A evolução do SUS: Conquista da Cidadania Lúcia Gimenes Passero Secretária Municipal de Saúde de Sapucaia do Sul Caxias do Sul, Maio de 2012 Art. 198 da Constituição Federal: Sistema regionalizado, Descentralizado, Com direção única Hierarquizado Situação de Saúde Brasileira Transição demográfica acelerada: • Baixa taxa de fecundidade • Crescimento o o 1965 – 2,7% do percentual de idosos 1960 – 5,4% 2050 – 19% 79,1% do maiores de 65 anos declararam ser portadores de doença crônica (PNAD, 2008) 1. 2. 3. Situação de Saúde Brasileira Tripla Carga de Doenças: Uma agenda não concluída de infecções, desnutrição e problemas de saúde reprodutiva. A forte predominância relativa das doenças crônicas e de seus fatores de riscos, como tabagismo, sobrepeso, inatividade física, uso excessivo de álcool e outras drogas e alimentação inadequada. O forte crescimento da violência e das causas externas. Modelo voltado às doenças agudas e agudização das crônicas Incoerência entre oferta e necessidade Fragmentação… Lacunas assistenciais importantes e pontos de atenção isolados; pulverização; Financiamento público insuficiente, fragmentado e baixa eficiência no emprego dos recursos, com redução da capacidade do sistema de prover integralidade da atenção à saúde; Fragilidade na gestão do trabalho com o grave problema de precarização e carência de profissionais em número e alinhamento com a política pública; Pouca inserção da Vigilância e Promoção em Saúde no cotidiano dos serviços de atenção, especialmente na Atenção Primária em Saúde. RAS são organizações poliárquicas de conjuntos de serviços de saúde, vinculados entre si por uma missão única, por objetivos comuns e por uma ação cooperativa e interdependente, que permitem ofertar uma atenção contínua e integral a determinada população, coordenada pela APS - prestada no tempo certo, no lugar certo, com o custo certo, com a qualidade certa e de forma humanizada, e com responsabilidades sanitárias e econômicas por esta população. Eugênio Vilaça Mendes, 2010 3 Elementos Constitutivos das RAS: População Estrutura Operacional Modelo de Atenção à Saúde Mendes, 2010 PORTARIA No 4.279, de 30 / dez. /2010 QUE Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde (RAS) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) Lei No 8.080/1990; Portaria GM/MS No 399/2006, Pacto pela Saúde; Portaria GM/MS No 699/2006, Pacto pela Vida e de Gestão; Regionalização; Descentralização; Resolutividade Construção colaborativa CONASEMS, CONASS e MS Diretrizes para organização da RAS RAS como estratégia de superação da fragmentação da atenção e gestão nas regiões Efetividade e Eficiência para o usuário Portaria 4.279/2010 Portaria N. 2.488/2011 QUE Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). PNAB, 2011 AB – Características: conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, redução de danos e a manutenção da saúde Impacto na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. PNAB, 2011 AB – Características: práticas de cuidado e gestão, democráticas e participativas, trabalho em equipe, populações de territórios definidos responsabilidade sanitária, tecnologias de cuidado complexas e variadas PNAB, 2011 AB – Características: demandas e necessidades de maior freqüência e relevância critérios de risco, vulnerabilidade, resiliência alto grau de descentralização e capilaridade, contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de comunicação da Rede de Atenção à Saúde. PNAB, 2011 Desafios: Fragilidade institucional de modelos de gestão e atenção Experiências exitosas pontuais Sistemas de Informação deficiente e pouco confiáveis Desafios: Falta cultura e ferramentas de Monitoramento e Avaliação da AB (PMAQ) Vínculos trabalhistas desprotegidos Mercado predatório entre municípios Desafios: Cartão SUS em implantação Regulação deficiente e centrada em oferta Lógica do procedimento Recursos diagnósticos centralizados Desafios: Superficialidade nas práticas de pactuação Investimento histórico na MAC e na rede privada/filantrópica Uso “burocrático” das ferramentas de planejamento Desafios: Decisão baseadas em recursos disponíveis e opiniões Isolamento do gestor municipal Grande responsabilidade Financiamento estadual e federal Muito obrigada! Lúcia Passero [email protected]