidade e do dinamismo do ambiente externo às organizações, estas passaram a depender de mecanismo mais eficaz de administração da informação, a fim de reduzir o quadro de incerteza em que decisões são tomadas e de melhorar o relacionamento com parceiros, clientes e fornecedores. (Beal, 2007, p.03) Diante desde fato, a importância de controlar e acompanhar o desempenho dos negócios possibilita velocidade na tomada de decisão. Neste sentido, a contabilidade não se incomoda apenas em descrever eventos passados e presentes, mas também em projetar o que poderá acontecer no futuro. As decisões tomadas nas organizações administrativas não fogem a esse padrão de pensamento. Mas, o que se percebe é que as empresas não estão totalmente cientes de que para que exista continuidade e sucesso, é preciso todo um planejamento para a tomada de decisões. Assim, para o crescimento e a continuação no mercado de trabalho de uma empresa, há necessidade de dados, de informações corretas e de subsídios que contribuam para uma tomada de decisão adequada. Em um mundo de transformações, muitas mudanças ocorrem em pouco tempo, implicando cada vez mais em alcance de maiores vantagens competitivas. No cenário das organizações em todo o mundo, apresenta-se como instrumento imprescindível à controladoria. O aumento da complexidade na organização das empresas, o maior grau de interferência governamental por meio de políticas fiscais, a diferenciação das fontes de financiamento das atividades, a percepção das necessidades de considerações dos padrões éticos na condução dos negócios e, principalmente, a demanda por melhores práticas de gestão, criando a necessidade de um sistema contábil mais adequado para um controle gerencial mais efetivo, têm sido, entre outras, algumas das razões para que a responsabilidade com o gereciamento das finanças das empresas tenha aumentado de 123 importância dentro do processo de condução dos negócios. (Figueiredo e Caggiano, 2008, p.10). A controladoria seria uma fonte teórica para a efetivação do planejamento da empresa em que a aplicação abrangeria todas as atividades empresariais, desde o planejamento inicial até a obtenção do resultado final. Conforme Padoveze (2010, p.04) “ A Controladoria é a utilização da Ciência Contábil em toda a sua plenitude”. O papel do Controller é de suma importância para auxiliar os gestores na tomada de decisões, utilizando o planejamento estratégico e operacional, alinhado com as demonstrações contábeis e um sistema de informação adequado, para obtenção de informações seguras que contribuirão para adquirir as metas estabelecidas pelas empresas. Devido às constantes mudanças e aumento na competitividade do mercado, o uso da controladoria torna-se cada vez mais necessária para uma gestão eficiente. Com esse gerenciamento, a empresa será conduzida a criar estratégias que visem os seu crescimento, oriente seus sócios a lidarem com as dificuldades que surgem a cada dia e apresente alternativas eficazes para um melhor desempenho diante desse desafio. Tomando por base estas informações, surge a necessidade de questionar qual a importância da controladoria no processo de gestão das organizações? Neste sentido, é de grande valia o presente estudo, visto a importância da controladoria e a necessidade de sua efetivação, envolvendo tanto os usuários externos quanto os internos da contabilidade dentro do âmbito organizacional. Diante destes fatos, o artigo tem como objetivo geral demonstrar a importância da controladoria no processo de gestão das organizações. Além disso, pretende-se com os objetivos específicos: elucidar a importância da controladoria, identificar o papel do Controller; assim como, demonstrar a missão da controladoria e as ferramentas operacionais no processo de tomada de decisão das organizações, através de uma pesquisa bibliográfica com diversos autores que tratam acerca do assunto em questão. Por fim, apresenta as considerações finais e as referências bibliográficas utilizadas no desenvolvimento deste estudo. