Anos 2000 Escândalo das licitações da INFRAERO A Polícia Federal (PF), no final de sua investigação denominada “Caixa Preta”, apontou um desvio de R$ 991,8 milhões nas obras de dez aeroportos brasileiros, administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Estas obras teriam sido contratadas durante o primeiro governo de Lula, entre 2003 e 2006. O relatório da operação sustentava que este desvio era fruto de um esquema de fraudes em licitações, organizado pela cúpula da estatal na gestão Carlos Wilson, ex-deputado, ex-senador e ex-governador de Pernambuco, que presidia a empresa neste período. O inquérito foi aberto em novembro de 2006 pela Superintendência Regional da PF em Brasília. A Polícia Federal imputou seis crimes a 52 investigados, entre os investigados estavam: ex-dirigentes e funcionários da Infraero, projetistas, empresários e fiscais. Os crimes cometidos foram: formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, peculato (crime contra a administração pública), crimes contra a ordem econômica e fraude em licitações. Os envolvidos teriam recebido das empreiteiras benefícios, prêmios e vantagens, dentre elas dinheiro, passagens aéreas e apartamentos de luxo, como o caso do ex-assessor especial da presidência da Infraero, o engenheiro Eurico Loyo, que teria recebido um imóvel de alto padrão em Recife no valor de R$ 281 mil. As empreiteiras investigadas nas fraudes foram: Odebrecht, OAS, Carioca, Gautama, Construcap, Galvão, Via Engenharia, Queiroz Galvão, Estacon, Constran, Mendes Júnior, Serveng Civilsan, Beter, Financial, Camargo Corrêa, Enpress, Triunfo e Cima. 1 Fontes: www.estadão.com.br Revista Época 2