AMBULATÓRIO DE
ALTO RISCO FOLLOW UP
Enfª Ludmylla de O. Beleza
Unidade de Neonatologia do Hospital Regional
da Asa Sul/SES/DF
www.paulomargotto.com.br
Brasília, 8 de julho de 2013
INTRODUÇÃO
↓Mortalidade dos RN’s de risco
Avanços tecnológicos e farmacológicos
↑Sobreviventes normais e/ou
com seqüelas
↑Necessidade de assegurar
cuidados continuados e avaliação
INTRODUÇÃO
Als (1986): RNPT saudáveis, com 42s, em
casa: mais desorganizados
Perlman (2000): em bebês < 1500g, 13% de
paralisia cerebral, 30-50% dificuldades
acadêmicas, 20-30% déficits de atenção e
hiperatividade, 25-30% desordens psiquiátricas
na adolescência
INTRODUÇÃO
Para cada 100 prematuros com IG ≤ 26
semanas: 3 casos de paralisia cerebral, 1 caso
de cegueira e de surdez, e 4 casos de retardo
mental
Principais consequências para o futuro: peso e
estatura menores; meninas com até 30%
obesidade; > risco de HAS, diabetes e doença
coronariana; redução da função pulmonar na
fase adulta; TDAH, depressão e ansiedade mais
frequentes; menor QI
SBP, 2012
INTRODUÇÃO
•
•
•
•
Morbidades neonatais que afetam o
desenvolvimento no RNPT:
Crescimento inadequado na UTIN/UCIN
Problemas com suporte nutricional <1000g
Considerar sempre o PC
Hemorragia Intraventricular Grave /
Leucomalácia Periventricular
Bebês < 1500g com HIV: só 30% QI>80
Esteróides pós-natais: Dexametasona
INTRODUÇÃO
Morbidades neonatais que afetam o
desenvolvimento no RNPT:
Doença Pulmonar Crônica
Retinopatia da Prematuridade
Importância do desmame
precoce do respirador e
dieta enteral plena
Fatores que protegem
INTRODUÇÃO
"Todo programa de seguimento da criança
de alto risco, para ser bem sucedido, deverá
ser iniciado durante a internação
hospitalar“
SBP, 2012
FOLLOW UP NA UTIN
Contato precoce com os pais, ouvindo e
esclarecendo
Facilitar o vínculo pai/mãe-RN
Ligação forte e segura com os pais
Função biológica
protetora
Fortalecimento de laços afetivos
FOLLOW UP NA UTIN
Ações que contribuem para formação
de laços afetivos duradouros:
Facilitar contatos iniciais
Visitar mãe precocemente
Acompanhar pais no 1° encontro
Facilitar entrada dos pais
Tornar ambiente acolhedor
Apresentar o bebê aos pais
Participação nos cuidados
Iniciar canguru assim que possível
FOLLOW UP NA UTIN
•
•
•
•
Cuidados contingentes X mecanizados
Cuidados antes do procedimento
Cuidados durante procedimento
Cuidados posturais
Manter conforto com postura funcional (flexão
e orientação para linha média)
Regulação de suas funções fisiológicas
Melhor formato da cabeça
Inibir padrões motores anormais
FOLLOW UP NA UTIN
•
•
•
•
Cuidados posturais
Alinhamento da cabeça
Mãos próximas ao rosto
Dar inibição ventral
Dar apoio aos pés, contenção/enrolamento
FOLLOW UP NA UTIN
Papel da Enfermeira da UTIN/UCIN
Conhecer pais e bebês, esclarecer dúvidas
Participar de discussões clínicas
Orientar quanto ao manuseio carinhoso,
tornando o RN o mais atraente possível
Prestar cuidados ao RN, com os pais
Encorajar e preparar pais para participação na
assistência
Preparar para alta
FOLLOW UP NO AMBULATÓRIO
Objetivos/Atribuições do Ambulatório
de Alto Risco
Identificar crianças com risco para problemas
de desenvolvimento
Garantir a continuidade da assistência
Avaliar, incentivar e apoiar o AME
Realizar exame físico
Avaliar equilíbrio psicoafetivo da família
