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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUTO “A VEZ DO MESTRE”
LÚDICO: UM AGENTE TRANSFORMADOR DA APRENDIZAGEM NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
MARCELE COSTA FIGUEIREDO
ORIENTADORA:
PROFª. FABIANE MUNIZ
RIO DE JANEIRO
JANEIRO/2007
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUTO “A VEZ DO MESTRE”
LÚDICO: UM AGENTE TRANSFORMADOR DA APRENDIZAGEM NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
MARCELE COSTA FIGUEIREDO
Apresentação de monografia ao Conjunto Universitário
Candido Mendes como condição prévia para a
conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”
em Psicopedagogia.
RIO DE JANEIRO
JANEIRO/2007
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado
condições de alcançar essa vitória.
A professora Fabiane Muniz pela orientação e pelas
palavras que me conduziram para a concretização
desse trabalho.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha família e aos meus
amigos que muito me ajudaram nessa conquista.
5
EPÍGRAFE
A escola
"Escola é... o lugar onde se faz amigos
Não se trata só de prédios, salas, quadros
Programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente...
Gente que trabalha que estuda, que se alegra, se conhece,
se estima.
O diretor é gente,
O coordenador é gente, o professor é gente,
O aluno é gente, cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
Na medida em que cada um se comporte como
Colega, amigo, irmão.
Nada de ilha cercada de gente por todos os lados.
Nada de conviver com pessoas e depois descobrir
Que não tem amizade a ninguém.
Nada de ser como o tijolo que forma a parede.
Indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar
É também criar laços de amizade,
É criar ambiente de camaradagem,
É conviver, é se amarrar nela!
Ora, é lógico... Numa escola assim vai ser fácil
Estudar, trabalhar, crescer
Fazer amigos educar-se, ser feliz."
(Paulo Freire)
"Não se pode ensinar alguma coisa a alguém, pode-se,
apenas auxiliar por si mesmo."
(Galileu Galilei)
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RESUMO
O trabalho com a Educação Infantil requer do professor um desafio:
a busca da qualidade dos profissionais envolvidos com a criança e a
constatação do que o brinquedo e o brincar são ferramentas de grandes
utilidades no desenvolvimento da criança. É importante ressaltar os jogos
pedagógicos que contribuem com os professores no processo ensinoaprendizagem, pois é através deles que unimos o ato de ensinar ao prazer do
brincar. A ludicidade tem conquistado um espaço no panorama da educação
infantil. O brinquedo é a essência da infância e seu uso permite um trabalho
pedagógico, que possibilita a produção do conhecimento e também a
estimulação da afetividade na criança. A brincadeira é, assim, um espaço de
aprendizagem, onde a criança ultrapassa o comportamento cotidiano habitual
de sua idade, onde ela age como se fosse maior do que é representando
simbolicamente o que mais tarde realizará. Brincando a criança desenvolve a
percepção, a memória, a inteligência, a experimentação e a convivência com o
outro. Portanto o brinquedo contribui para a formação intelectual sem arrastar a
criança para um intelectualismo rígido e doloroso. Brincar é coisa séria. Após
essa explanação, verificamos que brincar, com nossas crianças é muito mais
sério que imaginávamos. Precisamos garantir as nossas crianças o direito de
brincar, de vivenciar o seu próprio desenvolvimento.
Neste trabalho podemos concluir que devemos aproveitar a grande
oportunidade que temos de observar as crianças, quando estão brincando, pois
certamente estão se desenvolvendo, aprendendo a lidar com suas próprias
emoções e com o mundo em que vivemos.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
08
CAPÍTULO I
O conceito da aprendizagem
11
CAPÍTULO II
O lúdico e a Educação
16
CAPÍTULO III
Ensinar e aprender brincando
23
CAPÍTULO IV
Jogos e brincadeiras na Educação Infantil
30
CONCLUSÃO
38
BIBLIOGRAFIA
40
ÍNDICE
41
ANEXOS
42
FOLHA DE AVALIAÇÃO
43
8
INTRODUÇÃO
O objetivo que orienta este estudo é apresentar a importância do
brincar na Educação Infantil.
O interesse pela pesquisa originou-se do fato de observar a
dificuldade que nós educadores, possuímos em reconhecer que o brincar pode,
e é um grande aliado no processo ensino-aprendizagem.
É no momento da brincadeira que as crianças ficam mais
espontâneas
para
demonstrar
suas
emoções.
Para
aproveitar
esta
espontaneidade, o educador precisa valorizar o brincar “lúdico” na Educação
Infantil, pois nesta fase as crianças se sentem mais motivadas em aprender,
quando estão brincando.
O trabalho com a Educação Infantil requer do professor um desafio:
a busca da qualidade dos profissionais envolvidos com a criança e a
constatação do que o brinquedo e o brincar são ferramentas de grandes
utilidades no desenvolvimento da criança.
Percebendo que os adultos ao falarem em brincar e brinquedos,
possuem uma visão de que a brincadeira o lúdico é algo “fora” da escola, e é
por esse motivo que resolvi investir na pesquisa com o tema: O lúdico e a
aprendizagem.
Buscando então compreender a brincadeira como uma atividade
cultural que desempenha um papel importante no desenvolvimento e na
aprendizagem, a perspectiva histórico-cultural foi que nos forneceu os
subsídios necessários à devida compreensão, pois é esta que, considerando o
meio e a cultura e as interações sociais, vê a criança como sujeito social e
histórico que constrói e se constrói na cultura.
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Neste sentido, a brincadeira assume o papel de promover o
desenvolvimento e o aprendizado infantil, uma vez que quando a criança brinca
é levada a assumir um comportamento mais avançado do que o assumido nas
atividades da vida real; e também devido à necessidade de representações de
uma dada realidade que não pode se fazer presente, a brincadeira irá colaborar
para que a criança aprenda a separar objeto e significado, o que a ajudará em
situações que envolvam somente o concreto.
O estudo terá como base a aprendizagem, onde estaremos
reconhecendo de que forma a aprendizagem ocorre e como ela é assimilada
pelos educandos neste período da Educação Infantil.
Logo
após
entraremos
no
“lúdico”,
universo
esse
ainda
desconhecido no ambiente escolar. A proposta é apresentar aos educadores
que é possível ensinar e aprender brincando.
Já o terceiro momento apresentará a valorização do brincar,
relacionando-o com a aprendizagem. Reconhecendo a postura do professor da
Educação Infantil, diante do ato de brincar.
Apontando novos caminhos para se obter um olhar diferenciado
sobre os brinquedos e brincadeiras, enfocando o estímulo que isso representa
na aprendizagem e no processo de socialização da criança e suas implicações
para o desenvolvimento infantil.
O último capítulo será dedicado para a apresentação de diversos
exemplos de jogos e brincadeiras que podem e devem ser utilizados e
explorados pelos educadores da Educação Infantil, no desenvolvimento diário
de suas aulas.
