MINISTÉRIO DA ECONOMIA iPAD Angola 2011 A importância das PPPs para garantir a rentabilização óptima das infra-estruturas públicas Eng.º Mário Rui Pires Director do Gabinete de Apoio às Parcerias Publico Privadas do Ministério é da Economia 14/09/2011 1 MINISTÉRIO DA ECONOMIA Agenda I. Antecipação de investimentos em infra infra-estrutura estrutura através das PPPs; II. Utilização das PPPs como meio de optimizar as infra-estruturas existentes. existentes 2 MINISTÉRIO DA ECONOMIA I Antecipação I. A t i ã de d investimentos i ti t em infra-estrutura i f t t através das PPPs 3 MINISTÉRIO DA ECONOMIA • O crescimento da economia mundial no período de 2002 a 2008 impulsionou uma forte procura por commodities, o que beneficiou Angola com as exportações de petróleo a preços bastante elevados. elevados 4 MINISTÉRIO DA ECONOMIA • No período de 2003 a 2009 Angola investiu em infra infraestruturas, através do Programa de Investimentos Públicos (PIP), cerca USD 27,1 bilhões (*); • Estes investimentos representaram, neste período, cerca 14,6% 14 6% da receita fiscal e 6,4% 6 4% do PIB; • Alguns dos sectores que merecem destaque são: •Estradas e Pontes..................USD 8,3 bilhões •Saúde ....................................USD 3,0 bilhões (*) Em USD correntes 5 MINISTÉRIO DA ECONOMIA • As estimativa de investimentos p para o p período 2011 a 2015 apontam, somente para 3 sectores considerados chave para o desenvolvimento do país ( (energia, i estradas d e saneamento básico), bá i ) para USD 17,5 bilhões. 6 MINISTÉRIO DA ECONOMIA • Além dos sectores referidos anteriormente,, será dada continuidade a significativos investimentos em outros sectores, como a Habitação, Transportes (P (Portos, C Caminhos i h de d Ferro, F A Aeroportos, etc.). ) • Estes investimentos, investimentos aliado às crescentes despesas correntes (ex. oferta reprimida de serviços públicos, segurança g ç social,, etc.), ), coloca em evidência a necessidade de se atrair a iniciativa privada para a sua execução (ou até mesmo para a sua antecipação) t i ã ) dos d i investimentos ti t necessários á i em infra-estrutura. 7 MINISTÉRIO DA ECONOMIA Diferença entre Dif t a PPP como alternativa lt ti no Custo C t do d Serviço e a PPP como alternativa de Antecipação do Serviço • Os países mais desenvolvidos, nomeadamente o Reino Unido, Austrália e Canadá, as regras para PPPs enunciam claramente que esta modalidade de contratação não deve ser empregue como um modo (ou by pass) de financiar o Estado; • Evidentemente que para os países em vias de desenvolvimento, como Angola, esta “regra” pode e deve ser contextualizada, li d desde d d que se verifique, ifi através é da d execução da PPP, uma mais valia para a sociedade como um todo (benefícios superiores aos custos). 8 MINISTÉRIO DA ECONOMIA Pagamen ntos As PPPs também p podem ser vistas como um programa p g de redução dos custos do Sector Público. Abaixo representa-se uma situação comum na contratação tradicional de obras pelo Sector Público. Esta componente deve-se aos atrasos nos pagamentos dos fornecedores e empreiteiras. Estes, quase sempre, de forma preventiva, colocam uma “margem” de segurança” nos seus contratos. SobreCusto Custos Reais das Obras Quando há necessidade de se realizarem expansões, mesmo que marginais, muitas vezes é como se fosse realizar uma “obra nova”. Custos Adicionais de Operação para o Sector Público (em muitos casos as obras revelam-se de padrão inferior ao contratado) Extensões Tempo 9 MINISTÉRIO DA ECONOMIA Diferenças da PPP com a contratação tradicional do Sector Público ú Na contratação tradicional o Estado assume todos os riscos, mesmo aqueles l em que não ã é a parte t mais i capacitada it d para os gerir i (Ex. falhas de projectos, desvios nos custos, etc.). Pagamen ntos Remuneração do Sector Privado através de PPP Período da Construção Período Operacional Não há pagamento Remuneração proveniente de tarifa e/ou pagamento do Sector Público 2 10 20 anos 10 MINISTÉRIO DA ECONOMIA II. Utilização ç das PPPs como meio de optimizar as infra-estruturas existentes 11 MINISTÉRIO DA ECONOMIA Diferenciação básica entre PPP e contratos de empreitada: Governo passa a contratar Serviço e não Obra Regulamento Governo especifica o serviço Privado propõe solução Governo pode estabelecer algumas l condições/restrições di õ / ti õ 12 MINISTÉRIO DA ECONOMIA O cont contratado atado (concessionário): (concessioná io) • Assume obrigações