Audeci Martins Lopes
Monica Dias de Araújo Melo
A INCLUSÃO DAS PESSOAS
SURDAS NA E.M.E.F. DEODORO DA
FONSECA
NA CIDADE DE ALTAMIRA
FACINTER – Faculdade Internacional de
Curitiba
Título
A INCLUSÃO DA PESSOAS
SURDAS NA E.M.E.F. DEODORO
DA FONSECA NA CIDADE DE
ALTAMIRA.
Justificativa
A escolha do tema surgiu a partir do interesse em contribuir com
a comunidade surda no município, bem como, identificar como vem se
dando o processo de Inclusão e os principais obstáculos que dificultam
a inclusão das pessoas surdas nas séries regulares.
Conhecer melhor e contribuir com o processo de inclusão no
município mais precisamente na referida escola será de grande
relevância, uma vez que, pensar na escola inclusiva significa pensar
uma escola para todas as pessoas respeitando as diferenças e
garantindo os princípios constitucionais, objetivando construir uma
escola justa e solidária, reduzindo as desigualdades e promovendo o
bem esta social. Como diz Mantoan (1947 p. 45) “do ponto de vista
pedagógico a construção do processo de inclusão implica em
transformar a escola, no que diz ao currículo, avaliação e
principalmente as atitudes”
Assim sendo, faz-se necessário buscar alternativas que venham
eliminar qualquer obstáculo que dificulta a concretização da proposta
de escola inclusiva.
Objetivos da Pesquisa
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Identificar como está se dando o
processo de inclusão das pessoas com
deficiência auditiva na EMEF Deodoro
da Fonseca.
Diagnosticar os principais obstáculos
que dificultam a inclusão das pessoas
surdas nas classes comuns da rede
regular de ensino.
Fundamentação
Este estudo fundamentou-se em alguns autores como: Fernades (1990),
Gilsepp (1998), Guimaraes (2004), Mantoan (1997, 2001, 2003), Sassaki
(1997), Soares (2005), entre outros. Por meio dos autores e instrumentos
legais como: Constituição Federal, Lei Diretrizes e Bases da Educação,
Declaração de Guatemala e Decretos, obteve-se embasamento teórico que
possibilitou a compreensão do processo de inclusão da pessoa com
deficiência. Como diz Mantoan, (2003,p.02):
“O principio democrático da educação para todos só se evidencia nos
sistemas educacionais que se especializam em todos os alunos, não
apenas em alguns deles, os alunos com deficiência. A inclusão como
conseqüência de um ensino de qualidade para todos os alunos
provoca e exige da escola novo posicionamento e é um motivo a
mais para que se modernize e para que os professores aperfeiçoem
em suas práticas.”
A declaração de salamanca (1994, p.15) diz que: “Escola inclusiva
devem reconhecer e responder às necessidades diversas de seus
alunos de aprendizagem e assegurado uma educação de qualidade a
todos através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais
estratégia de ensino uso de recursos e parceria com as
comunidades”.
Partindo das considerações dos autores e demais instrumentos legais no
que refere-se a perspectiva de educação inclusiva, analisou-se os obstáculos
que devem ser superados para a efetivação desta proposta.
Autores Pesquisadores
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Rinalde Guiuseppe (1998)
Eulália Fernandes (1990)
Márcia Guimarães (2004)
Morato e Coudry (1989)
Romeu Sasaki
(1997)
Maria Tereza Eglér Mantoan (1997, 2001, 2003)
Ilma Rodrigues Amaral (2004)
Paulo Ross
(2004)
Rosita Edler Carvalho (2004)
Maria Aparecida Leite Soares (2005)
Revistas:
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Mundo Jovem (Fevereiro 2006)
Educação Especial – Inclusão (outubro 2005)
Nova Escolar (setembro 2003 e maio 2005)
Legislações
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Constituição Federal (1988)
Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996)
Declaração de salamanca (1994)
Diretrizes Nacionais para Educação Especial (2001)
E outras.