Concluindo, a pesquisa visa reconhecer que a brincadeira é uma
atividade essencial na Educação Infantil, onde a criança pode expressar suas
10
idéias, sentimentos e conflitos, mostrando ao educador e aos seus colegas
como é o seu mundo, o seu dia-a-dia.
A brincadeira é para a criança, a mais valiosa oportunidade de
aprender a viver com pessoas muitos diferentes entre si, de compartilhar
idéias, regras, objetos e brinquedos superando progressivamente o seu
egocentrismo característico; de solucionar os conflitos que surgem, tornando-a
autônoma; de experimentar papéis, desenvolvendo as bases se suas
personalidades.
A toda criança deve ser assegurada o direito de brincar, pois que tal
ato constitui-se em requisitos para bem crescer e desenvolver-se como pessoa.
A escola, espaço privilegiado de vida e aprendizagem deve criar
condições para o aluno realizar a atividade lúdica livremente e, ao mesmo
tempo, poder empregá-la como estratégia de ensino-aprendizagem.
11
CAPÍTULO I
O CONCEITO DA APRENDIZAGEM
Aprendizagem
pode
ser
conceituada
como
uma
mudança
relativamente permanente no comportamento e se manifesta como uma forma
de adaptação ao ambiente. No caso das crianças particularmente dos bebês,
um importante elemento condicionador da aprendizagem é a sua maturação.
Apenas para citar exemplo, não existem estímulos que façam uma criança falar
até que suas cordas vocais estejam prontas e seu cérebro tenha amadurecido
o suficiente para atribuir significados aos sons. Para Celso Antunes (2003), “a
maturação, portanto não depende da aprendizagem, mas representa condição
necessária para que a aprendizagem aconteça”.
De acordo com Elisabete da Assunção (2003) “a aprendizagem e o
resultado é o resultado da estimulação do ambiente sobre o indivíduo já
maduro, que se expressa, diante de uma situação-problema, sob a forma de
uma mudança de comportamento em função de experiência”.
É comum as pessoas restringirem o conceito de aprendizagem
somente aos fenômenos que ocorrem na escola, como resultado ao ensino.
Entretanto, o termo tem um sentido mais amplo: abrange os hábitos que
formamos os aspectos de nossa vida afetiva de valores culturais. Enfim, a
aprendizagem se refere os aspectos funcionais e resulta de toda estimulação
ambiental recebida pelo indivíduo no decorrer da vida. “A aprendizagem e o
desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia da vida da
criança”. (Vygotsky, 1991, p. 95)
O processo de aprendizagem sofre interferências de vários fatores:
intelectual, psicomotor, físico, social, mas é do fator emocional que depende
grande parte da Educação Infantil.
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Para que a aprendizagem provoque uma efetiva mudança de
comportamento e amplie cada vez mais o potencial do educando, é necessário
que ele perceba a relação entre o que está aprendendo e sua vida.
O educando precisa ser capaz de reconhecer as situações em que
aplicará o novo conhecimento ou habilidade. Tanto quanto possível, aquilo que
é aprendido precisa ser significativo para ele.
Para Piaget (1994), “é por meio da experiência que se constrói o
conhecimento”. Esta teoria ofereceu aos educadores importantes princípios
para orientar sua prática. Piaget mostra que o sujeito humano estabelece
desde o nascimento uma relação de interação com meio. É na relação da
criança com o mundo físico e social que promove o seu desenvolvimento
cognitivo.
Kishimoto
(1996),
também
afirma
quando
fala
que
o
desenvolvimento, intelectual não consiste em acumular informações, mas sim,
em reestruturar as informações anteriores, quando estas entram num novo
sistema de relações. O conhecimento é adquirido por um processo de natureza
assimiladora e não simplesmente registradora.
1.1. Aprendizagem por meio da ludicidade
Segundo Célestin Freinet, citado em (Sampaio, 1989),
A aprendizagem se dá pelo tateio experimental; a criança não
aprende sozinha, ela precisa da intervenção do professor (mediador)
para aproximá-la dos conhecimentos da comunidade, pois ela poderá
transformá-la e assim modificar a sociedade que vive... Ao final da
cada encontro, socializar o que foi aprendido. (Sampaio, 1989)
O professor é o orientador pedagógico, são o provocador das
intenções do sujeito com o mundo físico e social, oportunizando-lhe vivências e
situações de troca, propiciando, assim maior autonomia e cooperação,
aspectos básicos para a formação de um verdadeiro cidadão.
13
Uma aprendizagem mecânica, que não vai além a simples retenção,
não tem significado para o aluno. Para ser significativa é necessário que a
aprendizagem envolva raciocínio, análise, imaginação e o relacionamento entre
idéias, coisas e acontecimentos.
Educadores devem adotar em sua prática pedagógica o ato de
brincar como uma ferramenta fundamental no processo ensino-aprendizagem,
proporcionando aos alunos uma aula dinâmica e acima de tudo interessante.
De acordo com Piaget (1994),
A brincadeira é assim um espaço de aprendizagem, onde a criança
ultrapassa comportamento cotidiano de aprendizagem, onde a
criança ultrapassa comportamento cotidiano habitual da sua idade,
onde ela age como se fosse maior do que é, representando
simbolicamente o que mais tarde realizará, aprende a se subordinar
as regras das situações que constrói, renunciando à ação impulsiva.
(Piaget, 1994)
Para Piaget (1994),
Os jogos não são apenas de forma de entretenimento para eliminar
energia das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o
desenvolvimento intelectual, os jogos tornam-se mais significativos à
medida que a criança se desenvolve, pois a partir da livre
manipulação de materiais variados, ela passa a reconstruir objetos,
reinventar as coisas, obtendo assim adaptação, que deve ser
realizada na infância que, é uma síntese progressiva da assimilação
com a acomodação. (Piaget, 1994)
É importante ressaltar os jogos pedagógicos que contribuem com os
professores no processo ensino-aprendizagem, pois é através deles que
unimos o ato de ensinar ao prazer do brincar. Através do jogo a criança vai
além de suas expectativas, ela ultrapassa o abstrato e conquista a visão do
real. Uma aula auxiliada ao jogo vai ter um valor duplicado para o aluno, pois
despertará uma vontade maior de aprender.
No momento em que a criança está envolvida com o jogo, o
professor deve estar direcionado a entender quais são os conteúdos que ali
estão sendo assimilados, enquanto a criança brinca, ela se desprende do
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compromisso de aprender e isso possibilita à criança uma aprendizagem
significativa.
1.2. Família, escola e aprendizagem
É a família quem primeiro proporciona experiências educacionais
à criança, no sentido de orientá-la e dirigi-la. Tais experiências resumem-se
num treino que, algumas vezes é realizado no nível consciente, mas que, na
maior parte das vezes acontece sem que os pais tenham consciência de que
estão tentando influir sobre o comportamento dos filhos.
Como afirma Lidgren (1977, p 74) “este tipo de aprendizagem e
ensino em diferentes níveis de consciência dá se durante todo o tempo, dentro
ou fora da escola”.