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 A Controladoria 124 A Controladoria surgiu no início do século XX, nas grandes corporações norteamericanas, com a finalidade de realizar rígido controle de todos os negócios das empresas. Na Revolução Industrial foram surgindo empresas organizadas sob forma de departamentos e divisões, mas com o controle centralizado. A controladoria pode ser entendida como um ramo do conhecimento responsável pelo projeto, elaboração, implementação e manutenção do sistema integrado de informações operacionais, financeiras e contábeis de determinada entidade, sendo considerada por muitos autores como o atual estágio evolutivo de Contabilidade. (Oliveira, Hernandez e Silva, 2002, p. 13) Segundo Catelli (2009, p.344): a controladoria não pode ser vista como um método, voltado ao como fazer. Para uma correta compreensão do todo, devemos cindi-la em dois vértices: o primeiro com ramo do conhecimento responsável pelo estabelecimento de toda base conceitual, e o segundo como órgão administrativo respondendo pela disseminação de conhecimento, modelagem e implementação de sistema de informação. Dessa forma, a controladoria enquanto procedimento ampara as informações contábeis, voltada ao como fazer e numa visão multidisciplinar, é responsável pela modelagem, construção e manutenção de sistemas de informações e modelos de gestão das organizações, de acordo com todas as necessidades de informação dos gestores que os conduzam durante o processo de gestão. Souza (2009, p.44) diz que, a controladoria é vista por vários autores como um órgão de staff (fornece serviços e conselhos à direção) porque cada gestor tem autoridade para controlar sua área e se responsabiliza por seus resultados. Ela não poderia controlar as demais áreas, mas prestaria assessoria no controle, informando a cúpula administrativa sobre os resultados das áreas, assim como daria orientações na implementação de sistemas de informações gerencias. Portanto, a Controladoria deve agir de forma pró-ativa em relação às necessidades da entidade, sendo responsável por fornecer e aconselhar os administradores sobre os resultados obtidos. Assim, exige-se dos profissionais desta área uma formação bastante sólida em termos de conhecimentos relativos ao processo de gestão organizacional. Como ramo do conhecimento, a Controladoria pode ser definida, como a unidade administrativa responsável pela utilização de todo o conjunto da Ciência Contábil, ou seja, 125 tem uma visão multidisciplinar dentro da empresa. A Ciência Contábil é a ciência do controle em todos os aspectos temporais (passado, presente, futuro), à Controladoria cabe a responsabilidade de implantar, desenvolver, aplicar e coordenar todo o ferramental da Ciência Contábil dentro da empresa, nas suas mais diversas necessidades, principalmente para tomada de decisões, assim, a Controladoria pode ser entendida como uma Ciência Contábil evoluída. (Padoveze, 2009, p. 3) A controladoria é uma atividade de ampla importância dentro das organizações. É por meio de uma análise de dados por ela gerados que se debatem os rumos a seguir, observando-se, as tendências mercadológicas e organizacionais. Desde já, ressalta-se que não é função da controladoria a tomada de decisões, pois isso é tarefa para os executivos das organizações. Sendo assim, para que possa decidir eficazmente, o gestor conta com o apoio da controladoria, que é, em síntese, o setor que reúne as informações da contabilidade financeira juntamente com as análises da contabilidade gerencial. De acordo com Perez; Pestana e Franco, (1997), “O modelo de gestão adotado representa a forma pela qual a empresa irá desenvolver seu negócio. Esse modelo é decorrente da missão estabelecida e dos propósitos e objetivos a serem alcançados”. É o departamento responsável pelo projeto, preparação, implementação e manutenção do sistema integrado de informações operacionais, financeiras e contábeis da instituição. Tem por objetivo garantir informações apropriadas ao processo decisório, colaborar com os gestores, não medindo esforços para o alcance da eficácia empresarial. Sandra Figueiredo, Paulo César Caggiano (2008) destaca que: A empresa é um conjunto organizado de recursos econômicos, sociais e humanos, e pode ser vista como um sistema aberto e para a execução de suas funções na organização, a missão da controladoria é zelar pela continuidade da empresa, assegurando a otimização do resultado global. O serviço