quanto ao resultado e não apenas em relação ç às actividades p para obter o mesmo;; • Dispõe de alguma flexibilidade quanto à forma de execução. • A definição da qualidade desejada dos serviços passa a ser mais importante. Nesta modalidade de contratação há alguma flexibilidade dos investimentos, desde que atendidas did as metas d do contrato; • Vinculação da receita do ente privado ao desempenho. Necessidade de medição de indicadores de desempenho de forma objectiva 13 MINISTÉRIO DA ECONOMIA Exemplo e p o de u um Quad Quadro o de Indicadores d cado es de Desempenho ese pe o (Q (QID)) em Concessões de Manutenção e Exploração de Estradas A Nota ota do QID Q da á área ea operacional ope ac o a se será á calculada ca cu ada através at a és da avaliação a a ação de três subgrupos de indicadores: (i) Segurança; (ii) Condição do Pavimento; e (iii) Manutenção Patrimonial. Indicador Operacional: 14 MINISTÉRIO DA ECONOMIA O Sector de Estradas em Angola • De 2003 a 2009 investiu-se um montante significativo de recursos (cerca de USD 8,3 8 3 bilhões) em reabilitação/construção de estradas e pontes; • As estradas, estradas especialmente as de maior fluxo de tráfego, tráfego bem como àquelas em regiões com elevado nível de precipitação necessitam de constantes despesas em manutenção e pequenas reabilitação; • Alguns estudos internacionais comprovam que para cada USD 1,00 gasto correctamente na manutenção e em pequenas reabilitações, são economizados USD 4,00 com gastos futuros reconstrução; Este é um Sector Privilegiado para a aplicação d PPP em O& das O&M 15 MINISTÉRIO DA ECONOMIA • O Banco Mundial tem apoiado p diversos g governos na criação ç de contratos tipo CREMA - Contrato de Reabilitação e Manutenção. Os Principais Objectivos dos Contratos CREMA são: 1. contribuir para melhorar a eficiência do sector ao longo de todas as etapas do ciclo do projecto; 2 contribuir para minimizar os efeitos de constrangimentos 2. orçamentários, evitando interrupções que implicam na perda qualidade das obras e no aumentos substancial dos custos; 3. aumentar o compromisso do governo em alocar os recursos suficientes para os investimentos em manutenção e pequenas reabilitações das estradas, determinados de acordo com critérios técnico-económicos; 4. Promover a racionalização e gerar economias de escala, através de: a. Elaboração de projectos de engenharia padronizados para a reabilitação de pavimentos; b Homogeneização b. H i ã e simplificação i lifi ã foi f i projectada j t d para reduzir d i custos de projecto e das obras; 16 MINISTÉRIO DA ECONOMIA 5. Os serviços de manutenção e das obras de reabilitação passam a ser 5 adjudicados conjuntamente, por meio de contratos cobrindo maiores extensões, em vez de uma extensão típica de 80 km para reabilitação, o CREMA cobre secções de 450 a 600 km; 6. Contribuir para aumentar a responsabilidade das empreiteiras através de: a As obras de reabilitação e serviços de manutenção foram a. incluídos no mesmo contrato (obras de reabilitação na primeira fase); b. As empreiteiras responsáveis pela manutenção da estrada no longo prazo, passam a ter um incentivo para executar obras com maior qualidade; c. As empreiteiras p eram responsáveis p p pela q qualidade das condições ç da estrada, sendo os pagamentos vinculados ao desempenho (medido por indicadores especialmente concebidos); 17 MINISTÉRIO DA ECONOMIA Assim, para Assim pa a além do Sector Secto das Estradas, Est adas este modelo de O&M poderá estender-se no curto prazo a outros sectores, como sejam: • Transportes (Portos, Aeroportos, Caminhos de Ferro); • Agricultura (Perímetros Irrigados); • Saúde (Hospitais, Centros de Saúde); • Educação (Escolas dos diversos níveis de ensino). 18 MINISTÉRIO DA ECONOMIA Em síntese, síntese pretende-se que as PPPs em Angola atinjam, atinjam entre outros, os seguintes objectivos: Forte receptividade i id d à utilização ili ã d de modelos d l i inovadores d internacionais de financiamento, gestão de projectos e de composição de risco; Ganho Económico para o sector público em relação a forma usual de contratação; Sustentabilidade orçamental de projectos; Compatibilizar a eficiência pretendida, a prevalência do interesse p público,, a jjusta repartição p ç de riscos,, a contínua gestão de projectos e o acompanhamento de resultados. 19 MINISTÉRIO DA ECONOMIA MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO! [email protected] www.minec.gov.ao 20