Acompanhar para detectar e intervir
FOLLOW UP NO AMBULATÓRIO
Objetivos/Atribuições do Ambulatório
de Alto Risco
Observar adm de medicamentos prescritos
Orientar e acompanhar tratamentos
especializados
Orientar imunização
Avaliar desenvolvimento
neuromotor
FOLLOW UP NO AMBULATÓRIO
RN’s de risco:
PN < 1000g
Asfixia perinatal
RN com alterações
neurológicas
Infecções congênitas
Malformações no tubo
neural
Síndromes genéticas
RN’s com alteraçõesna
substância branca e/ou
Prematuros < 1500g
e/ou IG < 33 semanas
PIG
Hiperbilirrubinemia
Policitemia sintomática
Uso de VPM ou O2 com
concentrações > 40%
FOLLOW UP NO AMBULATÓRIO
Equipe
Acompanhamento individualizado e holístico
para desenvolver o máximo de seu potencial
global
Pediatra, enfermeira, fisiatra, terapeuta
ocupacional, fonoaudiólogo, fisioterapeuta,
psicólogo, psicopedagogo, assistente social
Encaminhamentos: neurologista, otorrino,
oftalmologista, ortopedista, CIPE
FOLLOW UP NO AMBULATÓRIO
Periodicidade das consultas
Depende de vários fatores
Acompanhamento mínimo até 2500g
Ideal: 3x/semana, retorno mínimo de 3 em 3
meses, <2Kg: acompanhamento 3x/sem
Família com acesso ao PS
Tipos de consulta
Individual ou coletiva
Ideal: individual com suporte interdisciplinar
FOLLOW UP NO AMBULATÓRIO
Roteiro para primeira consulta
História perinatal, aspecto socioeconômico,
intercorrências na UTIN
Vida familiar
Impressão da mãe sobre a criança
COMO foi primeiro dia,
amamentação, canguru domiciliar…
Dúvidas a esclarecer
Enfatizar importância do ambulatório
FOLLOW UP NO AMBULATÓRIO
Ficha de exame
Idade cronológica e corrigida
Vacinação
Dieta
Medicações, tratamento, reabilitação
Intercorrências e tratamento
Relato da mãe sobre aquisições da criança
Revisão de exames
anteriores/encaminhamentos
FOLLOW UP NO AMBULATÓRIO
Avaliação
Exame físico objetivo
Pele, hérnias, padrão respiratório, máformações
Crescimento pondero-estatural
Avaliação neurofuncional: tônus passivo e ativo
e reflexos
Avaliação sensorial (visão, audição)
Avaliação da linguagem
FOLLOW UP NO AMBULATÓRIO
Sinais de alerta ao exame
Mudança de coloração da pele
Pausas respiratórias
Desconforto respiratório
Hipoatividade
Irritação intensa
Regurgitação frequente/vômitos
Diminuição ou recusa da dieta
Ganho ponderal insuficiente ou perda
FOLLOW UP NO AMBULATÓRIO
Sinais de alerta relacionados ao
desenvolvimento
Alterações de tônus do pescoço, tronco e membros
(hipotonia, hipertonia, assimetria);
Polegares em persistente adução;
Assimetrias de tônus e de reflexos em um ou em
todos os membros;
Reflexo de Moro anormal;
Movimentos oculares anormais;
Comportamento anormal (letargia, irritabilidade,
hiperexcitabilidade).
FOLLOW UP NO AMBULATÓRIO
Sinais de dificuldades na mãe
Choro constante
Ausência de atenção ao bebê
Ter grandes distrações nos cuidados
Ter medo de realizar os cuidados básicos
Falar com o bebê como se fosse adulto
Não conseguir posição para segurar o bebê
Não ter nenhum projeto ou sonho p/ bebê
Muito estresse no momento de alimentar
FOLLOW UP NO AMBULATÓRIO
Sinais de dificuldades no pai
Não brincar com o bebê
Ausência total em relação à família
Não conseguir identificar necessidades
Não suportar o choro
Ter pavor em realizar os cuidados
FOLLOW UP NO AMBULATÓRIO
Habilidades para trabalho com os pais
Ouvir e aprender
• Como?