fica a cargo do Controller, profissional envolvido em todos os estágios da função de controle, que vai desde a análise de sistemas à identificação de problemas, passando pela implementação de mudanças e finalizando nos relatórios de controle, os quais são responsáveis pelos registros dos resultados das alterações apresentadas. Prepara, pois, relatórios precisos com informações extremamente objetivas de análise de desempenho da gestão, por segmento, setor e produtos, recomendando e orientando 126 quanto à execução dos processos operacionais, de forma que salvaguarde o capital e atinja os objetivos institucionais, sempre se levando em conta o que o gestor realmente quer para a empresa. Assim sendo, constata-se que a controladoria deve primar para garantir o cumprimento da missão empresarial, continuidade dos negócios da empresa e satisfação para o cliente e aos responsáveis pelas tomadas de decisões. A responsabilidade da controladoria é de aprimorar as tecnologias da informação, através de uma visão sistêmica com a intuito de compilar as informações geradas, distribuí-las, auxiliando assim a alta administração na tomada de decisões. As funções chamadas essenciais subdividem-se em: Controle organizacional: tem como objetivos facilitar a organização e controle de forma eficiente e econômica. Mensuração do empreendimento: tem como objetivo identificar e descrever as várias relações de receita e custos com o intuito de suprir e, consequentemente, ressaltar o planejamento gerencial inteligente. As funções da Controladoria servem de orientação para aplicação de um planejamento estratégico na empresa, podendo ser definida como fases pelas quais o processo passará. Tais funções, segundo Kanitz (1976, p. 7-8), podem ser resumidas da seguinte forma: Informação: compreende os sistemas contábil-financeiro gerenciais; Motivação: refere-se aos efeitos dos sistemas de controle sobre o comportamento; Coordenação: visa centralizar informações com vista na aceitação de planos. O controller toma conhecimento de eventuais inconsistências dentro da empresa e assessora a direção, sugerindo soluções; Avaliação: interpreta fatos, informações e relatórios, avaliando os resultados por área de responsabilidade, por processos, por atividade etc; Planejamento: assessora a direção da empresa na determinação e mensuração dos planos e objetivos; Acompanhamento: verifica e controla a evolução e o desempenho dos planos traçados a fim de corrigir falhas ou de revisar tais planos. Conforme Kanitz são varias as funções da controladoria, mas não existem funções específicas, pois esta abrange várias atividades em diversos departamentos. A controladoria é responsável em atender a necessidades de controles sobre as atividades do dia a dia da empresa, servindo de ferramenta para o monitoramento, 127 assegurando o resultado da mesma. É basicamente responsável pelo o Sistema de Informação Contábil Gerencial, em que deve estar ligada e atuar fortemente em todos os departamentos, repassando as informações necessárias de acordo com as estratégias fixadas no processo de gestão, sob pena de não exercer adequadamente sua função de controle, o que ocasiona uma correção do planejamento. (Padoveze, 2009, p. 36) Segundo Oliveira, Hernandez e Silva (2002, p. 15 e 16), a Controladoria é estruturada em dois grandes segmentos: Contábil e fiscal: nesse segmento, são exercidas as funções e atividades da contabilidade tradicional, representadas pela escrituração contábil e fiscal, com a geração das informações e relatórios para fins societários, fiscais, publicações, atendimentos da fiscalização e auditoria etc. (...) Planejamento e controle: caracteriza o aspecto moderno das funções e atividades da Controladoria. Nesse segmento devem estar incorporadas as atribuições concernentes à gestão de negócios, o que compreende as questões orçamentárias, projeções e simulações, aspectos estratégicos da apuração e análise de desempenho por centros de responsabilidades, planejamento tributário etc. Assim, através dessas estruturas de segmentos notam-se as melhorias do sistema de controle, em que existe um aumento no desempenho na gestão e da eficácia e eficiência dos setores, pois torna transparente as possíveis deficiências