Os educadores e pais estão sempre ensinando simultaneamente em
diferentes níveis de consciência, e as crianças estão sempre aprendendo em
diferentes níveis. As coisas ensinadas ou aprendidas conscientemente podem
ou não ser importantes e podem ou não fixar-se.
Ainda segundo Lidgren (1977) “o que é ensinando e aprendido
inconscientemente tem mais probabilidade de permanecer”. No exemplo citado
por ele, um educando pode esquecer muitas das noções que aprendeu com
alguns educadores, mas lembra o tipo de pessoas que eram e as atitudes que
tinham em relação a ele.
Na família ocorre o mesmo, a criança retém definitivamente os
sentimentos que seus pais têm em relação a ela é a vida em geral. Esses
sentimentos serão a base para o conceito que ela formará de si própria “auto
conceito” e do mundo. Uma criança que é desprezada aprende e desprezar-se
uma criança que é amada e aceita, tenderá a desenvolver atitudes positivas
para a formação do seu auto-conceito.
15
Na escola, o educador deve estar sempre atento às etapas do
desenvolvimento do educando, colocando-se na posição de facilitador da
aprendizagem e calculando seu trabalho no respeito mútuo, na confiança e no
afeto.
É de suma importância, portanto, que nós educadores conheçamos
o processo da aprendizagem e estejamos interessados nos educando0s como,
seres humanos, em desenvolvimento. Quando o educador respeita a dignidade
do educando e trata-o com compreensão e ajuda construtiva, ele desenvolve
na criança a capacidade de procurar dentro de si mesma as respostas para os
seus problemas, tornando-a responsável e, consequentemente, agente do seu
próprio processo de aprendizagem.
Como afirma Celso Antunes (2003) “os estímulos funcionam como
alimentos: pais e professores devem administrá-los com serenidade e quando
houver vontade da criança em recebê-los”.
16
CAPÍTULO II
O LÚDICO E A EDUCAÇÃO
A ludicidade tem conquistado um espaço no panorama da educação
infantil. O brinquedo é a essência da infância e seu uso permite um trabalho
pedagógico, que possibilita a produção do conhecimento e também a
estimulação da afetividade na criança.
A palavra lúdico vem do latim ludus e significa brincar. Neste brincar
estão incluídos os jogos, brinquedos e divertimentos e é relativa também à
conduta daquele que joga que brinca e que se diverte. Por sua vez, a função
educativa do jogo oportuniza a aprendizagem do indivíduo, seu saber, seu
conhecimento e sua compreensão de mundo.
Como destaca Wajskop (1997)
A brincadeira é uma atividade dominante na infância, e permite que a
criança experimente diversos papéis, desenvolva sua imaginação,
levante hipóteses na tentativa de compreender os problemas de sua
realidade, elabore regras de organização e convivência com os seus
pares. (Wajskop, 1997)
Enfim, ao, brincar a criança vai construindo a consciência da
realidade e vislumbrando uma possibilidade de modificá-la. Em razão da
importância da brincadeira na infância, o educador deve garantir dentro de seu
planejamento diário um espaço para a brincadeira, principalmente a brincadeira
livre, ou seja, aquela em que a criança escolhe o tema, os papéis, os objetos e
os seus parceiros. A brincadeira dirigida também é importante, mas não se
pode pensar em brincadeira apenas como recurso didático, como ocorre em
muitas instituições, correndo-se o risco de perder toda a sua riqueza e
importância na formação da criança.
É importante perceber o significado do brincar para a criança. Na
sociedade em que vivemos os brinquedos estão cada vez mais sofisticado e
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visam muito mais a satisfação do mundo adulto do que das necessidades
infantis.
São
necessários
que
se
conheçam
as
necessidades
do
desenvolvimento infantil para proporcionar as oportunidades de que tanto as
crianças precisam.
O brinquedo é parte integrante da vida da criança. Ao brincar
organiza seu pensamento, faz uso da linguagem e da sua criatividade. Ela
pode vir a ser professor, simplesmente ao enfileirar as cadeiras de sua sala de
visitas; pode transformar-se em padeiro e imaginar-se fazendo e vendendo
pão; a partir do ato de misturar areia com água, de transformar papéis picados
em cédulas que serão pagamento do pão e assim por diante.
Mais importante do que o brinquedo propriamente dito, é o que ele
revela e como é explorado pela criança.
Para Vygotsky (1988),
Pela análise sócio-histórica, a brincadeira é entendida como atividade
social da criança, cuja natureza e origem específica são elementos
fundamentais para a construção de sua personalidade e
compreensão da realidade na qual se insere. (Vygotsky, 1988)
Em toda brincadeira infantil estão presentes três características: A
imaginação, a imitação e a regra. Cada uma delas pode aparecer de forma
mais evidente em outro tipo de brincadeira, tendo em vista a idade e a função
específica que desempenham, junto às crianças.
A brincadeira é importante para que as crianças se descubram
capazes, importantes, autoconfiantes e seguras. A partir daí, ela se sentirá
autônoma e começará a crer que seu saber e seu fazer são verdadeiros e ela
crescerá na consciência de si mesma e de suas possibilidades.
A brincadeira muitas vezes é vista como se existisse apenas “fora”
da escola. Porém inspirada pelas crianças que amam brincar, e no que
brincam, vivem e constroem suas relações.
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Viver o lúdico é viver o momento, o presente o agora. A atividade
lúdica tem um poder muito grande de fascinar aqueles que com ela se
envolvem, sendo desligada de “interesses” e praticada dentro dos limites
espaciais e temporais próprios; é definida basicamente pela alegria, pelo prazer
de sua vivência, e provoca evasão da vida real. De maneira nenhuma seria
uma forma de contribuir para a alunação, é uma alternativa para a denúncia da
realidade tal que se apresenta.
É preciso levar em conta que, só aprendemos aquelas coisas que
nos dão prazer, e que a partir da sua vivência que surgem à disciplina e
vontade de aprender. O lúdico é imprescindível para o pensamento lógico,
autonomia moral e linguagem socializada.
Despertar, criar, resgatar, abrir novos caminhos através da
brincadeira é uma postura inovadora, que não permite que os profissionais se
acomodem, rompendo com paradigmas ultrapassados, valorizando o brincar, o
prazer fazendo da quebra de regras em novo jogo, permitindo o raciocínio e a
participação do aluno, apresentando jogos recreativos e brincadeiras criativas
adaptando a todas as idades, a partir dos diferentes graus de dificuldades.
Nesse sentido, a escola deve estar preparada para a elaboração de
um currículo em que a proposta esteja voltada a promover atividades que
visam o desenvolvimento cognitivo, físico, psicológico e emocional da criança.
Brincando, a criança cria, recria, interpreta. E, dentro desse
processo, ela estimula suas estruturas mentais.