Dar confiança e apoio
• Elogiar
• Dar ajuda prática
• Evitar muitas informações
de uma só vez
• Sugerir, não dar ordens
FOLLOW UP NO AMBULATÓRIO
Principais causas de reinternação
Apneia/broncoaspiração
Problemas respiratórios
Diarréias
Infecção do trato urinário
Ganho ponderal insuficiente
ou perda de peso
Anemia grave com necessidade de
hemotransfusão
CRESCIMENTO
CRESCIMENTO
Fases do crescimento
Hiperplasia: até 4° mês de gestação
Hipertrofia: do 7° mês ao nascimento
Etiologia do RCIU
Fatores de origem fetal: infecções e
malformações
Fatores de origem materna: insuficiência
placentária
CRESCIMENTO
O bebê PIG
Proporcional ou simétrico
Desproporcional ou assimétrico
CRESCIMENTO
O crescimento do Prematuro
Fase 1: Retardo do Crescimento
Depende de alguns fatores, PIG
Fase 2: Transição
Fase 3: Crescimento de Recuperação
(Catch up)
6 a 9 meses
Determinante do comprimento PIG
Fase 4: Homeorrexe
CRESCIMENTO
Idade corrigida
Referente a 40 semanas, subtraindo IG
Utilizar até 2-3anos
Alertas
• ↑PC pequeno ou muito grande
• Catch up inexpressivo até 1 ano em
RNPT
• Ganho insuficiente de peso
ou perda >10%
CRESCIMENTO
A avaliação do crescimento envolve 3
fatores:
Conhecimento da história clínica pregressa
Medidas frequentes e seriadas de peso,
comprimento e PC
Interpretação adequada
das curvas
SINAIS DE ALERTA!!!
Ganho ponderal insuficiente, aumento do PC
desproporcionalmente, s/ catch up no 1 ano
CRESCIMENTO
Curvas de crescimento
Inúmeras
Intrauterina (Alexander et al) ou baseada no
pós-natal (Ehrenkrank et al)
Forma mais prática: usar as curvas mais
conhecidas com idade corrigida
Nos primeiros meses de ICP ocorre uma
aceleração da velocidade de crescimento com
recuperação primeiro do perímetro cefálico,
depois comprimento e peso
CRESCIMENTO
Curvas de crescimento
Curva de Babson: mais conhecida; curvas
para RNPT mantém-se abaixo das normais
CRESCIMENTO
Curvas de crescimento
Fenton (2003):
Metanálise; “atualiza”
Benda e Babson
CRESCIMENTO
Curvas de crescimento
Curva de Martell e Belitzkip (1988):
depende da medida anterior e o tempo que
passou entre os 2 exames; não PN>1400g
CRESCIMENTO
Curvas de crescimento
Margotto (1995)
[Intrauterine growth curves: study of
4413 single live births of normal
pregnancies].
Margotto PR.
J Pediatr (Rio J). 1995 JanFeb;71(1):11-21. Portuguese.
DESENVOLVIMENTO
DESENVOLVIMENTO
Sequência de mudanças na conduta sensorial e
motora, na resposta afetiva, inteligência,
linguagem e aprendizado.
Cinco primeiros anos de vida
Resultado de 3 fatores: programa genético,
meio ambiente e interação de ambos
Novos estímulos ao nascimento
Superação de dificuldades e adaptação
pela maturação do SNC
DESENVOLVIMENTO
Etapas não estáticas, sequência das aquisições
encadeadas
Marcos do desenvolvimento são guias, mas
dados estatísticos
Normal
maturação
gradual do controle postural
pelo desaparecimento dos
reflexos primitivos(observar
presença e intensidade)
Detecção de desvios e encaminhamentos
DESENVOLVIMENTO
Observação do bebê em várias situações e em:
supino, prono, lateral, puxado para sentar,
sentado, de pé, nas mudança de postura
Avaliação Neuromotora
Exame sistematizado que considere
desempenho qualitativo
Atividade espontânea, tônus, postura,
reflexos primitivos, motricidade fina,
visão, audição e linguagem.