existentes. Além disso, permite antecipar as possíveis ameaças e oportunidades, acompanhando, através de dados coletados, se as metas traçadas estão sendo completadas. O papel da Controladoria é acompanhar e assessorar todo o processo de gestão da empresa, fornecendo informações econômicas, por meio de uma visão sistêmica, integrar informações e reportá-las para facilitar o processo decisório. Dessa forma, o papel da controladoria no processo de gestão é influenciado pelos planos da empresa, por seu modelo de gestão e pelo ramo de sua atividade. (Oliveira, Hernandez e Silva, 2002, p. 18) Segundo Padoveze (2010, p. 26), “O processo de gestão tem por finalidade permitir à empresa alcançar os seus resultados dentro de um conjunto coordenado de diretrizes, para atingir as metas e objetivos explicitados na declaração da visão empresarial.” Dessa maneira, o processo de gestão é um conjunto de etapas que atendem todos os departamentos da empresa. Todas as etapas devem atuar de forma independente e interligadas para o único objetivo da empresa. Esse processo de gestão é demonstrado 128 na empresa dentro de um processo orientado que permita a classificação de sua administração para tomada de decisão de acordo com os planos empresariais e níveis hierárquicos. O processo de gestão é composto por três etapas: o planejamento, que é um processo contínuo e que não deve ser tratado como um ato isolado, pois envolve o seu próprio planejamento, execução e controle no procedimento decisório; a execução, que é o processo pelo qual os gestores colocam em prática os planos operacionais anteriormente definidos; o controle, que ao contrário da sequência, não é a última fase no processo de gestão, pois deve estar presente em todas as etapas anteriores (no planejamento, na execução e em si mesmo). Essas fases podem ser consideradas como controle no processo decisório. (Mosimann e Fisch, 1999, p.115) 2.2 O Controller O Controller é o responsável pela gestão das informações, as quais os gestores se dirigem para alcançar orientações quanto ao controle e direção das atividades empresariais. Não é função do Controller a direção dos negócios da empresa, mas sim deixar os gestores avisados sobre a melhor forma de conduzir seu negócio. Nesse sentido Beuren (2002, p.23) afirma que: O Controller deve ter capacidade técnica para realizar as tarefas que lhe são designadas, bem como gerenciar o pessoal subordinado. Sua função dentro da empresa amplia-se num leque grandioso de conhecimentos que afetam o ambiente interno e externo da empresa e exigem do Controller estar a par de todos os aspectos que modificam ou poderão modificar a situação da empresa. O Controller é o gestor designado do departamento de Controladoria, seu papel é por meio do gerenciamento de um eficiente sistema de informação, zelar pela continuidade da empresa, viabilizando as sinergias existentes, fazendo com que as atividades desenvolvidas conjuntamente obtenham resultados superiores aos que alcançariam se trabalhassem independentemente. O Controller tem, ainda, como tarefa manter o executivo principal da companhia informado sobre os rumos que ela deve tomar, aonde pode ir e quais os caminhos que devem ser seguidos. 129 Vale ressaltar os conhecimentos necessários ao Controller, ou seja, o conhecimento amplo de sua própria empresa, sua história, suas políticas, seu programa, sua organização e, até certo ponto, de suas operações, o entendimento dos problemas básicos de organização, planejamento e controle e a habilidade para analisar e interpretar dados contábeis e estatísticos de tal forma que se tornem à base para a ação. O referido profissional, portanto, é o elemento responsável pelo departamento de controladoria, ou responsável pelas funções que exerce na controladoria. Suas funções estão vinculadas à gestão econômica do empreendimento e devem ser lógicas e consistentes com a missão e objetivos da empresa. 2. 