Metodologia
No final da década de 80 quando se implantou na cidade de Altamira a Educação Especial,
foram selecionadas quatro escolas, onde passou a funcionar as classes especiais.
Na década de 90 com o processo de inclusão, foram extintas as turmas “especiais” em
algumas escolas, dando continuidade ao processo, as escolas municipais de ensino fundamental
Deodoro da Fonseca e Antonio Gondim Lins.
A partir de 2005 somente a escola Deodoro da Fonseca, Situada a Rua 7 de Setembro
centro de Altamira esta funcionando com classes especiais, ou seja, duas turmas de deficientes
mentais totalizando 25 alunos uma turma de deficientes visuais com 15 alunos e duas turmas de
deficientes auditivos com 15 alunos. Este fato impulsionou o interesse para desenvolver o estudo
nesta instituição.
A escola possui 11 salas de aula das quais 3 salas são destinadas para o atendimento dos
alunos com deficiências, ou seja, “classes especiais”. Sua estatística inicial (2006) apontou o
número de 466 alunos matriculados no ensino fundamental no período diurno e 318 alunos na
Educação de Jovens e Adultos – EJA, no período noturno.
O público alvo desse estudo foram os professores das classes comuns da rede regulas e
das classes especiais, equipe técnica e alunos deficientes auditivos ou surdos.
A produção deste trabalho concretizou-se na forma de pesquisa bibliográfica e pesquisa
de campo. A primeira desenvolvida no decorrer do trabalho com base em autores como: Fernandes,
Gilsepp, Guimarães, Mantoan, Sassak, Soares, entre outros. A segunda se deu por meio do contato
com a realidade a partir de quatro momentos distintos: observação e discriminação, sistematização,
análise e perspectiva da realidade.
Para coletar os dados utilizou – se entrevista semi-estruturada, possibilitando a pessoa
entrevistada dissertar suas respostas e garantir a interação entre pesquisadoras e pessoas
entrevistadas.
A partir das analises, sistematização dos dados coletados e referenciais teóricos citados
anteriormente, foram elencadas possibilidades de implementação da proposta de educação
inclusiva.
Conclusão
No século XXI, vive-se um novo momento histórico, onde o mundo todo celebra o
direito de igualdade para todos. Em diversos documentários e obras, estão presentes e
fundamentados esses direitos. Cabe a sociedade em geral, aprender a conviver e respeitar
as diferenças.
Os atendimentos ofertados por algumas escolas, bem como a escola pesquisada não
corresponde à proposta de educação inclusiva, uma vez que existem vários fatores
dificultando a efetivação desta proposta, como por exemplo: a falta de professores
especializados, formação continuada e atendimento educacional especializado no contraturma, entre outros.
Entretanto o educador não deve simplesmente dizer eu não sei ou, não estou
preparado para trabalhar com pessoas deficientes. È necessário somar esforços para
aprender, e isto só será possível se cada um permitir essa aprendizagem, por meio da
formação continuada ou até mesmo experimentando na prática essa nova aprendizagem,
que se fundamenta principalmente na cooperação. Desta forma, abrem-se caminhos que
possibilitam a implementação de sistemas de ensino verdadeiramente inclusivo e avançar
rumo à concretização do “obvio do que é possível” como diz Mantoan. Extirpando do
cenário deste milênio todas as formas de preconceitos e discriminações que persistem até
os dias atuais.
Acreditar na mudança da educação é uma das possibilidades para que ela aconteça,
porém, só acreditar não é o bastante, é preciso desenvolver ações concretas que objetivem
a efetivação da proposta de inclusão, buscando uma educação de qualidade, projetos,
políticas públicas entre outros.
A concretização do ideário democrático, baseado na inclusão e na igualdade de
oportunidade, encontrará muitos obstáculos até conseguir sua efetivação, no entanto, é
um dos requisitos básicos para avançarmos rumo a uma sociedade mais humana, mais
justa e mais fraterna.
“Os esforços rumo a uma sociedade inclusiva para todos é a essência do
desenvolvimento social sustentável”.
( Declaração Internacional de Montreal)
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