A.3.1 - Física. Difração de Raios-X Aplicada a Caracterização Estrutural de Nanopartículas Magnéticas Utilizadas na Elaboração de Fluidos Magnéticos 1* 2 Rayanne P. da Silva , Cleilton R. Alves , Renata Aquino 2 1. Estudante de Ciências Naturais da Fac.UnB Planaltina- FUP/UnB; *[email protected] 2. Professores da Faculdade UnB Planaltina- FUP/UnB Palavras Chave: Difração de raios X, nanopartículas magnéticas, caracterização estrutural. Introdução Resultados e Discussão Uma primeira análise da estrutura cristalina consiste em calcular as distâncias inter-reticulares pela Lei de Bragg, avaliar a intensidade relativa dos picos de difração e comparar seus valores àqueles das fichas ASTM (American Society for Testing Materials). Esse método permite a indexação dos picos característicos associados às famílias de plano (hkl) da estrutura cristalina. Para estruturas de simetria cúbica como o caso das ferritas do tipo espinélio, à distância inter-reticular está relacionada de maneira simples com os índices de Miller, d hkl a h k 2 l 2 , equação que permite deduzir, uma 2 vez o difratograma indexado, o parâmetro de malha cúbico a e comparar seu valor aos valores de referência dados pelas fichas ASTM. [311] Intensidade (unidades arbitrárias) Os líquidos magnéticos, ou fluidos magnéticos (MF), são definidos na literatura como sendo uma dispersão coloidal de partículas magnéticas da ordem de nanômetros dispersas em um líquido carreador. A estabilidade desta solução coloidal magnética é mantida pelo equilíbrio sutil das interações atrativas e repulsivas existentes neste tipo de solução. Os Fluidos Magnéticos têm recebido bastante destaque nos últimos anos devido ao seu amplo campo de aplicação nas novas tecnologias, nas aplicações biomédicas e ambientais. Neste trabalho, as características relacionadas ao tamanho e à estrutura cristalina das partículas elaboradas foram determinadas utilizando-se difratogramas de raios X obtidos a partir do pó de amostras de MF após a evaporação do líquido. A difração de Raios X é baseada na interação da radiação eletromagnética com a estrutura cristalina, cujas dimensões características são comparáveis com os comprimentos de onda da radiação. A periodicidade da rede cristalina induz a existência de um feixe difratado (interferência construtiva) somente em certas direções do espaço e essas direções são características do arranjo cristalino. A relação entre o ângulo de difração 2, o comprimento de onda da radiação X e as distâncias interplanares da estrutura dhkl é dada pela lei de Bragg. CuFe2O4 [220] [440] [511] [400] [111] [422] [533] [622] Bulk CuFe2O4 30 60 90 120 2 (graus) Figura 1. Figura de difração de raios X. A intensidade do feixe difratado é representada em função do ângulo de espalhamento, 2, em graus. (Radiação utilizada: = 2,0633 Å). O alargamento das linhas de difração decorre principalmente da dimensão finita do cristal. Isso é perfeitamente ilustrado pela Figura 1, onde o espectro associado ao material maciço apresenta linhas de difração extremamente finas enquanto os espectros relativos aos nanomateriais mostram picos alargados. Outras fontes, oriundas do arranjo experimental e dos erros de instrumentação, são descontadas usando-se um monocristal padrão. Deste modo, utilizando-se a fórmula de Scherrer, que relaciona a dimensão de nanocristais com a largura do feixe difratado, é possível deduzir o tamanho médio das nanopartículas. Conclusões As ferritas que constituem os fluidos magnéticos estão na forma de partículas, cuja estrutura interna possui um i arranjo cristalino do tipo espinélio , assim designado por ser análogo ao do mineral espinélio (MgAl2O4). O tamanho médio das partículas, uma vez encontrado, pode ser variado e comparado com outras propriedades físicas das nanopartículas como por exemplo as propriedades magnéticas. Agradecimentos Agradecemos o Programa de Iniciação Cientifica da Universidade de Brasília. i D. A. Bloss, Crystallography and Crystal Chemistry – an Introduction, Rinehart and Winston Inc. New York (1971) 67ª Reunião Anual da SBPC