DESENVOLVIMENTO
Principais reflexos
Moro
Preensão palmar e plantar
Marcha/colocação
Busca/Piper (pontos cardinais) e sucção
Reflexo Tônico Cervical Assimétrico
(RTCA/esgrimista) e Simétrico (flexão/ext
cervical)
Reflexo de Retificação Labiríntica: ventral; liberar
VAS
Galant (estímulo paravertebral/encurtamento)
DESENVOLVIMENTO
Anormalidades às vezes são transitórias (até 2
anos)
Necessidade de equipe especializada
Variabilidade de prognóstico: necessidade de
intervenção precoce
Déficit intelectual pode não existir mesmo se
comprometimento motor severo
DESENVOLVIMENTO
Métodos de Avaliação Desenvolvimento
PRECHTL – Exame Neurológico a Termo; longa
e complexa
BRAZELTON – Escala de Avaliação
Comportamental Neonatal; 36 a 44s, seleciona
problemas motores e comportamentais
DUBOWITZ – Avaliação Neurológica do RN a
Termo e Prematuro; exame
neurocomportamental; rastreamento
DESENVOLVIMENTO
Métodos de Avaliação Desenvolvimento
AMIEL TISON:
28s até final do 1°ano;
detecção precoce de
anormalidades,
selecionando as
transitórias
DESENVOLVIMENTO
Métodos de Avaliação Desenvolvimento
TRIAGEM: Denver II; Escala Motora Infantil
Alberta (AIMS); Avaliação dos Movimentos
Generalizados; Teste infantil de desempenho
motor (TIMP); Avaliação dos movimentos da
criança
DIAGNÓSTICOS: Escalas de Bayley (mais
usadas; 1 a 42m; usa escalas: mental,
psicomotora e comportamental; Escalas de
inteligência de Wechsler
DESENVOLVIMENTO
Sinais Sugestivos de
Disfunção
Neuromotora
Comportamento
estereotipado
Irritabilidade ou choro
extremos
Controle pobre cabeça
Persistente elevação
da cintura escapular
Hiperextensão da
cabeça e pescoço
Uso de só um lado
Hipotonia/Hipertonia
Extensão incompleta do
quadril
Tônus de eixo diminuído
(mãos/braços)
Padrão extensor
pronunciado das pernas
Dificuldades de
alimentação
DESENVOLVIMENTO
Sinais de alerta de
40s a 3 meses
Pouco interesse aos
estímulos visuais e
auditivos;
Mãos cerradas e
polegar incluso na
palma da mão de forma
persistente;
Exagero da hipertonia
flexora dos membros
superiores e inferiores,;
Hipotonia dos membros
superiores e inferiores,
com ausência de
resistência durante a
movimentação destes
segmentos;
Cotovelos dirigidos
excessivamente para trás
na postura sentada e em
prono;
Reflexos exacerbados,
ausentes ou assimétricos
DESENVOLVIMENTO
Sinais de alerta de 3m
a 6 meses
Controle pobre da
cabeça,
Ausência de fixação
ocular
Hiperextensão da
cabeça e tronco;
Persistência de
assimetria (presença
frequente do RCTA),
Hipertonia de MMSS e
MMII e pobreza de
movimentação
voluntária de um
hemicorpo em relação ao
outro.
Hipertonia de membros
superiores e inferiores e
pobreza de
movimentação
voluntária de um
hemicorpo em relação ao
DESENVOLVIMENTO
Intervenções e Orientações
Promover aleitamento materno
Favorecer vínculo mãe-filho
Auxiliar família a colocar objetos estimulantes
para o bebê
Estímular a contar histórias (a partir de 6m)
Dar explicações pra criança e respeitá-la
Falar com os pais sobre importância de brincar
Lembrar que crianças precisam de limites
DESENVOLVIMENTO
Intervenções e Orientações
Conversar com os pais sobre necessidade de
criar oportunidades de movimento e brincar
com crianças com distúrbios de
desenvolvimento
Aproveitar rotina diária a ajudar no
desenvolvimento
Como carregar?