... A brincadeira é, assim, um espaço de aprendizagem, onde a
criança ultrapassa o comportamento cotidiano habitual de sua idade,
onde ela age, como se fosse maior do que é representando
simbolicamente o que mais tarde realizará. Um espaço onde, embora
aparente fizer o que mais gosta, aprende a se reconstruir,
renunciando a ação impulsiva. A sujeição a essas regras é uma das
fontes e prazer do brinquedo, é ela que fornece a estrutura para
aquisições que, no futuro serão base das realizações e da moralidade
da criança. (Vygotsky, 1991, p.105)
19
2.1. Significado do jogo simbólico
Diferentes teóricos analisaram o papel do jogo simbólico, dentre eles
Piaget e Vygotsky.
Vygotsky considera que brincando a criança é capaz de satisfazer as
suas necessidades e estruturar-se à medida que ocorrem transformações em
sua consciência. Através da imaginação a criança se liberta de sentimentos
que a oprimem, de limites convenções e exigências impostas pelo mundo que
a rodeia. Não só a criança lida diretamente com os objetos e situações
adquirem significados e sentidos próprios, constituindo-se assim o jogosimbólico, fundamental para a formação do EU psicológico e social do sujeito.
No brinquedo o pensamento está separado dos objetos e a ação
surge das idéias e não das coisas: um pedaço da madeira torna-se
um boneco e um cabo de vassoura torna-se um cavalo. A ação regida
por regras começa a ser determinadas pelas idéias e não pelos
objetos. Isso representa uma tamanha inversão da relação da criança
com a situação concreta, real e imediata, que é difícil subestimar seu
pleno significado. (Vygotsky, 1988, p.111)
Piaget, (1975) também atribui grande importância ao jogo simbólico.
Segundo este autor, a partir mais ou menos de um ano e meio a dois anos, a
criança começa a realizar representações, isto é a criança reelabora através da
rememoração de fatos ocorridos, situações que vivenciou.
Se algo, por exemplo, “marcou” a criança, ela reelaborará esta
situação jogando simbolicamente, expressando, assim suas emoções e
sentimentos. A fantasia é fundamental na vida das crianças, especialmente
quando estão no período da Educação Infantil, porque sua relação com a
realidade ainda está sendo construída, através do jogo do faz-de-conta a
criança tem acesso ao símbolo, ou seja, às representações mentais de suas
ações.
Através da inteligência, a criança encontra recursos para adaptar-se
ao mundo fisicamente e psicologicamente. Para isto, a criança necessita
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superar conflitos, problemas, buscando meios para resolvê-los. Brincando, toda
essa atividade tende a realizar-se com prazer, possibilitando a constituição de
conhecimentos.
2.2. O papel do brinquedo na escola
Brincar é uma experiência fundamental para qualquer idade,
especialmente para as crianças com idades entre 3 e 6 anos, que brincam para
viver, interagem com o real, descobrem o mundo que as cerca, se organizam,
se socializam. Desta forma, o brincar e o brinquedo já não são mais, na escola,
aquelas atividades utilizadas pelo professor para recrear as crianças, como
uma atividade em si mesma.
Quanto mais rica for a experiência pela criança, maior será o
material disponível e acessível a sua imaginação, daí a necessidade do
professor em ampliar, cada vez mais, as vivências da criança com o ambiente
físico, com brinquedos, brincadeiras e com outras crianças.
A ludicidade deve permear o espaço escolar a fim de transformá-lo
num espaço de descobertas de imaginação, de criatividade, enfim, num lugar
onde as crianças sintam prazer pelo ato de conhecer.
O
aprendizado
adequadamente
organizado
resulta
em
desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de
desenvolvimento, que de outra forma, seriam impossíveis de
acontecer. (Vygotsky, 1987, p. 101)
2.3. A criança e a imaginação
A ação na fantasia da criança, conduz seu comportamento à medida
que percebe objetos e/ou situações e o significado desses objetos e situações.
É interessante a contradição que surge entre a situação criada pela
imaginação da criança, no momento em que brinca, e as situações/objetos
21
reais, presentes no seu dia-a-dia. A criança atribui outros significados aos
objetos com os quais brinca, com o propósito de favorecer suas necessidades
e desejos, de forma imediata.
Assim, vai revivendo suas experiências, contribuindo e relembrando
conhecimentos a cerca do mundo e de outro com quem se relaciona.
O brincar e o brinquedo criam na criança uma nova forma de desejo.
Ensinam-na desejar, relacionando seus desejos a um fictício, ao seu
papel no jogo e suas regras. Desta maneira, as maiores aquisições
de uma criança são conseguidas no brinquedo; aquisições que, no
futuro, tornar-se ao seu nível básico de ação e moralidade. (Vygotsky,
1989, p. 114)
2.4. O papel da ludicidade no desenvolvimento das crianças
A capacidade de brincar possibilita às crianças um espaço para
resolução dos problemas que a rodeiam.
O ato de brincar ocupa relevante papel na constituição do
pensamento infantil. A criança, através da brincadeira, reproduz o discurso
externo e o internaliza, construindo seu próprio pensamento. A linguagem tem
importante papel no desenvolvimento cognitivo da criança na medida em que
sistematiza suas experiências e ainda colabora na organização dos processos
em andamento. A ludicidade e a aprendizagem não podem ser consideradas
como ações com objetivos distintos. O jogo e a brincadeira são por si só uma
situação de aprendizagem. As regras e a imaginação favorecem a criança
comportamento além dos habituais.
É inegável que o jogo e a brincadeira levam a criança a agir como se
fosse maior que a realidade, e isso contribuem especialmente para seu
desenvolvimento. E seus jogos as reproduzem muitas situações vividas em
suas cotidianas e essas representações do cotidiano se dão através da
combinação entre experiências passadas e “novos” possibilidades de
22
interpretação e representação do real, de acordo com suas afeições,
necessidades desejos e paixões.
Brincar é uma forma de atividade social infantil, cujo aspecto
imaginativo e diverso do significado cotidiano da vida, fornece oportunidade
educativa para as crianças.
“O brincar tem um lugar e um tempo para dominar o que está fora, é
preciso fazer coisas, não só pensar ou desejar, e fazer coisas que levam
tempo”. “Brincar é fazer”. (Winnicott,1975, p. 63)
À medida que a criança utiliza-se da brincadeira, do lúdico, ela
interage com o outro com o objeto e consigo mesma e com o meio
desenvolvendo a linguagem, função esta que organiza todos os processos
mentais da criança, dando forma ao pensamento.
23
CAPÍTULO III
ENSINAR E APRENDER BRINCANDO
De acordo com Kramer (1992), construir uma proposta pedagógica
para a Educação Infantil implica em optar por uma organização que garanta o
desenvolvimento integral da criança, levando em conta que ela é um ser social
e histórico, marcado por sua cultura, que possibilita que progressivamente, ela
possa ampliar e adquirir conhecimentos que auxilia de maneira positiva a
formação de sua identidade e autonomia, numa atitude de cooperação e
respeito a si própria e ao outro; que propicie o desenvolvimento de sua
criatividade.