3 Responsabilidades e Missão da Controladoria Como órgão administrativo é responsável pela coordenação e disseminação da teoria formada, deverá garantir as informações necessárias ao processo de gestão, propiciando aos gestores informações úteis a eficácia empresarial. Catelli identifica as atividades que a Controladoria, como órgão administrativo, é responsável pelo: Desenvolvimento de condições para a realização da gestão econômica: visto que as decisões tomadas na condução das atividades têm como foco o resultado econômico, significa que os gestores devem estar de posse de instrumentos adequados, bem como devidamente treinados; Subsídio ao processo de gestão com informação em todas as suas fases: os sistemas de informações devem ser disponibilizados para uso direto do gestor, de modo que as informações sejam oportunas; Gestão dos sistemas de informação econômicas de apoio às decisões: os sistemas de informações devem propiciar informações que reflitam a realidade físico-operacional. A Controladoria é a responsável pela gestão operacional; Apoio à consolidação, avaliação e harmonização dos planos das áreas: é amaneira de consistir a otimização do todo, constituindo-se num elemento catalisador da sinergia necessária para a otimização do resultado global. Enquanto, unidade administrativa, a controladoria é responsável pela disseminação e coordenação da tecnologia de Gestão, além de aglutinar e direcionar os esforços dos demais gestores à otimização do resultado da organização. A Controladoria é, por 130 excelência, uma área coordenadora das informações sobre gestão econômica; no entanto, ela não substitui a responsabilidade dos gestores por seus resultados obtidos, mas busca induzi-los à otimização do resultado econômico. Portanto, os gestores, além de duas espacialidades, necessitam ter conhecimento apropriado sobre gestão econômica, tornando-se gestores do negócio, cuja responsabilidade envolve as gestões operacional, financeira, econômicas e patrimonial de suas referentes áreas. Segundo (Catelli, 1999, p. 370-372), pode definir como missão da controladoria: Assegurar a otimização do resultado econômico da organização. A Controladoria vista como Unidade Administrativa é responsável pela coordenação e disseminação desta Tecnologia de Gestão – quanto ao conjunto teoria, conceitos, sistemas de informações – e também, como órgão aglutinador e direcionador de esforços dos demais gestores que conduzem à otimização do resultado global da organização. Para que a missão possa ser exercida a contento, objetivos claros e viáveis estarão sendo instituídos. Os objetivos da Controladoria, tendo em vista a missão estabelecida, são destacados a promoção da eficiência organizacional, a viabilização da gestão econômica e a promoção da integração das áreas de responsabilidade. Sob este ponto de vista, a Controladoria, ao contribuir enquanto área de responsabilidade e conjuntamente com as demais para o cumprimento da missão e continuidade da organização terá como filosofia de atuação a coordenação de empenhos visando à sinergia das ações, a participação ativa do método de planejamento, a interação e apoio às áreas operacionais e a confiabilidade, persuasão e motivação. 3 METODOLOGIA Este artigo teve como base metodológica a pesquisa bibliográfica, a qual abrange leitura, análise e interpretação de livros, periódicos, textos legais, documentos mimeografados ou xerocopiados, mapas, fotos, manuscrito entre outros. Como define Gil (2008, p. 50): é desenvolvida a partir de material já elaborado constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja 131 exigido algum tipo de trabalho desta natureza, exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. há pesquisas Complementa ainda, Lakatos e Marconi (2008, p.160) ao dizer que a pesquisa bibliográfica “é um apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de importância, por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados com o tema”. A pesquisa bibliográfica consiste na busca de ideias de diversos autores, sobre determinado assunto. Além, de mostrar novas abordagens do mesmo, de forma atualizada de caráter promissor. Como mencionado anteriormente, esta pesquisa abrange material disponível sobre o tema, a partir de publicações já existentes como livros, artigos, boletins, pesquisas, monografias, meios eletrônicos e outras contribuições, onde foi possível adquirir informações relevantes para o desenvolvimento do mesmo. Sendo assim, Gil (2008, p. 61) explica, que: as fontes bibliográficas mais conhecidas são os livros de leitura corrente. No