• Adequada forma auxilia desenvolvimento
DESENVOLVIMENTO
• Cabeça elevada e alinhada com
tronco simétrico, ombros baixos
e braços na frente
• Hipotônicas: duas pernas
juntas com quadril e
joelhos fletidos
DESENVOLVIMENTO
• Hipertônicas: pernas separadas com uma
dobrada e outra extendida
DESENVOLVIMENTO
Posição supina
• Permite atividades com pernas e braços
• Desenvolvimento da coordenação muscular e
ajustes corporais ao vencer a gravidade
• Evitar posição de rã e cabeça para trás
DESENVOLVIMENTO
Posição prona
• Auxilia no controle da cabeça
• Inicia movimento pra tentar alcançar objeto
• Hipo(rã) e hipertônicos(braço fletido embaixo
do corpo, pernas em extensão)
DESENVOLVIMENTO
Posição lateral
• Criança mais relaxada, faz menos esforço e é
capaz de olhar mãos
• Auxilia a rolar
• Braço de baixo e de
cima pra frente
• Hipertônica: perna de
baixo estendida e de
cima flexionada
PRINCIPAIS DÚVIDAS
•
•
•
•
Alimentação
Amamentação
AME até 6 meses, pega, ordenha,
armazenamento do leite
Passos para alimentação saudável (se AME, 6
meses de IC)
Fortificantes de LM: 1g/20ml de LM se dieta
>100ml/Kg/dia
Leite artificial: 1 medida para cada 30ml,
capacidade gástrica
PRINCIPAIS DÚVIDAS
Cólica
Bebês com 2-3s de vida, mesmo horário, dias
seguidos, desaparecimento com 4m
Irritabilidade, choro excessivo e incontrolável,
movimentos corporais
Fatores que determinam ou contribuem
•
•
•
•
•
Imaturidade do trato intestinal
Hipertoncidade congênita, alergias
Tensão dos pais e ingestão de ar
Uso de leite de vaca
Alimentos ingeridos pela mãe e fumo
PRINCIPAIS DÚVIDAS
Cólica
Práticas para aliviar
• Orientação e apoio
• Massagem manual, aparelho de vibração, método
canguru, ambiente calmo e seguro, banho de balde
Evacuações
Mecônio até coloração normal
Frequência variável
Criança com disfunção neuromotora tipo
espástica: oferecer líquidos e fibras
PRINCIPAIS DÚVIDAS
Urina
Rosa inicial pelos cristais de urato
Abundante e frequente
Troca das fraldas
Não usar lenços e talcos
Não elevar MMII
Secreção vaginal em meninas
Higiene em meninas e meninos
Coto umbilical
Queda; limpeza e sinais de infecção
PRINCIPAIS DÚVIDAS
Higiene
Oral: pós mamada noturna
Banho: diário, fechar janelas, limpar períneo,
pouca água, proteger ouvidos, produtos para
higiene
Banho de sol
5 a 10’, entre 7 e 10h ou após 16h
Não usar filtro solar
PRINCIPAIS DÚVIDAS
Sono
PT até 22h/dia
Acordar se mais de 4h seguidas
Trocar dia pela noite
Bebê deve adormecer no berço
Músicas e rotina para dormir
Obstrução nasal
Soro fisiológico antes das mamadas
Aumentar umidade do ambiente
Evitar pelúcia, tapetes, cortinas de pano
PRINCIPAIS DÚVIDAS
Colo
PT: desagrado ao ser tocado
Choro e irritabilidade neurológicos
Visitas e passeios
Evitar contato com doentes
Evitar aglomerações
Engasgo na mamada
Falta de coordenação
Alimentar sem pressa, com pausas
Lateralizar cabeça se ocorrer
PROBLEMAS CLÍNICOS
Refluxo Gastroesofágico
Comum em PT e bebês com sequelas
neurológicas
Risco de broncoaspiração
Manter bebê mais elevado durante
amamentação e até 30’
Elevar cabeceira do berço
Evitar balançar e elevar pernas nas trocas
Manter bebê preferencialmente lateral
PROBLEMAS CLÍNICOS
Anemia da Prematuridade
↓progressiva de Hct e Hb até 8ª-12ªs vida
Corresponde à anemia fisiológica do a termo
Quanto menor o peso, menor nível de Hb
Etiologia
• ↑Rápido da massa corporal
•
•
•
•
↓Vida das hemáceas (60 a 80d)
Atraso no início da eritropoese
↓Produção eritropoetina no período neonatal
Baixa reserva de ferro
PROBLEMAS CLÍNICOS
Anemia da Prematuridade
Perdas para realização de exames
Uso da eritropoetina controverso (↑ROP)
No Follow up
• Avaliação dos sinais e sintomas
• Suplementação do ferro: 2 a 4mg/kg/dia por 3 a 4
meses(expoliações) ou da 4-6ªs a 12 a 15 meses(PT)
• Verificação de Hct, Hb de 15/15d até estabilização
• Transfundir se descompensação e/ou perda de peso
com comprometimento do estado geral e Hct<25% e
Hb<10g%
PROBLEMAS CLÍNICOS
Anemia da Prematuridade
Sulfato ferroso: Solução oral 25 mg de Fe++/mL.