Enfim, uma proposta que contribua para a formação da cidadania.
A Educação Infantil como função pedagógica favorece a construção
de conhecimentos sobre o mundo físico e social por parte da criança e que
confere ao professor o dever de ampliar o conhecimento da criança,
possibilitando a construção do novo. A função pedagógica traz claro em si a
concepção de criança inserida no meio social desde o seu nascimento e,
portanto, considera-a um ser social que se modifica e é modificado pelo meio
na medida em que interage com outros sujeitos que compõem a sua
sociedade. È por essa Educação Infantil de qualidade que lutamos e que
acreditamos ser possível construir.
A Educação Infantil assume um caráter totalmente diferenciado das
demais funções: será entendida como uma atividade social da criança.
Podemos chegar a essa conclusão por aceitarmos que a criança, inserida num
contexto social, é um ser histórico que desenvolve por meio das interações que
estabelecem seu meio. Dessa forma, a brincadeira da criança torna-se um
meio para ela recriar as experiências sócio-culturais dos adultos.
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É interessante destacar que para o teórico Vygotsky (1984), o
brincar infantil, propiciando situações de interação entre criança - criança e
criança -brinquedo, cria na mesma um espaço de elaboração de significados e
conceitos, mediados pela linguagem, sobre o mundo em que vive. Notável
também em seus estudos e é a grande ênfase dada à questão das interações
entre os sujeitos. Em todos os momentos da vida, seja nas relações entre
desenvolvimento e aprendizagem, pensamento e linguagem, interação é ponto
crucial para o desenvolvimento global do indivíduo enquanto sujeito sóciohistórico. Nesse sentido, brincadeira se torna grande fonte de aprendizado, na
qual as crianças interagindo entre si ou com os adultos experimentam novas
situações.
É interessante ressaltar que para os teóricos Piaget, Vygotsky e
Gardner o importante é valorizar, priorizar a interação. Sendo, portanto,
brincadeira propiciadora de espaços tão riquíssimos de experimentação e
construção de novos conhecimentos principalmente brincadeiras de faz-deconta por constituir-se em "possibilidades" para a criança para a criança viver
situações cotidianas, se torna local privilegiado para as interpretações e
compreensões desta a respeito do mundo que a cerca.
Vygotsky (1989, p. 109), ainda afirma que é enorme a influência do
brinquedo no desenvolvimento de uma criança. É no brinquedo que a criança
aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de uma esfera visual externa,
dependendo das motivações e tendências internas, e não por incentivos
fornecidos por objetos externos.
Sendo encarada neste sentido, a brincadeira assume grande valor
educativo, pois dá margem à construção do conhecimento por parte da criança,
à medida que se desenvolve e conhece o mundo no qual está inserida. Nessa
perspectiva, a brincadeira promove um espaço em que a criança vai
reconhecendo a sua cultura, bem como estabelecendo um intercâmbio cultural
com as demais crianças que constituem o seu grupo escolar. Tal situação
permite a criança uma confrontação constante com a sua realidade e
25
consequentemente, construções de hipóteses, fato que contribui sobremaneira
para o seu desenvolvimento psicossocial.
O brinquedo é parte integrante da vida da criança. Ao brincar
organiza seu pensamento, faz uso da linguagem e da sua criatividade. Ela
pode vir a ser professor, simplesmente ao enfileirar as cadeiras de sua sala de
visitas.
Para Vygotsky (1989), pela análise sócio-histórica, a brincadeira é
entendida como atividade social da criança cuja natureza e origem específica
são elementos fundamentais para a construção de sua personalidade e
compreensão da realidade na qual se insere. Em toda brincadeira infantil estão
presentes três características: a imaginação, a imitação e a regra. Cada uma
delas pode aparecer de forma mais evidente em um outro tipo de brincadeira,
tendo em vista, a idade e a função específica que desempenham, junto
às crianças.
A brincadeira é importante para as crianças se descubram capazes,
importantes, autoconfiantes e seguras. A partir daí, ela se sentira autônoma e
começará a crer que seu saber e seu fazer são verdadeiro e ela crescerá na
consciência de si mesma e de suas possibilidades.
É preciso levar em conta que, só aprendemos aquelas coisas que
nos
dão
prazer,
e
que
a
partir
de
sua
vivência
que
surgem
à disciplina e vontade de aprender. O lúdico é imprescindível para o
pensamento lógico, autonomia moral e linguagem socializada.
Despertar, criar, resgatar, abrir novos caminhos através da
brincadeira é uma postura inovadora que não permite que os profissionais se
acomodem, rompendo com paradigmas ultrapassados, valorizando o brincar, o
prazer fazendo da quebra de regras em novo jogo, permitindo o raciocínio e a
participação do aluno, apresentando jogos recreativos e brincadeiras criativas
adaptando a todas as idades, a partir dos diferentes graus de dificuldades.
26
Kishimoto (1997) diz que a brincadeira é a ação que a criança
desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao mergulhar na ação lúdica, é
o lúdico em ação. Já o brinquedo supõe uma relação intima com a criança e
uma indeterminação quanto ao uso, portanto, sem regras fixas, sendo suporte
da brincadeira, pode ser entendido segundo material, cultural ou técnica.
Afonso Júnior (2004) fala da importância dos jogos na criança tem
que ser enfatizada, ressaltando as palavras citadas pode-se perceber o quanto
o jogo "lúdico" pode auxiliar no processo de ensino-aprendizagem. Através do
jogo o professor possibi8litará o aluno expor suas limitações e emoções.
É necessário compreender que a brincadeira é uma forma criativa de
promover atividades visando o desenvolvimento cognitivo, físico, psicológico e
emocional da criança. Já se descartou a idéia de que o brincar é um
passatempo ou distração sem importância. Brincando, a criança cria, recria,
interpreta. E dentro desse processo, ela estimula suas estruturas mentais.
3.1. Brincadeira é coisa séria
A brincadeira e o jogo são processos que envolvem o indivíduo e
sua cultura adquirindo especialidades de acordo com cada grupo. Elas têm um
significado cultural muito marcante, pois é através do brincar que a criança vai
reconhecer e se constituir como pertencente ao grupo, ou seja, o jogo e a
brincadeira são meios para a construção de sua identidade cultural.
Um jogo ou brincadeira da qual participem mais de uma pessoa
sempre implica troca, partilha, confrontos e negociações. A afetividade
envolvida nesta ação pode adquirir nuances variada, traduzindo-se alternância
de momentos harmônicos e desarmônicos.
Conforme nos coloca Winnicott (1975, p. 63) "para controlar o que
está fora, há que fazer coisas, não simplesmente pensar e desejar, e fazer
coisas, tomam tempo. Brincar é fazer."