entanto, existem muitas outras fontes de interesse para a realização da pesquisa, tais como: obras de referência, teses e dissertações, periódicos científicos, anais de encontro científico e periódicos de indexação e resumo. Assim, o auxílio de diversas fontes contribuem para que haja uma interação nas opiniões dos diversos autores que tratam a respeito do tema pesquisado, constituindo assim, uma base bibliográfica enriquecedora. Após a coleta de informações , há a necessidade que estas sejam analisadas e interpretadas. Segundo Maconi e Lakatos (2008, p. 169), análise e interpretação, “são duas atividades distintas, mas estritamente relacionadas”. Assim, o objetivo desta pesquisa, é demonstrar como os dados foram analisados e, consequentemente, interpretar os resultados obtidos na análise, para enfim formular as possíveis considerações, que procurará responder as questões quanto à importância da controladoria para o processo de gestão nas organizações. 132 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A contabilidade deve estar presente em todas as etapas do processo decisório de uma empresa. Esta, a partir de suas atribuições, estabelece e desenvolve condições para a realização da gestão, a partir das informações por ela geradas. Planejar, dirigir e controlar são tarefas fundamentais e, cada vez mais necessárias para quem deseja obter o sucesso no seu negócio. A controladoria apoiada nas informações contábeis e numa visão multidisciplinar age de forma pró ativa em relação às necessidades do processo decisório da empresa, orientando-a para a eficácia organizacional. Através de suas ferramentas, a controladoria subsidia o processo de gestão. É por meio do planejamento que ela identifica o percurso a ser seguido, no qual os dados planejados e coletados são analisados e geram informações que devem ser aplicadas conforme os objetivos traçados. Esse por sua vez, tem que conhecer todos os departamentos e etapas no processo de gestão da empresa, pois, a partir dos dados obtidos pelo planejamento e pelas ferramentas, balanço patrimonial, demonstração do resultado, processo de gestão operacional, fluxo de caixa e capital de giro, entre outros, os gestores poderão encontrar caminhos cada vez mais favoráveis para a tomada de decisão. O controller identifica e dirige possíveis soluções para a gestão, planejando e coordenando estratégias essenciais para uma boa execução do presente e futuro das empresas. Dessa forma, vê-se a importância e a relevância da controladoria dentro do processo de gestão das organizações. Sua execução torna-se imprescindível, para a tomada de decisão, pois, através da pessoa do controller, onde trabalha em conjunto com a administração a fim de garantir que os planejamentos estratégicos e operacionais sejam implantados, nos casos onde não exista, e executados em conformidade com o planejamento. É sabido ainda que, esses planejamentos devem ser periodicamente analisados e avaliados, para que se necessário for, sejam feitos ajustes, com o objetivo de atingir as metas traçadas pela empresa. Sendo assim, conforme estudo, a controladoria pode auxiliar os gestores das empresas a planejar e controlar a execução das suas atividades com mais eficiência. Ao executar os objetivos traçados e acompanhá-los durante seu desenvolvimento, os gestores estarão aptos a corrigir eventuais ameaças dentro do panorama empresarial. Nessa perspectiva, espera-se que a controladoria no processo de gestão das 133 organizações possa criar condições necessárias para que estas adquiram uma maior estabilidade no mercado e, consequentemente garanta sua sobrevivência no mundo dos negócios de forma competitiva contínua e efetiva. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BEAL, Adriana. Gestão Estratégica da Informação. São Paulo: Atlas, 2007. BEUREN, I. M. O papel da controladoria no processo de gestão. In: SCHMIDT, P. Controladoria- Agregando valor para a empresa. Porto Alegre: Bookman, 2002. CATELLI, A., PEREIRA, C. A. e VASCONCELOS, M. T. Processo de gestão e sistemas de informações gerenciais. IN: CATELLI, Armando (Org.). Controladoria: uma abordagem da gestão econômica. São Paulo: Atlas, 1999. CATELLI, Armando. 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