Começar com 1gt 12/12hs nos primeiros 7 dias, depois
2gts de 12/12hs
Vitaminas: a partir do sétimo dia de vida: 6gts de
protovit a cada 12 horas///Vit K (jejum).
Zinco: 5mg/dia por 6m; formular 10mg/ml/alimentar
PROBLEMAS CLÍNICOS
Suplementação
de vitaminas para
Prematuros
Composição do protovit
PROBLEMAS CLÍNICOS
Osteopenia da Prematuridade
Último trimestre: maior transferência de Ca e P
pela placenta e maior incorporação
LM: fornece 4x menos Ca e P
Fatores predisponentes
• Nutrição parenteral prolongada
• Alimentação com LM não suplementado
• Imobilização prolongada
Achados clínicos
• Raquitismo entre 6 e 12s, fraturas nos mais graves
PROBLEMAS CLÍNICOS
Osteopenia da Prematuridade
Achados laboratoriais
• Ca normal, ↓P, ↑fosfatase alcalina, PTH normal ou
aumentado
Prevenção e tratamento
• Uso de LM fortificado
• Uso de fórmulas infantis próprias intercaladas com LM
• Fosfato tricálcico 12,9%,1ml, 6/6hs, até 40-45s de IGPC
PROBLEMAS CLÍNICOS
Broncodisplasia
Monitorização nutricional: > aporte calórico com
restrições de volume (1 medida/25ml)
Avaliação do quadro respiratório
Ensinar mãe sobre sinais de complicação
Encaminhamento para fisioterapia
PROBLEMAS CLÍNICOS
Hidrocefalia
Monitorização do PC semanal
Acompanhamento periódico do USTF
Verificação do funcionamento da DVP pela
família, atentando para sinais de infecção
Hérnia umbilical e inguinal
Encaminhamento para CIPE
Correção da inguinal preferencialmente após 44s
de IGPC
PROBLEMAS CLÍNICOS
Lesões cutâneas transitórias
Millium, mancha mongólica, hemangiomas,
eritema tóxico, nevo piloso
Problemas comuns de pele
Miliária:eritema papulovesiculoso
por aumento da secreção de suor
Adiponecrose: placas em saliências ósseas
Impertrigo: maceração pela umidade
Dermatite amoniacal
PROBLEMAS CLÍNICOS
Infecções de pele por bactérias
Impetigo: manchas vermelhas com vesículas
Erisipela: infecção estreptocócica epidérmica
Furúnculo/abscesso
Candidíase oral
Nistatina solução, 1ml, 6/6h,10d
Escabiose
Lesões papuloeritematosas ou
papulovesiculosas, axilas, membros, dobras
PROBLEMAS CLÍNICOS
Avaliando e Classificando Criança 0-2m
(AIDPI)
Doença grave
• Sinais: irritado, não mama, vomita tudo, letargia,
↓↑Tax, TSC grave, apnéia, BAN, gemido, estridor ou
sibilância, cianose central, sangramentos, secreção
purulenta no umbigo(com eritema) ou ouvido,
distensão abdominal, FR>60 ou <30irpm, pústulas
ou vesículas na pele, TEC>2’’
• Tratamento: referir, ATB, O2, hipoglicemia, febre,
hipotermia, manter amamentação
PROBLEMAS CLÍNICOS
Avaliando e Classificando Criança 0-2m
Infecção local
• Sinais: secreção purulenta conjuntival, umbigo com
secreção e com eritema sem estender-se, poucas
pústulas na pele, placas brancas boca
• Tratamento: ATB ou nistatina por 7 dias,
tratamento local, ensinar mãe tratamento, sinais de
perigo e medidas preventivas, manter aleitamento,