27
A criança brinca para reconhecer-se a si própria e aos outros em
suas
relações
recíprocas,
para
aprender
e
as
normas
sociais
de
comportamento, os hábitos determinados pela cultura; para conhecer os
objetos em seu contexto, ou seja, o uso cultural dos objetos; para desenvolver
a linguagem e a narrativa; para trabalhar com o imaginário; para conhecer os
eventos e os fenômenos que ocorrem a sua volta.
"Brincar é fonte de lazer, mas é, simultaneamente, fonte de
conhecimento; é esta dupla natureza que nos leva a considerar o brincar parte
integrante da atividade educativa." (Elvira Cristina)
Brincar é, portanto, atividade que tem grande ocorrência na infância,
devido à sua funcionalidade no processo de desenvolvimento e aprendizagem
do ser humano.
Brincar é uma atividade universal, encontrada nos vários grupos
humanos, em diferentes períodos históricos e estágios de desenvolvimento
econômico evidentemente, as várias modalidades lúdicas, não existem, em
todas as épocas e também não permanecem imutáveis através dos tempos.
Como toda atividade humana, o brincar se constitui na interação de vários
fatores que marcam determinado momento histórico sendo transformado pela
própria ação dos indivíduos e por suas produções cultural e econômica.
Enquanto ações humanas, o jogo e a brincadeira são também
situações de construção de significados, de indagação e a transformação do
próprio significado. Longe de promover uma conquista cognitiva, estas
atividades envolvem emoções, afetividade, estabelecimento e ruptura de laços
e compreensão da dinâmica interna que perpassa a ligação entre as pessoas.
Brincar é essencial à saúde física, emocional de todo o ser humano.
Brincar é coisa séria, porque com a brincadeira a criança se reequilibra, recicla
suas emoções e sacia sua necessidade de conhecer e reinventar a realidade.
28
Para Vygotsky (1991), pelo uso do brinquedo a criança aprende a
agir de forma cognitiva; os objetos têm um aspecto motivador para as ações da
criança, desde a mais tenra idade. A percepção é um motivo para a criança
agir. Mais tarde, a ação começa a se desvincular da percepção: o pensamento
começa a se separar do que a criança imagina ser o objeto e do que o objeto é
realmente a criança vai fantasiando o que ela gostaria que determinado objeto
fosse. Essa transição é gradual no desenvolvimento de cada uma. É importante
notar também que, no brinquedo, a criança transforma as regras em desejos
seu.
Segundo Piaget (1972), o brinquedo estimula a representação da
realidade; ao representá-la ela estará vivendo algo ou alguma situação remota
ou irreal naquele momento. Um exemplo é o fato de que, ao brincar de casinha,
ao representar o papai, a mamãe, a filhinha e, ao conversar com o seu
coleguinha e com sua boneca, vai reproduzir diálogos que presenciou, vai
repetir o modo pelo quais os adultos ali representados a tratam e como
conversam com ela.
Brincar é uma linguagem, é a nossa primeira forma de cultura. A
cultura que pertence a todos e que nos faz participar de idéias e objetos
comuns. "Quando a criança brinca, joga e finge, está criando um outro mundo,
mais rico e mais belo, mais cheio de possibilidades e invenções do que o
mundo onde, de fato, vive." (Marilena Chauí)
As crianças brincam porque gostam de brincar. Gostam de brincar
porque a brincadeira é o melhor instrumento para a satisfação das
necessidades que vão surgindo no convívio diário com a realidade.
Quando consideramos o jogo instrumento de ensino, também é
possível classificá-lo em dois blocos; o jogo desencadeador de aprendizagem e
o jogo de aplicação. Quem vai diferenciar estes dois tipos de jogos não é o
brinquedo, não é o jogo, e sim a forma como ele será utilizado em sala de aula.
Para sermos mais precisos, é a postura do professor, a dinâmica criada e o
29
objetivo estabelecido para determinado jogo que vão colocá-los numa ou
noutra classificação.
Segundo Vygotsky (1991), através do brinquedo, a criança
estabelece reações com a vida real. Ela vai experimentar sensações que já
conhece e vai desenvolvendo regras de comportamento que imagina serem
corretas.
O jogo, para acriança da Educação Infantil, tem por finalidade a
participação. Isso poderá acontecer através de um conjunto de procedimentos
articulados de acordo com regras socialmente estabelecidas. O conjunto
destas regras e o seu grau de complexidade estabelecem certos padrões, que,
como desencadeador, nos permitem sua utilização com maior ou menos grau
de liberdade.
Ao tornamos o jogo como ferramentas de ensino ele passa a ter
novas dimensões, e é isto que nos obriga a classificá-lo considerando o papel
que pode ou não, ser jogo no ensino. Ele pode ser tão marcante quanto uma
resolução de uma lista de expressões numéricas: perde a ludicidade. No
entanto, resolver uma expressão numérica também pode ser lúdico,
dependendo da forma como é conduzido o trabalho. O jogo deve ser jogo do
conhecimento, e isto é sinônimo de movimento do conceito e de
desenvolvimento.
A partir de suas observações, o educador terá condições de
programar atividades pedagógicas que desenvolvam os conceitos que as
crianças já estão constituindo e que sejam adequadas às possibilidades reais
de interação e compreensão que elas apresentam em determinado estágio de
seu desenvolvimento.
Dessa forma, a ação do educador deve ser antes de tudo, refletida,
planejada e, uma vez executada avaliada.
30
CAPÍTULO IV
JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
O jogo e a brincadeira são para a criança um meio privilegiado de
inserção na realidade obrigando-a, até certo ponto a refletir, ordenar, destruir e
reconstruir o mundo a sua maneira. O brinquedo não é um mero passatempo
para a criança, ele serve como estímulo para ser espírito e fantasia. Nele a
criança encontra um meio de preparação para a vida futura, experimentando
desta forma coisas novas e assim, vai ampliando seu contato com o mundo o
que a cerca.
O brinquedo, além de dar prazer, desenvolve a inteligência e a
motricidade de aprender a realidade, prepara para uma atividade produtiva
inicialmente para si, depois para a sociedade, seu falar que torna a criança
mais calma e observadora.
Segundo Winnicott (1975 p. 73) “O brincar tem um lugar e um
tempo... Para dominar o que está fora, é preciso fazer coisas, não só pensar ou
desejar, e faze coisas leva tempo”.
A criança tem papel fundamental na utilização do brinquedo, pois é
quem reorganiza e transforma o mundo das coisas e das pessoas. O brinquedo
infantil é o processo de produção da criança, é um estar fazendo enquanto
sujeito desta ação que transcenderá os resultados simples que provoca no
brincar para que as relações mais complexas do mundo organizado das coisas
e das pessoas.
Brincando a criança desenvolve a percepção, a memória, a
inteligência, a experimentação e a convivência com o outro. Portanto, o
brinquedo contribui para a formação intelectual sem arrastar a criança para um
intelectualismo rígido e doloroso.
