10ª Feira dos municípios e 1ª Mostra de Iniciação Científica - FEMMIC O PROJETO ESCOLA ITINERANTE E A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO FORA DA SALA DE AULA André Felipe Alfaya Rocha1; Marcelo Souza Oliveira2; Augusto Cezar Martins S. da Silva3 1 2 3 Estudante do curso Técnico em Agrimensura na modalidade subsequente no IF Baiano, campus Catu. E-mail: [email protected] Orientador/Professor do IF Baiano, Campus Catu. Doutorando em História Social/UFBA. E-mail: [email protected] Estudante do curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio do IF Baiano, campus Catu. E-mail: [email protected]. PALAVRAS-CHAVE: Escola Itinerante; Popularização da Ciência; Construção do conhecimento. Introdução O Projeto Escola Itinerante é uma iniciativa do IF Baiano Campus Catu, que a pouco mais de 17 anos vem promovendo a difusão de conhecimentos junto às comunidades de várias localidades da Bahia. Em poucas palavras, trata-se da montagem de uma feira de ciências itinerante, pois é instalada no local previamente agendado pela instituição solicitante ao IF Baiano Campus Catu que pode ser em escolas públicas, feiras de ciências, exposições, museus e visa, também, a integração do IF Baiano com as comunidades de regiões de influência da instituição. Os estudantes e seus professores orientadores desenvolvem atividades que propiciem a difusão e a popularização da ciência e tecnologia contribuindo para a melhoria na qualidade do ensino de ciências complementando a formação básica e técnica nas escolas, além de fazer uma conexão entre o ensino-aprendizagem. Esta pesquisa teve o objetivo de avaliar qual a contribuição que o projeto pode legar à produção do conhecimento do aluno e, para, além disso, verificar quais outras habilidades os alunos desenvolvem além dos conteúdos que estudar e das pesquisas que desenvolvem. Materiais e Métodos A pesquisa foi divida metodologicamente em etapas que contemplaram os seguintes passos: 1 – Estudo da proposta escrita do projeto e dos subprojetos dos stands/grupos de pesquisa; 2 – Construção de um questionário baseado nas informações adquiridas na etapa anterior e nos objetivos da presente pesquisa; 3 – Aplicação do questionário junto aos docentes; 4 – Análise e interpretação dos resultados; 5 – Escrita do resumo expandido. Resultados e Discussão Os resultados da pesquisa foram primeiramente sistematizados nos gráficos, logo depois se avaliou também a questão voltada para a avaliação qualitativa do aluno. Dos gráficos dois nos chamaram a atenção e estão transcritos a seguir: Gráfico 1 Se atentarmos para as informações expressas no gráfico 1, podemos verificar que aproximadamente 45% dos alunos pretendem seguir carreira acadêmica ou profissional na área do stand onde atuam. Segundo os coordenadores do projeto essa tendência pode também ser observada, entre os ex-alunos que anos anteriores também participaram do projeto Muitos deles fazem ou fizeram os seus estudos universitários na mesma área que um dia atuaram no Projeto Escola Itinerante. Uma possível explicação para esse contexto é o fato de que o discente inscreve-se para trabalhar no stand cuja temática ou área de atuação ele tenha mais afinidade. No Projeto Escola Itinerante, verifica-se que o aluno tem mais autonomia para realizar seus estudos, experiências e experimentos e essa condição o faz perceber-se mais capaz para mergulhar no mundo do conhecimento. Conclusões O Projeto Escola Itinerante tem representado um grande avanço, no que diz respeito a centralização do discente como sujeito do seu próprio conhecimento. Diferente do que acontece em sala de aula, no projeto quem está como agente na hora de explicar ou ensinar algo na teoria ou na prática sempre será o aluno. Isso faz com que, além dele se ver na responsabilidade de fazer uma boa revisão de literatura e de realizar incansavelmente os experimentos e experiências, uma vez que na frente do público eles estarão sozinhos, eles trabalhem também a sua postura como pesquisadores, realizando uma iniciação científica, acompanhada por seus professores-orientadores. Outro fator também é o trabalho com o dialogo em pesquisa, uma vez que ao apresentarem para alunos do ensino fundamental, médio, técnico, universitário, pós-graduandos e professores, eles exercem uma troca de conhecimentos, impensável dentro das quatro paredes da sala de aula. Agradecimentos Agradecemos a professora MSc. Alexandra Carvalho, coordenadora do Projeto Escola Itinerante, que colaborou para a realização deste trabalho e a Direção do IF Baiano Campus Catu pelo apoio que nos deu durante a pesquisa. Referências TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987. DESLANDES, SUELY FERREIRA. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1994. SANTOS, ANTÔNIO RAIMUNDO DOS. Metodologia cientifica: a construção do conhecimento. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Baiano – Campus Catu