seguimento com 2 dias
PROBLEMAS CLÍNICOS
Diarréia
• Sinais: letárgico ou inconsciente, intranquilo ou
irritado, olhos fundos, sinais de prega cutânea,
sucção débil ou não mama, bebe avidamente
• Tratamento: referir oferecendo soro oral, manter
aleitamento
• Tratamento sem sinais de desidratação: líquidos
para prevenir, tratar em casa, ensinar sinais de
perigo e medidas preventivas, voltar se diarréia
persistir
• Se mais de 7 dias ou com sangue, referir
HMIB – CRITÉRIOS DE ALTA
Alta do ambulatório de quarta
• Bom ganho ponderal e estabilidade clínica; >3Kg,
já em acompanhamento no posto de saúde;
vínculo
adequado;
dúvidas
sanadas;
encaminhamentos e exames realizados
Alta para acompanhamento na segunda
• Todos acima
• Indicações: RNs com PN<1500g e/ou IG<30s; asfixia
perinatal etc
Obs: à alta, verificar novamente o correto preenchimento
do cartão
“O Follow-up dos RNs de alto-risco é mais que
um ambulatório de acompanhamento de
prematuros, trata-se de um "insight"
Holístico na Pediatria, uma visão da criança
como um indivíduo em todos os seus
aspectos: físico, motor, psicológico,
cognitivo, afetivo e social.”
BIBLIOGRAFIA
 Brasil. Ministério da Saúde. AIDPI Atenção Integrada às Doenças
Prevalentes na Infância: curso de capacitação: introdução: módulo 1.
Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde, Organização
Pan-Americana da Saúde. – 2. ed. rev. – Brasília: Ministério da
Saúde, 2002.
 Brasil. Ministério da Saúde. AIDPI Atenção Integrada às Doenças
Prevalentes na Infância: curso de capacitação: avaliar e classificar a
criança de 2 meses a 5 anos de idade: módulo 2 / Ministério da
Saúde, Organização Mundial da Saúde, Organização Pan-Americana
da Saúde. – 2. ed. rev – Brasília: Ministério da Saúde, 2003.
 Brasil. Ministério da Saúde. AIDPI Atenção Integrada às Doenças
Prevalentes na Infância: curso de capacitação: aconselhar a mãe ou o
acompanhante: módulo 5/ Ministério da Saúde, Organização
Mundial da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde. – 2. ed.
rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
BIBLIOGRAFIA
 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Área
de Saúde da Criança. Atenção humanizada ao recém -nascido de
baixo peso: Método Canguru/ Ministério da Saúde, Secretaria de
Atenção à Saúde, Área Técnica da Saúde da Criança. - Brasília:
Ministério da Saúde, 2009. 238 p. (Série A. Normas e Manuais
Técnicos; n. 145)
 Silva, K. C. Dificuldades Enfrentadas Pelas Mães De Bebês
Prematuros Relatadas Após A Alta Hospitalar Em Um Hospital
Público Do Distrito Federal. Monografia apresentada ao programa
de Residência em Enfermagem pela Secretaria do Estado de Saúde
do Distrito Federal, 2010.
 Campos, A. M et al. Reflexos, reações e tônus muscular de bebês
pré- termo em um programa de intervenção precoce. Rev
Neurocienc 2009; 17(4): 319-25.