31
4.1. Brinquedos tradicionais
Costuma-se pensar que a origem dos brinquedos e brincadeiras
estão relacionados na realidade lúdica das crianças contemporâneas, onde os
brinquedos são projetados para atender às necessidades eminentemente
infantis. Tentar buscar a origem dos brinquedos e brincadeiras tradicionais é ao
mesmo tempo, mergulhar nas raízes históricas da humanidade ou de um povo.
Kischimoto (1996), salienta que
Considerando como parte da cultura popular, o jogo tradicional
guarda a produção espiritual de um povo, certo período histórico.
Essa cultura não oficial, desenvolvida especialmente de modo oral,
não fica cristalizada. Está sempre em transformação, incorporando
criações anônimas das gerações que vão se sucedendo. (Kischimoto,
1996, p. 24)
É impossível definir com precisão a origem dos brinquedos e
brincadeiras tradicionais, mas sabe-se que estes representam o principal
mecanismo de interação social. Porém as brincadeiras não se limitem apenas
ao caráter sociliador, mas também sinalizaram para as relações de trabalho da
sociedade da época.
4.1.1. Brinquedos tradicionais no âmbito escolar
As brincadeiras podem ser de diversos tipos: espelho, pintura de
rosto, fantasias, máscaras e sucatas, para os brinquedos de faz-de-conta;
casinha, médico, polícia e ladrão etc. O professor ainda pode pesquisar propor
e resgatar jogos de regras e jogos tradicionais: futebol, amarelinha etc.
Devemos priorizar a Educação Infantil, investindo e valorizando a
cultura infantil, pois é na idade de 0 a 6 anos que as crianças estão receptivas
aos brinquedos e brincadeiras tradicionais, pois ainda não estão empregadas
pelos valores capitalistas que a sociedade impõe aos brinquedos modernos.
32
As brincadeiras são atividades espontâneas que não devem sofrer
intervenção dos adultos. Na Educação infantil, as brincadeiras e os brinquedos
tradicionais podem ser introduzidos de forma sutil. Para tal, sempre que for
possível, o educador deve participar do recreio.
4.1.2. Brinquedos educativos
Com a expansão de novos ideais de ensino, crescem as
experiências que introduzem os brinquedos nas atividades escolares, surgindo
assim os brinquedos educativos como um fio condutor do educar, brincando. O
brinquedo e a brincadeira têm como componente importante e necessário o
processo do pensar que gera ação e produz sentindo, não só para a criança,
mas para todo ser humano.
Os blocos de construção são bastante utilizados como brinquedos
principalmente na Educação Infantil, por serem altamente atrativos e
apresentam cores, formas e tamanho variados, possibilitando assim sua
utilização de formas diferentes e com criatividade, o que vem dar vazão a
criatividade das crianças. Além disto, os blocos de construção possibilitam o
conhecimento de formas geométricas, desenvolvimento do pensamento
abstrato,
exploração
de
tamanhos,
formas,
espaços,
semelhanças
e
diferenças, podendo ser trabalhado diversos conceitos matemáticos, partindo
da manipulação desses objetos.
Segundo Piaget (1975),
A numeração, por exemplo, é uma estrutura da assimilação do real
que, como diversas outras, irá funcionar com a prioridade de
compreensão da realidade (tempo, espaço etc.). A criança passa
grande parte da infância (até os 11 anos ou mais 12 anos)
construindo as estruturas de assimilação da realidade. (Piaget, 1975)
De acordo com Piaget (1975),
33
Na tentativa que a criança faz de assimilar uma realidade e não
possuindo ainda estruturas mentais plenamente desenvolvidos, ela
aplica os esquemas que dispõe, reconstruindo esse universo
próximo, com o qual convive. (Piaget, 1975)
Na atividade de jogos a inteligência sob todos os aspectos, é
altamente estimulada e a própria linguagem torna-se mais rica pela aquisição
de novas formas de expressão.
Jogos não são apenas de forma de entretenimento para eliminar
energias das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o
desenvolvimento intelectual, os jogos tornam-se mais significativos à
medida que a criança se desenvolve, pois a partir da livre
manipulação de materiais variados, ela passa a reconstruir objetos,
reinventar as coisas, obtendo assim adaptação que deve ser
realizada na infância, que é uma síntese progressiva da assimilação e
acomodação. (Piaget, 1995)
Pela observação dos jogos o adulto tem condições de conhecer
melhor a criança e o seu comportamento, pois é na brincadeira que a criança
desenvolver seu lado emocional, afetivo bem como algumas áreas do domínio
cognitivo.
4.2. Brinquedos cantados
Os brinquedos cantados devem unir música, letra e movimentação:
• A canoa virou;
• Capelinha de melão;
• Atirei o pau no gato;
• Cai, cai balão;
• Escravos de Jô;
• Cabeça, ombro, joelho e pé;
Por exemplo, nesta cantiga citada, cuja letra é:
Cabeça, ombro, joelho e pé,
Joelho e pé,
Joelho e pé,
34
Cabeça, ombro, joelho e pé,
Olhos, ouvidos, boca e nariz,
Cabeça, ombro, joelho e pé.
Atchim!
Poderemos além de trabalhar o esquema corporal fazer à
localização das diferentes partes do corpo, a coordenação motora, a orientação
temporal (ritmo); também poderíamos explorar a função das diferentes partes
do corpo, os órgãos dos sentidos.
4.2.1. Verso musicado
Versinhos musicados, além de favorecerem a linguagem oral, pois
podemos explorar som final igual, também podemos aliar outros aspectos
como orientação espacial esquema corporal, linguagem, coordenação motora.
É muito importante que as atividades sejam exploradas de diversas
formas, mas que não se deixe perder o sentido lúdico da atividade.
Eu tenho
Eu tenho dois olhinhos,
Que servem para olhar,
Eu tenho dois ouvidos que servem para escutar;
Também, tenho uma boca.
Que sente o paladar,
Com ela eu posso rir
E posso até cantar!
4.2.2. Brincadeiras de roda
A brincadeira de roda leva as crianças a mexerem o corpo, a
representarem as situações sugeridas pela letra. Podemos desenvolver as
35
áreas afetivas, social e a cognitiva, principalmente no que se diz a respeito à
linguagem. Podemos trabalhar a linguagem escrita, a linguagem oral e
corporal.
Nesta última estrofe, a criança vai ao centro da roda, diz um verso e
volta para o seu lugar. A brincadeira se repete enquanto houver interesse.
Ciranda, cirandinha
Ciranda, cirandinha,
Vamos todos cirandar!
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar!
O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou
E por isso dona (
)
Faz favor de entrar na roda,
Diga um verso bem bonito,
Diga adeus e vá-se embora!
As crianças irão exercitar a linguagem oral ao recitar os versos
quando solicitadas, e também a memorização.
4.3. Sugestões de jogos para serem aplicados na Educação
Infantil
Nesta parte iremos demonstrar três sugestões de jogos:
1º Gestos obrigatórios:
Objetivo:
criatividade.
Concentração,
coordenação,
atenção,
integração
e
36
Formação: A turma ficará disposta em círculo.
Desenvolvimento: Todos os alunos deverão ficar em círculo, atrás
um do outro. Ao sinal do professor e já com direção determinada, começam a
andar em círculo e o primeiro começará a fazer gestos. Estes gestos deverão
ser seguidos por todos. A pessoa que errar, passará para frente e fará o
mesmo.
2º Mímica:
Objetivo:
Desenvolver
mensagens
de
gestos,
comunicação,
socialização, raciocínio, construção de idéias e criatividade.
Formação: A equipe deverá ser dividida em dois grupos.
Desenvolvimento: Por um sorteio, uma equipe, ao sinal do professor
irá começar. Ela se une e bola uma palavra. Depois de treinada, eles passam
para a outra equipe por meio de gestos, somente. Se a outra equipe acertar
marca-se um ponto para ela. Se errar não se marca nada. Depois é a vez de
outro grupo fazer o mesmo. Quem acertar mais, vencerá.
3º Como sou dançando?
Objetivo:
Desenvolver
memorização,
criatividade,
percepção
corporal, coordenação motora fina, ritmo, desinibição e espírito de integração.
Formação: Os alunos ficaram livres.
Material: Som e CD.
Desenvolvimento: O professor colocará músicas de diferentes ritmos
para que os alunos andem dançando. Ao tempo, deverão observar o seu
próprio desempenho. Ao terminar, cada aluno deverá desenhar como se viu
dançando e qual parte do seu corpo não foi usada.
Muitos outros jogos e brincadeiras podem ser trabalhados com a
criança no nosso dia-a-dia. O mais importante é que o professor, sempre que
possível, faça desse momento, um momento de prazer, onde todos possam
37
além de ser divertir aprender, assimilar conhecimento, pois educar exige de
todos nós compromisso, responsabilidade e, sobretudo, amor.
38
CONCLUSÃO
Ao optar por trabalhar com a questão da brincadeira, o olhar dirigiuse para as brincadeiras efetuadas pelas crianças e educadores na educação
Infantil, no sentido de demonstrar que estas são construções e interpretações
que as crianças fazem em relação ao mundo que as cercam, sendo
influenciadas pelo contexto sócio-cultural em que estão inseridas.
O brincar da criança está ainda comprometido com suas emoções,
com as imagens assimiladas do mundo e com a curiosidade face ao
desconhecido. Portanto, ao transformar os objetos numa criação própria, a
criança estará traduzindo o sentimento de sua vida. É uma construção fora de
si, mas que, ao mesmo tempo, reflete uma edificação interna que torna a
criança o próprio sujeito da ação.
À medida que a criança manipula os objetos empregados nas
brincadeiras, vai adquirindo, também, a capacidade de manobrar os dados da
realidade e, em conseqüência começa a se fortalecer dentro dela um
sentimento de poder, de domínio das coisas do mundo. A brincadeira
representa uma parte do universo que a criança passa a explorar para
compreender e, assim, dar outro significado ao que está sendo percebido. Ela
dá à criança possibilidades de reinventar o mundo; brincando a criança
organiza e transforma o mundo das coisas e das pessoas.
Percebe-se ainda que através da análise se comprove a hipótese de
que a brincadeira influencia positivamente no desenvolvimento infantil. O
trabalho possibilitou uma apreensão cada vez maior do objeto de estudo; uma
vez que foi possível praticar um olhar crítico sobre a realidade concreta.
Em segundo lugar, apesar de sua simplicidade, ele vem contemplar
e explorar um assunto ainda pouco no campo educacional. Consideramos até
mesmo que ele seja inovador no sentido de estar contribuindo para uma
39
mudança de olhar sobre a brincadeira da criança, dando subsídios para o
professor da Educação Infantil utilizá-la com êxito no processo ensinoaprendizagem.
A busca do fazer pedagógico contextualizado com as necessidades
concretas da criança é o caminho a ser trilhado por nós educadores. Temos
várias possibilidades de intervenção que favorecem o ato de ensinar, partindo
de uma participação crítica de nossos, e de uma reflexão de nossa prática.
Mediar conflitos, causar desequilibro diante dos conhecimentos de
nossos educandos, instigarem a criatividade, fazer pulsar o novo com
referência do passado, enfim contribuir coma construção de uma sociedade
mais justa e igualitária. Nesta perspectiva, espera-se que este trabalho possa
contribuir para a prática dos profissionais envolvidos com o trabalho na
Educação Infantil se aprofundando nas reflexões acerca do papel importante
que este espaço deve assumir.
Brincar é coisa séria. Após essa explanação verificamos que brincar,
com nossas crianças é muito mais sério do que imaginávamos. Precisamos
respeitar e garantir às nossas crianças o direito de brincar, de vivenciar o seu
próprio desenvolvimento.
Conclui-se devemos aproveitar a grande oportunidade que temos de
observar as crianças, quando estão brincando, pois certamente estão se
desenvolvendo, aprendendo a lidar com suas próprias emoções e com o
mundo em que vivemos. Cada oportunidade dessas, com certeza são únicas e
inéditas. Um espetáculo original e ímpar de crescimento, de convivência.
40
BIBLIOGRAFIA
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Problemas
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WINNICOTT. D. W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
41
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO
02
AGRADECIMENTOS
03
DEDICATÓRIA
04
EPÍGRAFE
05
RESUMO
06
INTRODUÇÃO
08
CAPÍTULO I
O conceito da aprendizagem
1.1.
Aprendizagem por meio da ludicidade
1.2.
Família, escola e aprendizagem
11
12
14
CAPÍTULO II
O lúdico e a Educação
2.1.
Significado do jogo simbólico
2.2.
Papel do brinquedo na escola
2.3.
A criança e a imaginação
2.4.
O papel da ludicidade no desenvolvimento das crianças
16
19
20
20
21
CAPÍTULO III
Ensinar e aprender brincando
3.1.
Brincadeira é coisa séria
23
26
CAPÍTULO IV
Jogos e brincadeiras na Educação Infantil
4.1.
Brinquedos tradicionais
4.1.1. Brinquedos tradicionais no âmbito escolar
4.1.2. Brinquedos educativos
4.2.
Brinquedos cantados
4.2.1. Verso musicado
4.2.2. Brincadeiras de roda
4.3.
Sugestões de jogos para serem aplicados na Educação Infantil
30
31
31
32
33
34
34
35
CONCLUSÃO
38
BIBLIOGRAFIA
40
ANEXOS
42
FOLHA DE AVALIAÇÃO
43
42
ANEXOS
43
FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
Instituto de Pesquisa Sócio-Pedagógicas
Pós-Graduação “Latu Sensu”
Título da Monografia
LÚDICO: UM AGENTE TRANSFORMADOR DA APRENDIZAGEM NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Data da Entrega: ___________________________
Avaliado por: ______________________________Grau: ________________
Rio de Janeiro, ______ de ______________________ de ________
_______________________________________________________________
Coordenação do Curso
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universidade candido mendes pró-reitoria de planejamento e