BIBLIOGRAFIA
 Margotto, P.R. Apresentação de Anemia Neonatal realizada em
27/08/2008. Disponível em www.paulomargotto.com.br. Acesso
em 22/05/2010 às 22:34hs.
 Margotto, P.R. Apresentação da Palestra ANEMIA DA
PREMATURIDADE: USO DA ERITROPOETINA de Cléa R. Leone
(SP). XIX Congresso Brasileiro de Perinatologia, 25-28 de
novembro de 2007, Fortaleza. Disponível em
www.paulomargotto.com.br. Acesso em 11/05/2010 às 07:02hs.
 Margotto, P.R. Assistência ao Recém-Nascido de Risco. 3ª ed.
ESCS/Brasília2013
 Margotto, P.R. Curvas de Crescimento Intra-Uterino:estudo de
4413 recém-nascidos únicos de gestações normais. J Pediatr (Rio
J). 1995 Jan-Feb;71(1):11-21.
[Intrauterine growth curves: study of 4413 single live births of normal pregnancies].
Margotto PR.
J Pediatr (Rio J). 1995 Jan-Feb;71(1):11-21. Portuguese.
BIBLIOGRAFIA
 Kosminsky FS, Kimura AF. Cólica em recém-nascido e lactente:
revisão da literatura. Rev Gaúcha Enferm, Porto Alegre (RS),
2004 ago;25(2):147-56.
 Caixeta, C. R.C.B. Consulta de Enfermagem em Saúde da
Família Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de
Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família,
Universidade Federal de Minas Gerais, para obtenção do
Certificado de Especialista. Uberaba- MG, 2009.
 Méio, M.D.B.B et al. Análise situacional do atendimento
ambulatorial prestado a recém-nascidos egressos das unidades
de terapia intensiva neonatais no Estado do Rio de
Janeiro Ciênc. saúde coletiva vol.10 no.2 Rio de
Janeiro Apr./June 2005
 Funayama CAR. Exame neurológico em crianças. Medicina,
Ribeirão Preto, 29: 32-43, jan./mar. 1996
BIBLIOGRAFIA
 Crivaro, E.T. Atuação da Enfermeira no Programa de Follow-up do
Recém-Nascido de Alto Risco. Rev. Acta Paul. Enf., v.9, 1996.
 Pena, D.R. Avaliação Precoce do Desenvolvimento
Neuropsicomotor em Recém- Nascidos Pré-termo de Baixo Peso.
IX Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e V Encontro
Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do
Paraíba.
 Tronchin DMR, Tsunechiro MA. Prematuros de muito baixo peso:
do nascimento ao primeiro ano de vida. Revista Gaúcha de
Enfermagem, 2007;28(1):79-88.
 Rao, S.C., Tompkins, J. Growth curves for preterm infants. Early
Human Development (2007) 83, 643–651. Disponível em:
www.sciencedirect.com
 Zaconeta, C. A. M. RN Febril no Pronto Socorro. Disponível
em:Abordagem do recém-nascido febrilCarlos Alberto Zaconeta, Paulo R.
Margotto
BIBLIOGRAFIA
 Manual seguimento ambulatorial do prematuro de risco / Rita de
Cássia Silveira. – 1. ed. – Porto Alegre : Sociedade Brasileira de
Pediatria. Departamento Científico de Neonatologia, 2012.
 Rugolo, LS. S. et al. Crescimento de prematuros de extremo
baixo peso nos primeiros dois anos de vida. Rev Paul Pediatria
2007;25(2):142-9.
 Delgado, M C C O. Follow Up Do Recém Nascido De Risco –
Fatores de risco para o desenvolvimento neuropsicomotor.
Monografia apresentada para certificação do curso de
Especialização “LATO SENSU” Auditoria em Saúde da
Universidade Gama Filho em parceria com a Universidade
Unimed, Juiz de Fora – MG, 2004.
 Penalva, O. Novo Manual de Follow up do Recém-Nascido de
Alto Risco. Disponível em:
http://www.sbp.com.br/follow_up/estimulacao.html
Download

Ambulatório de Alto Risco-Follow-up